Sou médica pneumologista e pesquisadora. Em tempos de pandemia, assim como vários outros colegas, redirecionei meu foco 100% para a Covid-19. A essa altura (agosto de 2020), tenho conforto de dizer que me tornei uma “covidóloga”.
Essa aquisição de conhecimento não foi sem uma carga significativa de sofrimento emocional e insônia. Foi muito estressante viver a chegada da Covid-19 no Brasil porque, acompanhando de perto desde janeiro, já se podia antecipar o tamanho do desafio que estava chegando. Como vendo um tsunami se aproximar.
Era possível saber que se tratava de um vírus bem mais sério e transmissível que o influenza (o da gripe). Também sabíamos que a transmissão da Covid-19 era difícil de controlar apenas isolando pessoas sintomáticas, o que sugeria um papel importante de transmissão por assintomáticos. Na época da chegada do vírus ao Brasil, havia a esperança de que em clima tropical a Covid-19 não teria o comportamento semelhante ao que foi visto na China, Europa e EUA. No entanto, já nas primeiras semanas de transmissão comunitária, foi possível verificar o comportamento exponencial de crescimento no número de casos, ou seja, estávamos diante de cenário semelhante ao enfrentado por áreas de clima temperado.
Além disso, havia a preocupação com o sistema público de saúde, já sobrecarregado em algumas áreas do país. Como o SUS responderia ao desafio Covid-19?
Inegável que a Covid-19 é um desafio para os Estados nacionais mais preparados. E é inegável também que algumas escolhas podem mitigar danos adicionais enquanto outras podem ampliá-los.
O que poderia ter sido feito diferente? Eu me pergunto. Haveria condutas públicas que pudessem reduzir o impacto letal da Covid-19? Estou certa de que sim e afirmo com base no que já sabemos sobre a doença, sobre a experiência anterior de outros países. Ou seja, com base em experiências ancoradas em realidade.
Exemplos:
1. O martelo e a dança: Um firme e intenso confinamento da população de curta duração (a martelada) seguido de reabertura gradual intercalada com ações pontuais de confinamento locais (a dança). Os países/regiões que implementaram essa estratégia foram os que tiveram mais rápido retorno econômico e menos mortes.
2. Ampliação da capacidade de testagem com o teste correto, o RT-PCR: assim, se identificariam transmissores removendo-os de circulação, permitindo a circulação de saudáveis.
3. Educação da população sobre uso de máscara, proteção ocular, distanciamento social e higiene de mãos e superfícies: ações sabidamente efetivas em reduzir a transmissão do vírus.
Como pesquisadora, me dói o coração ver soluções sem comprovada eficácia e, a essa altura, algumas delas já reconhecidamente ineficazes sendo implementadas no lugar de medidas comprovadamente eficazes. Aderir a medidas não eficazes coloca as pessoas em maior risco de Covid-19, além do risco de potenciais malefícios da própria medida ineficaz.
Também foi duro ver toda a confusão criada na interpretação da literatura científica por colegas de profissão, revelando déficits significativos na formação em metodologia científica e em inferência causal, que compromete a leitura crítica e o consumo da literatura médica. Ver colegas médicos minimizando a necessidade do uso de máscaras, enquanto o Brasil é um dos países com maior número de mortes de profissionais de saúde por Covid-19, é indigesto para dizer o mínimo.
Como mulher e médica, também me deparei com dificuldades de equacionar trabalho e tarefas domésticas. À propósito, já é bem reconhecido o impacto adicional da Covid-19 nas mulheres (o que não é novidade: agressões, em geral, pesam mais em segmentos mais desfavorecidos da sociedade): a maior parte das profissionais da linha de frente são mulheres que tiveram de acumular tarefas domésticas e filhos em casa. As mulheres de vida acadêmica, em tempos de Covid-19, estão publicando menos e solicitando menos financiamento de pesquisa.
A longo prazo, estamos reduzindo as chances de ascensão de carreira de mulheres cientistas.
Não estamos diante de um desafio fácil e nem há sinal de que o problema passou. No entanto, nunca é tarde para escolhermos o certo. O que é o certo? Aquilo que se conecta com a realidade e a verdade. A ciência é por excelência um método de busca pela verdade. Escutem a ciência e os cientistas. Seguiremos melhor nesta pandemia e nas próximas.
*Leticia Kawano Dourado é medica pneumologista e pesquisadora.
Ferrugem descobriu o que é ser pai bem cedo, com apenas 22 anos de idade, e logo veio a notícia que do seu relacionamento com Juliana Barbosa nasceria uma linda menina, de nome Julia. O cantor conta à Marie Claire que este foi um sonho realizado e, no instante que pegou sua primogênita pela primeira vez nos braços, foi uma sensação indescritível de alegria misturada com emoção.
