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Blogueira diz que foi agredida pelo ex, o escritor best-seller Fred Elboni

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Suzanne Riediger e Fred Elboni (Foto: Reprodução/Instagram)

 

Suzanne Riediger fez um desabafo em suas redes sociais nesta terça-feira (30) e revelou que o ex-namorado, o escritor Fred Elboni, teria a agredido enquanto eles estavam juntos. A blogueira não especificou quando aconteceu o caso e afirmou que ele quase teria a jogado da janela do 10º andar do prédio onde estavam.

"Diariamente eu colho muitos frutos por ter sido agredida... você não imagina! Não seja a mulher que luta contra uma causa em que as mulheres estão lutando por você também. Se eu estou contando o meu sofrimento é para não querer que você um dia precise viver isso. Eu nunca falei o seu nome, Fred Elboni, mas agora que você se pronunciou e mentiu, infelizmente vou ter que te responder. Me desculpem ter que decepciona-las. E pode me chamar pelo nome, Suzanne. Não sou só sua ex-namorada. Eu tenho nome", disse em parte do texto que está na íntegra ao final da matéria.

 

Em outubro do ano passado, ela publicou um vídeo no Instagram que deu mais detalhes sobre o o que aconteceu sem revelar o nome do ex até então. Ela descreveu que Fred estava dormindo quando a acordou com chutes e pontapés.

"Era Carnaval, fomos a uma festa e 'essa pessoa' tinha o costume de beber mais do que deveria e assim o fez. Voltamos para o apartamento, deitei do lado para dormir e, do nada, ele acordou me chutando para fora da cama, demorei para acordar tentando entender o que estava acontecendo e saí correndo do quarto, fui para a sala, ele me pegava, até que eu consegui ir para o banheiro, tentei me trancar ali, mas ele me puxou, deixou meus braços machucados e tinha o objetivo de me jogar da janela. Era isso que ele queria fazer", narrou.

Suzanne ainda continuou sua história e falou que conseguiu se trancar em outro quarto, sem entender o que estava acontecendo. 

"Inevitavelmente você se sente culpada e se pergunta 'o que eu fiz?'. Nunca existe motivo para agressão física. No outro dia voltamos para a nossa cidade, acredito que ele tenha voltado à realidade e isso tudo foi muito complicado. Fomos fazer terapia para tentar entender e o psicólogo disse que 'ele estava muito estressado, bebeu, algo ativou no cérebro e precisava descontar em algo. A Suh estava ali do seu lado'", completou.

Suzanne Riediger mostra as marcas que teriam ficado em seu braço após as agressões (Foto: Reprodução/Instagram)

 

"Foi uma surpresa"

Em seu Instagram, nesta terça-feira, Fred fez um vídeo para se defender das acusações e disse que não agrediu Suzanne.

"Ela fala que eu tinha apertado o braço dela durante a noite, chacoalhado e eu fiquei assustado porque eu não lembrava, como qualquer pessoa ficaria. (...) Demorei muito para voltar a tocar nela e o que me traz muita paz é que nós conversamos muito, ela me olhava nos olhos e dizia que 'eu sei que não aconteceu nada, já tive agressões no passado e sei que foi durante a noite, sem vontade de fazer aquilo'. Voltei a sentir paz comigo de novo. (...) Ficamos por mais um ano e meio juntos ainda, viajando, ficando juntos e todo mundo viu o quanto nossa alegria era genuína", declarou.

Ele pediu desculpas e comentou que achava que esta história estava resolvida porque este foi um processo em que os dois haviam resolvido juntos. Fred ainda salientou que quando tira uma história do contexto e expõe na internet sem dar datas, se cria uma narrativa diferente do que realmente aconteceu.

"Resolvi terminar o relacionamento no começo de agosto de 2019, sempre conversávamos sobre isso e o término foi normal. Peguei um avião até Santa Catarina (eu morava em São Paulo) e fui até o sul para resolver essa história. Me despedi dos pais dela porque eu queria viver mais minha vida em São Paulo e ela queria estar no sul com as filhas dela. Isso sempre foi conversado durante esse ano. Ao voltar para a capital paulista, fui fazer minhas coisa e, dois meses após o término, ela postou o vídeo dizendo que eu tentei jogá-la do 10º andar. A questão é que isso nunca foi falado enquanto estávamos no psicólogo, tenho provas disso e [ter apertado o braço dela] nunca foi uma dúvida, mas um fato. Foi uma surpresa [saber sobre jogar da janela]! 'Eu estava com uma imagem [na cabeça] de que tinha apertado o braço dela, mas agora tentei te jogar do prédio! Mas você não falou isso comigo. O que aconteceu?' Acaba se criando uma imagem de algo que não aconteceu. Agora a história mudou e fica difícil de entender", argumentou.

Por fim, o escritor ainda declarou que se lembra perfeitamente de como os dois conversaram sobre o assunto depois do ocorrido e quis deixar claro para ser honesto com a situação.

"Repito: te peço desculpas. Eu achei que era algo que tínhamos resolvidos juntos e algo tão íntimo que, quando aberto ao público, abrimos para várias interpretações diferentes. Pessoas começaram a me atacar com coisas que não são reais e o que era uma situção 'x' acaba virando algo maior. Me sinto triste de ter que abrir essa situação aqui, eu teria várias outras maneiras de corroborar com isso, mas não quero abrir minha intimidade, trabalhar com família... tentei ser o mais claro possível. Queria contar a minha história e o meu lado. Não quero entrar em possibilidades como ter algo na minha bebida. Acredito que não. Tudo fica muito nebuloso. A ordem cronológica foi essa", pontuou.  

Leia o texto postado nas redes sociais de Suzanne:

"É duro um relato de agressão, né? A gente realmente sofre para acreditar... eu sei porque ainda soro. Imagina viver essa situação na pele, a dor se torna infinita e extremamente complexa de ser compreendida. Agressor não precisa ter cara, jeito ou fala agressiva. Agressor não fala para os amigos o que faz em casan, não posta na rede social. Então você não precisa se culpar por não ter conseguido enxergar isso antes. O machismo mata nós, mulheres, todos os minutos. Se gosse algo fácil de ser resolvido e superado, não existiria tanta agressão. Se expor é difícil, relembrar a dor machuca, corta, sanra o corpo, a mente, a alma. Para depois de tudo isso, você ler coisas assim... Vem aqui, Larissa, deixa eu te contar como pe gostos chorar na frente de uma câmera contando como você teve sorte de não ter sido jogada de um prédio. Quantos benefícios isso me traz, né? Diariamente eu colho muitos frutos por ter sido agredida... você não imagina! Não seja a mulher que luta contra uma causa em que as mulheres estão lutando por você também! Se eu estou contando o meu sofrimento é para não qerer que você um dia precise viver isso. Eu nunca falei o seu nome, Fred Elboni, mas agora que você se pronunciou e mentiu, infelizmente vou ter que te responder. Me desculpem ter que decepciona-las. E pode me chamar pelo nome, Suzanne. Não sou só sua ex-namorada. Eu tenho nome." 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Natacha Horana protagoniza ensaio e diz: "Fotos sensuais podem revelar o machismo"

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Natacha Horana, bailarina do Faustão (Foto: Divulgação)

 

A bailarina do Domingão do Faustão, Natacha Horana protagonizou um ensaio sexy. Nas fotos, a dançarina aparece de body a bordo de um Mustang e falou sobre sensualidade e incômodo que sente ao publicar cliques de lingerie ou biquíni em suas redes sociais.  

"Acho que ficam lindos os ensaios sensuais, então eu faço. Mas me incomoda bastante quando posto uma foto mais ousada no Instagram e recebo cantadas desrespeitosas. Fotos sensuais podem revelar o machismo e comportamentos ultrapassados. Não foram feitas para despertar o desejo de ninguém. É apenas porque eu quis ser fotografada assim. É arte. E eu uma sou artista", afirma Natacha. 

Natacha Horana, bailarina do Faustão (Foto: Divulgação)

 

Recentemente, a bailarina contou que em busca de alcançar uma cintura fina, ela usou cinta modeladora por anos: "Eu era a louca da cinta [risos]. Comecei a usar com 18 anos. Hoje em dia não uso mais, mas fiquei uns seis anos usando direto", revelou Natacha.

Natacha contou ainda que, depois disso, aprendeu com profissionais que é preciso ponderação ao usar a peça. "Não pode usar todos os dias. É preciso ter cautela ao usar a cinta. O ideal é procurar ajuda de um profissional".

Natacha Horana, bailarina do Faustão (Foto: Divulgação)

 

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Natacha Horana, bailarina do Faustão (Foto: Divulgação)

 

Bozoma Saint John é a nova diretora de marketing da Netflix

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Bozoma Saint John (Foto: Reprodução)

 

Bozoma Saint John, ex-executiva sênior da Apple, Uber e mais recentemente Endeavor, é a nova CMO de marketing da Netflix. O anúncio foi feita na terça-feira (30) e Bozoma é a terceira a ocupar o cargo de diretor de marketing do serviço de streaming. 

De acordo com a Variety, ela substitui Jackie Lee-Joe, CMO da BBC Studios, que ficou na Netflix por 10 meses. Segundo a Netflix, Lee-Joe está saindo da empresa por motivos pessoais; ela mora na Austrália com sua família desde março, início da pandemia do novo coronavírus. Lee-Joe foi nomeado para suceder a ex-CMO da Netflix, Kelly Bennett, que anunciou sua aposentadoria da empresa no ano passado .

Bozona Saint John começará na Netflix em agosto deste ano, reportando-se ao diretor de conteúdo Ted Sarandos, informou a publicação. "Estou emocionada por ingressar na Netflix, especialmente em um momento em que a narrativa é crítica para o nosso bem-estar social e global. Sinto-me honrada em contribuir com minha experiência para um legado já dinâmico e em continuar impulsionando o engajamento no futuro", afirmou a diretora em comunicado.

Ainda de acordo com a Variety, a Netflix aumentou os gastos com marketing em 12% em 2019, para US $ 2,65 bilhões, já que enfrentou novos participantes de streaming como Disney Plus e HBO Max. O orçamento de marketing da empresa no primeiro trimestre de 2020, na verdade, era 18% menor que no ano anterior.

"Bozoma Saint John é uma profissional de marketing excepcional que entende como conduzir conversas sobre a cultura popular melhor do que quase todos", disse Sarandos em comunicado. "À medida que trazemos mais histórias excelentes para nossos membros em todo o mundo, ela definirá e liderará nossa próxima emocionante fase de criatividade e conexão com os consumidores".

