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Cortar laticínios da dieta me ajudou a sobreviver ao câncer, diz cientista inglesa desenganada por médicos

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A PROFESSORA JANE PLANT: "DECIDI QUE NÃO TINHA NADA A PERDER DEIXANDO DE TOMAR OS DOIS IOGURTES DIET QUE CONSUMIA POR DIA" (Foto: Divulgação)

Uma cientista inglesa paciente de câncer afirma que ter cortado laticínios de sua dieta a ajudou a sobreviver à doença nos últimos 20 anos. Jane Plant, que teve o primeiro diagnóstico de câncer de mama em 1987, diz acreditar que o mal está intrinsicamente ligado ao consumo de produtos de origem animal.

A professora, hoje com 69 anos, conta ter chegado à conclusão após ter sido detectada pela quinta vez com câncer de mama em 1993. À época, afirma, os médicos disseram que ela teria poucos meses de vida. “Apesar do desespero da minha situação, meu conhecimento científico e experiência ajudaram a salvar minha vida”, disse a professora de geoquímica do Imperial College de Londres ao “Daily Mail”.

A professora e o ex-marido, também cientista, havia trabalhado na China em pesquisas sobre o meio-ambiente. “Eu lembrei de um mapa epidemiológico que colegas chineses me mostravam que apontava uma incidência de câncer de mama de uma em cada 100 mil mulheres, contra a média de uma em cada 10 mulheres com a doença no Ocidente.”

A professora diz ter checado a informação com diversos médicos chineses e ter verificado que a incidência da doença era maior entre as chinesas que viviam nos EUA, Inglaterra e Austrália e seguiam dietas ocidentais. “Eu também sabia que chinesas que viviam, por exemplo em Cingapura também tinham mais câncer”.

Após juntar os dados, a professora disse que não demorou muito para que ela e o marido chegassem à conclusão de que o fato estaria relacionado a produtos de origem animal –muito mais consumidos pelos ocidentais. “Decidi que eu não tinha nada a perder deixando de tomar os dois iogurtes diet que estava consumindo por dia”, lembra ela, que também cortou carnes, peixes, ovos e todos os derivados do leite.

REMISSÃO
Segundo a professora, após seis semanas – tempo no qual ela continuou a se submeter ao tratamento convencional, incluindo quimioterapia –um tumor que havia sido diagnosticado no seu pescoço desapareceu. Com um ano, ela estava em remissão do câncer -que não foi mais detectado nos últimos 19 anos.

A experiência é o tema do novo livro de Jane Plant “Beat Cancer” (“Vencendo o Câncer, em tradução livre), que se baseia em um estudo de mais de 30 anos segundo o qual mais de um terço de todos os cânceres estão ligados à dieta.

No livro, a professora recomenda que se coma mais produtos de origem vegetal e se evite carne vermelha, açúçar, sal e açúcar. Ela também alerta os portadores da doença a excluir totalmente da dieta derivados do leito como queijo, manteiga e iogurte, como forma de prevenir que as células cancerígenas não tenham condições que precisam para se multiplicar e se espalhar.

DESISTÊNCIA
A professora diz que pensou em desistir da batalha contra a doença após a quinta recorrência da doença, aos 42 anos. “Eu continuava lutando, mas quando a doença voltou pela quinta vez, eu pedi ao meu médico para acabar com minha vida”, lembra. Ela afirma que desistiu da ideia após ver o filho, então com 6 anos, chorando do lado de fora da sala. “Eu sabia que não podia me permitir se sentir daquela maneira, já que não era uma opção deixá-lo.”


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