Mais do que em qualquer outra rede social, o Instagram se tornou um lugar onde tendências - seja de beleza, moda, até fotografia - nascem, vivem e morrem (às vezes muito cedo ou muito tarde). É o caso de manias como a do pé de Barbie, lembra?
E mais nova tendência a pipocar nas redes não é uma peça de roupa nem uma máscara facial e sim... uma pose. É o caso das jazz legs (as "pernas de jazz", em tradução livre), que foram detectadas pelo site Who What Wear. Celebridades, influencers, anônimos, parece que a pose -- que consiste em se colocar em um ângulo 3/4 em relação ao espelho, dobrar uma perna enquanto a outra fica esticada, lembrando um passo de dança à la Bob Fosse (por isso o nome) -- vem lançando mão da postura.
A modelo e atriz Rosie Huntington-Whiteley é a maior embaixadora da nova tendência e vem testando a pose por aí. Segundo a editora e influenciadora Kristen Mary Nichols, a pose garante pernas mais alongadas e uma selfie no mínimo, divertida -- e talvez, mais fotogênica. E vc, vai adotar?
“Me casei com Kleber em 2014, depois de uma série de racionamentos abusivos. Foi um festa linda, no campo, ao entardecer, com todos os nossos amigos e familiares reunidos. Já falávamos sobre filhos, mas, como eu tinha acabado de me formar, queria ter um tempo para me estabilizar na carreira para dar aos nossos filhos o que nunca tivemos. Acontece que meu relógio biológico não entrou em acordo com meus planos e começou, de fato, a apitar. Conseguir me segurar por dois anos, quando parei de tomar meu anticoncepcional. No início de 2017, porém, nada havia acontecido. Como meu ginecologista havia me dado o prazo de um ano, voltei ao consultório. Além dos exames tradicionais, ele me pediu uma histerossalpingografia, que introduz um catéter bem fino no útero para tirar um raio X. E foi constatado que eu tinha a trompa esquerda obstruída, provavelmente, por conta de uma cirurgia de retirada de cisto que fiz aos 19 anos. Mas ainda me sobrava a trompa direita e o médico disse que eu não teria problemas para engravidar.
Mais um ano se passou e, para minha total frustação, nada aconteceu. Parecia que todo mundo engravidava menos eu. Passei a ter raiva das grávidas próximas a mim, chorei muitas vezes no banheiro pelas amigas que conseguiam ter filho.
No início de 2018, resolvi que devia ir atrás de uma segunda opinião médica e fui me consultar com uma especialista em fertilização. Depois de avaliar meus exames, me disse que eu tinha que fazer uma fertilização depressa, que seria uma corrida contra o tempo. Estava prestes a completar 35 anos e, segundo ela, meu tempo estava acabando. Aí me pediu mais uma bateria de testes e falou que eu nunca conseguiria engravidar naturalmente. Sai da consulta chocada, e voltei a me consultar com o meu antigo ginecologista. Ele disse que todos os médicos tentariam me vender algum tratamento para ganhar dinheiro nas minhas costas. E, mais uma vez, falou que eu não precisava fazer nada além de ‘namorar muito’. Saí de lá superconfusa e decidi não esperar mais. Marquei então uma visita a um infertileuta, profissional especialista em infertilidade.
Cheguei ao consultório ainda muito fragilizada, meu marido foi comigo. Ele olhou os exames e, sem nem olhar direito na nossa cara, falou que eu jamais engravidaria naturalmente porque meu problema era nas duas trompas. Só me restava fazer uma fertilização in vitro. Antes de eu perguntar alguma coisa, já foi me passando os valores do procedimento, da medicação, de tudo que envolvia o futuro procedimento.
Saí de lá arrasada, me sentindo um lixo. Peguei meu carro e dirigi até a casa dos meus pais, em Juquitiba. Precisava de colo. Depois de muito chorar, respirei fundo e pensei que não poderia ser fraca. Precisava ir atrás de uma solução para realizar meu desejo de ser mãe.
Nessa época, eu era coordenadora de obras em uma incorporadora, ganhava relativamente bem, mas naquele momento não tínhamos muito dinheiro guardado para fazer nenhum tratamento e, então, tivemos que esperar. Nesse meio tempo, fiz uma pós graduação, estudei inglês e francês, fiz tudo que era necessário para melhorar meu currículo. Mas, a essa altura do campeonato, nada disso me deixava realizada como antes. Só pensava em engravidar. Sei lá, era como se não fizesse mais sentido correr atrás de tantas coisas, se o que o que eu mais queria não estava ao meu alcance.
Em julho do ano passado, com o dinheiro das minhas férias mais o bônus de uma obra entregue, consegui fazer o caixa que precisava para começar o tratamento. Voltei então à medica com quem havia me consultado no início de 2018 e, para minha alegria, a conversa foi outra. Ela disse que eu poderia tentar o coito programado com injeções hormonais pelo menos três vezes, antes de partir para a fertilização porque, apesar de a mobilidade da minha trompa esquerda mesmo estar diminuída, ela ainda funcionava.
A essa altura se me falassem que tomar xixi todos os dias de manhã seria bom pra engravidar, eu tomaria. Faria qualquer coisa pra ser mãe. Tentamos, então, em agosto e em outubro e, de novo, não deu certo. Fui ao inferno mais uma vez, me sentia completamente fracassada. Mas meu marido, sempre companheiro e amigo, toda vez conseguia me trazer de volta à razão dizendo que tudo isso se resolveria.
Nessa época, ele viu um médico nas redes sociais que parecia ser referência em fertilização e que atendia em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Ele publicava as histórias de sucesso pacientes anônimas e trouxe de volta a minha esperança. Marcamos a consulta com o Dr. Antonio Miziara, e viajamos até lá com exames, expectativa e todo o meu desejo de ser mãe a tiracolo.
Pela primeira vez, encontramos um médico humanizado, que nos ouviu sem pressa, tirou todas as nossas dúvidas e respeitou os nossos medos. Voltamos para São Paulo com muitas receitas de vitaminas e pedidos de exames. Até então, ninguém havia posto em xeque a fertilidade do meu marido, e descobrimos que ele tinha alto índice de fragmentação de DNA no espermatozoide, que é uma perda na integridade na cadeia de DNA e reduz a capacidade de fecundação. Foi detectado ainda que minha reserva ovariana estava baixa -- ou seja, aquela médica havia desperdiçado o que já era escasso.
Estava no meio de uma obra quando peguei esse maldito resultado. Naquele momento, pensei que ter estudado tanto, me dedicado tanto à carreira já não fazia mais nenhum sentido. Havia deixado o tempo passar e, com ele, minhas chances de ser.
Dr. Antonio foi muito preciso em sua avaliação. Disse que teríamos mesmo que fazer uma fertilização in vitro, mas que antes precisávamos cuidar do problema do meu marido. Em dezembro de 2019, demos início ao tratamento. Além das várias vitaminas e coenzimas que tomava, Kleber parou de fumar, melhoramos a nossa alimentação e voltei a fazer exercícios.
No fim de fevereiro, meu marido repetiu os exames e a fragmentação havia melhorado. Fiquei radiante. Finalmente, poderíamos iniciar os procedimentos para a fertilização. Eu mesma aplicava em minha barriga injeções para estimular a produção de folículos. Superemotiva e com quase 10 quilos a mais, realizava um ultrassom transvaginal a cada três dias para acompanhar a evolução do tratamento. Animados, passamos a fazer planos para o bebê, escolher nomes e imaginar como seria a nossa vida com um filho.
Parecia tudo certo para, finalmente, começar o procedimento da fertilização em si. Fiz então a coleta dos óvulos e, dos três que produzi, somente dois estavam maduros e foram fecundados. No dia seguinte, porém, Dr. Antonio me ligou e avisou que, apesar desses dois óvulos terem fertilizado, não poderíamos seguir adiante porque os embriões estavam alterados e teriam que ser descartados.
Comecei a chorar desesperadamente, joguei o celular longe. Tinha uma casa, um trabalho legal, condições de dar uma vida confotável a uma criança, mas não conseguia engravidar. Não era justo.
Depois de alguns dias, conversei com Dr Antonio e decidimos fazer um novo estímulo. Fiz alguns ultrassons para avaliar o momento certo para começar as injeções, comprei tudo novamente, até que recebi a notícia-bomba: devido à orientação da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida, por causa da pandemia do novo coronavírus, não poderíamos retomar o tratamento -- somente pacientes que já estavam no meio do processo de fertilização poderiam continuar.
Foi devastador. Parecia que estavam tirando de mim o direito de ser mãe. Meu médico pediu que eu mantivesse o foco, continuasse tomando minhas vitaminas e os antioxidantes. Retomaríamos o tratamento quando tudo melhorasse, sabe-se lá quando. Indignada, só pensava que eu era a pessoa mais ferrada da vida. Que, na hora que tinha dinheiro o suficiente para seguir adiante com meu sonho, a vida me tirava o que eu mais queria.
Surtei. Bebi, fumei, comi tudo o que queria. Dane-se. Se eu não podia ter filho, ia aproveitar meus dias sem me privar de mais nada. Mas a verdade é que me sentia morta por dentro, totalmente frustrada. Criei uma repulsa maluca por grávidas, não conseguia ver mais nada em relação a isso. Em meus piores momentos, já pensei até em pedir o divórcio para que meu marido conheça outra pessoa capaz de gerar um filho dele.