Bozoma Saint John (Foto: Reprodução)

 

Quem é Bozoma Saint John?
Bozoma “Boz” Saint John nasceu em Middletown, Connecticut, e passou sua infância em Nairobi, Quênia, além de Washington DC e Accra, Gana, antes de sua família se mudar para o Colorado aos 12 anos. Depois de morar no Harlem, Nova York, por mais de uma década, ela agora reside em Los Angeles.

No início de sua carreira, Bozoma atuou como vice-presidente de marketing da marca de moda feminina Ashley Stewart e gerenciou contas nas agências de publicidade Arnold Worldwide e Spike Lee's SpikeDDB. Ela é bacharel em artes pela Universidade Wesleyan em estudos afro-americanos e inglês.

Nos dois anos de Bozoma como CMO da Endeavor, na qual ingressou em junho de 2018, ela supervisionou os esforços de marketing da holding para divisões como UFC, Professional Bull Riders e Miss Universo, e liderou seu negócio de marketing global que atua como uma agência.

Antes disso, ela foi diretora de marca da Uber por cerca de um ano, depois de atuar como chefe de marketing de consumo da Apple Music e iTunes por pouco mais de três anos. Ela ingressou na Beats by Dre em 2014, adquirida pela Apple logo após sua chegada. Anteriormente, foi diretora de marketing de música e entretenimento da Pepsi-Cola da América do Norte. 

Durante sua passagem pela Apple, ela apareceu em um anúncio da Apple Music com James Corden e os executivos da Apple, Eddy Cue e Jimmy Iovine, que foram ao ar durante o Emmy Awards de 2016. Na Apple, Bozoma trabalhou em campanhas, incluindo o anúncio do wipeout de treino de Taylor Swift e outro estrelado por Mary J. Blige, Kerry Washington e Taraji P. Henson - e teve uma reviravolta memorável com sua apresentação na Worldwide Developers Conference da Apple em 2016 mostrando o nova interface do Apple Music.

Nativa Spa, de O Boticário, traz novos produtos para um ritual detox que nutre e purifica pele e cabelo

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Aliando as propriedades do matcha e do óleo nutritivo de quinoa, Nativa Spa Matcha entrega o que há de mais eficiente para o seu ritual detox (Foto: Divulgação)

 

Tem coisa melhor que tomar um banho bem relaxante para desacelerar a cabeça e se sentir revigorada? Esse momento tão prazeroso do seu dia se tornou ainda mais especial com o lançamento de Nativa SPA Matcha, de O Boticário. Trata-se de uma linha completa que combina extrato de matcha com óleo nutritivo de quinoa para fazer um detox na pele e no cabelo, eliminar as toxinas e impurezas acumuladas e tornar seu ritual de cuidados ainda mais eficiente. 

Mas como identificar se você precisa desse detox? É simples: o acúmulo de toxinas deixa a pele envelhecida, fatigada e sem vida, os fios ficam oleosos, pesados e opacos. Em todo o mundo especialistas alertam para os efeitos negativos que o estresse, a poluição, o suor e outros resíduos provocam à beleza. Isso porque além de obstruir os poros e prejudicar a renovação celular, eles aumentam a produção de radicais livres – aquelas moléculas que, em excesso, intensificam o processo de oxidação das células e, por consequência, aceleram o envelhecimento precoce.

Alquimia poderosa
O matcha é um ingrediente da cerimônia do chá, ritual japonês que faz parte da cultura milenar do país, é extraído das folhas mais altas da Camelia Sinensis (chá verde), cultivadas à sombra para garantir maior concentração de clorofila e polifenóis (fitoquímicos com alto poder antioxidante). Através deste processo é possível potencializar a eliminação das toxinas e impurezas. Para se ter uma ideia, uma porção de matcha é o equivalente a 10 xícaras de chá verde comum e seu poder antioxidante é extremamente superior. Graças a essas características, o matcha vem sendo reconhecido como o grande aliado na purificação, limpeza e combate ao envelhecimento precoce.

Já a quinoa é rica em vitaminas do complexo B, E, ferro, magnésio e é composta por todos os aminoácidos essenciais (que garantem sua boa fama como alimento proteico), seus benefícios vão além da nutrição. Estudos comprovam que o óleo extraído do grão tem ação antioxidante superior ao dos polifenóis. Outra qualidade do óleo de quinoa é seu duplo poder de hidratação, já que além de nutrir ele forma uma espécie de película sobre a superfície, que impede a perda de água para o ambiente externo.

Desintoxicação e purificação
Aliando as propriedades do matcha e do óleo nutritivo de quinoa, Nativa Spa Matcha entrega o que há de mais eficiente para o seu ritual detox. A linha completa conta com sabonete líquido esfoliante, body splash, shampoo, condicionador, esponja konjac e loção hidratante corporal, que cria uma barreira protetora e purifica a pele das impurezas. A linha ainda traz mais duas novidades: a Nativa SPA Máscara Facial, que combina a argila verde, branca e o extrato de matcha para eliminar as impurezas acumuladas ao longo do dia. Com efeito antifadiga, a máscara protege dos radicais livres, prevenindo o envelhecimento precoce. Outro produto inovador é o Esfoliante Capilar Detox, que garante a saúde do couro cabeludo, promove a limpeza da raiz e controla a oleosidade dos fios – que promove uma sensação refrescante sem ressecar. O ideal é usá-lo uma vez por semana para limpar profundamente e renovar o couro cabeludo. 

Agora você já tem todos os produtos para se entregar a esse incrível ritual detox e se sentir mais revigorada, leve e hidratada.

Vale lembrar que os produtos trazem fórmulas 100% veganas, selo cruelty free, embalagens com plástico reciclado e fórmulas com alta concentração (cerca de 80%) de ingredientes naturais.

Serviço:
www.boticario.com.br
Acesse o app do Boticário, disponível para as versões Android e iOS

Modelo Emily Sears passa por cirurgia no cérebro

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Emily Sears  (Foto: Reprodução / Instagram)

A modelo australiana Emily Sears revelou na noite de segunda-feira, 29, que foi submetida a uma cirurgia no cérebro na semana passada. 

Em um longo post no Instagram, a influencer de 35 anos contou que foi diagnosticada no ano passado com "uma malformação cavernosa, também conhecida como cavernoma, que é um aglomerado de vasos sanguíneos anormais no cérebro que causam convulsões epilépticas".

Emily contou que recebeu o diagnóstico após ser levada às pressas para o hospital em uma ambulância em abril do ano passado, depois de "ter tido uma grande convulsão enquanto fazia compras".

"Minha vida inteira foi suspensa a partir desse momento, da minha vida profissional até a minha vida social, meu relacionamento com meu corpo e minha identidade", disse a modelo, que soma quase 5 milhões de seguidores no Instagram. "É muito difícil de expressar em palavras", desabafou.

"O ano passado foi uma montanha-russa de altos e baixos de ter várias convulsões, efeitos colaterais de testes de medicamentos e o impacto emocional de tudo no meu mundo mudar tão repentinamente", escreveu ela.

A modelo ilustrou o post com uma foto na cama de hospital. A imagem foi feita pelo namorado enquanto ela dormia após a cirurgia.

Sears, que foi modelo da linha de jeans Good American de Khloe Kardashian, disse que ou se submetia a cirurgia, mesmo correndo o risco de perder sua capacidade de falar, ou teria que tomar remédios para o resto da vida. "Minhas escolhas se resumiram a viver com remédios para o resto da vida, sempre com a probabilidade de ter crises convulsivas mesmo quando medicada", contou.

O modelo disse ainda que ficou acordada durante a operação. "Havia dois cirurgiões e um acenou para mim. Foi tão estranho e surreal quanto parece!", afirma. "No fim das contas, essa experiência mudou minha visão de mundo mais do que eu poderia expressar, e o sentimento geral que me resta é a gratidão", continuou ela.

"Eu tenho um profundo respeito pelo corpo humano, pela mente humana e pela alma humana. Sou humildemente grata pela capacidade de acessar os serviços de saúde, pelo fato de minha condição ter cura e pelo apoio de meus amigos, familiares, colegas do setor e pelo meu cara incrível que sempre me apoiou".

A modelo concluiu agradecendo a seus seguidores pelos "votos de felicidades e amor", bem como um lembrete de que o Instagram "nunca é a imagem completa de nossas vidas; você não sabe o que as pessoas estão passando - portanto, seja sempre gentil".

Emily Sears (Foto: Reprodução / Instagram)

 

 

Mulher tem ataque de fúria em mercado após ser questionada por não usar máscara

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Mulher tem ataque de fúria em supermercado (Foto: Reprodução / Twitter)

 

Uma mulher teve um momento de fúria em um supermercado de Dallas, no Texas, após ser questionada por não estar vestindo máscara, como mandam as autoridades de saúde em meio à pandemia do coronaavírus.

Um vídeo publicado no Twitter mostra o momento em que ela retira as compras de seu carrinho e joga os alimentos com força no chão. Um dos produtos quase atinge a pessoa que está filmando.

Após jogar os alimentos pelos ares, ela abandona o carrinho e sai esbravejando da loja. O vídeo viralizou no Twitter desde o último domingo e repercutiu na imprensa internacional.

Veja abaixo:

 

Chás naturais ajudam na hidratação durante o inverno; aprenda receitas

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Receita de chá de frutas (Foto: Divulgação)

 

Entre todos os costumes que a temporada mais fria do ano traz, existe um hábito que praticamente vai embora no inverno: o de beber água. Ainda que não se sinta sede, a hidratação durante as baixas temperaturas deve ser constante e os chás naturais podem ser grandes aliados nessa tarefa, como sugere a nutricionista Renata Guirau.

“Apesar de nada substituir a ingestão de água em si, os chás naturais são uma alternativa para favorecer a hidratação do corpo no inverno. Além disso, ainda fornecem outros benefícios para a saúde, que vão desde melhorar a digestão, o sono e a função intestinal, até reduzir a inflamação do organismo e a diminuir a retenção de líquidos. Vai depender do objetivo e da planta escolhida”, comenta a nutricionista do Oba Hortifruti.

Quer mais motivos para apostar no preparo das bebidas naturais? As receitas de chás com cascas de frutas podem ser uma ótima oportunidade para reduzir o desperdício de alimentos e aproveitar melhor todos os nutrientes que eles podem oferecer. E dá até para consumir gelado, para quem prefere bebidas mais fresquinhas mesmo no frio.

