Pode apostar: maxivestidos volumosos – daqueles que a gente reserva para uma festa de dia – vão ser as peças que vamos querer usar no verão (e não só para grandes eventos). Maxivestidos foram a estrela da temporada de outono-inverno de 2019-2020 dos desfiles internacionais. Pierpaolo Piccioli, diretor criativo da Valentino que adora peças volumosas ou cheias de movimento – propôs vestidos ainda maiores do que os que estamos acostumadas a ver em suas coleções. Alexander McQueen não economizou no tecido e também desfilou vestidos gigantes em forma de rosas.
De forma geral, a tendência oversized já vem acontecendo há algum tempo. Principalmente na alfaiataria, que há algumas temporadas vem sendo reeditada com ombros poderosos à la anos 80, calças amplas, paletós grandes, tudo bem longe do corpo. Não é surpresa, portanto, que a tendência tenha passado para os vestidos, que ganham ares maximalistas com babados, silhuetas ultra amplas, ombros bufantes, sem falar de comprimentos longos. A prova está na última temporada de moda dinamarquesa e seu estilo de rua – que vem há alguns anos antecipando fortes tendências.
As fashionistas do país são fortes adeptas do “vestido de noite durante o dia” – combinados até com chinelo tipo havaiana – e peças do tipo tomaram as ruas de Copenhague no mês passado Week. Marcas supercool do país como Cecilie Bahnsen, Ganni e Jessica K foram as favoritas da vez, e seus maxivestidos foram usados com tênis, salto alto ou rasteirinha. Pescamos algumas referências de looks a seguir para inspirar as produções da primavera – que já está quase aí.
Semana passada, a modelo Emily Ratajkowski escreveu um artigo numa revista americana no qual dizia que sabia que, muitas vezes, seu jeito sexy de ser ia ao encontro do ideal machista. "Mas eu me sinto bem com isso” disse ela, completando: "não é sobre isso que é o feminismo? Escolher?”.
Analisemos essa afirmação que, na minha opinião, é uma típica falácia pré-empoderamento feminino real. Não estou apontado o dedo para Emily, porque a culpa não é dela: é de séculos e séculos de repressão e violência de uma sociedade que nos fez acreditar que somos um corpo para o outro, uma vagina para o outro, uma sensualidade para outro. Um patriarcado com armadilhas cruéis e muitas vezes imperceptíveis que nos fazem achar que estamos escolhendo, quando na verdade estamos sendo mais uma peça no jogo patriarcal.
Aproveito a afirmação para propor uma reflexão sobre esse pseudo empoderamento em que muitas mulheres se encontram e eu mesma já me encontrei, justamente para que possamos transcendê-lo.
Você acha que está 'escolhendo' quando posta seu corpo semi nu no no Instagram e diz que isso é empoderamento, quando posta uma foto sensual e reclama de não poder mostrar o mamilo, quando você posta uma foto em pose de yoga focando na sexy bunda empinada e coloca uma frase de efeito como se quisesse mostrar a frase. Você acha que está escolhendo quando quase toda imagem que te representa vem com um subtexto de sensualidade.
Essa sexualidade gritante, mesmo que subjacente, foi normalizada entre as mulheres porque foi assim que nos ensinaram que seríamos amadas, admiradas, aceitas. Estar sempre encaixada num padrão hipersexualizado, implorando o olhar alheio (muitas vezes sem perceber que está nessa situação), sendo um corpo para o outro exatamente como aprendemos que somos, a cartilha do servilismo travestido de sedução.
Essa hipersexualização a qual somos submetidas e na qual muitas de nós buscam seu valor - achar que precisamos ser as gostosas sedutoras para sermos aceitas - é como se pedíssemos desculpas por nossos discursos e independências. Fenômeno muito bem interpretado na visão de Virginie Despentes, que escreveu em seu livro Teoria King Kong: "É uma maneira de se desculpar, de tranquilizar os homens: 'olha como sou boazuda, apesar da minha autonomia, da minha inteligência, da minha cultura, na realidade eu quero ser desejada por você.'"
Falo isso como alguém que já esteve nessa falácia. Quase fiz uma dissertação de mestrado em Filosofia com o tema "O poder da mulher como objeto sexual”, porque acreditei por muito tempo que, quem detém o desejo do outro é quem detém o poder, ou seja, uma mulher numa posição de sensualidade no padrão patriarcal sendo admirada por um homem não está na posição de objeto, mas sim de sujeito dominante da situação, é dela o poder nessa relação, o objeto não é ela. Superficialmente é uma afirmação que pode fazer sentido, mas com o tempo percebi que essa era uma visão de um estado meu de pseudo empoderamento. Que ao ver poder no ato de expor um corpo padrão numa sexualização passiva era ter um like do patriarcado e ainda se achar esperta por isso.
Com meus anos de vivência e ensino do tantra, que me trouxeram empatia com o outro e maior compreensão do papel do corpo na retomada de poder feminino, entendi uma coisa: a nudez do corpo padrão não é empoderamento. Essa percepção me fez mudar minha relação com a exposição do meu corpo (padrão), diminuindo consideravelmente postagens em redes sociais com essa sensualidade a serviço do patriarcado e nunca, nunca mais relacionando ela com alguma espécie de empoderamento.
Como escreveu Joice Berth: “Nudez não é empoderamento, especialmente a nudez padrão de corpos escolhidos para compor um padrão excludente e racista de beleza. Empoderamento, nesse sentido, seria a conscientização profunda de que seu corpo é objetificado e controlado, inclusive para excluir a morte física e simbólica de corpos preteridos”.
Toda minha teoria de empoderamento através do corpo, após essa percepção, começou a se dar em outra esfera: mostrar sob óticas espirituais, energéticas e físicas que o corpo da mulher é dela e para ela. Que numa sociedade que lucra com nossa falta de amor próprio, a maior subversão é se amar. Amor como a mais matriarcal das armas. Amor próprio como resistência.
E isso passa, antes de tudo, por transcender esse papel que foi dado ao feminino e por provar para as mulheres que essa potência absurdamente poderosa que é a sexualidade de seus corpos é subutilizada sendo usada apenas como transbordamento estético para agradar ao olhar masculino patriarcal. Isso quer tudo quer dizer que eu nunca mais vou postar uma foto sensual?
Quer dizer que você não deve expor seu corpo como você quiser? Não. Você e eu podemos ter nossos motivos de ordem individual para querer expor nossos corpos em algum momento, e está tudo bem, porque também somos seres com interesses que muitas vezes sobrepujam os ideiais coletivos ou as causas. Mas pense um pouco sobre tudo que escrevi aqui antes de falar que isso é empoderamento.
Você já deve ter ouvido falar de cronograma capilar, certo? Essa agenda de tratamentos traz ótimos resultados para fios ressecados. Funciona assim: você vai seguir uma rotina de cuidados por semana, durante um mês. A ideia é usar produtos com diferentes funções – hidratar, nutrir e reconstruir – em dias específicos. Com essa rotina, os fios vão recuperando os nutrientes necessários para voltar a ficar bonito e saudável.
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Uma menina de 8 anos de idade, chefe de um grupo de meninos em uma vila e não levava desaforo para casa. Foi assim que María Antonieta de las Nieves criou sua mais emblemática personagem, Chiquinha, no seriado mexicano Chaves, com uma personalidade bem diferente de Pops e Paty, que ficou marcado para sempre na memória das crianças de várias gerações. Agora é a vez da brasileira Carol Costa ganhar o coração do público ao reviver esta garotinha no espetáculo Chaves - Um Tributo Musical, que estreou nesta sexta-feira (23) no Teatro Opus, no Shopping Villa Lobos, em São Paulo.
“Eu assistia Chaves e Chapolin todos os dias quando chegava da escola. Amava almoçar ‘acompanhada’ desses personagens. Sempre amei a Chiquinha, a menina banguela do penteado torto, de sardinhas com o sorriso largo. Era a minha favorita por ser a mais espevitada, esperta e amava quando ela dava uma volta nos garotos. Ela era danada! Mas amava o Chavinho e o Madruguinha (Seu Madruga) também”, conta.