No fim de abril, no entanto, Dr. Antonio me ligou e disse que a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida havia liberado a realização de procedimentos em mulheres com problemas oncológicos e que podem entrar na menopausa a qualquer momento, meu caso. No início, fiquei relutante. Não me sentia segura em retomar o tratamento sem ter bases cientificas que comprovassem os danos causados às mães e aos bebês caso fosse infectada pelo novo coronavírus. Mas, como sempre, Dr. Antonio me tranquilizou e, depois de conversar com Kleber, decidi tentar de novo. Retomei então o martírio das injeções -- dessa vez estou com cinco folículos! --, e montei uma estratégia tipo de guerra para cada vez que precisamos sair. Deixamos sapatos, celulares, a chave do carro e nossas roupas do lado de fora do nosso apartamento e, quanto entramos em casa, vamos direto para o banho. Limpo tudo na minha casa todos os dias, a toda hora.
Não sei ao certo se vou conseguir ser mãe, mas não posso desistir agora. Solitária e angustiante, essa jornada de agora não é muito diferente de todas as anteriores. Para não criar (mais) expectativas, não contamos nada a ninguém. É muito sofrido esse caminho, nossas famílias nos cobram demais. Quem netos a todo custo, como se eu não quisesse filhos também. Meu sonho está cada vez mais forte, presente. E vírus nenhum vai tirar isso de mim.”
Depois da Coreia do Sul ter registrado oficialmente a temida segunda onda do coronavírus, agora é a Inglaterra que está com medo de ser a próxima vítima. O país tem registrado um aumento do número de infectados e resolveu fechar a cidade de Leicester, o 10º maior município inglês, com quase 350 mil habitantes e que fica a 159 km de Londres.
O secretário de saúde, Matt Hancock, anunciou que as lojas de varejo não essenciais na cidade devem fechar novamente a partir de terça-feira (30) e acrescentou que todas as escolas fecharão encerrarão as atividades a partir de quinta, mas permanecerão abertas aos filhos de trabalhadores e alunos vulneráveis.
De acordo com o site Metro.co.uk, ele também aconselhou que as viagens sejam canceladas, exceto as essenciais, e incentivou que o público volte a ficar em casa o máximo que puder. A ideia é que bares, restaurantes, hotéis e cabeleireiros em Leicester não poderão reabram, já que os casos de coronavírus ali são "três vezes mais altos que a próxima cidade mais alta".
As regras serão revisadas a cada duas semanas e o governo deve impor distanciamento social mais rígidos caso o público não respeitas as novas normas.
"Decidimos que o varejo não essencial terá que fechar e, como as crianças foram particularmente afetadas por esse surto, as escolas também precisarão fechar a partir de quinta-feira, mantendo-se abertas para crianças vulneráveis e filhos de trabalhadores críticos, como fizeram ao longo da pandemia", pontuou Matt.
O país já estava em fase de desconfinamento depois se tornar um dos maiores focos da doença na Europa. A previsão era que o relaxamento das medidas de proteção fossem adotadas no dia 6 de julho, mas não será mais possível retroceder.
Ellie Goldstein tem apenas 18 anos, olhos verdes, cabelos castanhos, 1,42 m de altura e se tornou uma modelo requisitada no Reino Unido depois que participou de uma campanha da Gucci. A jovem é portadora da síndrome de Down e o que poderia ser um empecilho em sua carreira se tornou seu diferencial no mundo da moda e beleza.
Em sua conta do Instagram, ela se descreve como alguém "apaixonada por dança, drama e viver a vida ao máximo, seguindo minhas esperanças, sonhos e fama" e ganhou destaque depois de posar para a Vogue Itália e fazer uma campanha para a Gucci Beauty. Ela assinou com uma agência que representa pessoas com deficiência há pouco mais de três anos e o interesse por seu trabalho tem aparecido cada vez mais.
Yvonne Goldstein, mãe de Ellie, disse ao Metro.co.uk que todos estão incrivelmente orgulhosos pela filha e pelos elogios que a jovem tem recebido nas redes sociais.
"Ela sempre amou estar no centro das atenções e em frente à câmera. É muito confiante e boa em tomar uma direção. Atualmente Ellie está fazendo um curso de artes cênicas na faculdade em Redbridge, na Inglaterra, e frequentou aulas de dança desde os cinco anos de idade", comentou.
A modelo está ansiosa para trabalhar para outras marcas e ver sua carreira nas passarelas e em look books crescer cada vez mais.
"Gostei muito da modelagem e adorei usar o vestido Gucci. Estou realmente orgulhosa da sessão de fotos e adoraria ser famosa. Estou ansiosa para modelar para outras marcas", prospectou.
A jornalista Miriama Kamo revelou que teve um aborto enquanto apresentava um telejornal ao vivo em uma emissora na Nova Zelândia. Em seu relato comovente, a âncora de 46 anos contou que estava lendo uma notícia quando sentiu algumas dores na barriga e sabia que estava perdendo seu bebê naquele momento.
"Perdi minha gravidez enquanto lia a notícia. Eu lembro que as câmeras estavam todas voltadas para mim naquela noite e eu pensei 'estou perdendo meu bebê, tem uma câmera apontada para mim, temos que chegar ao final deste boletim e depois vou lidar com isso”, narrou.
O depoimento foi feito para um pequeno documentário sobre abortos chamado Misconceptions no qual a jornalista revelou que tem endometrios e que já havia sofrido seis outros abortos. Ela tem uma filha, Te Rerehua Kamo Dreaver, de nove anos, e apresenta dois programas de atualidades para TVNZ, incluindo um dedicado ao conteúdo maori.
Outra entrevistada, Cathy Stephenson, disse que muitos casais não receberam nenhum apoio do governo depois de sofrer o aborto espontâneo.
"Na maior parte da Nova Zelândia, sua gravidez é controlada por uma parteira, não pelo seu médico de família, mas muitas pessoas não podem ter uma parteira até as 12 semanas, então você realmente não sabe o que fazer", declarou.
Isabel Fillardis ganhou uma homenagem muito especial e o reconhecimento de Taís Araújo no Instagram nesta segunda-feira (30). A atriz de 46 anos, que já interpretou mais de 20 personagens na televisão, foi reconhecida pela colega como uma verdadeira referência para se tornar uma profissional de novelas.
"Quando eu comecei ela já brilhava. Foi muito por ela estar lá que eu também quis estar. Saber que ela podia me fez sentir possível também. Obrigada, Bel, por ter sido a minha primeira grande referência. Isabel Fillardis é atriz, cantora, apresentadora, produtora, mãe de três filhos e uma atriz que inspira", escreveu Taís em sua rede social.
Em seguida Juliana Alves, que começou sua carreira como bailarina do Domingão do Faustão, e participou do Big Brother Brasil 3, também prestou uma homenagem a Isabel. Hoje, depois de conquistar o seu espaço na televisão, também prestou sua homenagem à atriz.
"Ela me inspira por tudo que representa e por tudo que ela faz. Além de uma artista completa, é empreendedora ativista pelo meio ambiente e sustentabilidade. Entende que disso depende nosso futuro. Bel e sua família me deram muita força no início da minha carreira. Num momento que a maioria não acreditava que eu pudesse crescer. Obrigada, Bel! Que a gente esteja mais juntas, em nome das que nos abriram portas, em nome das que virão", declarou.
Pathy Dejesus agradeceu e falou sobre o respeito que tem pela carreira de Isabel na teledramaturgia. "Sobre gratidão e respeito. Sobre inspiração. Sobre amor. Obrigada, Isabel, e você também, Taís", disse.
Lucy Ramos também afirmou que se inspira na carreira da atriz e comentou seu apreço pela história dela. "Isabel Cristina Teodoro Fillardis, mais conhecida como Isabel Fillardis, atriz, cantora, apresentadora, produtora, mãe de 3 filhos, carioca da gema. Uma grande profissional, mulher que tanto admiro e respeito. A linda Bel iniciou na carreira artista com 15 anos em 1988, em uma época em que tinha muito a evoluir e aprender sobre o papel negro na arte (e o aprendizado continua). Imagine, você, por tudo que ela deve ter passado? Desbravou, chorou, sorriu, bateu pé, observou, venceu! Ela merece meus aplausos. Obrigada, Bel, por tanto. Você me inspira. Você é luz, você é amor".
Por fim, Isabel agradeceu todas as mensagens de carinho explícitas das atrizes. "Começar a semana com essa declaração que me invade o peito e refrigera minha alma. Por enquanto eu só digo: gratidão", finalizou.
No Brasil, a pandemia tem gerado impactos recordes. Entre os números avassaladores, estão os que calculam seu estrago econômico. As maiores vítimas dele, como mostram as pesquisas, são as mulheres. A mais recente versão da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua (Pnadc) mostrou que cerca de 7 milhões de mulheres abandonaram o mercado de trabalho já na primeira quinzena de março, quando foi iniciada a quarentena.
O número de homens na mesma situação de desemprego, considerando o mesmo período, é de aproximadamente 5 milhões. De acordo com o pesquisador Marcos Hecksher, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), é a primeira vez nos últimos três anos que a maioria das mulheres está fora da força de trabalho (que considera quem está trabalhando ou procurando emprego). "Além das que perderam o emprego, muitas não conseguiram voltar a tentar a recolocação. E a estatística é formada majoritariamente por mulheres negras, de baixa renda”, afirma.