Chá de casca de abacaxi com cravo (Foto: Divulgação)

 

Vale ressaltar que mesmo que os chás naturais somem muitos pontos positivos, devem ser ingeridos com cautela. “Por terem efeitos terapêuticos, os chás devem ser consumidos de forma adequada, tanto no que diz respeito à forma de preparo, quanto na escolha do chá. Os estimulantes, como o de gengibre, chá verde, de hibiscus, preto e branco, devem ser consumidos apenas no período da manhã”, orienta Renata.

“Também é importante destacar que o ideal é que os chás sejam feitos sem adição de açúcares e que gestantes e crianças não devem abusar do consumo de nenhum tipo”, finaliza.

Para quem já era adepto aos chás, mas na opção de sachê, a profissional explica que essa versão não consegue preservar os efeitos terapêuticos da bebida, entretanto, ajudam na hidratação. Por fim, Renata ensina o passo a passo de quatro opções de chás naturais e ainda dá dicas espertas de preparo. Confira!

Dicas de preparo
•Os chás feitos com as folhas das plantas, chamados de infusão, devem ser preparados com o aquecimento da água até que comece a formar as primeiras bolhas; em seguida, desliga-se o fogo e acrescenta-se a folha escolhida, deixando descansar por cerca de 10 minutos com o recipiente tampado.

•Os chás feitos com as raízes das plantas, como gengibre, canela, cravo ou com frutas, devem ser preparados com o aquecimento da água com a planta junto, por alguns minutos após levantar fervura.

Receita de chá verde com frutas e gengibre (Foto: Divulgação)

 

Chá de casca de abacaxi com cravo
1 xícara de cascas de abacaxi picadas
5 cravos da índia
500 mL de água
Preparo:
1) Leve todos os ingredientes ao fogo, cozinhando por 10 minutos após levantar fervura.
2) Coe e sirva em seguida.

Chá de frutas
1 rodela de abacaxi
1 maracujá
1 maçã picada com casca
3 paus de canela
800 mL de água

Preparo:
1) Leve todos os ingredientes ao fogo, cozinhando por 10 minutos após levantar fervura.
2) Coe e sirva em seguida.

Receita de chá indiano (Foto: Divulgação)

 

Chá verde com frutas e gengibre
3 xícaras de água
3 col de sopa de folhas de chá verde
1 pedaço grande de gengibre (3cm)
Suco de 1 limão
Suco de 1 laranja

Preparo:
1) Aqueça a água com o gengibre picado.
2) Deixe cozinhando por cerca de 5 minutos após levantar fervura.
3) Desligue o fogo e espera cerca de mais 5 minutos.
4) Então, acrescente as folhas de chá verde, o suco de limão e o suco de laranja.
5) Tampe e deixe descansar por 10 minutos.
6) Coe e sirva em seguida.

Chá indiano
500 mL de água
2 bagas de cardamomo
2 paus de canela
3 cravos da índia
1 col de sopa de mel
100 mL de leite de arroz
2 col de sopa de folhas de hortelã

Preparo:
1) Aqueça a água com o cardamomo, a canela, o cravo e o mel.
2) Deixe cozinhando por cerca de 5 minutos após iniciar a fervura.
3) Desligue o fogo e espere cerca de 5 minutos.
4) Então, acrescente as folhas de hortelã e o leite de arroz.
5) Tampe e espere mais 5 minutos.
6) Coe e sirva em seguida.

5 produtos hidratantes bons para quem te preguiça de passar creme

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Produtos hidratantes para quem tem preguiça de passar creme (Foto: reprodução Getty Images)

 

O inverno chegou e com ele aquela preguiça de usar hidratante depois do banho --  convenhamos que nessa época do ano até as mais vaidosas ficam sem coragem de besuntar o corpo com creme, afinal, depois de sair do chuveiro, tudo o que a gente quer é vestir uma roupa quentinha o mais rápido possível.

Porém, hidratar a pele é essencial para mantê-la protegida e saudável, principalmente nesta época do ano que tendemos a tomar banhos mais quentes. "Ficar mais de 15 minutos em uma ducha quente é mais que o suficiente para comprometer a camada hidrolipídica da pele, que segura a hidratação, dessa forma a pele perde seu manto lipídico, o que compromete sua função de barreira”, explica a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff.

 

A solução para espantar a preguiça (e manter a hidratação em dia) é apostar em hidratantes de banho, desenvolvidos para serem aplicados com a pele úmida, ainda no chuveiro e óleos mais leves e facilmente absorvíveis. No entanto, vale lembrar que para quem tem pele seca, e precisa de hidratantes mais potentes, as versões de banho devem ser usadas com menos frequência. Com isso em mente, confira 5 opções ideais para driblar a peguiça e hidratar a pele:

1. Mousse Desodorante Hidratante de Banho Flor de Lis Tododia, Natura

 

 

Mousse Desodorante Hidratante de Banho Flor de Lis Tododia, Natura (Foto: Acervo Pessoal)

 

 

 

A textura levinha, que não pesa mesmo sem enxágue, deixa a pele mais macia de verdade. A fragrância é bem fresquinha, tem um cheiro gostoso de quem acabou de sair do chuveiro. Acho que não é um creme potente daqueles que recuperam a pele superseca, mas para manter a hidratação diária é uma excelente opção. O mais gostoso é que é bem prático, porque a gente passa como se fosse um sabonete. Veja a resenha completa aqui 

2. Gel de Banho Hidratante Ureadin, ISDIN

 

 

Gel de Banho Hidratante Ureadin, ISDIN, R$ 69,90 (Foto: divulgação)

 

Ideal para substituir o sabonete comum, esse gel promove uma higiene corporal adequada e eficiente para pessoas que têm a pele seca ou ressecada, limpando sem agredir a integridade da pele graças à sua formulação com agentes emolientes. Segundo a marca, hidrata e respeita a barreira cutânea graças a seu conteúdo de 5% de Ureia ISDIN. 

3.Óleo de Banho Hidratante Atoderm, Bioderma

 

 

Óleo de Banho Hidratante Atoderm, Bioderma (Foto: acervo pessoal)

 

A colaboradora de Beauty Tudo Giuliana Cury, sente a pele muito seca, mas tem preguiça de passar hidratante depois do banho e conta que teve uma ótima experiência com esse óleo da Bioderma. "Minha pele está muito ressecada, por isso tenho testado óleos de banho. Esse foi o que mais gostei até agora. A textura é leve e não pesa na pele. Mas, ao mesmo tempo, o poder de hidratação é muito bom. Adorei. Detalhe: o produto não tem aroma, o que, pra mim, é um bônus", diz. Veja a resenha completa aqui. 

 

4. Óleo Restaurador, Bio Oil

 

 

Óleo Reparador Bio Oil (Foto: Acervo Pessoal)

 

O Óleo Reparador Bio Oil é composto por uma mistura de Óleo de Calêndula, Óleo de Lavanda, Óleo de Alecrim e Óleo de Camomila e promete hidratar muito bem a pele sem deixar uma sensação pegajosa no corpo. Além disso, ele é muito indicado para o uso em estrias e cicatrizes. A diretora de arte Karen Ka colocou à prova e adorou "A aplicação desse óleo corporal é fácil, e sempre que passo sinto a pele aveludada instantemente. A textura é macia com densidade suave, o que permite o uso no rosto e corpo, e deixa a pele com um brilho lindo...", diz. Veja a resenha completa aqui. 

saiba mais

 

5. Óleo Hidratante Corporal Nutri-Rich Body Satin, Nutrimetics

 

 

Óleo Hidratante Corporal Nutri-Rich Body Satin, Nutrimetics (Foto: Acervo Pessoal)

 

 

 

 

 

Nossa colaboradora Anna Paula Martins testou o Óleo Hidratante Corporal Nutri-Rich Body Satin, da Nutrimetics, e aprovou! "Achei um ótimo produto para quem tem pressa após o banho (principalmente nos dias mais frios, rs). Adorei esse da Nutrimetics, porque é um hidratante em spray, um óleo bem líquido para passar no corpo todo e senti que hidratou muito bem até as áreas mais ressecadas como o joelho. Testei durante 7 dias e também notei uma hidratação profunda, e até uma diminuição nas linhas de expressão perto do colo", diz. Veja a resenha aqui. 

6. Shower Hidratante Leite De Baobá

 

 

Shower Hidratante Leite De Baobá, The Body Shop (Foto: divulgação)

 

Ideal para ser usado na última etapa do banho, contém leite vegetal de Baobá e polímeros de ação condicionante em sua fórmula e forma um filme protetor na pele, deixando-a hidratada e perfumada por mais tempo.

 

 


Tendência tie-dye: além da moda, estampa colorida é sucesso no make

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Multicolorido por Savana Sá (Foto: reprodução instagram @savana.sa)

 

 

Sucesso nos anos 70, o tie-dye está oficialmente de volta! Depois de estampar bíquinis, roupas e acessórios no verão, a estampa colorida continua em alta no inverno e aparece em moletons, roupas de cama e outras peças confortáveis. E parece que não vai parar por aí: a tendência está tomando conta dos makes mais criativos! 

Desde que apareceu pela primeira vez nos bastidores dos desfiles de outono/inverno da marca Collina Strada, na NFW de 2019, no qual as modelos usavam uma mistura de tons pastel ao redor dos olhos em um mix feito pela maquiadora Takeda Rena, a estampa aparece de diferentes formas na maquiagem. 

 

 

 

 

Make Tie-Dye feito por Tekda Rena nos bastidores do desfile de fall/winter 2019 da Collina Strada  (Foto: Reprodução Instagra, @renatakedarena)

 

A dica para criar uma maquiagem tie-dye colorida de um jeito harmonioso é apostar em cores diferentes, mas de tonalidades parecidas. Se você ainda está na dúvida, confira a seguir 7 inspiraçãoes para investir na sombra tie-dye sem medo: 

1. Esfumado com delineado por Angelica Silva

 

 

Angelica Silva usa esfumado tie-dye com delineado  (Foto: Reprodução Instagram @angelic4silva)

 

 

 

2. Multicolorido por Savana Sá

 

 

Multicolorido por Savana Sá (Foto: reprodução instagram @savana.sa)

 

 

 

 

3. Minimalista por Takeda Rena

 

Tie-Dye bicolor feito por Takeda Rena (Foto: reprodução instagram @renatakedarena)

 

4. Artsy por Luiza Rossi

 

Artsy por Luiza Rossi (Foto: Reprodução Instagram @luizarossi)

 

Tricolor por Nathalie Billio 

 

Tricolor por Nathalie Billio  (Foto: Reprodução Instagram @nathaliebillio)

 

6. Candy Color por Jo Baker 

 

Lucy Bointon usa make tie-dye feito por Jo Baker (Foto: Reprodução Instagram @missjobaker)

 

 

O que são as jazz legs, a nova pose que está fazendo sucesso nas redes

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Jazz legs: conheça a nova pose que está rendendo likes nas redes (Foto: Reprodução)

 

Mais do que em qualquer outra rede social, o Instagram se tornou um lugar onde tendências - seja de beleza, moda, até fotografia - nascem, vivem e morrem (às vezes muito cedo ou muito tarde). É o caso de manias como a do pé de Barbie, lembra?