A atriz já tem experiência de sobra com musicais e como a Chiquinha tem um timbre de voz bem diferente, Carol promete que isso vai ser impresso no canto de sua personagem também.
“Sempre que construo um personagem com uma voz diferente da minha, prezo que o timbre da personagem se mantenha durante a música. Nem sempre é fácil, mas com treino e estudo sempre consigo alcançar o resultado. Acredito que a construção da personagem deve se manter durante todo processo e com a Chiquinha não vai ser diferente. Pois é, pois é, pois é”, se diverte.
Quando recebeu o “sim” dos produtores do espetáculo para interpretar a menina empoderada, ela procurou não ter ajudar de nenhuma das dubladoras que já fizeram as vozes da personagem, mas por uma coincidência da vida (ou não), teve a oportunidade de ficar frente a frente com Sandra Mara, que emprestou sua voz por anos à garotinha da vila.
“Foi por um acaso e fiquei muito emocionada com esse encontro. A voz que conheço desde a infância se materializou na minha frente. Ela foi incrível! Tietei e conversamos muito sobre o processo de composição da Chiquinha, ela me ajudou com um pedacinho do meu texto e fiquei boba vendo-a fazendo. Durmo, acordo e passo as horinhas que tenho de intervalo nos ensaios assistindo aos episódios de Chaves. Foi assim na infância e tem sido assim desde que soube que passei no teste. Chiquinha não é Chiquinha sem o famoso ‘pois é, pois é, pois é’, o choro esganado e, é claro, o ‘papaizinho lindo, meu amor’. É toda uma partitura física que uma menina de 8 anos e a magia do teatro me possibilitam criar”, explica.
Por questões contratuais, Chiquinha não esteve presente no musical montado pela família de Roberto Bolaños, criador do Chaves, no México e está é a primeira vez que a personagem de María Antonieta de las Nieves aparece no palco. Carol está radiante com a oportunidade e diz que é um presente com muita responsabilidade e emoção.
“Eu nem tinha pensado por esse lado, mas a minha ficha começou a cair. Meu Deus, eu sou a Chiquinha brasileira! Procuro ser fiel ao que a incrível María Antonieta criou, mas sem perder a minha essência e a minha construção como atriz. Não faço uma cópia e sim uma linda homenagem, então espero que ela venha assistir algum dia”, torce.
Diferentemente do Sítio do Pica-Pau Amarelo, todos os personagens do Chaves, exibido há 35 anos pelo SBT, foram interpretados apenas pelos atores originais e jamais houve uma troca. Isso traz uma responsabilidade enorme para o elenco brasileiro e a atriz conta que todos já começaram a sentir isso desde que o público soube que fariam o espetáculo.
“Esses personagens são tão amados e queridos pelo público brasileiro que tenho sentido todo esse amor e carinho de perto. São muitas demonstrações de apoio e torcida que temos. Aliás, aproveito para agradecer a todos os fãs de Chaves. Críticas e comparações são inevitáveis. Tenho certeza que a maioria será positiva, pois estou fazendo com minha verdade e todo meu amor. Como disse, é uma homenagem e não uma imitação.”
Carol adianta que tem o mesmo temperamento forte da personagem, gosta de doces, tem um sorriso largo e um amor muito grande pelos seus pais, o que já adianta 20 passos à frente para tornar sua interpretação ainda mais crível. Outro ponto que a ajudou muito foi a reprodução exata da vila que a equipe de cenografia caprichou.
“Eu pareço uma criança! Logo que fomos fazer a sessão de fotos, já peguei um triciclo e saí andando pelo cenário. Foi nostálgico! Um misto de saudosismo e muita ansiedade pra ver a reação do público”, fala.
“Me expus muito na nossa conversa e fiquei com receio de ser mal entendida e ferir os meus pais. Mas poder falar sobre esses assuntos é necessário, porque ajuda quem viveu coisas parecidas”.
Recebi essa mensagem de Fernanda Young no início de 2017, quando publiquei uma longa entrevista com ela. Em um encontro raro, ela falou sobre suas dores mais profundas, as mesmas que a fizeram desenvolver alergias e outras somatizações ao longo da vida. Fernanda sofria de depressao desde a infância e, no intuito de desmistificar a doença, topou se expor e revelar o que tinha de mais íntimo.
Como ela mesma disse, foi essa mesma sensibilidade que a levou a conquistar um lugar único na televisão brasileira, se tornar mãe de quatro filhos. Feminista, inteligentíssima, foi a primeira mulher roteirista de grande sucesso no país, autora best seller, atriz de grandes públicos. Nossos sentimentos de Marie Claire à família e aos amigos. Fernanda morreu neste domingo (25), aos 49 anos, em seu sítio em Gonçalves, Minas Gerais. As causas da morte ainda não foram divulgadas. A seguir, a entrevista feita com ela no fim de 2016.
Viver é desagradável. Qualquer pessoa minimamente sensata percebe isso”, diz Fernanda Young, no sofá da sala de sua casa no bairro de Higienópolis, em São Paulo. Enquanto dispara as palavras, olha freneticamente para os lados. A cena é tão caricatural que eu não sei se ela está fazendo piada ou falando sério. Abro um sorriso largo, como quem acha tudo muito engraçado, mas Fernanda continua firme. Em seguida, discorre sobre a depressão que teve ao longo da vida e sobre o novo romance. Ou seja: ela está falando sério. E eu, como qualquer interlocutor, fico estarrecida com sua capacidade de conjugar humor e dor.
Diagnosticada com dislexia e disritmia cerebral na infância, Fernanda tentou cortar os pulsos aos 10 anos. “Era uma criança muito, muito triste. Nunca ninguém me machucou, minha família não tinha culpa disso”, contou durante a conversa. Conseguiu esconder o episódio dos pais, mas a doença – e as medicações para controlá-la – a acompanham até hoje. “Aprendi a lidar com a depressão porque sempre tive amor e humor perto de mim. Por causa dela conquistei muitas coisas”, reflete. Ela se refere, além de aos 13 livros publicados – entre eles, Estragos (Globo Livros, 216 págs., R$ 44,90), lançado em dezembro –, à família. Casada com o roteirista Alexandre Machado desde os 23 anos, teve quatro filhos: as gêmeas Estela May e Cecília Madonna, de 16 anos, Catarina Lakshimi, 8, e John Gopala, 7.
Nascida em Niterói, no Rio de Janeiro, é filha de um desenhista e de uma advogada. Foi criada com rigidez pelos avós maternos, católicos fervorosos, e pela mãe, que se separou do pai quando Fernanda tinha 6 anos. Encontrou sua tribo aos 13, quando virou punk. Aos 17, fez um teste para atriz na TV Globo e passou. Seu primeiro papel foi na novela O Dono do Mundo, em 1991. Mas a vocação sempre foi escrever. Roteirizou comédias de sucesso, como Os Normais, da Globo, e Surtadas na Yoga, do GNT. No canal, prepara-se para estrear, no segundo semestre de 2017, Edifício Paraíso, série da qual será autora e atriz. Também teve uma polêmica passagem pela primeira formação do Saia Justa, nos anos 2000. As declarações sinceras lhe renderam críticas severas e o apelido de “Barbie que Fala Merda”, culminando em um grave episódio de depressão. A seguir, os detalhes e os trechos pouco conhecidos da história de uma das mais irreverentes personagens do showbiz brasileiro.
MARIE CLAIRE Você está terminando de escrever um novo romance. Do que se trata?
FERNANDA YOUNG É uma trama familiar. Tudo se dá diante de uma personagem que tem depressão. O livro se chama O Piano Está Aberto. Toda vez que essa mulher, que é mãe de alguns adultos, colapsa, ela toca piano. As pessoas que convivem com a doença costumam colocar codinomes porque depressão parece mau agouro. Os personagens referem-se à doença dela como “o piano está aberto”. É sobre essa família que lida com essa dor.