A boa notícia, no entanto, vem do futuro. Pesquisadores de tendências e profissionais da área de recursos humanos que conversaram com Marie Claire apontam pontos determinantes para a retomada de carreira ou maneiras de se reinventar. O melhor? Habilidades tradicionalmente atribuídas às mulheres tendem a ser mais valorizadas. A seguir, as tendências que devem ganhar corpo nos próximos meses.
ACT LOCAL THINK GLOBAL
“No ambiente corporativo principalmente, é fato que a pandemia veio acelerar movimentos que já estavam em curso”, afirma Ligia Zotini, pesquisadora de futuro e fundadora da consultoria Voicers. Para ela, o trabalho remoto e o maior equilíbrio entre vida profissional e pessoal são os exemplos mais óbvios desta constatação. “Desde 2012, com o advento da internet móvel, já se tornou possível trabalhar remotamente e ali começamos a ver novos empregos e negócios nascendo”. Ainda assim, muitas corporações se mostravam resistentes ao homeoffice. Porém, não apenas pelas exigências de isolamento, mas pela experiência vivida pelos funcionários, Ligia acredita que trabalhar de casa será uma realidade e um anseio para muitos, mesmo depois que a pandemia estiver controlada. “Toda uma força de trabalho descobriu que é possível manter performance e resultado, sem necessariamente cumprir horários fabris. O mundo deixou de seguir o relógio industrial e continuou rodando”.
Também para Andrea Cruz, CEO da SERH1 Consultoria, a busca por uma equação menos desigual no tempo dedicado ao trabalho e à vida pessoal já vinha acontecendo, capitaneada principalmente pelas novas gerações. “As pessoas passaram a procurar empresas que proporcionassem não apenas um trabalho, mas a possibilidade de contribuir para todo um ecossistema do qual elas fazem parte”, explica. “E, independente do gênero e área, já percebíamos questionamentos mais profundos sobre valores e propósito na hora de tomar as decisões de carreira”, diz Andrea.
Analisando habilidades profissionais, outra tendência pré-pandemia que se cristalizou no contexto atual e prevalecerá no futuro foi a relevância das chamadas soft skills, como empatia, resiliência e flexibilidade, sobretudo nas funções de liderança. Mais atribuídas a mulheres e às gestões femininas, essas capacidades somadas e um olhar mais humano passaram a ter o mesmo peso de capacidades técnicas antes mais valorizadas.
PROTAGONISMO INÉDITO
“Mulheres têm uma vantagem competitiva absurda, sem sombra de dúvidas, com tudo que está acontecendo”, acredita Andrea Cruz. A explicação, diz a socióloga Maria Arminda do Nascimento Arruda, diretora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP e coordenadora do Escritório USP Mulheres, está nas construções históricas de como a mulher se lança ao mercado de trabalho e na vida pública ainda nos primórdios. “Não fomos exatamente preparadas para trabalhar fora. Começamos a acumular funções nos pós guerras, quando o papel da mulher deixou de ser apenas de cuidadora do lar e dos filhos”, conta. “E aí, ela se lançou a esses desafios e não teve outra escolha que não se adaptar e dar conta”. De acordo com a socióloga, este é considerado o início de uma série de rupturas sociais e de comportamento, que culminam na formação da personalidade moderna. E, consequentemente, mais aberta a inovações, mudanças e reorganizações de vida – habilidades que se fazem obrigatórias no contexto atual, seja dentro de casa ou no trabalho.
Para esta possibilidade, talvez inédita, de se ampliar o protagonismo feminino, conta também a maior percepção da carga mental por parte de parceiros e de empregadores, o chamado trabalho invisível, que inclui afazeres domésticos e de atenção à família. No Brasil, as mulheres gastam quatro vezes mais tempo em tarefas domésticas e de cuidados com idosos, crianças e doentes do que os homens. O tema é, inclusive, alvo de campanha recém lançada pelo Escritório USP Mulheres alinhada às recomendações da ONU Mulheres na pandemia. Com as maiores instituições – família, educação e trabalho – acontecendo dentro de casa, a divisão de responsabilidades tende a ser mais igualitária, reduzindo a sobrecarga feminina.
PROFISSIONAL DO FUTURO
São cinco as características essenciais já exigidas no cenário atual, e mandatórias no futuro do trabalho.
1. Empatia;
2. Resiliência;
3. Adaptabilidade;
4. Desapego dos modelos passados;
5. A “cereja do bolo”, como aponta Andrea Cruz, consciência coletiva.
“Muitas coisas caem por terra a partir de agora. Precisamos insistir menos na perfeição e estar mais tolerantes aos erros para ter agilidade nas correções de rota”, afirma ela, que atua como consultora e coaching tanto para empresas, quanto para profissionais que buscam orientar a carreira de maneira autônoma. “É fundamental ainda estar aberto genuinamente ao novo, investir no aprendizado contínuo e aplicar suas experiências não apenas em prol do desenvolvimento individual ou da sua empresa, mas para um legado coletivo”.
Não é possível afirmar que carreiras podem desaparecer, mas alguns perfis profissionais perdem espaço. Diretora de recursos humanos da Alcon, multinacional de dispositivos médicos para saúde ocular, Tatiana Libbos acredita que para líderes que necessitem do controle extremo, com funcionários atuando o tempo todo presencialmente como nos moldes passados, não haverá mais lugar. O mesmo vale para quem tem dificuldade em atuar de forma mais colaborativa “O que vivemos nos últimos meses já modificou crenças e paradigmas de forma definitiva”, afirma a executiva.
Head do Linkedin no Brasil, Ana Claudia Plihal corrobora com a colocação de Tatiana. “Muitos gestores, anteriormente absolutamente descrentes da produtividade no modelo de trabalho remoto, se convenceram de que ele é viável e até conveniente em determinadas posições”, afirma ela. Esta também é uma mudança que pode ajudar algumas classes de mulheres a ingressar no mercado de trabalho, que agora têm maior chance de conciliar o horário de trabalho com o cuidado dos filhos.
UMA PUXA A OUTRA
Ganhar protagonismo traz uma responsabilidade adicional para aquelas que avançarem. “É necessário olhar para as mulheres que estão dando passos para trás, porque isso está acontecendo. E este compromisso com as outras é esperado principalmente daquelas que já estão na liderança”, alerta a professora Maria Arminda. Segundo Ana Claudia, é real a possibilidade de muito do progresso que foi alcançado nos últimos anos, quando observamos a carreira feminina, se perder tanto pelo impacto de longo prazo da pandemia, quanto pela diminuição da importância das ações de paridade de gênero nas empresas.
Para Andrea Cruz, cabe às corporações ter flexibilidade para gerar oportunidades. “Essas são palavras-chave que vão determinar o resultado lá na frente. Empresas precisarão rever modelos de trabalho e formas de contratação. Será que é preciso inglês fluente para toda posição, por exemplo?”, pondera. “A pergunta central será: o que pode ser flexibilizado para contribuir com a queda do desemprego, e consequentemente, um ecossistema mais equilibrado?"
Michael Rosen, que tem mais 140 livros infantis publicados, revelou que quase morreu devido ao novo coronavírus.
De acordo com o jornal britânico The Sun, ele passou sete semanas em coma em um hospital depois de ficar doente em março deste ano. "Meu sistema respiratório estava comprometido, além do meu fígado e dos rins. Também perdi a visão do olho esquerdo e a audição do ouvido esquerda. Por isso, me sinto um pouco torto. Fraco e torto".
O autor, que está com 74 anos, se emocionou ao falar do apoio que recebeu de sua família que ficou no hospital sem saber se ele se recuperaria. "Fiquei muito emocionado. As pessoas apenas estavam ali. As imagens da internação ficam vindo em minha mente, não são um pesadeo, mas aparecem de forema recorrente. Não sei o que fazer, não consigo me livrar".
Gretchen entregou detalhes sobre seu mais novo relacionamento em uma live no Instagram de Marie Claire nesta terça-feira (30). A cantora, de 61 anos, começou a namorar o saxofonista Esdras de Souza, 47, pouco tempo depois de anunciar o fim do casamento com Carlos Marques, em janeiro deste ano, e falou sobre a redescoberta do amor.
"Muitas mulheres me mandaram mensagem sobre ter um amor após os 50, 60 anos. Não existe idade para ter um relacionamento, quanto mais madura você é, melhor. É o momento em que a mulher está segura e ela sabe dizer o que quer e o que não quer. Pra mim esta é a melhor a fase", revelou a cantora em entrevista ao repórter Felipe Carvalho.
Sobre a diferença de idade, a cantora diz que isso nunca foi empecilho. "Não sei porque as pessoas acham que seria. Ele não é um garotinho, tem 47 anos, são poucos anos de diferença e ele é maduro", disse.
A artista contou que foi a música que a aproximou do seu noivo, "Tudo foi acontecendo naturalmente", disse. Ela ainda revelou que Esdras é muito romântico: "No Dia dos Namorados ele me mandou um vídeo por meio da Márcia Goldschmidt cantando uma declaração de amor. Com ele, me sinto valorizada como mulher, amada, protegida e ainda por cima por um homem que entende meu trabalho e a vida artística que eu levo. Uma pessoa 'normal' não tem essa visão da vida. A gente tem uma visão poética, doce e cheia de magia. Nunca tinha encontrado alguém romântico ao meu nível, somos iguais no jeito de se expressar e temos uma sintonia nos palcos e fora dele", revelou.