E mais nova tendência a pipocar nas redes não é uma peça de roupa nem uma máscara facial e sim... uma pose. É o caso das jazz legs (as "pernas de jazz", em tradução livre), que foram detectadas pelo site Who What Wear. Celebridades, influencers, anônimos, parece que a pose -- que consiste em se colocar em um ângulo 3/4 em relação ao espelho, dobrar uma perna enquanto a outra fica esticada, lembrando um passo de dança à la Bob Fosse (por isso o nome) -- vem lançando mão da postura. 

Jazz legs: conheça a nova pose que está rendendo likes nas redes. Aqui, com Rose Huntington-WHiteley (Foto: Reprodução)

 

A modelo e atriz Rosie Huntington-Whiteley é a maior embaixadora da nova tendência e vem testando a pose por aí. Segundo a editora e influenciadora Kristen Mary Nichols, a pose garante pernas mais alongadas e uma selfie no mínimo, divertida -- e talvez, mais fotogênica. E vc, vai adotar?

Jazz legs: conheça a nova pose que está rendendo likes nas redes (Foto: Reprodução/Instagram)

 

 

"Com tempo contado para engravidar, tive que adiar meu sonho por causa da Covid-19"

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Rosalia está há três anos tentando engravidar (Foto: Arquivo pessoal)

 

“Me casei com Kleber em 2014, depois de uma série de racionamentos abusivos. Foi um festa linda, no campo, ao entardecer, com todos os nossos amigos e familiares reunidos. Já falávamos sobre filhos, mas, como eu tinha acabado de me formar, queria ter um tempo para me estabilizar na carreira para dar aos nossos filhos o que nunca tivemos. Acontece que meu relógio biológico não entrou em acordo com meus planos e começou, de fato, a apitar. Conseguir me segurar por dois anos, quando parei de tomar meu anticoncepcional. No início de 2017, porém, nada havia acontecido. Como meu ginecologista havia me dado o prazo de um ano, voltei ao consultório. Além dos exames tradicionais, ele me pediu uma histerossalpingografia, que introduz um catéter bem fino no útero para tirar um raio X. E foi constatado que eu tinha a trompa esquerda obstruída, provavelmente, por conta de uma cirurgia de retirada de cisto que fiz aos 19 anos. Mas ainda me sobrava a trompa direita e o médico disse que eu não teria problemas para engravidar.

Mais um ano se passou e, para minha total frustação, nada aconteceu. Parecia que todo mundo engravidava menos eu. Passei a ter raiva das grávidas próximas a mim, chorei muitas vezes no banheiro pelas amigas que conseguiam ter filho.

No início de 2018, resolvi que devia ir atrás de uma segunda opinião médica e fui me consultar com uma especialista em fertilização. Depois de avaliar meus exames, me disse que eu tinha que fazer uma fertilização depressa, que seria uma corrida contra o tempo. Estava prestes a completar 35 anos e, segundo ela, meu tempo estava acabando. Aí me pediu mais uma bateria de testes e falou que eu nunca conseguiria engravidar naturalmente. Sai da consulta chocada, e voltei a me consultar com o meu antigo ginecologista. Ele disse que todos os médicos tentariam me vender algum tratamento para ganhar dinheiro nas minhas costas. E, mais uma vez, falou que eu não precisava fazer nada além de ‘namorar muito’. Saí de lá superconfusa e decidi não esperar mais. Marquei então uma visita a um infertileuta, profissional especialista em infertilidade.

Cheguei ao consultório ainda muito fragilizada, meu marido foi comigo. Ele olhou os exames e, sem nem olhar direito na nossa cara, falou que eu jamais engravidaria naturalmente porque meu problema era nas duas trompas. Só me restava fazer uma fertilização in vitro. Antes de eu perguntar alguma coisa, já foi me passando os valores do procedimento, da medicação, de tudo que envolvia o futuro procedimento.

Saí de lá arrasada, me sentindo um lixo. Peguei meu carro e dirigi até a casa dos meus pais, em Juquitiba. Precisava de colo. Depois de muito chorar, respirei fundo e pensei que não poderia ser fraca. Precisava ir atrás de uma solução para realizar meu desejo de ser mãe.

Nessa época, eu era coordenadora de obras em uma incorporadora, ganhava relativamente bem, mas naquele momento não tínhamos muito dinheiro guardado para fazer nenhum tratamento e, então, tivemos que esperar. Nesse meio tempo, fiz uma pós graduação, estudei inglês e francês, fiz tudo que era necessário para melhorar meu currículo. Mas, a essa altura do campeonato, nada disso me deixava realizada como antes. Só pensava em engravidar. Sei lá, era como se não fizesse mais sentido correr atrás de tantas coisas, se o que o que eu mais queria não estava ao meu alcance.

Em julho do ano passado, com o dinheiro das minhas férias mais o bônus de uma obra entregue, consegui fazer o caixa que precisava para começar o tratamento. Voltei então à medica com quem havia me consultado no início de 2018 e, para minha alegria, a conversa foi outra. Ela disse que eu poderia tentar o coito programado com injeções hormonais pelo menos três vezes, antes de partir para a fertilização porque, apesar de a mobilidade da minha trompa esquerda mesmo estar diminuída, ela ainda funcionava.

A essa altura se me falassem que tomar xixi todos os dias de manhã seria bom pra engravidar, eu tomaria. Faria qualquer coisa pra ser mãe. Tentamos, então, em agosto e em outubro e, de novo, não deu certo. Fui ao inferno mais uma vez, me sentia completamente fracassada. Mas meu marido, sempre companheiro e amigo, toda vez conseguia me trazer de volta à razão dizendo que tudo isso se resolveria.

Nessa época, ele viu um médico nas redes sociais que parecia ser referência em fertilização e que atendia em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Ele publicava as histórias de sucesso pacientes anônimas e trouxe de volta a minha esperança. Marcamos a consulta com o Dr. Antonio Miziara, e viajamos até lá com exames, expectativa e todo o meu desejo de ser mãe a tiracolo.

Pela primeira vez, encontramos um médico humanizado, que nos ouviu sem pressa, tirou todas as nossas dúvidas e respeitou os nossos medos. Voltamos para São Paulo com muitas receitas de vitaminas e pedidos de exames. Até então, ninguém havia posto em xeque a fertilidade do meu marido, e descobrimos que ele tinha alto índice de fragmentação de DNA no espermatozoide, que é uma perda na integridade na cadeia de DNA e reduz a capacidade de fecundação. Foi detectado ainda que minha reserva ovariana estava baixa -- ou seja, aquela médica havia desperdiçado o que já era escasso.

Estava no meio de uma obra quando peguei esse maldito resultado. Naquele momento, pensei que ter estudado tanto, me dedicado tanto à carreira já não fazia mais nenhum sentido. Havia deixado o tempo passar e, com ele, minhas chances de ser.

Dr. Antonio foi muito preciso em sua avaliação. Disse que teríamos mesmo que fazer uma fertilização in vitro, mas que antes precisávamos cuidar do problema do meu marido. Em dezembro de 2019, demos início ao tratamento. Além das várias vitaminas e coenzimas que tomava, Kleber parou de fumar, melhoramos a nossa alimentação e voltei a fazer exercícios.

No fim de fevereiro, meu marido repetiu os exames e a fragmentação havia melhorado. Fiquei radiante. Finalmente, poderíamos iniciar os procedimentos para a fertilização. Eu mesma aplicava em minha barriga injeções para estimular a produção de folículos. Superemotiva e com quase 10 quilos a mais, realizava um ultrassom transvaginal a cada três dias para acompanhar a evolução do tratamento. Animados, passamos a fazer planos para o bebê, escolher nomes e imaginar como seria a nossa vida com um filho.

Parecia tudo certo para, finalmente, começar o procedimento da fertilização em si. Fiz então a coleta dos óvulos e, dos três que produzi, somente dois estavam maduros e foram fecundados. No dia seguinte, porém,  Dr. Antonio me ligou e avisou que, apesar desses dois óvulos terem fertilizado, não poderíamos seguir adiante porque os embriões estavam alterados e teriam que ser descartados.

Comecei a chorar desesperadamente, joguei o celular longe. Tinha uma casa, um trabalho legal, condições de dar uma vida confotável a uma criança, mas não conseguia engravidar. Não era justo.

Depois de alguns dias, conversei com Dr Antonio e decidimos fazer um novo estímulo. Fiz alguns ultrassons para avaliar o momento certo para começar as injeções, comprei tudo novamente, até que recebi a notícia-bomba: devido à orientação da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida, por causa da pandemia do novo coronavírus, não poderíamos retomar o tratamento -- somente pacientes que já estavam no meio do processo de fertilização poderiam continuar.

Foi devastador. Parecia que estavam tirando de mim o direito de ser mãe. Meu médico pediu que eu mantivesse o foco, continuasse tomando minhas vitaminas e os antioxidantes. Retomaríamos o tratamento quando tudo melhorasse, sabe-se lá quando. Indignada, só pensava que eu era a pessoa mais ferrada da vida. Que, na hora que tinha dinheiro o suficiente para seguir adiante com meu sonho, a vida me tirava o que eu mais queria.

Surtei. Bebi, fumei, comi tudo o que queria. Dane-se. Se eu não podia ter filho, ia aproveitar meus dias sem me privar de mais nada.  Mas a verdade é que me sentia morta por dentro, totalmente frustrada. Criei uma repulsa maluca por grávidas, não conseguia ver mais nada em relação a isso. Em meus piores momentos, já pensei até em pedir o divórcio para que meu marido conheça outra pessoa capaz de gerar um filho dele.

No fim de abril, no entanto, Dr. Antonio me ligou e disse que a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida havia liberado a realização de procedimentos em mulheres com problemas oncológicos e que podem entrar na menopausa a qualquer momento, meu caso. No início, fiquei relutante. Não me sentia segura em retomar o tratamento sem ter bases cientificas que comprovassem os danos causados às mães e aos bebês caso fosse infectada pelo novo coronavírus. Mas, como sempre, Dr. Antonio me tranquilizou e, depois de conversar com Kleber, decidi tentar de novo. Retomei então o martírio das injeções -- dessa vez estou com cinco folículos! --, e montei uma estratégia tipo de guerra para cada vez que precisamos sair. Deixamos sapatos, celulares, a chave do carro e nossas roupas do lado de fora do nosso apartamento e, quanto entramos em casa, vamos direto para o banho. Limpo tudo na minha casa todos os dias, a toda hora.