“Ser pai é uma dádiva, uma bênção e só me trouxe coisas boas, além da responsabilidade que a gente adquire na nossa vida. Eu sinto que ganhei uma seriedade, mas também voltei a ser criança porque esta é a sensação que minhas filhas me trazem quando estamos juntos. Resumindo, é o que tem de mais maravilhoso neste mundo”, comenta.
Com a agenda cheia de shows espalhados pelo Brasil inteiro, o pagodeiro viu sua vida mudar radicalmente durante a pandemia e foi obrigado a passar mais tempo dentro de casa com o cancelamento ou adiamento dos compromissos. O ponto positivo é que ele ganhou a oportunidade de ficar mais tempo dentro de casa e, assim, curtir a vida com Julia, hoje com nove anos, Sofia e Aurora, de dois e um ano respectivamente, ambas fruto do casamento com Thais Vasconcelos.
“Ser pai na quarentena é ser pai em tempo integral. Antes, eu conseguia ficar três dias no máximo com elas, mas agora estou em tempo integral durante a semana inteira com elas. Eu consigo vê-las acordar, dormir e isso não tem preço. Tenho tirado como uma lição muito grande. Família é tudo e é nessas horas que a gente sente isso.”
Questionado se “ser pai de menina é ou já foi um desafio”, Ferrugem afirma que nunca foi e acrescenta que desde o primeiro momento em que se viu como pai, sabia de suas responsabilidades e nunca olhou para o gênero de suas filhas.
“A gente adquire um conhecimento muito mais amplo do universo feminino. Você está ali, o tempo inteiro, observando as reações, assistindo", argumenta. "A gente deixa para trás a fase do ‘emburrecimento’ e passa a ficar mais inteligente. Essa parte mais inteligente do mundo está com as mulheres, então é bom demais viver neste universo feminino”, comemora.
Ele revela que machismo é um tema trabalhado em seu lar, assim como a valorização da mulher também é tratado em âmbito familiar. Ferrugem declara que elas vivem uma vida em que têm liberdade de escolha para se sentirem livres e tomarem decisões.
“Elas têm espaço para emitir opiniões. Acho que isso já mostra para as meninas a maneira como devem se comportar na rua. Se a gente as reprimir, elas vão se acostumar com isso e vão para a rua desse jeito. Acho que muitas mulheres sofrem com isso dentro de casa e não têm esse poder de escolha. Elas precisam ter voz própria e isso tem de começar dentro de casa, na família. Vivemos de uma maneira leve e livre. Eu só fico as escutando.”
Maior exemplo
Esse pensamento mais aberto e mais distante do machismo nasceu lá atrás, quando Maristela Failde, a mãe do pequeno Jheison, nome de registro de Ferrugem, saía de casa para cantar na noite e enfrentava todo tipo de opinião alheia sobre sua profissão de cantora.
“Minha mãe sempre cantou na noite e sabemos o quanto era difícil essa ‘aceitação’ da mulher na noite. Mesmo assim, ela nunca deixou que isso fosse um obstáculo para ela e seguiu fazendo música com amor. A minha relação com o meu pai não foi diferente, sempre fomos amigos, sem hierarquia ou tirania. Claro que foi difícil ele aceitar, no início, que eu tocasse na noite ainda novo. Hoje eu entendo que era uma preocupação”, lembra.
Se, no futuro, Julia, Sofia ou Aurora decidirem seguir os passos da família Failde e desejar ser cantora, terá todo o apoio do paizão que já se diverte com a possibilidade terem mais artistas morando debaixo do mesmo teto.
“Não é nem uma questão de ‘se’. Todas elas já têm uma propensão a cantar e ter um contato maior com a música. Aqui em casa se ouve música 24h por dia, elas brincam que vão ser cantoras e, se isso rolar, eu vou ficar feliz da vida”, se anima.
Antes de terminar a entrevista, o pagodeiro não deixa de exaltar a presença de Thaís em sua vida. Os dois se casaram em 2018, três anos depois de sua primeira mulher morrer por conta de complicações de uma cirurgia de lipoaspiração. Nesta época, ele se viu sozinho com uma filha nos braços e foi ela quem acolheu a pequena Julia como uma verdadeira mãe.
“A chegada da Thaís na minha vida não foi uma grande surpresa porque ela é exatamente o que eu sempre pedi a Deus. Era o jeito o que eu sonhava. No meu lado mais íntimo, eu desejava ter uma mulher que me completasse, quisesse formar uma família e a Thaís já chegou tomando conta de tudo, sendo mãe da Julia, minha mulher e assim tem sido há cinco anos. Não teve uma adaptação porque ela e a Julia se deram bem logo de cara. Foi em questão de meses que a Julia já estava chamando a Thais de mãe e assim continua sendo. Minha filha sabe que a mãe biológica se foi muito cedo e a Thais é tão mãe dela quanto foi a Juliana.”