Gretchen ainda falou sobre este ser seu "18º casamento": "Não é, não tenho condição de ter 60 anos e tanto casamento", disse aos risos. "Mas as pessoas contam namoros e tudo bem, não me atinge esse tipo de comentário".
Outro comentário que não abala a cantora é de que ela emendou um relacionamento no outro. "Já estava separada há um ano, mas não era uma decisão definitiva, foi natural, não emendei nada", disse.
A cantora também contou que o casamento dos dois ainda não tem data. "Estamos esperando estabilizar a pandemia para fazermos a oficialização. Ainda está tudo incerto, o que temos certeza é de que vamos fazer a cerimônia em Belém".
Sexo após a menopausa
Gretchen falou da importância da mulher cuidar ainda mais da saúde após a menopausa para ter uma vida sexual feliz. "Precisa cuidar muito da saúde para ter sexo e prazer após os 50. Tudo vai depender se você estiver se cuidando, senão você perde a vitalidade e a vontade de se amar, também é preciso fazer uma reposição hormonal. As mulheres podem e devem se despertar para o sexo depois dos 50, isso auxilia na na nossa autoestima e amor-próprio".
A cantora disse também que nunca teve receio de falar com os filhos sobre o assunto. "Se aprendem na rua é pior, precisamos conversar dentro de casa. Eu acho incrível a liberdade que eles têm comigo de contar sobre tudo. Temos um lado amigo sem perder o respeito de mãe. Não tenho nem 'tempo de envelhecer', porque me informo sobre os assuntos da filha de 10 anos ao de 30 e poucos", contou.
Trabalhos em meio à pandemia
A artista, que mora na França, está no Brasil para novos trabalhos e mudanças em suas apresentações durante a pandemia. Recentemente, Gretchen realizou uma live-show ao lado do noivo.
"Tenho que estar aqui agora por causa dos meus trabalhos e pela da minha familia. Mas não pretendo voltar a morar no Brasil", disse. "Para as lives, tenho a sorte de ter meu noivo se apresentando comigo, mas imagino o quanto seja difícil para artistas que se apresentam sozinhos".
Em meio a disseminação do novo coronavírus, Gretchen garantiu que não se cobra e nem tem crises para enfrentar o momento e que tem pensando novos projetos com Esdras. "Estamos trabalhando em músicas românticas juntos, com uma pegada bem latina. Ele é formado em música e canta bem, a gente até pensa em fazer um dueto", contou.
Mãe de LGBTQIA+
Gretchen diz que nunca foi difícil para ela "aceitar" Thammy, mesmo sendo cristã. "Essa nunca foi uma questão pra mim, desde que estava gerando sabia que dependeria só de mim fazer tudo pelo meu filho. É um processo demorado, cometi muitos deslizes chamando-o de "a", mas não acontece mais".
A artista disse que muitas mães a procuram para falar os filhos LGBTQIA+. "E eu sempre bato na tecla: se você gerou, você ama e tem que aceitar".
Mais plásticas?
A cantora não esconde ao falar que, caso precise, fará mais cirurgias plásticas. "Eu não vou parar, os profissionais estudam anos para isso, eles têm que trabalhar e eu ficar preciso estar sempre bonita", disse aos risos.
"Thammy sempre me pergunatava como eu seria quando eu tivesse mais 40 anos, 50 anos e eu sempre respondia: 'vou estar melhor', e estou", contou.
No último domingo, 28, Danieal Mercury fez uma live para celebrar o mês do Orgulho LGBTQIA+ e apresentou sua versão (já disponível no Spotify) da música "Toda Forma de Amor", de Lulu Santos, junto com a esposa Malu Verçosa Mercury e as filhas Márcia, Alice e Ana Isabel. A apresentação, transmitida pelo perfil do Instagram da Avon, fazia parte das ações da campanha #maisdoquevcvê, que também trouxe um takeover da atriz Nany People com Márcia Pantera (primeira Drag do Brasil), Lorelay Fox e Paulett Furacão (primeira mulher trans a ocupar um cargo público no estado da Bahia em 2012).
Porta-voz pelos direitos da população LGBTQIA+, a cantora, que comunicou o relacionamento com a jornalista Malu Verçosa em abril de 2013, diz que antes mesmo do relacionamento já era militante da causa LGBTQIA+ e comemora os avanços que o movimento ganhou na última década, embora saiba que ainda há muito a ser conquistado. "Acho que agora o tema da diversidade será mais discutido, pois a comunidade está atuante e cada vez mais politizada. A LGBTfobia estrutural é dificílima de ser vencida e temos que acabar com a violência física e psicológica contra nossa comunidade o mais rápido possível", diz.
Em entrevista exclusiva à Marie Claire, Daniela fala de temas como saúde mental em tempos de pandemia, relação com a família em casa e sobre seu papel nas causas LGBTQIA+ . Confira:
Relação com a beleza e saúde mental na quarentena
MARIE CLAIRE: Como está lidando com a quarentena? Sentiu que afetou muito sua saúde mental?
DANIELA MERCURY: "Sim, a preocupação com a família e com todos me mobiliza muito. Além disso, a situação política no Brasil é um estresse grande. O desprezo do governo federal pela vida humana me indigna demais. Ver o Brasil desse jeito é muito aflitivo. Além da pandemia, eu estou preocupadíssima com a devastação da floresta e com os ataques aos povos indígenas. Mas o fato de ficar isolada em casa, com segurança e com minha família não é motivo nenhum para sofrimento. Estamos bem juntas, eu, Malu e as meninas. E a nossa pequena Bela está adorando ter as mães em casa, apesar da gente estar trabalhando muito. É o momento de fazer o máximo para se solidarizar com todos e a música tem sido um alento e uma maneira de mover nossa área, já que as artes, em geral, estão muito prejudicadas pela pandemia."
MARIE CLAIRE:Como é sua relação com a beleza? Algo mudou com o passar dos anos? Como lida com a passagem do tempo?
DANIELA MERCURY: "Sou vaidosa. Gosto de cuidar da pele, do cabelo, amo maquiagem e me divirto tentando novas possibilidades de make. Além disso, faço sempre pilates e outras atividades físicas, como pedalar!. A cada 10 anos fui desmistificando as novas décadas e percebendo que o tempo passa diferente para cada pessoa. Para minha sorte, comigo ele tem sido generoso. Fico apreensiva com a possibilidade de perder a energia para dançar e cantar, mas estou me sentindo muito bem e com saúde! É disso que eu preciso para trabalhar e usufruir de tudo da vida."
Ativismo, música e arte
MARIE CLAIRE: Você protesta, mas mantém a energia positiva. Acredita que é papel do artista conscientizar o público?
DANIELA MERCURY: "Eu busco tocar no coração para ver se a compaixão, o amor e a bondade afloram para destruir esse ódio e essa tristeza que estão muito presentes. A gente precisa resolver os problemas sem tanta animosidade e radicalismo, porém temos que confrontar veementemente o fascismo e preservar nossa valiosa democracia."
MARIE CLAIRE: No começo deste ano você lançou o 'Rainha da Balbúrdia'. Qual é a história por trás desta música tão forte e tão significativa?
DANIELA MERCURY: "A Rainha da Balbúrdia é uma composição minha que foi feita para apoiar as universidades públicas e professores em geral, mas especialmente os do ensino público. Essa canção ressignifica a fala do então ministro da Educação e homenageia o povo nordestino para contrapor as expressões depreciativas do presidente! Eu ainda mando um beijo contra a maldade, fazendo referência à capa de histórias em quadrinhos censurada pelo Crivela. É um canto de força contra o horror e contra a opressão que estamos passando também na cultura e na comunidade lgbtqia+. Escrevi ela depois de assistir Bacurau, que, para mim, é um dos melhores filmes do cinema brasileiro. Fiquei muito impactada com aquele roteiro. Somos resistência desde sempre aqui no nordeste. Sobrevivemos à seca, à discriminação, à falta de recursos, à fome. E somos um povo alegre que joga a tristeza para lá e para cá, dançando e celebrando a vida".
MARIE CLAIRE: Você e Malu cantam juntas a música “Duas leoas". Como surgiu essa ideia? Queriam fazer da música um ato político?
DANIELA MERCURY: "Ganhamos essa música de presente e Malu cantava sempre que eu estava ensaiando e eu a chamei para cantar. Ficou tão forte e delicada que fizemos o clipe em casa para lutar e transformar o mundo em um lugar tão amoroso quanto a nossa casa e a nossa família! A nossa união, nosso casamento, por si só, é um ato político".
MARIE CLAIRE: Como é o casamento? Como você e a Malu separam a relação afetiva do profissional?
DANIELA MERCURY: "A gente não separa nada, não dá tempo. A gente junta tudo e vai se ajeitando. Nós nos dividimos em muitas coisas como todas as mulheres e fazemos tudo e mais um pouco. Somos duas leoas trabalhando, cuidando dos filhos e de tudo que pudermos cuidar para que o mundo seja um lugar melhor".
MARIE CLAIRE: Como vocês lidam com a exposição? Depois de alguns anos de casadas, algo mudou em relação a isso?
DANIELA MERCURY: "Nós temos feito palestras, somos campeãs da igualdade da ONU e temos atuado juntas em situações fundamentais e importantíssimas para a nossa comunidade, como, por exemplo, o julgamento da criminalização da homofobia no supremo! Pegamos um avião e fomos lá pessoalmente para acompanhar a sessão e conversar com os ministros sobre a importância daquele ato"
Beth Goulart recorreu a suas redes sociais nesta terça-feira, 30, para compartilhar uma homenagem aos pais. Ela postou uma foto romântica de Nicette Bruno e Paulo Goulart e escreveu uma mensagem carinhosa.