MC Você já disse que tem depressão. É uma obra biográfica?
FY É menos um livro sobre mim e mais sobre a doença. É estranho dizer isso, mas, se não fosse a depressão, não teria feito nem 70% do que realizei na minha vida. Não teria tido tantos filhos, por exemplo. As crianças me deixam desconectada de uma realidade que me desagrada, que é viver. A princípio [a vida] não me parece muito... cabível. É desagradável. Qualquer pessoa minimamente sensata percebe isso. Mas, hoje, tenho pouco daquilo que sei sobre a doença. Reconheço os sintomas e não vivo mais neles. Falo com muita calma sobre isso porque sobrevivi. E obviamente estou sujeita, a qualquer momento, a cair de novo.
MC Quando isso se manifestou pela primeira vez?
FY [Depois de um silêncio, diminui o tom de voz] Ah, eu era uma criança muito triste. Não gostaria que parecesse culpa da minha família. Simplesmente era uma criança depressiva, que poderia se machucar e que pensava em morrer. É uma doença química. Ninguém me machucou. Pedia muito para Deus me matar. Também tive muitas doenças – alergias, pneumonias – que vinham do emocional.
MC Chegou a se machucar?
FY [Silêncio] Sim.
MC Você se cortou?
FY Uhum [concorda com a cabeça].
MC A automutilação era uma prática constante?
FY Não. Foi só desta vez e eu queria morrer. E ninguém soube.
MC Quantos anos você tinha?
FY Uns 10.
MC O que a levou a isso?
FY Tristeza. Não era nada com a família.
MC Você cortou o braço?
FY O pulso. Foi superficial, muito leve. Fui uma criança diferente. Fui diagnosticada com disritmia e comecei a tomar Tegretol [antiepiléptico] muito nova. Depois, descobriram que era disléxica. Comecei a fazer terapia aos 13 anos, por insistência do meu pai. Faço até hoje. Também tive a grande sorte de ter minha irmã Renata. Lá pelas tantas, com uns 16 anos, ela viu que eu falava muito sobre morte. Então disse seriamente: “Olha aqui, vou morrer velha e, depois, você”. Foi um esporro tão grande... e isso ficou decidido[os olhos marejam]. Além disso, sempre rimos muito na minha casa. O humor me ajudou.
MC Quando você foi diagnosticada com depressão?
FY Com 24, 25 anos. Meu livro A Sombra das Vossas Asas (Objetiva) tem o capítulo “A depressão cor de abóbora” por causa disso. Fiz vários exames e o neuropsiquiatra falou: “Olhe esta área aqui”. Era cor de abóbora. “Isto é a sua depressão.” Ganhar um diagnóstico foi maravilhoso. Pensei: “Vou tratar”. Fazer exercício físico é uma das coisas que mais me ajudaram na vida. Passei a medicar especificamente a depressão. Foi sensacional. Saí de um redemoinho de dramas e dor, de altos e baixos. Passei muitos anos bem. Até que tive uma crise grave em 2002 ou 2003.
MC O que a detonou?
FY Um jornalista disse que eu era perigosa e estúpida. A verdade é que apresentava o Saia Justa e não tinha a menor ideia do que estava fazendo ali. Só falava o que queria. Foi quando começou o bullying virtual, criaram a “Barbie que Fala Merda” [apelido que rodou a internet]. Foi horrível. Deu problema pra cacete e não queria aquilo. Minha irmã me encontrou num estado horrível, num dia em que não conseguia mais falar. Ela me levou ao médico em São Paulo. Eu achava que estava em Niterói, na Rua Nossa Senhora da Conceição. A única pergunta que faz uma pessoa ser internada é: “Você quer se matar?”. E eu queria. Mas decidiram não me internar. O médico entrou com uma medicação superforte e fiquei acompanhada 24 horas por dia, durante alguns dias. Morri de vergonha... Não precisei de acompanhante porque minha família cuidou de mim. Precisei de dois anos para tirar os remédios.
MC Sua doença sempre se manifesta dessa forma?
FY Não. Foi uma crise. Obviamente tenho quedas de ânimo e aviso em casa: “Estou sensível”. Quando piora um pouco, digo: “Estou com medo”. Sinto coisas físicas: o hálito muda, a boca fica amarga, o couro cabeludo arrepiado. É fácil detectar. Mas nunca deixei de trabalhar. Estava escrevendo Aritmética (Ediouro), que me é muito caro, quando essa crise aconteceu.
MC Já sofreu violência?
FY Sim. Foi um estupro terrível. Fui violentada em um encontro íntimo com um ex-namorado, aos 16 anos. Na época, achei horrível, mas levei tempo para entender que foi um estupro. Ele começou a forçar a barra, eu disse que não queria e ele amarrou meus pulsos. Fez sexo comigo dessa maneira. Não sabia para quem contar, tinha vergonha. Achava que a culpa era minha por ter amado essa pessoa. Só percebi que tinha sido estuprada vendo uma cena semelhante em uma série, anos depois.
MC Você foi mãe de gêmeas aos 30 anos. Foi natural?
FY Não. Foi tratamento. Demorei muito para engravidar. Na minha família, existe essa dificuldade, não somos férteis. Tenho ovários policísticos. Mas sei o dia em que as meninas foram geradas. Foi muito bonito. Estava no hospital com minha melhor amiga, Marcelinha. Vestia uma camisola fininha, ela segurava minha mão.
MC Já fez aborto?
FY Não, graças a Deus, porque me faria muito mal. Mas sou absolutamente a favor da legalização. Já é tão cruel passar por isso, vamos facilitar? Se você acha errado, lide com isso, mas não transforme sua opinião em lei.
MC E aborto natural?
FY Sim, quase aos quatro meses de gravidez. Eu não sabia que passar por isso era tão cruel. Foi uma das coisas mais terríveis que já aconteceram comigo. Descobri fazendo o ultrassom e só pude tirar no dia seguinte [com a curetagem]. Naquela noite, enchi a cara. Em dado momento, tive que parar de beber líquido para poder fazer a intervenção. Foram as horas mais horríveis da minha vida porque fiquei com uma sede louca, com uma ressaca de todas as ordens. Foram meses para me recuperar. Na verdade, acho que não me recuperei até hoje. Fiquei muito puta. Depois, tatuei um beija-flor [em homenagem à bebê, que se chamaria Antonia]. Foi uma alma que não chegou a ver a cara da maldade. No fim, tive uma filha por adoção que nasceu com uma síndrome congênita, a Catarina [a membrana que envolve o cérebro da menina é rígida. Hoje, usa uma válvula para drenar o líquido que circula por ali e está ótima]. [Faz uma pausa] Quer uma cerveja sem glúten?
MC Não, obrigada. Você cortou o glúten porque é celíaca?
FY Não, mas sou cheia de alergias e elas melhoram quando corto o glúten, a lactose.
MC Sete anos depois das gêmeas, você adotou dois filhos. Pode contar como isso aconteceu?
FY Foi lindo. A Catarina é o desejo mais antigo da minha existência. Sempre falava que teria uma filha adotiva. Quando a vi pela primeira vez, a reconheci imediatamente. Estava na fila da adoção e uma instituição me ligou. Estava em Paris, feliz da vida, e voltei rapidamente. Pude ver o parto dela, foi uma explosão de alegria. Na época, a lei permitia a adoção por doação. Quando ela tinha 9 meses e eu já tinha saído da lista de adoção, recebi um telefonema de outra instituição, dessas que ligam para pedir ajuda, dizendo que tinham recebido uma criança e perguntando se eu podia ajudar. Pensei: “Tenho dinheiro. Fiz esse trabalho medíocre hoje, em que ganhei tanto; Alexandre está em Nova York com as gêmeas; está tudo bem nessa casa. Vou lá entregar as coisas pessoalmente”. Liguei para meu marido no caminho, contando o que estava indo fazer, e ele intuiu o que aconteceria. Peguei o John e o trouxe para casa, o que obviamente era proibido. Amor à primeira vista? Não. Desespero da circunstância. Ele tinha três dias. Fui tão esculhambada pelo meu advogado... Parecia que eu tinha trazido Bin Laden e toda a Al-Qaeda para cá. Hoje, estou proibida de voltar a qualquer uma dessas instituições. Ajudo a distância.