Luz e sombra, opulência, drama. A tríade que forma a base bruta do movimento Barroco (que começou em Roma no século 17 e se espalhou pelo mundo, inclusive o Brasil) cairia como uma luva para descrever também os pilares de uma peça de alta-joalheria. Inspirada no movimento artístico, a Bulgari conseguiu levar essas carcaterísticas a última potência.
Lançada em plena pandemia, a coleção (batizada de Barocko, fazendo um trocadilho entre a palavra "barroco" e "rock") é uma ode ao movimento e toma inspirações de ilustres mestres da pintura e arquitetura romana como Bernini, Caravaggio e Artemisia Gentileschi.
Com mais de 300 peças - algumas ainda estão sendo produzidas já que a coleção começou a ser montada nos ateliês da marca em plena pandemia - a Bulgari põe em evidência não apenas suas raízes romanas como também seu savoir-faire de mais de 130 anos em peças ultraelaboradas.
O destaque ficam para os bib necklaces (em inglês, colares tipo babador), que cobrem o colo todo. Usando o en tremblant (em francês, "chacolhando") técnica de montagem de joias francesa criada no século 18, que garante movimento e adaptabilidade às peças.
A coleção é puro DNA Bulgari, com um arco-íris vasto de cores em gemas mais variadas -- a joalheria ficou famosa por usar pedras coloridas e nem sempre ultrapreciosas em um período em que joias eram feitas apenas de diamantes. O resultado são três família diferentes: Luce, Meraviglia e Colore.
Entre as peças mais complexas da coleção está o colar duplo batizado de Rosso Caravaggio, que levou cerca de 1.500 horas para ser concluído e apresenta um raro rubi de Madagascar com corte de almofada de 10 quilates no centro. Uma obra-prima, ele pode ser reconfigurado em dois colares separados.
Lembrando os domos das abobadas que formam a silhueta de Roma, o colar Cabochon Exuberance é outra pièce de résistance com tanzanitas, aquamarinas, rubelitas e esmeraldas escolhidas a dedo pela diretora criativa e gemóloga Lucia Silvestri na Índia -- processo que Marie Claire acompanhou de perto recentemente, em uma viagem à capital das gemas, Jaipur.
A seguir, sonhe com algumas das peças da coleção e o processo de produção artesanal de algumas delas.
Todos os meses os colaboradores de Beauty Tudo, a plataforma de resenhas de beleza mais diversa do Brasil, testam e analisam dezenas de produtos. Abril de 2020 chegou ao fim, e reunimos aqui os dez produtos que levaram as maiores notas: de 4.8 a 5 estrelas. De skincare a maquiagem, sem mais delongas, conheça os mais-mais de julho em Beauty Tudo:
1. Hidratante de Banho Body Milk, Nivea
Nota: 4.8
"A textura é mais leitosa e parece que não vai ser absorvida pela pele, mas é um engano de primeira impressão, pois o produto absorve e bem rápido com a pele molhada e enxagua muito suavemente também, deixando uma sensação gostosa no corpo. Pude me vestir imediatamente, sem a necessidade de aplicar uma loção hidratante, óleo ou outro produto após o banho - e o melhor, sem melecar a roupa! Além dos benefícios, o preço é maravilhoso (geralmente menos de R$ 20) e é facilmente encontrado nas farmácias...", diz Debora Correathm. Confira a resenha aqui
Nota: 5
"Eu sou a louca da base, porém tenho algumas dificuldades para achar o tom correto devido a pele negra. Começando pelo tom 5 Neutral que ficou perfeito em meu rosto. A pigmentação também é excelente, traz uma cobertura média e deixa a pele com aspecto natural e uniforme...", diz Mahyara Izidoro. Confira a resenha completa aqui.
Nota: 4.8
"...Testei e achei que é um batom é um matte poderosão. Fiel a cor da bala, tem uma ótima pigmentação e durabilidade excelente nos lábios, não sai completamente mesmo após beber e comer - o que para mim é ótimo, já que não tenho a necessidade de ficar reaplicando...", diz Priscilla Geremias. Confira a resenha completa aqui
Nota: 4.8
"...A textura é cremosa e até parece um pouquinho espessa assim que sai do pump, mas na hora da aplicação adere muito bem a pele e garante um acabamento bem natural. Ela não chega a ser fluida como um hidratante com cor e, se você exagera na quantidade, dá para ver (sutilmente) a base na pele. Mas, isso vai de gosto e é bom porque ela tem cobertura construível, então, mesmo luminosa e natural, agrada tanto quem prefere camadas mais leves como quem é mais generosa na aplicação. Para mim, o ideal é usar uma esponjinha úmida e ela fica perfeita, como uma segunda pele...", diz Larissa Nara. Confira a resenha completa aqui.