"Gratidão por receber tanto amor, por ter este exemplo tão lindo de cumplicidade, aprendizado mútuo, de confiança, encantamento, amizade, afeto, admiração, generosidade, entrega, dedicação ao outro e a arte. Vocês meus amores são minha referência de felicidade. #teamomãe #teamopai #saudade #gratidão", dizia a legenda da imagem.
A foto emocionou os seguidores que tembém escreveram comentários fofos. "Exemplo p todos nós", disse uma delas. "Exemplo de casal que construiu uma família do bem", publicou outra. "Que casal lindo", comentou a admiradora.
Paulo Goulart morreu em 2014, aos 81 anos. Ele lutava há seis anos contra um câncer que começou nos rins.
Uma briga violenta eclodiu dentro de um restaurante do Arkansas, nos Estados Unidos. O motivo seria o distanciamento social em meio à pandemia de coronavírus, que não estava sendo respeitado pelos frequentadores.
A briga aconteceu na Churrascaria Saltgrass, na cidade de Little Rock, depois que uma mulher que estava usando uma máscara facial confrontou clientes que estavam muito perto dela.
Um dos clientes, Seth Crews, contou ao New York Post que gravou o incidente com seu smartphone e que ele e seu irmão estavam jantando no restaurante quando ouviram gritos vindos da área interna do bar.
"Todos os funcionários do restaurante estavam tentando ajudar e ficaram chocados", disse.
De acordo com infromação do relatório policial, um funcionário do local viu uma mulher usando uma máscara facial dizendo a outras duas estavam sentadas muito perto. Esse trabalhador também alegou que a mesma mulher tossia propositalmente com outros clientes.
Imagens de celular mostram uma mulher sentada na área do bar dizendo a dois homens "Você deveria estar a um metro e meio de mim", antes do tumulto explodir.
De acordo com testemunhas e o relatório da polícia, um homem visto no vídeo se aproximou e começou o tumulto. O namorado da mulher que usava a máscara aparentemente bateu no homem com uma garrafa antes que dezenas de pessoas se envolvessem na briga, disseram testemunhas.
"O cara apareceu e estava tocando em suas costas e dando um empurrãozinho nele e foi aí que tudo começou", disse Crews.
WATCH: Saturday night dinner at Saltgrass Steakhouse in Little Rock turned violent after one customer was upset about the lack of social distancing.
Hear from someone who saw it all go down tonight on @KARK4News and @FOX16News
Warning: profanity is used. pic.twitter.com/wsez397453
Mark Zuckerberg recorreu a suas redes sociais para pedir para os seguidores se protegerem contra o coronavírus. O empresário posou ao lado da mulher Priscilla Chan, usando uma máscara de proteção, quando pediu ajuda para os internautas.
"Por favor, use uma máscara. Covid está se espalhando rapidamente novamente e máscaras ajudam a manter as pessoas saudáveis e a manter o país aberto", escreveu.
A atitude dele foi elogiada pelos seguidores. "Por favor, fique seguro lenda. Envio bênçãos desaúde e felicidade para você e sua família", escreveu um seguidor. "É isso aí", disse outro. "Por favor o escute, gente!", publicou um outro.
Antes, ele compartilhou uma foto em que parece tendo os cabelos cortados pela mulher. "Novo normal: esse bloqueio é oficialmente com dois cortes de cabelo", brincou na legenda.
Um casal de idosos no Texas, nos Estados Unidos, não resistiu ao coronovírus e faleceu. Curtis e Betty Tarpley deram entrada no Harris Methodist Hospital na cidade de Fort Worth com um intervalo de dois dias, mas não suportaram o tratamento contra a Covid-19 e morreram dentro de uma hora um do outro. Segundo informação do Today Show, eles estavam casados há 53 anos e, em seus momentos finais, estavam de mãos dadas.
"Com os dois indo ao mesmo tempo, você não vê um deles triste ou triste pelo outro. Isso ajuda a aceitar a situação", disse o filho do casal, Tim Tarpley.
Betty Tarpley, de 80 anos, começou a mostrar sintomas antes do marido de 79 anos, informou Tarpley. "Meu pai sussurrava 'Ah, acho que ela tem essas coisas do coronavírus que você conhece'", disse ele.
Tim relatou a experiência de levar os pais ao hospital. "É a coisa mais triste de todas... Você os deixa sozinhos em um corredor, e eles entram na sala de emergência e você não os vê novamente", lamentou. No entanto, diz que ainda conseguiu se comunicar com a mãe antes de ela morrer, graças a mensagens de texto e com a ajuda de uma das enfermeiras.
"Acabei de dizer que ela era uma ótima mãe, mas será um anjo melhor", contou.
De acordo com dados da publicação, no Texas, há quase 4.300 novos casos da Covid-19 foram relatados na última segunda-feira, 29. Na manhã de terça-feira, o total de casos no estado superou os 153.000, com mais de 2.400 mortes. O sistema hospitalar Metodista de Houston informa que 60% dos casos são de pessoas com menos de 50 anos de idade.
Patrícia Marx correu para seu Instagram para agradecer o carinho dos seguidores. A cantora que recentemente assumiu um romance com uma mulher, disse que considera o momento um divisor de águas em sua vida e confessa que ficou com medo da reação do público ao contar sobre seu relacionamento.
Ela gravou alguns Stories em seu Instagram, ressaltando que foi acolhida pela comunidade e que esta é uma luta diária na vida dos homossexuais.
"Oi, gente! Tudo bem? Eu estou aqui para agradecer o carinho de tanta gente que eu tenho recebidos as mensagens aqui no Instgram, no feed, no inbox, WhatsApp, da comunidade LGBTQI+. Muito obrigada! Estou muito feliz e me sentindo muito acolhida carinhosamente por todos vocês. O meu abraço e o meu beijo e todo o meu amor. Eu nem esperava que fosse ter tanto carinho, sabia?", ressaltou.
Ela continua: "Eu fiquei com muito medo de falar sbre isso, mas eu precisava. É um divisor de águas e um momento muito especial para mim, na minha vida e na minha carreira. Um grande beijo. Amo vocês da comunidade. Estamos juntos nessa luta diária", finalizou.
No último domingo, quando se comemorou Dia do orgulho LGBT, Patrícia assumiu um romance com uma mulher ao publicar uma foto em que aparece ao lado dela. "Sou lésbica com muito orgulho! Estamos juntas, eu e o meu amor, Renata", escreveu a cantora na ocasião.
Enquanto surfamos a onda do tie-dye - que parece estar onipresente e foi parar até na beleza -- já estamos de olho em outras estampas que tem potencial para substituí-la, principalmente quando as temperaturas começarem a subir. Algumas são conhecidas de longa data, como as "polka dots" (mais conhecidas como bolinhas) e o quadriculado da estampa vichy. Outras, como os florais com cara de estampa de cortina dos anos 70, estampa que pipocou em desfiles internacionais das temporadas de verão 2020 tanto quanto o tie-dye nos desfiles do final de 2018, prometem encher araras de lojas e colorir o feed do seu Instagram.
A seguir, confira nossas apostas de estampas para o segundo semestre de 2020, com dicas e inspirações para adotá-las no dia a dia.
Vichy
Conhecida de outras estações, a estampa vichy (o adrez quadradinho que parece toalha de piquenique) retorna - uma ótima oportunidade para desenterrar aquela peça antiga na estampa que você já não usava mais. Se você ainda não tem uma, aposte principalmente em vestidos cheios de bossa retrô: com busto casinha de abelha ou com amarrações, mangas bufantes (sim, elas ainda continuam em alta). Camisas também são uma ótima opção, e podem ser casadas com jeans de cintura alta mais larguinhos. Não quer um full look na estampa vichy? Aposte nos scrunchies com a padronagem!
Anos 70
Direto da decoração dos anos 70, os florais de cara retrô e psicodélica foram uma das estampas dos desfiles de verão 2020. Fendi foi uma das marcas que se jogaram nesse print, que substitui as flores gráficas e com tom gótico da temporada anterior. Ultracoloridas e alegres, é a estampa que precisamos nesse momento.
Se quiser entrar a fundo na tendência, aposte nas camisas com colarinho triangular e bem pontudas -- preferidas de musas da década como Farah Fawcett. Minissais na estampa também trazdem o espírito da época. Para quem gosta apenas de um toque da estampa no look, pense em gravatas de seda, lenços -- que podem ser amarrados na cabeça como uma bandana -- para colorir a produção.
Bolinhas
Vai estação, vem estação, a única certeza que existe é que a estampa de bolinha mais dia menos dia irá retornar. Seja em diferentes tamanhos ou em diferentes tecidos, as polka dots voltam de tempos em tempos e na próxima estação é a vez das bolas em tamanho grande. Ao invés do preto e branco, troque por combinações em tons pastel, em vestidos tipo camisola ou cheios de volume, numa referência ao maximalismo dos anos 80 (a referência são aqueles vestidos de formatura de filmes americanos, lembra?).
O hairstylist Amadeu Marins, de 27 anos, vive em Paris, na França, onde trabalha no salão de beleza do David Mallett, um dos mais renomados e considerado pelo ramo o melhor da cidade luz. Ele é o único brasileiro e negro no espaço e, devido ao reconhecimento que conquistou, integrou o time sem passar pelo tradicional programa de trainee.