A camisa é uma peça chave para muitos looks mais arrumadinhos, para trabalhar. Branca, listrada, preta, jeans… são várias as opções que, combinadas de maneiras diversas, garantem looks que equilibram sofisticação e casualidade. E parece que Meghan Markle, a Duquesa de Sussex, sabe muito bem disso e adora usar essa peça. Não à toa, uma camisa branca foi sua escolha para a primeira aparição oficial como namorada do Príncipe Harry.
Em meio a maior crise ambiental das ultimas décadas, Marina Silva conversou com Marie Claire, da Colômbia, onde estava a convite de uma universidade. Na entrevista, responsabilizou o presidente Jair Bolsonaro e o ministro do meio ambiente Ricardo Salles pelas queimadas na Amazônia, diz que somente um esforço conjunto da sociedade pode evitar que as consequências da crise ameacem as exportações brasileiras, defendeu a participação de setores do agronegócio na criação de medidas para este fim e diz que Greta Thunberg é a antítese do presidente do Brasil.
Marie Claire Na sua opinião, qual é o motor da crise que ambiental que o Brasil está vivendo?
Marina Silva O fato de o governo ter desconstruído o Fundo Amazônico, ter ganhado a eleição com o discurso antiambientalista de que acabaria com a indústria de multas está por trás do que está acontecendo. Tiraram a Agência Nacional de Águas do Ministério do Meio Ambiente, enfraqueceram os órgãos de fiscalização e de controle. Encaminharam um conjunto de propostas que dava um sinal positivo aos contraventores ao dizer que acabariam com o licenciamento ambiental. O presidente não acabou com o Ministério do Meio Ambiente do ponto de vista legal, mas dos ponto de vista prático. O presidente incitou o que está acontecendo. Este governo soltou todos os gênios do mal de dentro da garrafa, a situação atual é de descontrole.
MC Como a senhora vê a campanha pelo boicote de produtos brasileiros que se anuncia no exterior?
MS A melhor forma de responder é resolvendo o problema. O Brasil era visto como vilão ambiental nos anos 80 e 90 e passamos de vilão à parte da solução. Isso aconteceu sobretudo com o plano de combate ao desmatamento, mais as políticas de redução da camada de ozonio, a participação que tivemos em grandes acordos como relação à questão da diversidade, da desertificação. O mais importante foi ter conseguido diminuir o desmatamento em 83%, durante dez anos, em função de políticas públicas, em uma dinâmica em que a economia crescia à 3% e o agronegócio a 12%. Isso tudo fez o Brasil ser um interlocutor respeitado. Em oito meses esse governo acaba com tudo. E a fotografia é a Amazônia virando cinzas. A melhor forma de responder a isso é recuperando o plano de combate ao desmatamento.
MC Como?
MS Eu, ex-ministros do meio ambiente e a SBPC, acabo de ter a anuência de todos eles, graças a Deus, de uma proposta que vamos encaminhar para o Congresso, para que sejam suspensos todos os projetos antiambientais que estão tramitando, para dar uma sinalização forte de que não adianta grilar e derrubar porque as terras não serão legalizadas. E que a governança ambiental será recuperada do ponto de vista da legislação e das estruturas, dos recursos humanos e financeiros. E de uma ação que nos leve à criação de uma comissão especial que que nos leve a debater medidas para recuperar governança ambiental, fortalecendo o Ibama, Serviço Florestal Brasileiro, ações do Obama em conjunto com a Polícia Federal, reforçar o orçamento do Ministério do Meio Ambiente, sendo o principal órgão de combate e controle do desmatamento, tanto para a previsão do sistema de alerta quanto para o monotonamento do índice de desmatamento, que é o sistema Prodis. Ao mesmo tempo com essa comissão, mista, composta pela duas casas com o objetivo de chamar especialistas, agentes públicos, ambientalistas, comunidades locais, representantes da comunidade cientifica e do agronegócio para que possa debater medidas que nos leve a ter saídas para essa crise de forma estruturante, com capacidade e credibilidade.
MC O que isso representa na prática?
MS Ressucitar o plano de combate ao desmatamento da Amazônia é fundamental. Retomar as operações conjuntas do Ibama e da Polícia Federal. Retomar o apoio ao trabalho Inpe que está sendo substitutivo por uma empresa privada. Recuperar o orçamento do Ministério. Essa comissão pode debater em um período curto a prevenção. O importante de ter uma comissão especial é que ela faz as oitivas e depois ela conclui em relatório as propostas que foram apresentadas. E essas medidas podem ser apresentadas pelos presidentes das duas casas, juntamente com o relator. É um sinal forte de que estaremos no controle, recuperando as ações de combate ao desmatamento, a governança ambiental. Aí sim, com isso, você está dizendo que vai ter uma medida estruturante para reverter o processo. Não apenas discurso. Isso não se resolve da noite para o dia. Para recuperar isso, precisamos de muita capacidade e competência, coisa que o ministro não tem. Agora nós viramos uma espécie de pária ambiental, não sei quanto tempo levará para que com ações concrteas, revertendo esse processo, a gente recupere a imagem do Brasil. É uma perda o ponto de vista ambiental, social, diplomática, dos acordos que o Brasil tem na OCDE, do ponto de vista dos interesses comerciais, inclusive relacionado ao agronegócio. É preciso urgentemente separar nesse setor o joio do trio porque tem muita gente que não faz contravensão, não quer esse tipo de política que o Bolsonaro está implementando em detrimento do próprio agronegócio. Iniciar um processo para se ter a certificação da agricultura brasileira - nós tivemos a certificação da exploração florestal mediante manejo florestal. O processo de é demorado mas é um indício de que nós não queremos confundir os nossos produtos com qualquer tipo de politica que leve à destruição da Amazônia. A reunião com o presidente Rodrigo Maia está marcada para quarta feira. A ideia é que depois a gente possa abrir uma lista na internet para que todos aqueles (celebridades, personalidades) que querem apoiar a criação dessa comissão especial para apresentar em um prazo curto medidas estruturantes e suspender em uma moratória todos os projetos antiambientais. É assim que a gente vai mostrar para o mundo que a sociedade brasileira não compactua com essa visão atrasada que quer aumentar a produção por expansão predatória, mas por ganho de produtividade.
MC Como a senhora avalia o discurso do presidente Bolsonaro feito pela televisão?
MS Alguém que está acuado porque soltou o gênio do mal de dentro da garrafa e tem que engolir suas próprias palavras, anunciando medidas pouco eficientes e se escondendo atrás dos governadores. Ele incitou tudo isso que está acontecendo. Ele botou um ministro que desmontou a política ambiental. E agora ele vai dar uma de magnânimo, dizendo que os governadores que quiserem ajuda de quem desmontou, de quem apoiou a contravenção, ele pode mandar o exército.
MC A senhora avalia que o exército é o orgão competente para este trabalho?
MS Eu sei que o exército brasileiro tem uma grande importância da Amazônia e que funciona muito bem em casos estruturais - no caso do combate aos incêndios em Roraima, o exército foi muito importante, mas desde que em um processo estrutural. Quando tínhamos o plano de combate ao desmatamento na Amazônia, o exército dava um suporte importante e estrutural, principalmente logistico. Mas o exército não pode ser usado como panaceia o tempo todo, para ações erráticas, sendo que as próprias autoridades suscitam a contravensão, depois querem usar o exército brasileiro como panacéia. A contribuição, neste momento, é paliativa. Mas não se trata de uma coisa dessa magnitude, com a importância que tem, com paliativos. Não foi por falta de aviso. Os ambientalistas, os ex-ministros se reuniram em carta.
MC Como a senhora avalia o ambiente político em que acontece uma catástrofe como essa?