Não sei ao certo se vou conseguir ser mãe, mas não posso desistir agora. Solitária e angustiante, essa jornada de agora não é muito diferente de todas as anteriores. Para não criar (mais) expectativas, não contamos nada a ninguém. É muito sofrido esse caminho, nossas famílias nos cobram demais. Quem netos a todo custo, como se eu não quisesse filhos também. Meu sonho está cada vez mais forte, presente. E vírus nenhum vai tirar isso de mim.”

 

Reino Unido fecha primeira cidade para evitar segunda onda do coronavírus

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Leicester estava prestes a relaxar as medidas de proteção, mas voltou atrás por conta dos novos casos de coronavírus (Foto: Getty Images)

 

Depois da Coreia do Sul ter registrado oficialmente a temida segunda onda do coronavírus, agora é a Inglaterra que está com medo de ser a próxima vítima. O país tem registrado um aumento do número de infectados e resolveu fechar a cidade de Leicester, o 10º maior município inglês, com quase 350 mil habitantes e que fica a 159 km de Londres. 

 

O secretário de saúde, Matt Hancock, anunciou que as lojas de varejo não essenciais na cidade devem fechar novamente a partir de terça-feira (30) e acrescentou que todas as escolas fecharão encerrarão as atividades a partir de quinta, mas permanecerão abertas aos filhos de trabalhadores e alunos vulneráveis.

De acordo com o site Metro.co.uk, ele também aconselhou que as viagens sejam canceladas, exceto as essenciais, e incentivou que o público volte a ficar em casa o máximo que puder. A ideia é que bares, restaurantes, hotéis e cabeleireiros em Leicester não poderão reabram, já que os casos de coronavírus ali são "três vezes mais altos que a próxima cidade mais alta".

As regras serão revisadas a cada duas semanas e o governo deve impor distanciamento social mais rígidos caso o público não respeitas as novas normas. 

"Decidimos que o varejo não essencial terá que fechar e, como as crianças foram particularmente afetadas por esse surto, as escolas também precisarão fechar a partir de quinta-feira, mantendo-se abertas para crianças vulneráveis ​​e filhos de trabalhadores críticos, como fizeram ao longo da pandemia", pontuou Matt.

O país já estava em fase de desconfinamento depois se tornar um dos maiores focos da doença na Europa. A previsão era que o relaxamento das medidas de proteção fossem adotadas no dia 6 de julho, mas não será mais possível retroceder.

Jovem com síndrome de Down se destaca no mundo moda e beleza após campanha

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Ellie Goldstein tem apenas 18 anos e já posou para um revista na Itália (Foto: Reprodução)

 

Ellie Goldstein tem apenas 18 anos, olhos verdes, cabelos castanhos, 1,42 m de altura e se tornou uma modelo requisitada no Reino Unido depois que participou de uma campanha da Gucci. A jovem é portadora da síndrome de Down e o que poderia ser um empecilho em sua carreira se tornou seu diferencial no mundo da moda e beleza.

 

Em sua conta do Instagram, ela se descreve como alguém "apaixonada por dança, drama e viver a vida ao máximo, seguindo minhas esperanças, sonhos e fama" e ganhou destaque depois de posar para a Vogue Itália e fazer uma campanha para a Gucci Beauty. Ela assinou com uma agência que representa pessoas com deficiência há pouco mais de três anos e o interesse por seu trabalho tem aparecido cada vez mais.

Yvonne Goldstein, mãe de Ellie, disse ao Metro.co.uk que todos estão incrivelmente orgulhosos  pela filha e pelos elogios que a jovem tem recebido nas redes sociais.

"Ela sempre amou estar no centro das atenções e em frente à câmera. É muito confiante e boa em tomar uma direção. Atualmente Ellie está fazendo um curso de artes cênicas na faculdade em Redbridge, na Inglaterra, e frequentou aulas de dança desde os cinco anos de idade", comentou.

A modelo está ansiosa para trabalhar para outras marcas e ver sua carreira nas passarelas e em look books crescer cada vez mais.

"Gostei muito da modelagem e adorei usar o vestido Gucci. Estou realmente orgulhosa da sessão de fotos e adoraria ser famosa. Estou ansiosa para modelar para outras marcas", prospectou.

Ellie Goldstein  (Foto: Reprodução)

 

Ellie Goldstein  (Foto: Reprodução)

 

Ellie Goldstein  (Foto: Reprodução)

 

Ellie Goldstein  (Foto: Reprodução)

 

Jornalista relata que teve aborto ao vivo na TV: "Perdi enquanto lia a notícia"

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Jornalista Miriama Kamo teve um aborto enquanto apresentava um telejornal (Foto: Reprodução)

 

A jornalista Miriama Kamo revelou que teve um aborto enquanto apresentava um telejornal ao vivo em uma emissora na Nova Zelândia. Em seu relato comovente, a âncora de 46 anos contou que estava lendo uma notícia quando sentiu algumas dores na barriga e sabia que estava perdendo seu bebê naquele momento.

 

"Perdi minha gravidez enquanto lia a notícia. Eu lembro que as câmeras estavam todas voltadas para mim naquela noite e eu pensei 'estou perdendo meu bebê, tem uma câmera apontada para mim, temos que chegar ao final deste boletim e depois vou lidar com isso”, narrou.

O depoimento foi feito para um pequeno documentário sobre abortos chamado Misconceptions no qual a jornalista revelou que tem endometrios e que já havia sofrido seis outros abortos. Ela tem uma filha, Te Rerehua Kamo Dreaver, de nove anos, e apresenta dois programas de atualidades para TVNZ, incluindo um dedicado ao conteúdo maori.

Outra entrevistada, Cathy Stephenson, disse que muitos casais não receberam nenhum apoio do governo depois de sofrer o aborto espontâneo.  

"Na maior parte da Nova Zelândia, sua gravidez é controlada por uma parteira, não pelo seu médico de família, mas muitas pessoas não podem ter uma parteira até as 12 semanas, então você realmente não sabe o que fazer", declarou.

A jornalista neozelandesa Miriama Kamo  (Foto: Reprodução/Youtube)

 

Atrizes negras reverenciam Isabel Fillardis: "Minha primeira grande referência"

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Isabel Fillardis recebeu homenagens de várias atrizes famosos que a identificaram como inspiração (Foto: Reprodução/Instagram)

 

Isabel Fillardis ganhou uma homenagem muito especial e o reconhecimento de Taís Araújo no Instagram nesta segunda-feira (30). A atriz de 46 anos, que já interpretou mais de 20 personagens na televisão, foi reconhecida pela colega como uma verdadeira referência para se tornar uma profissional de novelas.

"Quando eu comecei ela já brilhava. Foi muito por ela estar lá que eu também quis estar. Saber que ela podia me fez sentir possível também. Obrigada, Bel, por ter sido a minha primeira grande referência. Isabel Fillardis é atriz, cantora, apresentadora, produtora, mãe de três filhos e uma atriz que inspira", escreveu Taís em sua rede social.

 

Em seguida Juliana Alves, que começou sua carreira como bailarina do Domingão do Faustão, e participou do Big Brother Brasil 3, também prestou uma homenagem a Isabel. Hoje, depois de conquistar o seu espaço na televisão, também prestou sua homenagem à atriz.

"Ela me inspira por tudo que representa e por tudo que ela faz. Além de uma artista completa, é empreendedora ativista pelo meio ambiente e sustentabilidade. Entende que disso depende nosso futuro. Bel e sua família me deram muita força no início da minha carreira. Num momento que a maioria não acreditava que eu pudesse crescer. Obrigada, Bel! Que a gente esteja mais juntas, em nome das que nos abriram portas, em nome das que virão", declarou.

Pathy Dejesus agradeceu e falou sobre o respeito que tem pela carreira de Isabel na teledramaturgia. "Sobre gratidão e respeito. Sobre inspiração. Sobre amor. Obrigada, Isabel, e você também, Taís", disse.

Lucy Ramos também afirmou que se inspira na carreira da atriz e comentou seu apreço pela história dela. "Isabel Cristina Teodoro Fillardis, mais conhecida como Isabel Fillardis, atriz, cantora, apresentadora, produtora, mãe de 3 filhos, carioca da gema. Uma grande profissional, mulher que tanto admiro e respeito. A linda Bel iniciou na carreira artista com 15 anos em 1988, em uma época em que tinha muito a evoluir e aprender sobre o papel negro na arte (e o aprendizado continua). Imagine, você, por tudo que ela deve ter passado? Desbravou, chorou, sorriu, bateu pé, observou, venceu! Ela merece meus aplausos. Obrigada, Bel, por tanto. Você me inspira. Você é luz, você é amor".

Por fim, Isabel agradeceu todas as mensagens de carinho explícitas das atrizes. "Começar a semana com essa declaração que me invade o peito e refrigera minha alma. Por enquanto eu só digo: gratidão", finalizou.


Juntos há 53 anos, casal morre de coronavírus de mãos dadas

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Juntos há 53 anos, casal morre de Covi-19 de mãos dadas (Foto: Reprodução )

 

 

Um casal de idosos no Texas, nos Estados Unidos, não resistiu ao coronovírus e faleceu. Curtis e Betty Tarpley deram entrada no Harris Methodist Hospital na cidade de Fort Worth com um intervalo de dois dias, mas não suportaram o tratamento contra a Covid-19 e  morreram dentro de uma hora um do outro. Segundo informação do Today Show, eles estavam casados ​​há 53 anos e, em seus momentos finais, estavam de mãos dadas.

"Com os dois indo ao mesmo tempo, você não vê um deles triste ou triste pelo outro. Isso ajuda a aceitar a situação", disse o filho do casal, Tim Tarpley.

Betty Tarpley, de 80 anos, começou a mostrar sintomas antes do marido de 79 anos, informou Tarpley. "Meu pai sussurrava 'Ah, acho que ela tem essas coisas do coronavírus que você conhece'", disse ele.

 

Tim relatou a experiência de levar os pais ao hospital. "É a coisa mais triste de todas... Você os deixa sozinhos em um corredor, e eles entram na sala de emergência e você não os vê novamente", lamentou. No entanto, diz que ainda conseguiu se comunicar com a mãe antes de ela morrer, graças a mensagens de texto e com a ajuda de uma das enfermeiras.

"Acabei de dizer que ela era uma ótima mãe, mas será um anjo melhor", contou.