Nascido e criado em Manguinhos e morador de Pilares após o falecimento da mãe, ambos bairros da Zona Norte do Rio de Janeiro, Amadeu é expert em coloração e desenvolveu a tendência “afro ginger”, que caiu no gosto de famosas e anônimas. Em entrevista à Marie Claire, ele conta que se interessou pelo ramo da beleza "quase que sem querer".
Foi atleta de handball durante toda a adolescência, mas aos 22 anos, a convite de uma amiga, foi a uma de um instituto de beleza e descobriu sua paixão. A partir desse dia, se especializou com diversos cursos e sentiu que poderia conquistar o mundo. "Amei aquele mundo e de cara descobri que era aquilo que eu queria fazer, encantar pessoas através da transformação", diz. Consciente do desafio que foi seu caminho, Amadeu é também ativista do movimento negro e LGBTQIA+ e afirma que pretende "inspirar cada vez mais jovens de que é possível 'chegar lá'". Confira o papo:
MARIE CLAIRE. Não podemos deixar de falar sobre à pandemia. Como ficou seu trabalho durante este período de isolamento?
AMADEU MARINS. Bem, aqui na França o vínculo empregatício dos salões é diferente, aqui sou empregado do salão, o que para nós no Brasil seria correspondente a um empregado “CLT”. Então, quando surgiu a pandemia todos do salão foram dispensados e ficamos de quarentena enquanto o governo pagou 84% dos nossos salários graças aos impostos que pagamos todos os meses.
MC. E faz pouco mais de um mês que reabriram os salões. Como tem funcionado?
AM. Retomamos as atividades trabalhando intensamente, muitos agendamentos foram feitos imediatamente após o governo avisar sobre a reabertura dos salões. O salão foi reaberto com a premissa de seguir várias regras sanitárias, uso de mascaras para todos os profissionais e clientes respeito as distancias mínimas, de 2 metros, a instalação de barreiras de acrílico entre cada lavatório, um cliente por vez na sala de espera e o pagamento é feito direto na cadeira que o cliente foi atendido para evitar que a recepção fique cheia. Houve também uma mudança na distribuição de alimentos e bebidas, os clientes não podem mais comer nem beber, o que era oferecido bastante anteriormente no salão, apenas garrafas plásticas individuais são dadas caso o cliente realmente queira beber algo, uma medida para diminuir a contaminação.
MC. Qual é o “novo normal” pra você em sua profissão no pós-pandemia?
AM. Entendo que o “novo normal” tenha a ver com a valorização dos pequenos profissionais, do atendimento individual, contrastando com o que sempre vimos, salões lotados, muitos clientes por vez e muita gente aglomerada ao mesmo tempo e no mesmo espaço. Acredito que haverá ainda mais respeito as medidas sanitárias, já que ainda não sabemos quando e como essa pandemia vai passar, teremos que redobrar nossos cuidados com a higiene e com a proteção contra o vírus. Acredito que no Brasil temos uma vantagem, somos um povo muito higiênico e nos adaptamos bem as regras higiênicas e sanitárias.
MC. Este período mudou algo em relação ao seu desejo de voltar ao Brasil?
AM. Não mudou nada, gosto de estar no exterior, mas vejo estar morando fora como uma fase, gosto muito do Brasil e entendo essa minha fase atual como uma espécie de intercambio tanto cultural quanto profissional. Tenho sim muita vontade de ser mais reconhecido internacionalmente, mas não penso em não voltar ao Brasil.
MC. Agora, voltando ao início da sua carreira, como foi de atleta a profissional da beleza?
AM. Tive uma infância muito dura, perdi meus pais muito cedo e fui criado por diferentes famílias, o que me trouxe várias visões de mundo, experiencias positivas mais muito mais negativas. O esporte apareceu para mim através de uma paixão despertada nas aulas de educação física. Me apaixonei de cara pelo handebol e quando percebi já estava jogando profissionalmente. O esporte me ensinou a ter disciplina, me ajudou a viajar pelo Brasil, me permitiu ter bolsas de estudos em vários colégios particulares, que na época eram tão distantes da minha realidade financeira. Após um acidente no joelho, as vésperas de ser contratado por um clube na Suécia para jogar profissionalmente vi minha carreira no esporte desabar e não pude mais jogar durante muito tempo. Foi quando resolvi seguir uma vida muito mais “burocrática”. Fui de estagiário do Branco do Brasil a vendedor e gerente de lojas em shopping, e um dia trabalhando em uma loja, uma amiga me convidou para uma palestra no Instituto L’Oréal Professionnel da Tijuca. Eu amei aquele mundo e de cara descobri que era aquilo que eu queria fazer, encantar pessoas através da transformação.
MC. E como é ser um homem negro dentro deste mercado?
AM. A maioria das pessoas da área são brancas, vendo isso eu procurei estudar e me especializar em excelentes formações tanto no Brasil quanto no exterior, para buscar ser uma referência, já que sempre fui um dos únicos profissionais negros dentro dos salões pelos quais eu passei. Buscando assim inspirar outros jovens negros a querer ocupar esses espaços com seus talentos, mostrando para eles do que somos capazes.
MC. Você acredita que fez uma revolução dentro do ramo ao ser um militante da causa racial e LGBTQIA+?
AM. Durante muito tempo eu percebi que havia a falta de profissionais que defendessem essas bandeiras então passei a estudar e pesquisar sobre os movimentos e convidei pessoas que são referencias para fazer cabelo comigo, fazendo assim com que pessoas negras e LGBTQIA+ ocupassem os salões de luxo pelos quais eu passei.
MC. Você sentiu medo ou boicote por ser ativista?
AM. Eu não senti medo, mas senti uma pressão por parte das outras pessoas do ambiente por não estarem adaptadas, afinal tudo isso para eles era “estranho aos olhos”.
MC. Muitos de nós negros nos deparamos com a síndrome do impostor. Aconteceu/acontece com você?
AM. Sim, por ter sido criado por uma família branca existia uma cobrança para que eu “desse certo na vida”. Já que normalmente as pessoas pretas em sua maioria não tinha acesso a boas escolas etc. Minha família dizia que eu tinha que ser sempre o melhor por ser negro. Hoje em dia, sinto ainda muita pressão, mas acredito que o autoconhecimento me ajudou muito a saber lidar com essa pressão.
MC. Cmo é ser o único negro e brasileiro no melhor salão de Paris?
AM. Há um pouco de pressão pelo fato da maior parte da equipe ser formada por europeus e asiáticos, mas sigo mostrando o potencial do meu trabalho. Tenho aproveitado esse diferencial para reforçar e representar minha identidade afro-brasileira, é algo muito interessante para vários dos meus colegas de trabalho já que muitos não conhecem sobre a nossa cultura. Através do meu Instagram, tento mostrar ao máximo meu dia a dia no salão, buscando inspirar outras pessoas, principalmente jovens profissionais pretos.
MC. Tem feito sucesso a tendência afro ginger, não é? Pode me contar mais sobre ela?
AM. A cor ruiva sempre foi indicada para pessoas brancas e ao conversar com amigos resolvi buscar referencias de ruivos negros naturais, ao descobrir que existem de fato negros ruivos naturais desenvolvi uma técnica de coloração para aplicar em negros. Os resultados são incríveis, muitas pessoas negras não acreditam que podem ficar ruivas, mas quando veem o resultado ficam encantadas.
MC. Quais são seus sonhos pro futuro?
AM. Quero poder levar meu nome e meu trabalho para as grandes cidades do mundo, inspirar cada vez mais jovens de que é possível “chegar lá”. Que com muita resiliência e muita, resistência e muito trabalho, podemos sim alcançar nossos objetivos mais almejados. Gostaria muito de ter uma academia, para através do ensino, possibilitar com que pessoas se profissionalizem, o Brasil tem muito potencial na área da beleza e temos profissionais únicos, que além do talento carregam consigo a arte de bem atender os clientes e de encantá-los.
O turno de Jaqueline* começou às 11h e ela ainda trabalhará até as 22h, com pausas de 20 minutos a cada turno de 4 horas. Quem não para é melhor pontuado pelo sistema do aplicativo em que ela está cadastrada como entregadora. "Só agora, às 18h30, consegui comer e usar o banheiro pela primeira vez. Os homens até podem se virar na rua, mas para as mulheres só nos resta segurar o xixi o dia inteiro. Quando estamos menstruadas é mais pesado ainda. Indigno", conta.
Com 31 anos, virou entregadora após o bar em que trabalha em São Paulo praticamente fechar as portas durante a pandemia. Bartender com curso de mixologia e produção de ingredientes, ela passou a trabalhar apenas 2 dias por semana em horários reduzidos e viu seu salário de R$ 4 mil ser cortado para R$ 600. Cadastrou-se no aplicativo iFood para complementar a receita e recebeu o auxílio emergencial do governo, mas nem com as três rendas somadas consegue pagar o aluguel e está sob ameaça de despejo. O máximo que recebeu pelo aplicativo foi R$ 840 em duas semanas.
Jaqueline vive sozinha num apartamento na região central da cidade, uma imensa vantagem em relação à maioria dos entregadores, que vivem na periferia e trabalham no centro. Por morar perto de onde entrega, ela consegue fazer uma refeição e usar o banheiro em casa, além de não ter que pedalar longas distâncias para começar e terminar o dia.