MS Estamos vivendo uma crise civilizatória no mundo e o Brasil talvez manifeste o pior dos sintomas. É como se a pulsão de morte [termo da teoria psicanalítica freudiana que define uma força que instiga a auto-destruição, contrária aos instintos básicos de vida] estivesse em atividade. É preciso que a gente ative a pulsão de vida. Nesse momento a Greta Thunberg é o símbolo da pulsão de vida. Bolsonaro simboliza, no mesmo entendimento, uma espécie de pulsão de morte. Porque não se preocupar com a questão do clima, com o acordo de Paris, os objetivos do desenvolvimento sustentável, com a Floresta Amazônica, com uma mudança no processo de desenvolvimento é quase que estar aliado com essa pulsão de morte que está no país. E a Greta simboliza a pulsão de vida. É a primeira vez na história da humanidade que as crianças é que estão vindo para proteger os adultos. Sempre são os adultos que protegem, as crianças. Em todos os momentos da história nós é que nos jogamos para proteger as nossas crianças, agora são elas é que estão se jogando na nossa frente.
MC O Acre decretou estado de ermgência esta semana. Esteve lá?
MS A situação do Acre é grave. O governador do Acre incitou, igual ao Bolsonaro. Há uns 20 dias ele disse que quem estava fazendo atos ilegais não precisava ter medo de multas nem dos fiscais. Agora ele corretamente decretou estado de calamidade, de emergência. É isso que dá quando se desautoriza os funcionários da Secretaria do Meio Ambiente, o Ibama, quando ridiculariza um símbolo da luta sócio-ambiental que é o Chico Mendes, dá um sinal de que até mesmo as reservas extrativistas deveriam ser usadas para a pecuária. Agora não sou agente publica, não tenho as instituições, não posso fazer mais do que estou fazendo.
Não foi por acaso que cheguei ao Centro de Meditação Vipassana Dhamma Sarana, em São Paulo. Há dois anos meu professor de yoga, Pedro Moreno, comentou sobre um retiro de silêncio que mudaria a minha vida, mas eu precisava ter 10 dias disponíveis.
Em março deste ano, quando planejava uma viagem a trabalho para a Ásia, que emendaria numas férias em Bangkok e Nova York, me dei conta que sobrariam exatos dez dias. Não hesitei e procurei meu professor, que me encaminhou o link das inscrições para o tal retiro e foi categórico: “Não faça menos que dez dias”.
Depois de algumas tentativas frustradas de inscrição (os cursos são bastante concorridos), consegui me cadastrar para o que começaria logo após minha volta de Hong Kong – que foi a experiência profissional mais desafiadora da minha carreira.
O retiro
O nome Vipassana é dado a uma das técnicas de meditação mais antigas da Índia. Ao redor do mundo, a prática é aliada a retiros de total silêncio, que podem durar de três a dez dias. Lutando contra meu lado controlador, antes de me meter nessa não pesquisei nada sobre, apenas fui: let it be!
Na estrada a caminho, quanto mais nos aproximávamos do retiro, maior se tornava o tempo de silêncio já dentro do carro. Na entrada do centro havia um rapaz com as mãos em prece e dizia calmamente: “Bem-vindas ao Centro de Meditação Vipassana”. Como tive experiências com retiros na infância, quando cheguei e me deparei com a natureza, alojamentos, a luz natural do sol, não apenas silenciei meu medo, como senti felicidade por chegar a um lugar que me parecia seguro.
Isso até ter que me despedir do celular, livros, cadernos, canetas e até incensos. Pois é, o intuito é realmente uma imersão em si mesmo, com pouquíssimas intervenções externas. Senti vazio e vontade de reagir com histeria, mas controlei. Ouvi as instruções e as últimas palavras do guia: “A partir de agora, nobre silêncio”.
A maior dificuldade além do silêncio foi a falta de estímulos de distração; do visual, leitura e escrita. Conforme os dias passavam, tomei consciência de que havia uma intenção por trás de cada detalhe: a comida sem tempero, a cama desconfortável, as placas colocando limites em todos os lugares. No segundo dia perdi toda a segurança que havia sentido de cara e, em seu lugar, senti medo e opressão.
Todos os dias, a professora de meditação, Yohanna, oferecia três minutos para tirar dúvidas dos alunos – eram os únicos instantes em que falar era permitido. Durante 11 horas por dia, meditávamos. No tempo que restava, me pegava chorando. A mistura de sentimentos era tão intensa que eu não conseguia trabalha-los conscientemente. Mas, foi no terceiro dia que, em prantos, usei meu momento com a professora. Em um desabafo de alívio e dor, disse que estava angustiada, com medo e sentia que o lugar me oprimia. Sua devolutiva foi sutil e clara: “Você está sendo muito dura com você mesma. Observe. Não precisa fazer nada além disso”. Então, me acalentei: “Fique tranquila. Você chegou aqui, vai conseguir. Aproveite a oportunidade de estar completamente sozinha e aprenda a se observar”.
Além das meditações, todos os dias tínhamos palestras do mestre de Vipassana, Goenka, e uma de suas falas passava como um filme em minha cabeça: “Com essa técnica você não aprende a controlar a sua mente, mas a purifica-la e alcançar iluminação”. Ok, mas, que lugar de iluminação é esse? Lá é perene? Uma vez que eu conquista-lo, será uma constância? Essas e outras milhões de questões me perturbavam.
Os exercícios diários com intuito de criar maior consciência em partes separadas do corpo me ajudaram a chegar no quarto dia: um dos mais difíceis. Foi aí que realmente adentramos a técnica Vipassana. Os dias pareciam ter mais de 24 horas. Mesmo sem me comunicar com a fala, sentia o sofrimento unânime. A partir daí um simples colar parecia pesar quilos, a aliança na mão esquerda me fazia desequilibrar, a manta usada para me aquecer não funcionava e o seu tecido me arranhava como uma bucha.
E então minha dor ultrapassou os limites físicos e passou a ser emocional, colada na minha mente. O formigamento que se estendia dolorosamente por um período, de repente não incomodava mais. A dor na lombar sessou. Em um lugar obscuro do meu corpo que custei identificar, sentia minhas veias pulsarem mais fortemente. No sexto dia, em uma tentativa de dissipar um pensamento trivial, consegui trazer o foco de atenção de volta para dentro de mim e me surpreendi com a grande energia que fluía pelo meu corpo; um fluxo energético capaz de gerar calor e suor.
Com esse intenso processo de observação, me tornei consciente das sensações mais sutis e grosseiras do meu corpo e, num nascer do sol, compreendi que tudo é impermanente. Nada adiantaria me apegar a deliciosa sensação de fluxo livre de energia passando pelo meu corpo, pois ela era passageira, bem como a dor nas costas. Passei a me perguntar o que levaria dessa experiência.
A conclusão é que existe em nós uma capacidade de auto-observação profunda, de entender de onde vem nossos apegos – seja no campo físico, mental ou emocional. E a compreensão dos nossos apegos ajuda a não nos causarmos sofrimento.
Afirmar que num momento tudo se encaixou e cheguei ao final em plena harmonia e equilíbrio seria mentira. Mas, a solidão extrema me trouxe um novo olhar sobre mim mesma. Foi através dela que pude perceber que todas as respostas que sempre busquei fora, estão dentro de mim.
Ao final da jornada, a angústia que me atormentou, se dissipou e deu espaço para a paz, tranquilidade e um novo questionamento: o que de fato me faz feliz?