De acordo com dados da publicação, no Texas, há quase 4.300 novos casos da Covid-19 foram relatados na última segunda-feira, 29. Na manhã de terça-feira, o total de casos no estado superou os 153.000, com mais de 2.400 mortes. O sistema hospitalar Metodista de Houston informa que 60% dos casos são de pessoas com menos de 50 anos de idade.

Patrícia Marx sobre se assumir gay: "Fiquei com medo de falar sobre isso"

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Patrícia Marx  (Foto: reprodução/instagram)

 

Patrícia Marx correu para seu Instagram para agradecer o carinho dos seguidores. A cantora que recentemente assumiu um romance com uma mulher, disse que  considera o momento um divisor de águas em sua vida e confessa que ficou com medo da reação do público ao contar sobre seu relacionamento. 

Ela gravou alguns Stories em seu Instagram, ressaltando que foi acolhida pela comunidade e que esta é uma luta diária na vida dos homossexuais.

"Oi, gente! Tudo bem? Eu estou aqui para agradecer o carinho de tanta gente que eu tenho recebidos as mensagens aqui no Instgram, no feed, no inbox, WhatsApp, da comunidade LGBTQI+. Muito obrigada! Estou muito feliz e me sentindo muito acolhida carinhosamente por todos vocês. O meu abraço e o meu beijo e todo o meu amor. Eu nem esperava que fosse ter tanto carinho, sabia?", ressaltou.

 

Ela continua: "Eu fiquei com muito medo de falar sbre isso, mas eu precisava. É um divisor de águas e um momento muito especial para mim, na minha vida e na minha carreira. Um grande beijo. Amo vocês da comunidade. Estamos juntos nessa luta diária", finalizou.

No último domingo, quando se comemorou Dia do orgulho LGBT, Patrícia assumiu um romance com uma mulher ao publicar uma foto em que aparece ao lado dela. "Sou lésbica com muito orgulho! Estamos juntas, eu e o meu amor, Renata", escreveu a cantora na ocasião.

Patrícia Marx e Renata (Foto: reprodução/instagram)

 

As estampas que você vai ver e usar (sem parar) ainda este ano

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Estampas 2020: as apostas para os egundo semestre do ano (Foto: Getty)

 

Enquanto surfamos a onda do tie-dye - que parece estar onipresente e foi parar até na beleza --  já estamos de olho em outras estampas que tem potencial para substituí-la, principalmente quando as temperaturas começarem a subir. Algumas são conhecidas de longa data, como as "polka dots" (mais conhecidas como bolinhas) e o quadriculado da estampa vichy. Outras, como os florais com cara de estampa de cortina dos anos 70, estampa que pipocou em desfiles internacionais das temporadas de verão 2020 tanto quanto o tie-dye nos desfiles do final de 2018, prometem encher araras de lojas e colorir o feed do seu Instagram. 

A seguir, confira nossas apostas de estampas para o segundo semestre de 2020, com dicas e inspirações para adotá-las no dia a dia. 

Vichy

Conhecida de outras estações, a estampa vichy (o adrez quadradinho que parece toalha de piquenique) retorna - uma ótima oportunidade para desenterrar aquela peça antiga na estampa  que você já não usava mais. Se você ainda não tem uma, aposte principalmente em vestidos cheios de bossa retrô: com busto casinha de abelha ou com amarrações, mangas bufantes (sim, elas ainda continuam em alta). Camisas também são uma ótima opção, e podem ser casadas com jeans de cintura alta mais larguinhos. Não quer um full look na estampa vichy? Aposte nos scrunchies com a padronagem! 

Estampas 2020: padronagem vichy  (Foto: Getty)

 

Estampas 2020: padronagem vichy  (Foto: Getty)

 

Estampas 2020: padronagem vichy  (Foto: Reprodução/Aude Julie)

 

Anos 70

Direto da decoração dos anos 70, os florais de cara retrô e psicodélica foram uma das estampas dos desfiles de verão 2020. Fendi foi uma das marcas que se jogaram nesse print, que substitui as flores gráficas e com tom gótico da temporada anterior. Ultracoloridas e alegres, é a estampa que precisamos nesse momento.

Se quiser entrar a fundo na tendência, aposte nas camisas com colarinho triangular e bem pontudas -- preferidas de musas da década como Farah Fawcett. Minissais na estampa também trazdem o espírito da época. Para quem gosta apenas de um toque da estampa no look, pense em gravatas de seda, lenços -- que podem ser amarrados na cabeça como uma bandana -- para colorir a produção.

Estampas 2020: print floral nos anos 70  (Foto: Getty)

 

Estampas 2020: print floral nos anos 70  (Foto: Reprodução/Instagram)

 

Bolinhas

Vai estação, vem estação, a única certeza que existe é que a estampa de bolinha mais dia menos dia irá retornar. Seja em diferentes tamanhos ou em diferentes tecidos, as polka dots voltam de tempos em tempos e na próxima estação é a vez das bolas em tamanho grande. Ao invés do preto e branco, troque por combinações em tons pastel, em vestidos tipo camisola ou cheios de volume, numa referência ao maximalismo dos anos 80 (a referência são aqueles vestidos de formatura de filmes americanos, lembra?). 

 

Estampas 2020: estampa de bolinha (Foto: Getty)

 

Estampas 2020: estampa de bolinha (Foto: Reprodução/Instagram)

 

 

 

Carioca relata desafio de ser o único negro em renomado salão de beleza de Paris

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Hairstylist Amadeu Marins (Foto: Reprodução/ Instagram)

 

O hairstylist Amadeu Marins, de 27 anos, vive em Paris, na França, onde trabalha no salão de beleza do David Mallett, um dos mais renomados e considerado pelo ramo o melhor da cidade luz. Ele é o único brasileiro e negro no espaço e, devido ao reconhecimento que conquistou, integrou o time sem passar pelo tradicional programa de trainee. 

Nascido e criado em Manguinhos e morador de Pilares após o falecimento da mãe, ambos bairros da Zona Norte do Rio de Janeiro, Amadeu é expert em coloração e desenvolveu a tendência “afro ginger”, que caiu no gosto de famosas e anônimas. Em entrevista à Marie Claire, ele conta que se interessou pelo ramo da beleza "quase que sem querer".

Foi atleta de handball durante toda a adolescência, mas aos 22 anos, a convite de uma amiga, foi a uma de um instituto de beleza e descobriu sua paixão. A partir desse dia, se especializou com diversos cursos e sentiu que poderia conquistar o mundo. "Amei aquele mundo e de cara descobri que era aquilo que eu queria fazer, encantar pessoas através da transformação", diz. Consciente do desafio que foi seu caminho, Amadeu é também ativista do movimento negro e LGBTQIA+ e afirma que pretende "inspirar cada vez mais jovens de que é possível 'chegar lá'". Confira o papo: 

MARIE CLAIRE. Não podemos deixar de falar sobre à pandemia. Como ficou seu trabalho durante este período de isolamento?
AMADEU MARINS.
 Bem, aqui na França o vínculo empregatício dos salões é diferente, aqui sou empregado do salão, o que para nós no Brasil seria correspondente a um empregado “CLT”. Então, quando surgiu a pandemia todos do salão foram dispensados e ficamos de quarentena enquanto o governo pagou 84% dos nossos salários graças aos impostos que pagamos todos os meses.

MC. E faz pouco mais de um mês que reabriram os salões. Como tem funcionado?
AM.
Retomamos as atividades trabalhando intensamente, muitos agendamentos foram feitos imediatamente após o governo avisar sobre a reabertura dos salões. O salão foi reaberto com a premissa de seguir várias regras sanitárias, uso de mascaras para todos os profissionais e clientes respeito as distancias mínimas, de 2 metros, a instalação de barreiras de acrílico entre cada lavatório, um cliente por vez na sala de espera e o pagamento é feito direto na cadeira que o cliente foi atendido para evitar que a recepção fique cheia. Houve também uma mudança na distribuição de alimentos e bebidas, os clientes não podem mais comer nem beber, o que era oferecido bastante anteriormente no salão, apenas garrafas plásticas individuais são dadas caso o cliente realmente queira beber algo, uma medida para diminuir a contaminação.

Hairstylist Amadeu Marins (Foto: Reprodução/ Instagram)

 

MC. Qual é o “novo normal” pra você em sua profissão no pós-pandemia?
AM
. Entendo que o “novo normal” tenha a ver com a valorização dos pequenos profissionais, do atendimento individual, contrastando com o que sempre vimos, salões lotados, muitos clientes por vez e muita gente aglomerada ao mesmo tempo e no mesmo espaço. Acredito que haverá ainda mais respeito as medidas sanitárias, já que ainda não sabemos quando e como essa pandemia vai passar, teremos que redobrar nossos cuidados com a higiene e com a proteção contra o vírus. Acredito que no Brasil temos uma vantagem, somos um povo muito higiênico e nos adaptamos bem as regras higiênicas e sanitárias.

MC. Este período mudou algo em relação ao seu desejo de voltar ao Brasil?
AM. 
Não mudou nada, gosto de estar no exterior, mas vejo estar morando fora como uma fase, gosto muito do Brasil e entendo essa minha fase atual como uma espécie de intercambio tanto cultural quanto profissional. Tenho sim muita vontade de ser mais reconhecido internacionalmente, mas não penso em não voltar ao Brasil.

MC. Agora, voltando ao início da sua carreira, como foi de atleta a profissional da beleza?
AM. 
Tive uma infância muito dura, perdi meus pais muito cedo e fui criado por diferentes famílias, o que me trouxe várias visões de mundo, experiencias positivas mais muito mais negativas. O esporte apareceu para mim através de uma paixão despertada nas aulas de educação física. Me apaixonei de cara pelo handebol e quando percebi já estava jogando profissionalmente. O esporte me ensinou a ter disciplina, me ajudou a viajar pelo Brasil, me permitiu ter bolsas de estudos em vários colégios particulares, que na época eram tão distantes da minha realidade financeira. Após um acidente no joelho, as vésperas de ser contratado por um clube na Suécia para jogar profissionalmente vi minha carreira no esporte desabar e não pude mais jogar durante muito tempo. Foi quando resolvi seguir uma vida muito mais “burocrática”. Fui de estagiário do Branco do Brasil a vendedor e gerente de lojas em shopping, e um dia trabalhando em uma loja, uma amiga me convidou para uma palestra no Instituto L’Oréal Professionnel da Tijuca. Eu amei aquele mundo e de cara descobri que era aquilo que eu queria fazer, encantar pessoas através da transformação.