"Meu medo de me infectar com Covid durou uma semana. Não tenho outra opção para me virar, então ignoro a pandemia e nem penso nisso", diz. O iFood fornece três máscaras e um frasco de álcool em gel de 500ml para os entregadores a cada mês, mas a maior parte desses profissionais não têm acesso a uma pia para lavar as mãos.
Não há número oficial do total de entregadores de aplicativo no Brasil, tampouco que mostre participação por gênero, mas um levantamento digital feito por uma equipe de pesquisadores que fazem parte da REMIR (Rede de Estudos e Monitoramento da Reforma Trabalhista) mostra que 94,6% da categoria é formada por homens. As mulheres são uma pequena minoria, com desafios próprios. Jaqueline cita alguns: além da falta de banheiro, o maior risco de sofrerem um assalto e o desgaste físico, principalmente para as ciclistas. Até comprar uma bicicleta motorizada, com a ajuda financeira da dona do bar em que trabalha e de um colega, não pedalava à noite por medo de ser roubada. Agora trabalha no mínimo dois turnos de quatro horas por dia.
"Um dos momentos de maior estalo para eu ficar esperta na rua foi um domingo à tarde, na Liberdade [bairro na região central de São Paulo]. Um casal me viu à distância, foi pro meio da pista e disse para eu descer da bike. Eu fiquei assustada e meti marcha, passando por eles correndo, porque pra voltar seria um subida e eu não tenho esse pulmão todo. Consegui passar a milhão, a menina tentou me puxar pela blusa para derrubar da bike e raspou a mão, mas não conseguiu pegar, então jogaram pedra em mim. Consegui escapar. Depois disso, comprei uma bike motorizada para conseguir fugir de ladrão. Detalhe que essa bike que eu estava trabalhando nem era minha, peguei emprestada de um colega do bar. Se me roubassem não conseguiria comprar outra", conta Jaqueline.
Tirza Ferreira, de 21 anos, é estudante de Pedagogia em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, e virou entregadora da Rappi há 4 meses, depois que teve a bolsa acadêmica cortada. Também trabalha como babá para complementar a renda e faz entregas para restaurantes por fora do aplicativo. Vive com a mãe, desempregada, que não recebe mais seguro desemprego. "Tenho muito medo de levar o vírus para dentro de casa. Minha mãe é hipertensa e tem receio por mim e por ela, que perdeu o pai por doenças respiratórias. Isso foi um baque. Não quero trazer qualquer sofrimento pra ela", relata.
Segundo Tirza, a Rappi não disponibiliza nenhum EPI (equipamento de proteção individual) para os entregadores se protegerem do vírus. "Nem uma gota de álcool em gel. Nem capacete os caras disponibilizam. Eu consegui um capacete, que é algo caro, pra andar na bike esse final de semana com uma menina aqui de Porto Alegre. Fiz um tweet pedindo um emprestado um e aí ela vai me dar um. Vou pegar amanhã. A bag [mochila usada pelos entregadores], tive que comprar e é caro. Custa de 70 a 100 reais a usada."
A estudante faz entregas de bicicleta, seis dias por semana, 3 horas por dia. Consegue aproximadamente R$ 200 por mês do aplicativo. Diz que não pedala à noite por medo. "Recebemos muita cantada, de cliente, dos próprios colegas entregadores ou de quem passa na rua. Tenho medo de ser vítima da cultura do estupro. Recebemos xingamento também. Passo muito perrengue, gente de carro querendo me fechar".
Com os joelhos lesionados, Tirza pedala com dor. Conseguiu comprar anti inflamatórios e pagar uma consulta médica com a ajuda financeira de donas de restaurantes para os quais trabalha como entregadora.
A estudante, que faz parte do movimento Entregadores Antifascistas, aderiu à greve, que acontece em diversas capitais brasileiras e inclusive em países da América Latina, nesta quarta-feira (1) e ajudou a organizá-la. "Não é só um protesto contra o descaso dos aplicativos, mas em defesa dos direitos da classe trabalhadora. Temos que construir modelos que contemplem as demandas da classe, totalmente precarizada, cada vez mais jogada no mercado do trabalho. Eu percorro 50km por dia em média para conseguir uma merreca. É absurdo, desolador".
Segundo Ana Claudia Cardoso, professora da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora) e uma das realizadoras da pesquisa da REMIR, citada acima, o fenômeno da "uberização" é global, mas no Brasil o quadro é especialmente preocupante. "Com o aprofundamento do neoliberalismo, tivemos uma ação do Estado no sentido de reduzir os direitos dos trabalhadores e destruir diversas instituições que os defendem. Com isso se deixou um espaço mais livre para as empresas agirem da forma como sempre agiram, na busca pelo lucro. A questão da uberização se insere nessa lógica. No Brasil é uma situação ainda mais complicada porque temos uma piora das condições de trabalho desde 2017, com o aumento do desemprego, da informalidade e da precarização no mercado de trabalho. A reforma trabalhista liberou a terceirização para diversas setores da economia e criou a figura do trabalho intermitente".
O termo "uberização" tem sido utilizado para se referir a toda forma de mediação de mão de obra a partir de aplicativos de tecnologia, explica Tainã Góis, advogada trabalhista, co-fundadora da Rede Feminista de Juristas e pesquisadora do Grupo de Pesquisa Trabalho e Capital (GPTC) da Universidade de São Paulo. "Existe uma falsa dicotomia que coloca de um lado as más condições, e por outro o aumento do número de postos de trabalho e os horários mais flexíveis. Mas essas duas coisas não são necessariamente excludentes. Como já vimos pelos números de empregos após a reforma trabalhista, não é menos proteção social que gera mais postos de trabalho. Ainda, as más condições de trabalho não têm a ver com a flexibilidade de horários, e sim com a total desresponsabilização das empresas com a situação na qual trabalham os empregados, não fornecendo, por exemplo, equipamentos e proteção, ou não oferecendo qualquer auxílio em caso de acidentes. Nesse sentido, o que se discute não é apenas um modelo mais flexível de trabalho, mas que nesse modelo específico a maior parte dos ônus ficam com os trabalhadores", diz a advogada.
Há duas modalidades em que os entregadores de aplicativo podem trabalhar: OL (operador logístico) e nuvem. Jaqueline optou pela primeira, já que por ela o cadastro é aceito em menor tempo. A diferença entre as duas opções é que os OLs têm prioridade nas corridas que chegam ao aplicativo e trabalham com uma escala de horários e dias determinados, controlados pelos operadores logísticos. Além disso, só podem entregar numa área limitada. Os nuvens não possuem chefe e decidem quando e onde vão trabalhar.
"Me disseram que pelo OL eu teria horário fixo, mas poderia escolher o turno no qual trabalharia. Não é bem assim. Se eu decidir folgar todo domingo, mas chegar no dia e já tiver gente demais folgando, tenho que deixar para próxima semana. E o mesmo vale para a escolha dos turnos. Temos algumas cobranças tipo CLT, com relação a rigor no horário de trabalho, mas sem suporte nenhum. Se tivermos a bike ou moto roubada em horário de trabalho, não será ressarcido. Nunca vi o meu operador logístico. Só nos falamos por WhatsApp. E quando temos algum imprevisto na rua e precisamos acionar o suporte, só conseguimos falar com robôs. Uma hora é o pneu que fura, o celular cai e quebra a tela, a chuva estraga o celular, o carro que bate na gente, uma dor de barriga porque comemos em qualquer lugar rápido. São muitas coisas que acontecem que só quem está na rua sabe. Quem está no conforto do sofá, na frente do computador, não sabe de nada ", diz Jaqueline. Ela já entrou com solicitação para migrar para a modalidade nuvem, mas o pedido ainda precisa ser aceito pelo OL, que então tem de descadastrá-la e transferi-la.
Para a pesquisadora Ana Claudia, a lua de mel que aparentava existir entre as plataformas digitais e os trabalhadores chegou ao fim. Segundo ela, não há reajuste das tarifas de entregas há 3 anos, apesar da inflação - o que significa que para comprar a mesma coisa o profissional é obrigado a trabalhar mais horas. "Na pesquisa que fizemos, apontamos que grande parte dos trabalhadores labora mais de 11 horas. Como ter flexibilidade de horário se a pessoa trabalha de 9 a 11 horas por dia? Quando perguntamos sobre a quantidade dias na semana que essas pessoas trabalham, 77% laboram entre 6 e 7 dias."
Apesar de apoiar a paralisação dos entregadores, Jaqueline tem medo de aderir à greve e ser expulsa da plataforma. Por ser OL, diz ela, perceberiam que não está trabalhando.
"Eles não querem vínculo mas cobram como se eu fosse funcionária. Se eu logo 10 minutos depois do início do meu turno, sou questionada. Tenho que comunicar ao meu OL se quero pausar mais de 20 minutos. E não temos ajuda para nada, trocar câmara de pneu, comprar capacete, capa de chuva. Já fui atropelada por um carro. Sofri o acidente, levantei e continuei andando. Se paro no meu turno, minha pontuação baixa. O aplicativo adora dizer que somos empreendedores, mas é pura mentira", diz ela.
Uma das principais reclamações dos entregadores são os bloqueios que sofrem pelos aplicativos sem explicações ou prazo de retorno ao trabalho. Jaqueline conta que uma moradora reclamou após ela se recusar a subir para entregar o pedido no apartamento, por medo de ter a bicicleta roubada caso a deixasse na rua. "Muitos prédios não deixam a gente entrar com a bike", diz a entregadora. Logo em seguida ela ficou bloqueada pelo resto da noite.