"Nasci em Magé, no região metropolitana do Rio de Janeiro. Sou a mais velha de 11 filhos, seis dos mesmos pais. Até os 21 anos, quando saí de casa e fui viver com uma namorada, fui meio mãe de todos. Costumo dizer que, como precisava cuidar deles, os transformei em meus brinquedos. Assim, salvei a infância que não teria de outra forma. Mesmo morando longe, nunca deixamos de ter mantivemos contato. Sempre fui muito unida com meus irmãos, entre eles, a Daniela, a terceira filha, cinco anos mais nova que eu, que viveu comigo e minha então mulher durante um ano. Estava em casa quando, no dia 17 de maio, tocou o telefone e era uma prima minha avisando à minha mãe que meu irmão Luiz André Estevão Fortes, de 18 anos, havia sido morto. Minha mãe desmaiou quatro vezes. Eu acalmei ela, fui para a praia de Mauá onde o corpo havia sido achado e constatei: era mesmo ele. Foi um choque muito grande, mas não chorei em nenhum momento. Só pensava que aquilo que estava no chão era apenas um corpo. Sabia que sua alma já não estava mais ali, havia subido para o céu. Daniela era a mais desesperada, abraçada junto ao corpo. Pedi calma. Ali só havia matéria. Mas o baque foi muito grande. Meu irmão era ótimo filho, bom aluno... Não tínhamos (e ainda não temos) ideia do que podia ter acontecido.
Na semana seguinte ao crime, comecei a receber mensagens de um policial via WhatsApp. Ele não se identificou, só disse que eu precisava comparecer à delegacia para prestar esclarecimentos sobre a morte do meu irmão. Fiquei com medo por ele não ter dito o nome, pensando que podia o assassino ou alguém que tivesse relação com o assassinato. Não achava que precisava de mais aquele sofrimento. Afinal, nada traria meu irmão de volta. Mas conversei com a minha mãe e minha namorada, e ambas me aconselharam a ir à delegacia.
Chamei um amigo para me acompanhar e, no dia 7 de junho, me apresentei na DHBF (Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense) para dar meu depoimento. Na sala, quatro policiais faziam perguntas que eu não sabia responder. Queriam saber como ele era e se eu suspeitava de alguém. Disse que Luiz André era uma pessoa boa, que ajudava todo mundo e que, pelo que eu sabia, não tinha inimigos, tampouco estava envolvido com nada ilegal ou algo que representasse risco de vida. Era tudo que eu sabia. Trabalhava muito e não convivia mais tanto com o meu irmão havia muito tempo, não tinha como conhecer os hábitos dele. Mas eles seguiam fazendo as mesmas perguntas.
De repente, um policial olhou para o computador e me perguntou se eu já havia estado em uma delegacia. Eu disse que sim, na de Itaipu para dar parte de um assalto, dois meses antes, e também na Polícia Federal para tirar passaporte, sete meses antes. As perguntas continuaram, durante quatro, cinco horas.
Comecei a ficar aflita. Precisava trabalhar e aquilo não acabava. Até que um deles perguntou os nomes e idades de todos os meus dez irmãos. Respondi, e dois policiais pediram que eu os acompanhasse até o segundo andar. Na subida, eles já começaram a me enquadrar, um de cada lado, como se houvesse o risco de eu fugir. Achei aquilo estranho, mas na minha cabeça, estava só indo assinar um papel do meu depoimento para ir embora.
Quando cheguei lá em cima, me pediram minha identidade, meu CPF, e vi em cima de uma mesa um mandado de prisão. Estava escrito Daniele Esteves Fortes -- grafia diferente do meu nome, que tem dois ‘l’s e é Estevão, não Esteves. Sem entender, perguntei: ‘Esse mandado é para mim?’. Eles disseram que, segundo o sistema, eu estava foragida há um ano e meio. ‘Por quê?’ Aí me mostraram a foto de um cara e questionaram se eu o conhecia. Neguei. ‘Conhece, sim’, falaram. ‘Ele participou de um roubo ao seu lado.’ Fiquei em estado de choque. ‘Vocês estão equivocados! Como teria tirado passaporte e feito boletim de ocorrência? Esse não é o meu nome!’ Eles disseram que minha filiação batia, e que provavelmente havia um erro de digitação, porque era eu mesma. Fiquei desesperada. Não conseguia entender o que estava acontecendo.
Impacientes e grosseiros, falavam que era melhor eu dizer a verdade e que eles tinham as imagens do tal roubo. Pedi para ver o vídeo, mas eles não deixaram. Comecei a chorar muito, e avisaram que eu ficaria detida. Depois, me levaram para uma sala com somente uma mesa e uma cadeira, onde entraram duas mulheres. Mandaram eu tirar a roupa toda e abaixar. Segui depois para tirar aquela foto clássica de presidiária na régua. Era tudo inacreditável.
Na descida, escutei quando disseram para o meu amigo comprar um short e um chinelo. Ficaria presa ali e, no dia seguinte, seria transferida para o presídio de Benfica. Um único cara da delegacia, que acho que sacou que eu não era mesmo culpada, me deixou carregar meu telefone e telefonar para casa. Liguei para Carmen, minha mulher e, aos prantos, implorei que me tirasse de lá. Apesar de desesperada, ela me pediu para ficar calma e disse que chamaria um advogado e resolveria a questão. Segui para uma cela na DHBF. Em seguida, telefonei para a minha tia que logo apareceu na delegacia com roupas, um ovo cozido e biscoitos. Passei a noite sozinha, horrível.
Fiquei ali sem comer, até às 15h do dia seguinte, quando dois policiais abriram a cela e me mandaram sair com a cabeça baixa. Fui algemada e me jogaram em uma viatura que me levou até o IML, para fazer o exame de corpo de delito. Entrando lá, tive outra crise de choro. Dias antes estava ali com o cadáver do meu irmão e agora isso. Não gosto nem de falar sobre esse assunto. Dói demais.
De lá até o presídio foi um terror. Lembro do barulho da sirene e do carro correndo muito. Chegando em Benfica, um policial me levou até um agente que me perguntou qual era o meu artigo. Como não sabia responder, ele perguntou o que eu havia feito. ‘Fui confundida’, disse. O cara me mandou ler o que estava escrito. ‘Artigo 157’, falei, sem saber que aquilo significava roubo. ‘Leva essa merda, deve ser mulher de bandido’, exclamou como frieza.
Junto a duas moradoras de rua, me levaram então para um quarto úmido e com paredes muito sujas. Sem roupa, tive que abaixar de costas, de frente, abrir as pernas e colocar a mão no chão. Depois, me sentei em um banco que tem um sensor para ver se não havia nada dentro de mim. Aí cadastrei minhas digitais e, como era apenas suspeita, me botaram em uma cela sem viciadas, mas também em péssimo estado.
As detentas foram as únicas pessoas que me trataram com dignidade. Contei meu caso e elas me acalmaram. Disseram que eu ia sair, me emprestaram roupas e objetos pessoais, como pente e toalha, de outras que já haviam sido soltas. No jantar, comi arroz cru, um feijão quase sem grãos e uma salsicha – vieram duas, mas as meninas sugeriram guardar uma para o pão do dia seguinte. Como lá não existe talher, me ensinaram a dobrar a tampa da quentinha em formato de concha. Na hora de dormir, juntamos os seis colchões e cobertores disponíveis para 12 pessoas.
Fiquei em Benfica sábado e domingo e, na segunda-feira, dia 10 de junho, fui transferida para o complexo penitenciário de Bangu. Não fui antes porque eles estavam esperando chegar mais presas para encher o carro. Fui transferida com duas detentas, uma por tráfico internacional de drogas e outra por associação criminosa. Nos jogaram algemadas em um camburão com outras 19 mulheres e 23 homens. Durante o trajeto, estava muito quente e o cheiro de suor naquele ambiente sem ventilação me deixou com falta de ar. Mas nos ameaçaram dizendo que, se alguém passasse mal, seria pior. Nem sei como consegui segurar a vontade de vomitar, mas o medo era mais forte.
Ao chegar em Bangu, fiquei nua pela terceira vez – mão pra trás e cara na parede, na sala de revista aberta. Depois, nos levaram para um culto em um pátio, me deram um absorvente, um sabonete e só. Uma das detentas que também haviam vindo de Benfica, dividiu sua escova de dentes, a toalha e o shampoo comigo.