MC. E como é ser um homem negro dentro deste mercado?
AM.
A maioria das pessoas da área são brancas, vendo isso eu procurei estudar e me especializar em excelentes formações tanto no Brasil quanto no exterior, para buscar ser uma referência, já que sempre fui um dos únicos profissionais negros dentro dos salões pelos quais eu passei. Buscando assim inspirar outros jovens negros a querer ocupar esses espaços com seus talentos, mostrando para eles do que somos capazes.

Hairstylist Amadeu Marins (Foto: Reprodução/ Instagram)

 

MC. Você acredita que fez uma revolução dentro do ramo ao ser um militante da causa racial e LGBTQIA+?
AM.
 Durante muito tempo eu percebi que havia a falta de profissionais que defendessem essas bandeiras então passei a estudar e pesquisar sobre os movimentos e convidei pessoas que são referencias para fazer cabelo comigo, fazendo assim com que pessoas negras e LGBTQIA+ ocupassem os salões de luxo pelos quais eu passei.

MC. Você sentiu medo ou boicote por ser ativista?
AM.
Eu não senti medo, mas senti uma pressão por parte das outras pessoas do ambiente por não estarem adaptadas, afinal tudo isso para eles era “estranho aos olhos”.

MC. Muitos de nós negros nos deparamos com a síndrome do impostor. Aconteceu/acontece com você?
AM.
Sim, por ter sido criado por uma família branca existia uma cobrança para que eu “desse certo na vida”. Já que normalmente as pessoas pretas em sua maioria não tinha acesso a boas escolas etc. Minha família dizia que eu tinha que ser sempre o melhor por ser negro. Hoje em dia, sinto ainda muita pressão, mas acredito que o autoconhecimento me ajudou muito a saber lidar com essa pressão.

 

MC. Cmo é ser o único negro e brasileiro no melhor salão de Paris?
AM.
Há um pouco de pressão pelo fato da maior parte da equipe ser formada por europeus e asiáticos, mas sigo mostrando o potencial do meu trabalho. Tenho aproveitado esse diferencial para reforçar e representar minha identidade afro-brasileira, é algo muito interessante para vários dos meus colegas de trabalho já que muitos não conhecem sobre a nossa cultura. Através do meu Instagram, tento mostrar ao máximo meu dia a dia no salão, buscando inspirar outras pessoas, principalmente jovens profissionais pretos.

MC. Tem feito sucesso a tendência afro ginger, não é? Pode me contar mais sobre ela?
AM.
 A cor ruiva sempre foi indicada para pessoas brancas e ao conversar com amigos resolvi buscar referencias de ruivos negros naturais, ao descobrir que existem de fato negros ruivos naturais desenvolvi uma técnica de coloração para aplicar em negros. Os resultados são incríveis, muitas pessoas negras não acreditam que podem ficar ruivas, mas quando veem o resultado ficam encantadas.

MC. Quais são seus sonhos pro futuro?
AM.
Quero poder levar meu nome e meu trabalho para as grandes cidades do mundo, inspirar cada vez mais jovens de que é possível “chegar lá”. Que com muita resiliência e muita, resistência e muito trabalho, podemos sim alcançar nossos objetivos mais almejados. Gostaria muito de ter uma academia, para através do ensino, possibilitar com que pessoas se profissionalizem, o Brasil tem muito potencial na área da beleza e temos profissionais únicos, que além do talento carregam consigo a arte de bem atender os clientes e de encantá-los.

Hairstylist Amadeu Marins (Foto: Reprodução/ Instagram)

 

Entregadoras de aplicativo trabalham na absoluta precarização e acompanhadas do medo

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O turno de Jaqueline* começou às 11h e ela ainda trabalhará até as 22h, com pausas de 20 minutos a cada turno de 4 horas. Quem não para é melhor pontuado pelo sistema do aplicativo em que ela está cadastrada como entregadora. "Só agora, às 18h30, consegui comer e usar o banheiro pela primeira vez. Os homens até podem se virar na rua, mas para as mulheres só nos resta segurar o xixi o dia inteiro. Quando estamos menstruadas é mais pesado ainda. Indigno", conta.

A rotina indigna e perigosa das entregadoras de aplicativo, que trabalham na absoluta precarização, em jornadas intensas e acompanhadas do medo (Foto: Mariana Simonetti)

 

Com 31 anos, virou entregadora após o bar em que trabalha em São Paulo praticamente fechar as portas durante a pandemia. Bartender com curso de mixologia e produção de ingredientes, ela passou a trabalhar apenas 2 dias por semana em horários reduzidos e viu seu salário de R$ 4 mil ser cortado para R$ 600. Cadastrou-se no aplicativo iFood para complementar a receita e recebeu o auxílio emergencial do governo, mas nem com as três rendas somadas consegue pagar o aluguel e está sob ameaça de despejo. O máximo que recebeu pelo aplicativo foi R$ 840 em duas semanas.

Jaqueline vive sozinha num apartamento na região central da cidade, uma imensa vantagem em relação à maioria dos entregadores, que vivem na periferia e trabalham no centro. Por morar perto de onde entrega, ela consegue fazer uma refeição e usar o banheiro em casa, além de não ter que pedalar longas distâncias para começar e terminar o dia.

"Meu medo de me infectar com Covid durou uma semana. Não tenho outra opção para me virar, então ignoro a pandemia e nem penso nisso", diz. O iFood fornece três máscaras e um frasco de álcool em gel de 500ml para os entregadores a cada mês, mas a maior parte desses profissionais não têm acesso a uma pia para lavar as mãos.

Não há número oficial do total de entregadores de aplicativo no Brasil, tampouco que mostre participação por gênero, mas um levantamento digital feito por uma equipe de pesquisadores que fazem parte da REMIR (Rede de Estudos e Monitoramento da Reforma Trabalhista) mostra que 94,6% da categoria é formada por homens. As mulheres são uma pequena minoria, com desafios próprios. Jaqueline cita alguns: além da falta de banheiro, o maior risco de sofrerem um assalto e o desgaste físico, principalmente para as ciclistas. Até comprar uma bicicleta motorizada, com a ajuda financeira da dona do bar em que trabalha e de um colega, não pedalava à noite por medo de ser roubada. Agora trabalha no mínimo dois turnos de quatro horas por dia.

"Um dos momentos de maior estalo para eu ficar esperta na rua foi um domingo à tarde, na Liberdade [bairro na região central de São Paulo]. Um casal me viu à distância, foi pro meio da pista e disse para eu descer da bike. Eu fiquei assustada e meti marcha, passando por eles correndo, porque pra voltar seria um subida e eu não tenho esse pulmão todo. Consegui passar a milhão, a menina tentou me puxar pela blusa para derrubar da bike e raspou a mão, mas não conseguiu pegar, então jogaram pedra em mim. Consegui escapar. Depois disso, comprei uma bike motorizada para conseguir fugir de ladrão. Detalhe que essa bike que eu estava trabalhando nem era minha, peguei emprestada de um colega do bar. Se me roubassem não conseguiria comprar outra", conta Jaqueline.

Tirza Ferreira, de 21 anos, é estudante de Pedagogia em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, e virou entregadora da Rappi há 4 meses, depois que teve a bolsa acadêmica cortada. Também trabalha como babá para complementar a renda e faz entregas para restaurantes por fora do aplicativo. Vive com a mãe, desempregada, que não recebe mais seguro desemprego. "Tenho muito medo de levar o vírus para dentro de casa. Minha mãe é hipertensa e tem receio por mim e por ela, que perdeu o pai por doenças respiratórias. Isso foi um baque. Não quero trazer qualquer sofrimento pra ela", relata.

Tirza Ferreira, de 21 anos, é estudante de Pedagogia em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, e virou entregadora da Rappi há 4 meses (Foto: Mariana Simonetti)

 

Segundo Tirza, a Rappi não disponibiliza nenhum EPI (equipamento de proteção individual) para os entregadores se protegerem do vírus. "Nem uma gota de álcool em gel. Nem capacete os caras disponibilizam. Eu consegui um capacete, que é algo caro, pra andar na bike esse final de semana com uma menina aqui de Porto Alegre. Fiz um tweet pedindo um emprestado um e aí ela vai me dar um. Vou pegar amanhã. A bag [mochila usada pelos entregadores], tive que comprar e é caro. Custa de 70 a 100 reais a usada."

A estudante faz entregas de bicicleta, seis dias por semana, 3 horas por dia. Consegue aproximadamente R$ 200 por mês do aplicativo. Diz que não pedala à noite por medo. "Recebemos muita cantada, de cliente, dos próprios colegas entregadores ou de quem passa na rua. Tenho medo de ser vítima da cultura do estupro. Recebemos xingamento também. Passo muito perrengue, gente de carro querendo me fechar".

Com os joelhos lesionados, Tirza pedala com dor. Conseguiu comprar anti inflamatórios e pagar uma consulta médica com a ajuda financeira de donas de restaurantes para os quais trabalha como entregadora.

A estudante, que faz parte do movimento Entregadores Antifascistas, aderiu à greve, que acontece em diversas capitais brasileiras e inclusive em países da América Latina, nesta quarta-feira (1) e ajudou a organizá-la. "Não é só um protesto contra o descaso dos aplicativos, mas em defesa dos direitos da classe trabalhadora. Temos que construir modelos que contemplem as demandas da classe, totalmente precarizada, cada vez mais jogada no mercado do trabalho. Eu percorro 50km por dia em média para conseguir uma merreca. É absurdo, desolador".

Segundo Ana Claudia Cardoso, professora da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora) e uma das realizadoras da pesquisa da REMIR, citada acima, o fenômeno da "uberização" é global, mas no Brasil o quadro é especialmente preocupante. "Com o aprofundamento do neoliberalismo, tivemos uma ação do Estado no sentido de reduzir os direitos dos trabalhadores e destruir diversas instituições que os defendem. Com isso se deixou um espaço mais livre para as empresas agirem da forma como sempre agiram, na busca pelo lucro. A questão da uberização se insere nessa lógica. No Brasil é uma situação ainda mais complicada porque temos uma piora das condições de trabalho desde 2017, com o aumento do desemprego, da informalidade e da precarização no mercado de trabalho. A reforma trabalhista liberou a terceirização para diversas setores da economia e criou a figura do trabalho intermitente".

