Casada com Francois-Henri Pinault, um dos homens mais ricos da França que é CEO da Kering, grupo de luxo que inclui Gucci, Saint Laurent, Stella McCartney, Alexander McQueen e Bottega Veneta, entre outras, a mexicana Salma Hayek é dona de um closet invejável e figurinha fácil nas semanas de moda europeias. Engana-se, porém, quem acha que atriz é uma dondoca.
“Ainda pago as mesmas contas que sempre paguei e sei que tenho que fazer certa quantia de dinheiro para pagá-las”, contou em entrevista ao jornal britânico “The Guardian”.
“Se você tirasse minhas contas de mim, me sentiria absolutamente estranha. Acho que é parte do que me dá confiança, de trabalhar, de saber que posso pagá-las. Morreria se minha vida só fosse ir à manicure e almoços. Isso seria um pesadelo. Essa era uma condição quando me casei com François. Eu disse: 'Olha, não vou ser uma dama da alta sociedade, OK?’ E ele disse: ‘É claro, eu odiaria isso!'”
Aos 48 anos, ela está em 5 filmes a serem lançados neste ano, entre eles a animação “Kahlil Gilbran’s The Prophet”. Ela ainda é cofundadora da organização Chime for Change, em prol da saúde e da educação de mulheres e crianças ao redor do mundo. Construção de escolas para os refugiados sírios na Turquia e no Líbano, e o apoio financeiro para a inventora de uma incubadora barata são alguns dos projetos apoiados.
“Há uma enorme pressão sobre as mulheres agora, o que é uma loucura. Você tem que ser muito melhor do que seus colegas homens, só assim talvez você possa conseguir o mesmo salário que eles. E você ainda tem que ser uma boa esposa e mãe. E agora também precisa ser magra e aparentar 20 anos quando tem 40. É demais. Precisamos parar com as expectativas loucas, nos dar um tempo.”
Sobre ser feminista, ela diz: “Sou feminista, porque amo as mulheres e estou pronta para lutar por elas. Sou feminista, porque tenho orgulho de ser mulher e sou apaixonada por fazer do mundo um lugar melhor para as mulheres. Sou feminista porque muitas mulheres incríveis me fizeram ser a mulher que sou hoje. Sou inspirada pelas mulheres todos os dias, como amigas e como colegas.”
“Trabalho muito para a violência doméstica e muitas vezes as pessoas me perguntam se eu já passei por isso. E eu digo, não, pelo contrário - o meu pai é um grande homem, o meu marido é um grande homem. Mas todos nós somos seres humanos, não?”