Nesta sexta-feira (6), o Netflix irá acabar com a curiosidade dos fãs de "Orange Is the New Black" e disponibilizará os 13 novos episódios da segunda temporada. Uma das séries mais comentadas de 2013, a trama se passa em uma cadeira feminina e é baseada na vida de Piper Kerman (Taylor Schilling), uma norte-americana condenada a 15 meses de prisão por um crime que cometeu dez anos antes.
Os acontecimentos, é claro, se desenrolam em torno da protagonista, mas outras personagens do seriado acabaram agradando o público e ganharam mais espaço na história. Entre elas, Alex, a ex-namorada traficante de Piper, interpretada pela atriz Laura Prepon. Em entrevista exclusiva para Marie Claire, por telefone, a norte-americana apontada como nova namorada de Tom Cruise fala sobre o trabalho, relacionamento gay e felicidade.
Marie Claire: É verdade que a sua participação na segunda temporada de “Orange is the New Black” será menor porque você irá tocar projetos pessoais?
Laura Prepon: Na verdade, não são projetos pessoais, são planos profissionais mesmo, que eu ainda não posso adiantar. Eu amo fazer o seriado e gostaria muito de ter uma participação maior nesta nova temporada, mas as agendas não bateram. O importante é que já fechamos minha participação para a terceira temporada e daqui a três dias já começamos a filmar. Estou ansiosa!
M.C.: Alex é uma vilã, mas o público a adora. Por que você acha que isso acontece?
L.P.: Ela é uma mulher forte, diz o que quer, sem se importar com o que os outros vão pensar. Mas é também é um pouco vulnerável, vemos isso quando ela demonstra que ama a Piper de verdade. Acredito que, por isso, as pessoas se sentem ligadas a ela de alguma forma.
M.C.: Você não teve a oportunidade de conhecer Catherine Cleary Wolters, ex-namorada de Piper Kerman e mulher que inspirou Alex. Como fez para criar a personagem?
L.P.: É verdade, não foi possível conhecê-la, mas o legal é que, mesmo sendo uma série baseada em uma história real, Jenji Kohan, a criadora da série, nos deu muita liberdade para fazer os personagens do jeito que imaginávamos. Ela não impôs que devêssemos copiar alguém. Criar uma versão de uma pessoa que existiu é também muito bom!
M.C.: Há muitas cenas sensuais e até de sexo entre sua personagem e a de Taylor Schilling. Como foi gravar essas cenas? Mais ou menos difícil do que gravar com um homem?
L.P.: Fazer cenas de sexo, seja com um homem ou com uma mulher, nunca é extremamente confortável, porque tem sempre, pelo menos, umas 40 pessoas assistindo enquanto você tenta ser natural. O que faço é confiar no meu par, é preciso ter confiança um no outro, para que tudo fique mais fácil.
M.C.: Os relacionamentos gays ainda são um tabu em todo o mundo. Acredita que a série pode ajudar nessa questão de alguma forma?
L.P.: Eu não sei, porque não fazemos desse relacionamento gay um estigma. Esse casal simplesmente faz parte da história que estamos contando. É legal, sim, que algumas mulheres sintam quem nossas personagem sejam suas porta-vozes, que sintam que esse tipo de relacionamento é aceitável. Mas, para mim, não importa: seja homem com homem, mulher com mulher, homem com mulher, o que vale mesmo é a química. Na tela, pra gente, tem funcionado.
M.C.: Além de participar do “Orange is the New Black”, você tem feito outros trabalhos de destaque, como nos seriados “That '70s Show” e “October Road”. Dizem também que você está namorando com Tom Cruise. Esse é o momento mais feliz da sua vida?
L.P.: Sim, estar nesses seriados é incrível! E trabalhar no “Orange...”, neste momento da minha vida, é perfeito, tem me ajudado muito a crescer como atriz. Sou muito, muito grata por poder fazer parte de tudo isso.