O termo "uberização" tem sido utilizado para se referir a toda forma de mediação de mão de obra a partir de aplicativos de tecnologia, explica Tainã Góis, advogada trabalhista, co-fundadora da Rede Feminista de Juristas e pesquisadora do Grupo de Pesquisa Trabalho e Capital (GPTC) da Universidade de São Paulo. "Existe uma falsa dicotomia que coloca de um lado as más condições, e por outro o aumento do número de postos de trabalho e os horários mais flexíveis. Mas essas duas coisas não são necessariamente excludentes. Como já vimos pelos números de empregos após a reforma trabalhista, não é menos proteção social que gera mais postos de trabalho. Ainda, as más condições de trabalho não têm a ver com a flexibilidade de horários, e sim com a total desresponsabilização das empresas com a situação na qual trabalham os empregados, não fornecendo, por exemplo, equipamentos e proteção, ou não oferecendo qualquer auxílio em caso de acidentes. Nesse sentido, o que se discute não é apenas um modelo mais flexível de trabalho, mas que nesse modelo específico a maior parte dos ônus ficam com os trabalhadores", diz a advogada.

Há duas modalidades em que os entregadores de aplicativo podem trabalhar: OL (operador logístico) e nuvem. Jaqueline optou pela primeira, já que por ela o cadastro é aceito em menor tempo. A diferença entre as duas opções é que os OLs têm prioridade nas corridas que chegam ao aplicativo e trabalham com uma escala de horários e dias determinados, controlados pelos operadores logísticos. Além disso, só podem entregar numa área limitada. Os nuvens não possuem chefe e decidem quando e onde vão trabalhar.

"Me disseram que pelo OL eu teria horário fixo, mas poderia escolher o turno no qual trabalharia. Não é bem assim. Se eu decidir folgar todo domingo, mas chegar no dia e já tiver gente demais folgando, tenho que deixar para próxima semana. E o mesmo vale para a escolha dos turnos. Temos algumas cobranças tipo CLT, com relação a rigor no horário de trabalho, mas sem suporte nenhum. Se tivermos a bike ou moto roubada em horário de trabalho, não será ressarcido. Nunca vi o meu operador logístico. Só nos falamos por WhatsApp. E quando temos algum imprevisto na rua e precisamos acionar o suporte, só conseguimos falar com robôs. Uma hora é o pneu que fura, o celular cai e quebra a tela, a chuva estraga o celular, o carro que bate na gente, uma dor de barriga porque comemos em qualquer lugar rápido. São muitas coisas que acontecem que só quem está na rua sabe. Quem está no conforto do sofá, na frente do computador, não sabe de nada ", diz Jaqueline. Ela já entrou com solicitação para migrar para a modalidade nuvem, mas o pedido ainda precisa ser aceito pelo OL, que então tem de descadastrá-la e transferi-la.

Para a pesquisadora Ana Claudia, a lua de mel que aparentava existir entre as plataformas digitais e os trabalhadores chegou ao fim. Segundo ela, não há reajuste das tarifas de entregas há 3 anos, apesar da inflação - o que significa que para comprar a mesma coisa o profissional é obrigado a trabalhar mais horas. "Na pesquisa que fizemos, apontamos que grande parte dos trabalhadores labora mais de 11 horas. Como ter flexibilidade de horário se a pessoa trabalha de 9 a 11 horas por dia? Quando perguntamos sobre a quantidade dias na semana que essas pessoas trabalham, 77% laboram entre 6 e 7 dias."

Apesar de apoiar a paralisação dos entregadores, Jaqueline tem medo de aderir à greve e ser expulsa da plataforma. Por ser OL, diz ela, perceberiam que não está trabalhando.

"Eles não querem vínculo mas cobram como se eu fosse funcionária. Se eu logo 10 minutos depois do início do meu turno, sou questionada. Tenho que comunicar ao meu OL se quero pausar mais de 20 minutos. E não temos ajuda para nada, trocar câmara de pneu, comprar capacete, capa de chuva. Já fui atropelada por um carro. Sofri o acidente, levantei e continuei andando. Se paro no meu turno, minha pontuação baixa. O aplicativo adora dizer que somos empreendedores, mas é pura mentira", diz ela.

Uma das principais reclamações dos entregadores são os bloqueios que sofrem pelos aplicativos sem explicações ou prazo de retorno ao trabalho. Jaqueline conta que uma moradora reclamou após ela se recusar a subir para entregar o pedido no apartamento, por medo de ter a bicicleta roubada caso a deixasse na rua. "Muitos prédios não deixam a gente entrar com a bike", diz a entregadora. Logo em seguida ela ficou bloqueada pelo resto da noite.

Em outro episódio, trabalhando no turno noturno, rejeitou duas corridas para bairros que considerou perigosos e foi bloqueada. "Então é mais uma mentira a de que a gente aceita a corrida que quiser, a hora que quiser. Porque se a gente rejeita a corrida, somos bloqueados, a pontuação cai. Como OL, não posso nem desligar o aplicativo porque tenho que cumprir horário, mesmo que não esteja chegando entrega para mim. Às vezes fico 2 ou 3 horas parada, mas preciso estar à disposição."

A categoria também reivindica controle do peso das entregas, principalmente para quem usa a bicicleta. "Já tive uma bag quebrada porque fui pegar uma compra no supermercado com galão de água, amaciante e estourou o isopor. Tive que comprar outra bag, que custa R$ 120. Para fazer uma entrega de taxa mínima, de 5 reais, eu posso ter que pedalar em média 4 km. Quanto que eu tenho que pedalar para comprar uma bag nova?", questiona Jaqueline.

A pontuação dos profissionais, nota que determina a quantidade de entregas direcionadas a eles, diminui se, por exemplo, o cliente reclamar que não recebeu o pedido. O problema, de acordo com Jaqueline, é que não há nenhuma ferramenta para garantir se de fato o produto chegou ou não. O único registro possível é o cliente mandar uma mensagem no chat do aplicativo confirmando que a entrega foi feita, o que muitas vezes não acontece. Se o entregador não recebe a confirmação e devolve o pedido, o aplicativo paga apenas a metade da rota.

"Um detalhe é que esse valor referente à metade nem aparece na minha tela. Diz o suporte que ele aparece no meu extrato no sistema do meu operador logístico. Nunca vi esse extrato. Até o momento nunca tive problema com datas e repasse de pagamento, porém não posso afirmar que recebi todas esses valores porque nunca tive acesso a esses extratos.  Apenas tenho acesso ao de rotas finalizadas e esses outros valores podem passar batido", diz Jaqueline.

Segundo Tainã, não existe uma regulamentação específica para a condição de trabalho "uberizado": "Em geral, os juristas se dividem entre aqueles que acreditam que é um modelo inovador e aqueles que entendem que é apenas uma nova forma de precarização e que, portanto, todos os trabalhos deveriam ser celetizados. Ainda existe um meio de campo de pessoas que acreditam que deva haver uma regulamentação mais clara sobre o tema, já que não temos nenhuma lei específica. Um caso interessante para entender como funciona é o do processo contra o aplicativo Loggi. O Ministério Público do Trabalho entrou com uma ação requerendo o reconhecimento de vínculo de todos os empregados. A primeira instância de São Paulo, no fim do ano passado, deu uma sentença reconhecendo o vínculo e obrigando a Loggi a contratar diretamente todos os entregadores. A Loggi recorreu e o Tribunal suspendeu a decisão liminarmente, mas o julgamento ainda está pendente. Não temos ainda consolidada jurisprudência favorável ao reconhecimento de vínculo. Em geral o Judiciário declara que são empregados autônomos, ou as empresas fazem um acordo antes do fim do processo".

Thamyres Souza, 26 anos, trabalha como entregadora na modalidade nuvem dos aplicativos iFood e Ubereats em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Faz faculdade de Medicina Veterinária durante as manhãs e trabalha como auxiliar administrativa à tarde. De quinta a domingo, durante a noite, sai de moto para complementar a renda com entregas.

"É complicado trabalhar à noite. Ficamos vulneráveis. Temos que tomar cuidados para prezar pela segurança. Não costumo aceitar rotas em bairros muito distantes. Quando vejo que é bairro perigoso, costumo não ir, mas a Uber não avisa onde você tem que fazer entrega. Dá bastante medo, mas até agora nunca fui assaltada", conta.

Thamyres Souza, 26 anos, trabalha como entregadora na modalidade nuvem dos aplicativos iFood e Ubereats em Ribeirão Preto, interior de São Paulo (Foto: Mariana Simonetti)

 

Thamyres diz que o iFood disponibilizou máscaras e álcool em gel para os entregadores, mas que nunca recebeu a mensagem para ir buscá-los, e a Ubereats não forneceu nada. Ela então teve que comprar os equipamentos de proteção por conta própria. A estudante diz que toma todos os cuidados para não levar a Covid-19 para dentro de casa, já que mora com os pais e a mãe é do grupo de risco por ter contraído uma doença autoimune. O pai, encanador, tem trabalhado pouco desde o começo da pandemia e a mãe é dona de casa, então a renda extra como entregadora ficou ainda mais importante para a família. "Os ganhos são bem variáveis, depende muito da oferta na região, da quantidade de horas trabalhadas. Já consegui tirar uns R$ 400 reais por mês", diz.

A entregadora apoia a greve e não trabalhará nesta quarta-feira. "É o motoboy que paga pelo erro até do cliente. A corda sempre arrebenta pro lado mais fraco. Aumentou muito o número de motos na rua, com pessoas que perderam o emprego na crise e acabaram migrando para esses aplicativos. Também por causa da crise, diminuiu-se o número de pedidos, porque as pessoas estão cortando gastos. Então as taxas pagas aos entregadores estão muito baixas. Muitos motoboys para poucos pedidos. Os aplicativos fazem o que querem. Eu espero que a greve mude alguma coisa, cause algum impacto para o pessoal repensar como a categoria é desvalorizada pelo tanto de risco que a gente corre".

Procurada pela reportagem, a Uber respondeu que oferece reembolso para os profissionais do aplicativo que comprarem os próprios equipamentos de proteção individual, auxílio financeiro por 14 dias aos que contraírem Covid-19 e possui um centro de higienização para uso dos trabalhadores em São Paulo. Sobre a greve, a empresa afirma que não há penalidade aos profissionais que "se manifestam publicamente".

O iFood, por meio da assessoria, disse que "em nenhuma hipótese entregadores são desativados por participar de movimentos". Jaqueline afirma que o aplicativo usa o sistema de pontuação e enviou à reportagem prints de conversas em que o operador logístico da frota se refere a ele para justificar cortes na equipe.

O iFood alega que não possui um sistema de ranking e nem de pontuação: "O algoritmo de alocação de pedidos leva em consideração fatores como, por exemplo, a disponibilidade e localização do entregador e a distância entre restaurante e consumidor". Informou também não ter nenhuma ingerência entre o OL e o entregador e que o prazo de migração para a modalidade "nuvem" é de 90 dias.

A Rappi não se posicionou até o fechamento deste texto.
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