Em outro episódio, trabalhando no turno noturno, rejeitou duas corridas para bairros que considerou perigosos e foi bloqueada. "Então é mais uma mentira a de que a gente aceita a corrida que quiser, a hora que quiser. Porque se a gente rejeita a corrida, somos bloqueados, a pontuação cai. Como OL, não posso nem desligar o aplicativo porque tenho que cumprir horário, mesmo que não esteja chegando entrega para mim. Às vezes fico 2 ou 3 horas parada, mas preciso estar à disposição."
A categoria também reivindica controle do peso das entregas, principalmente para quem usa a bicicleta. "Já tive uma bag quebrada porque fui pegar uma compra no supermercado com galão de água, amaciante e estourou o isopor. Tive que comprar outra bag, que custa R$ 120. Para fazer uma entrega de taxa mínima, de 5 reais, eu posso ter que pedalar em média 4 km. Quanto que eu tenho que pedalar para comprar uma bag nova?", questiona Jaqueline.
A pontuação dos profissionais, nota que determina a quantidade de entregas direcionadas a eles, diminui se, por exemplo, o cliente reclamar que não recebeu o pedido. O problema, de acordo com Jaqueline, é que não há nenhuma ferramenta para garantir se de fato o produto chegou ou não. O único registro possível é o cliente mandar uma mensagem no chat do aplicativo confirmando que a entrega foi feita, o que muitas vezes não acontece. Se o entregador não recebe a confirmação e devolve o pedido, o aplicativo paga apenas a metade da rota.
"Um detalhe é que esse valor referente à metade nem aparece na minha tela. Diz o suporte que ele aparece no meu extrato no sistema do meu operador logístico. Nunca vi esse extrato. Até o momento nunca tive problema com datas e repasse de pagamento, porém não posso afirmar que recebi todas esses valores porque nunca tive acesso a esses extratos. Apenas tenho acesso ao de rotas finalizadas e esses outros valores podem passar batido", diz Jaqueline.
Segundo Tainã, não existe uma regulamentação específica para a condição de trabalho "uberizado": "Em geral, os juristas se dividem entre aqueles que acreditam que é um modelo inovador e aqueles que entendem que é apenas uma nova forma de precarização e que, portanto, todos os trabalhos deveriam ser celetizados. Ainda existe um meio de campo de pessoas que acreditam que deva haver uma regulamentação mais clara sobre o tema, já que não temos nenhuma lei específica. Um caso interessante para entender como funciona é o do processo contra o aplicativo Loggi. O Ministério Público do Trabalho entrou com uma ação requerendo o reconhecimento de vínculo de todos os empregados. A primeira instância de São Paulo, no fim do ano passado, deu uma sentença reconhecendo o vínculo e obrigando a Loggi a contratar diretamente todos os entregadores. A Loggi recorreu e o Tribunal suspendeu a decisão liminarmente, mas o julgamento ainda está pendente. Não temos ainda consolidada jurisprudência favorável ao reconhecimento de vínculo. Em geral o Judiciário declara que são empregados autônomos, ou as empresas fazem um acordo antes do fim do processo".
Thamyres Souza, 26 anos, trabalha como entregadora na modalidade nuvem dos aplicativos iFood e Ubereats em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Faz faculdade de Medicina Veterinária durante as manhãs e trabalha como auxiliar administrativa à tarde. De quinta a domingo, durante a noite, sai de moto para complementar a renda com entregas.
"É complicado trabalhar à noite. Ficamos vulneráveis. Temos que tomar cuidados para prezar pela segurança. Não costumo aceitar rotas em bairros muito distantes. Quando vejo que é bairro perigoso, costumo não ir, mas a Uber não avisa onde você tem que fazer entrega. Dá bastante medo, mas até agora nunca fui assaltada", conta.
Thamyres diz que o iFood disponibilizou máscaras e álcool em gel para os entregadores, mas que nunca recebeu a mensagem para ir buscá-los, e a Ubereats não forneceu nada. Ela então teve que comprar os equipamentos de proteção por conta própria. A estudante diz que toma todos os cuidados para não levar a Covid-19 para dentro de casa, já que mora com os pais e a mãe é do grupo de risco por ter contraído uma doença autoimune. O pai, encanador, tem trabalhado pouco desde o começo da pandemia e a mãe é dona de casa, então a renda extra como entregadora ficou ainda mais importante para a família. "Os ganhos são bem variáveis, depende muito da oferta na região, da quantidade de horas trabalhadas. Já consegui tirar uns R$ 400 reais por mês", diz.
A entregadora apoia a greve e não trabalhará nesta quarta-feira. "É o motoboy que paga pelo erro até do cliente. A corda sempre arrebenta pro lado mais fraco. Aumentou muito o número de motos na rua, com pessoas que perderam o emprego na crise e acabaram migrando para esses aplicativos. Também por causa da crise, diminuiu-se o número de pedidos, porque as pessoas estão cortando gastos. Então as taxas pagas aos entregadores estão muito baixas. Muitos motoboys para poucos pedidos. Os aplicativos fazem o que querem. Eu espero que a greve mude alguma coisa, cause algum impacto para o pessoal repensar como a categoria é desvalorizada pelo tanto de risco que a gente corre".
Procurada pela reportagem, a Uber respondeu que oferece reembolso para os profissionais do aplicativo que comprarem os próprios equipamentos de proteção individual, auxílio financeiro por 14 dias aos que contraírem Covid-19 e possui um centro de higienização para uso dos trabalhadores em São Paulo. Sobre a greve, a empresa afirma que não há penalidade aos profissionais que "se manifestam publicamente".
O iFood, por meio da assessoria, disse que "em nenhuma hipótese entregadores são desativados por participar de movimentos". Jaqueline afirma que o aplicativo usa o sistema de pontuação e enviou à reportagem prints de conversas em que o operador logístico da frota se refere a ele para justificar cortes na equipe.
O iFood alega que não possui um sistema de ranking e nem de pontuação: "O algoritmo de alocação de pedidos leva em consideração fatores como, por exemplo, a disponibilidade e localização do entregador e a distância entre restaurante e consumidor". Informou também não ter nenhuma ingerência entre o OL e o entregador e que o prazo de migração para a modalidade "nuvem" é de 90 dias.
A Rappi não se posicionou até o fechamento deste texto.
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Maisa Silva está passando pela transição capilar e comemora cada passo que supera em suas redes sociais. Na noite desta terça-feira (30), a apresentadora de 18 anos falou que sempre tentou seguir um padrão estético de cabelos lisos para que seus amigos não a achassem "esquisita", porém entendeu que quem mais se criticava era ela mesma.
"Antes de passar pelo processo de transição capilar, eu era muito 'noiada' com o cabelo. Eu ficava me limitando, não pintava e não cortava, não fazia nada de muito radical. Só cortava no ombro. Achava que todo mundo ia reparar, que eu precisava estar no padrão das meninas com cabelos escorridos até a bunda, morena e se eu não estivesse assim, todo mundo ia me achar horrível e esquisita. Na verdade, quem mais reparava no meu cabelo e colocava defeito era eu", desabafou.
Ela afirmou que sua relação com as madeixas mudou completamente e analisou que o benefício não foi só externo, mas causou mudanças internas. Ela declarou que se sente mais à vontade para falar sobre este assunto somente agora.
"Se hoje me sinto mais à vontade e pronta para falar sobre isso com vocês é porque o tempo passou. Dos 15 anos aos 18 tem uma grande diferença, minha cabeça mudou muito, meus conceitos se desconstruíram dentro de mim. Estou aprendendo coisas novas todos os dias. O fato de eu aceitar meu cabelo agora não significa que eu cheguei ao nível de aceitação extrema e que não tenha mais nada que eu queira mudar ou que nada mais afete minha autoestima. Tem! Acho impossível se achar 100% perfeita."
Ela ainda salientou que falar sobre a transição capilar ou autoestima não é algo fácil porque a característica do cabelo enrolado vem cheio de estigmas e preconceitos.
"Se não é fácil para mim, que tem um cabelo cacheado, imagina para meninas que têm cabelo crespo, que sofrem muito mais preconceitos e com estigmas por questões raciais, de serem chamadas de cabelo ruim. Não é fácil. Eu não venho falar sobre este assunto como se fosse algo lindo e perfeito, algo atingível. A partir do momento que a gente consegue expor processos que foram difíceis, a gente se fortalece. Outra pessoa pode estar passando pelo mesmo que eu", pontuou.
Marina Ruy Barbosa levou um grande susto ao se deparar com uma aranha grande em seu quarto justamente no dia de seu aniversário de 25 anos, comemorado nesta terça-feira (30). Ela está passando a quarentena em um sítio, rodeado pela natureza e fotografou o aracnídeo.
"No meu quarto. Alguém entende de aranha? Quase morri? Ou to de boa?", questionou na legenda.
Pouco tempo depois, um de seus seguidores - que é apaixonado por este bichos - esclareceu que esta espécie de aranha é inofensiva.
"Essa é uma aranha-mural, Selenops sp., inofensiva. Pode ficar tranquila. Na natureza elas conseguem até planar em queda livre, um bichinho muito legal", descreveu.
Thelma Assis, médica e vencedora do Big Brother Brasil 20, mostrou seu pavor do aracnídeo e brincou que fugiria de casa de encontrasse um exemplar desses em seu quarto.
"Eu já tinha passado a casa pro nome dela... E ia morar nas montanhas", comentou.