O advogado apareceu no sábado seguinte e desvendou o mistério: haviam mostrado uma foto minha para uma vítima de roubo que me reconheceu. Só aí fiquei sabendo que, na verdade, a pessoa flagrada pelas câmeras, por quem eu estava pagando pelos crimes, era minha irmã Daniela. Fiquei arrasada de saber que estava envolvida com isso. Perguntava onde ela estava, se alguém a tinha encontrado... Mas, por incrível que pareça, Daniela não tem celular e não sabia que eu havia sido presa no lugar dela. Por fim, o advogado me mostrou que meu caso havia saído no jornal e na TV e garantiu que eu sairia de lá em poucos dias. Até hoje a polícia não esclareceu muito bem como se deu esse erro.
Na segunda-feira, saiu o alvará com o nome errado, o mesmo que constava no mandado de prisão, e permaneci presa até a manhã seguinte – ao todo, foram onze dias detida. Andei uns três ou quatro quilômetros até a saída e, quando cheguei lá fora, vi toda a minha família me esperando. A imprensa também compareceu em peso. Fiquei superemocionada. Quando cheguei em Magé, a cidade me esperava com festa. Desfilei em um carro pelas ruas do bairro, com as pessoas comemorando minha soltura. Me senti muito querida, um presente.
Oito dias depois, minha irmã foi presa em Rio das Ostras, cidade litorânea do Rio de Janeiro. Não consegui ver ou falar com Daniela até hoje, mas recebi uma carta que ela escreveu para mim e para seu filho, Iohan Gael, de 2 anos. No texto, faz citações bíblicas e diz estar arrependida, mas feliz de pagar pelos erros. Também me pede perdão. Eu, minha mãe e a madrinha dele estamos nos revezando nos cuidados com o meu sobrinho enquanto minha irmã está presa.
Não tenho nenhuma raiva dela. Independentemente de qualquer coisa, é minha irmã e estarei sempre a seu lado. Recentemente, fui fazer a carteirinha para poder vê-la e recebi a notícia de que não posso entrar no presídio pelos próximos 12 meses. Consta no sistema que estou respondendo ao processo em liberdade. A pergunta é: a quê? Se fui presa por engano e minha irmã está lá agora pagando pelo que fez? Por mais inacreditável que pareça, a juíza incluiu o nome de Daniela no sistema e não tirou o meu. Agora, estou esperando a ação passar por outro juiz que dê um parecer favorável à minha visita – e tenho fé de que, em pouco tempo, estarei a seu lado. A única certeza que tenho no momento é que não da minha irmã. Nem hoje, nem nunca."
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Há uns meses, durante um jantar com uma amiga com quem eu não conversava há alguns anos, o papo fluiu do trabalho para o casamento, até surgir o tema filhos. Aos 44, como eu, ela foi categórica: “Decidi que não vou ter”. Ser mãe nunca foi um sonho, mas também nunca disse que não seria. Com mais de 40, sei das dificuldades que poderei enfrentar caso decida encarar uma gravidez tardia, mas nunca descartei totalmente a maternidade, e muito disso é por falta de coragem. E por que falta coragem? Porque, ainda hoje, falar "não vou ter filhos" provoca nas pessoas a mesma reação de dizer: "Tenho lepra" (ou sarampo, para ser mais contemporâneo).
Sou filha de uma mulher que se tornou mãe muito jovem. Com menos de 30, dona Neuza já tinha duas, ficou em casa até minha irmã e eu chegarmos à adolescência (com uma diferença de seis anos entre uma e outra), quando, finalmente, pode estudar, trabalhar _obviamente, por trás, disso, existe um contexto machista, com meu pai dizendo que era melhor ela "cuidar das meninas", uma família tradicional, que a preparou para ser dona de casa etc. Em contraponto, minha mãe me educou para ser uma “mulher independente”. Estudo e trabalho deveriam ser prioridade sempre. Engravidar tinha como consequência “estragar tudo”. E assim foi. Acredito que muitas das mulheres da minha idade viveram algo semelhante. Entre minhas amigas de longa data, todas as que são mães engravidaram depois dos 30 _e muitas, muitas mesmo, próximo ou após os 40. Aos 20 poucos, o pior pesadelo que poderia nos acontecer era a gravidez. Eu, pelo menos, era paranóica. Nunca engravidei mas, se tivesse acontecido, não tenho dúvidas de que teria feito o mesmo que muitas amigas na época: aborto clandestino.
Ainda hoje, falar 'não vou ter filhos' provoca nas pessoas a mesma reação de dizer: 'Tenho lepra' (ou sarampo, para ser mais contemporâneo)
O contraponto é que, ao mesmo tempo em que a família temia a gravidez precoce, bastava aparecer o primeiro namorado mais longevo para começarem as cobranças. O meu relacionamento “sério” teve início aos 31. Quando perceberam que tínhamos futuro, começou. A cada almoço, jantar, Natal, Réveillon vinha a pergunta: “E aí, quando vão ter um filho?”, “Ah, ia ser tão lindo ter crianças correndo pela sala!”. Em quase 14 anos de casamento, já ouvi de tudo, de chantagens (“ah, você não vai dar um netinho para sua mãe?”) ao clássico fora da tia na ceia de Natal (“E essa barriga? Tá grávida né?”).
Esse cronograma social, determinando o status “namorou, casou, engravidou” está tão impregnado em nosso inconsciente que essas mesmas amigas da minha geração vez ou outra embarcam nessa expectativa. A partir de uma certa idade, quando você diz que tem uma novidade, a exclamação imediata é: "Tá grávida?!". Quando estava prestes à mudar para Paris, todas as vezes que eu ia dar a notícia, ouvia esse clássico de volta, e respondia: “Não, acho que é bem melhor”. E ríamos a valer, cientes do clichê envolto na pergunta. Faço o possível para ser compreensiva com o tal "ciclo natural da vida" em que as pessoas se conhecem, se amam, deste amor nasce um lindo bebê e todos vivem felizes para sempre. Mas, na prática, esse modelo imposto por uma sociedade patriarcal, religiosa e machista se transforma em tortura para quem não tem nenhuma vocação ou vontade de ter filhos _ou não pode, não consegue, ou quer esperar, whatever!. Eu, muitas vezes, fiquei irritada, não porque não queira ser mãe _como disse, não sou convicta disso_, mas porque a vida não se resume à maternidade. Há muitas realizações maravilhosas que não envolvem ser mãe e quem não tem vontade de procriar tem de ter a liberdade de decidir por isso em paz, sem constrangimento.
Por isso, quando minha amiga falou sobre a decisão de não ser mãe, eu a parabenizei. É preciso ter muita coragem para assumir isso para si mesma e falar sobre o tema com tanta convicção e serenidade. Até por pensar com muito carinho na ideia de adotar uma criança, mantenho o discurso de que “tudo pode acontecer”. E, confesso, ao contrário dessa brava companheira, me falta coragem.
Esse modelo imposto por uma sociedade patriarcal, religiosa e machista se transforma em tortura para quem não tem nenhuma vocação ou vontade de ter filhos _ou não pode, não consegue, ou quer esperar, whatever!"
Os recentes acontecimentos fizeram muita gente pensar ainda mais no futuro do planeta. O que cada um pode fazer para contribuir com o meio ambiente pode parecer pouco, mas já é um grande passo. E foi pensando na preservação do ecossistema que muita gente mudou a alimentação, cortando ou reduzindo o consumo de carne e produtos de origem animal. É que, além do abate dos animais, o desmatamento para o pasto e para a monocultura (plantio de grãos que servem de alimento para o gado) também são questões que preocupam e comprometem o futuro.
A parte boa é que muitas marcas se reinventaram e hoje é possível encontrar proteínas vegetais de altíssima qualidade. Como é o caso da MOTHER Nutrients, empresa que fabrica suplementos alimentares à base de plantas. Por isso, eles nos indicam quatro receitas de shakes deliciosos que não levam nenhum ingrediente animal e são altamente nutritivos. Confira:
Coco Beries
Ingredientes:
1 dose de MOTHER Wellness Super Berries
200 ml de leite de coco
1 colher de sopa de coco ralado fresco
1 rodela de abacaxi
Presente dos Deuses
Ingredientes:
1 scoop de MOTHER Doce de Leite
250ml de água de coco
1 banana congelada
1 pitada de canela
1 pitada de cardamomo
Nibs de Cacau
Sunshine Smoothie
Ingredientes:
1 dose de MOTHER Vanilla
Meia cenoura crua
1 tangerina
1 xícara de manga congelada
1 colher de chá de cúrcuma em pó
Folhas de manjericão
Tropical Bowl
Ingredientes:
1 scoop de MOTHER banana
1 banana congelada
100 ml de suco de laranja
polpa de 1 maracujá
raspas de limão
2 colheres de coco ralado
Joanna Maranhão compartilhou neste domingo (25) em seu perfil no Twitter algumas fotos do batizado do filho Caetano, fruto do seu relacionamento com Luciano Correa. Recentemente, a atleta também usou as redes sociais para mostrar o primeiro banho do filho, nascido em 9 de agosto.
"Essa semana meu menino esteve no centro espírita lar de maria onde entreguei e confiei a reencarnação dele, e hoje, foi batizado na igreja católica (religião do pai @correaluciano
) muita emoção", escreveu Joanna.
Em entrevista recente à Marie Claire, a atleta relembrou as décadas em que defendeu o Brasil na natação em inúmeros campeonatos mundo afora; o caso de assédio que sofreu; debateu o feminismo e mergulhou num assunto delicado, ao relembrar o aborto espontâneo que sofreu na primeira gravidez.
Joanna ainda falou que apoio se o filho, quando adulto, decidir seguir a carreira de atleta. "Apoio, mas fico com o medo de mãe. Caso ele opte pelas modalidades dos pais, seja natação ou judô, existirá a comparação. Se ele não for um prodígio, como eu fui, ou campeão, a exemplo do pai. Pode ser que aconteça e pode ser que ele sofra. Mas Caetano pode odiar esportes. O que quiser fazer, vou apoiar", disse.
Nossa colaboradora Renata Bastos adora tons neutros. Seja na maquiagem, nas roupas ou nas unhas, ela é daquelas que curtem a praticidade de estar pronta para qualquer ocasião. Em sua última ida à manicure colocou à prova o esmalte Sentimental, Sou Dessas da linha Lhamastê, da Dailus, e conta o que achou. "Acho um produto com bom preço e resultado melhor ainda. O tom também é um ponto forte, já que transita muito bem nos ambientes do dia a dia - é uma cor que consegue ser cool, elegante e sexy. O único ponto negativo é que a durabilidade deixa um pouco a desejar, especialmente para quem trabalha, cuida da casa, lava louça..."
Dá muita preguiça, especialmente quando você chega de uma festa? Dá. Mas olha só o que acontece quando você vai pra cama de make:
1. Os poros ficam cada vez mais aparentes Isso acontece porque os resíduos de maquiagem entopem os poros, que não conseguem liberar a oleosidade natural e vão se alargando. 2. Aumenta a oleosidade Como o sebo não é liberado, a pele vai ficando cada vez mais oleosa. 3. Há predisposição para acne Poros entupidos + sebo em excesso dentro deles = acne. 4. A pele fica opaca Outro resultado do combo maquiagem, óleo e células mortas. 5. O processo de envelhecimento acontece mais rápido O make acaba prendendo poluentes ambientais e, ao não tirá-lo da pele, você dorme com esses agentes dentro dos poros. Eles danificam as células da pele, incluindo o colágeno, levando ao envelhecimento precoce. 6. As manchas pioram Pra quem já tem problema de pigmentação, como melasma, dormir de maquiagem agrava ainda mais o quadro. É que a pele se regenera durante à noite, mas com poros entupidos, esse processo não acontece.
Dito isso, melhor começar a retirar o make antes de dormir esta noite mesmo. Clique no link para ver a resenha de cinco demaquilantes que testamos no #BeautyTudo. Eles vão facilitar seu trabalho.
Esse 26 de agosto será marcado como um dia histórico para a sustentabilidade na moda. Hoje, em reunião paralela ao G7, 32 empresas (totalizando mais de 150 marcas) que incluem gigantes do setor, como Hermès, LVMH, Kering e Adidas, ssinaram acordo se comprometendo a reduzir os impactos ambientais promovidos pela industria da moda, além de ajudar a biodiversidade e os oceanos.
O movimento começou com o presidente francês, Emmanuel Macron, que em maio havia encarregado François Pinault, CEO do grupo de luxo Kering, a engajar o resto do setor em relação ao compromisso ecológico de suas produções e descarte. Atualmente, a indústria da moda é a segunda que mais polui água potável no mundo e, segundo um estudo da Fundação MacArthur, as emissões de gás efeito estufa gerados pela produção têxtil mundial chega a 1,2 bilhões de toneladas anuais -- mais que os setores de transportes aéreos e marítimos reunidos. Além disso, estima-se que aproximadamente 500 mil toneladas de microfibras de plástico geradas pela lavagem de tecidos sintéticos sejam jogadas nos oceanos, todos os anos. Outro dado alarmante é o da produção de algodão que é responsável por 22,5% da utilização de pesticidas no mundo.
O "Fashion Pact" é uma iniciativa sem precedentes na moda. As mais diferentes empresas de moda e luxo -- algumas delas, inclusive,fortes comeptidoras -- se uniram para se engajar em três diferentes frentes. A primeira é o aquecimento global (o objetivo é atingir zero emissões de gases do efeito estufa até 2050 para manter o aquecimento global abaixo de 1,5 grau até 2100); a segunda, restauração da biodiversidade (com foco na restauração dos ecossistemas naturais; por último é a preservação de espécies e oceanos (principalmente reduzindo o uso de plásticos de uso único). Para a maioria dos signatários, atingir as metas do Pacto exigirá grandes mudanças e investimentos significativos.
Segundo a Vogue americana, vários já estão com projetos encaminhados: Stella McCartney abriu caminho para a eliminação de plásticos virgens usando poliéster reciclado, além de estabelecer o upcycling de tecidos e matérias-primas de outras coleções, o que resulta em menos emissões do que o fornecimento de novos tecidos. Da mesma forma, Alessandro Sartori da Zegna vem desenhando seus ternos com a intenção de reciclá-los no futuro; A Prada, famosa pelas bolsas de nylon, prometeu usar apenas uma versão reciclada do tecido; A Zara está mudando seu foco para materiais orgânicos e reciclados além de Michael Kors, Gucci e Versace terem descartado o uso de pele animal.
Sem querer ver os fios de cabelo caírem, contratou a fotógrafa Mandy Parks para realizar um ensaio enquanto seu marido, Kelsey, raspava o cabelo.
As imagens foram divulgadas pela fotógrafa em sua conta no Facebook e mostra o rapaz raspando cuidadosamente os fios de Charlie, enquanto ela se emociona enquanto se olha no espelho.
“Se uma mulher está sofrendo com preocupações, ansiedade, medo de perder seu cabelo e vê essa publicação e consegue ter alguma esperança ou pensar ‘eu consigo fazer isso’ nossa missão está cumprida”, disse a fotógrafa para a revista People.
E continuou. “A gente estava conversando sobre a sessão de fotos e eu disse: ‘Por que você não tira o seu cabelo e não o câncer?'”.
A publicação viralizou nas redes sociais e atingiu 320 mil curtidas, 50 mil comentários e mais de 303 mil compartilhamento.
Mariana Rios usou as redes sociais para compartilhar um clique diretamente de Mônaco, na Europa, nesta segunda (26).
Na imagem, a atriz aparece descansando e fazendo pose de biquíni neon cor-de-rosa em meio às pedras do mar europeu. "Coisas de segunda-feira", escreveu na legenda.
Nos comentários da imagem, um mix sobre seu corpo. Uns fãs da atriz dão parabéns para corpo enquanto outros apontam que ela está muito magra. "Linda e talentosa, mas estou achando tão magra", disse um seguidor. "Isso é fome?", perguntou outro. "Deusa, morenaça, sexy", contrabalencou outro fã nas redes sociais.