Nota: 4.8
"...O resultado é um batom com a aparência muito mate (eu adoro fazer a pele com brilho e a boca mate), uma sensação de pele hidratada e alta durabilidade - promete 8 horas e cumpre, um pouco desbotadinho no fim do dia, mas ainda vibrante. E esse tom, Idéal, é um vermelho muito intenso que no contraste com a minha pele caminha para um cereja, cor que eu adoro na make. A questão é o preço. É caro para um batom, mesmo que dure bastante...", diz Paola Deodoro. Confira a resenha completa aqui.
Uma mulher mergulhando com snorkel no recife de Ningaloo, na costa noroeste da Austrália Ocidental, se tornou a terceira pessoa a ser ferida por uma baleia jubarte em menos de uma semana. Alicia Ramsay, de 30 anos, foi levada de avião para o hospital Royal Perth com fraturas nas costelas na quinta-feira, 6, após ser atingida pela baleia, que nadava nas proximidades com seu filhote.
“O filhote decidiu nos dar uma olhada e acabou ficando entre nós e a mãe, então ela entrou em modo de proteção e balançou de volta. Como ela fez isso para se colocar entre nós e o filhote, sua nadadeira saiu e me pegou", disse Alicia em entrevista ao Nine News Perth.
O incidente, que foi confirmado pelo Departamento de Biodiversidade, Conservação e Atrações da Austrália Ocidental, ocorreu também cinco dias antes, envolvendo duas baleias. Em 1º de agosto, uma mulher foi atingida pela cauda de uma baleia jubarte enquanto nadava com os mamíferos gigantes em um passeio de mergulho livre e sofreu fraturas nas costelas e hemorragia interna. Outra nadadora do grupo foi atingida com menos gravidade por uma das nadadeiras peitorais da baleia, que rompeu seu tendão.
De acordo com o The Guardian, espera-se que os encontros de natação com baleias jubarte no parque marinho de Ningaloo se tornem uma indústria licenciada permanente em 2021, após a conclusão de um teste de cinco anos que está sendo monitorado pelo departamento.
Um pequeno grupo de operadores turísticos foi autorizado a oferecer a experiência de nadar com baleias jubarte, que podem crescer até 19 metros. Os grupos na água estão atualmente limitados a nove pessoas por vez.
Os regulamentos exigem que os nadadores entrem na água a pelo menos 75 metros de distância de uma baleia. “O DBCA continua a trabalhar com a indústria e as operadoras de turismo licenciadas relevantes para investigar os dois incidentes”, disse o departamento ao The Guardian.
E o momento é bem esse: um vendaval antipático, inoportuno e bastante sem graça, que chega como um intruso, ignorando e zombando da falta de convite, a bagunçar e sujar tudo aquilo que achávamos limpo e em ordem. Todavia, o tal “inoportuno”, chega proporcionando mudanças inusitadas, mas que podem ser bem mais prósperas do que você poderia imaginar. Confie naquilo que vem do céu. Assim como a chuva limpa, os céus, às vezes, derramam bênçãos em forma de confusão. Deixe sua casa arrumada para recebe-las, e passemos às partes práticas da vida. Primeiro que tudo, olho vivo no dinheiro. A hora sugere que cortemos os gastos supérfluos e que tenhamos, de preferência, um escorpião feroz e dentuço no bolso, caso haja algum deslize. Cuide também da burocracia, dos documentos e dos papéis que têm a ver com as formalidades da lei. Hora de ver aquele pedido de cidadania que anda estagnado ou de colocar em dia alguns impostos; se for o caso, negocie suas taxas e cumpra os seus acordos legais. O importante é não deixar “rabos” para trás. Este segundo semestre pode ser decisivo nas questões formais, portanto, não as ignore.
Chegamos, talvez, na hora mais minimalista do ano, onde menos é (realmente) mais e a arte de saber enxugar e organizar sua vida, suas ideias e projetos, pode te dar uma visão bem maior do tamanho do mundo (ou do seu mundo); um excelente momento para a dedicação ao trabalho e também à carreira, com especial foco na sutil diferença entre o que é ter sucesso e o que é ter êxito. Quando falamos em êxito, parece muito mais com um intuito profissional, aquilo que a gente tem que dar conta de qualquer jeito, o que temos que provar para o mundo, e onde encontramos e colhemos os resultados da nossa formação. Sem dúvida é ótimo ter êxito em nossas tarefas, mudarmos de fase e conseguir avançar com louvor no tabuleiro da vida; todos gostamos disso, afinal, quem vive sonhando muitas vezes esquece de viver... Porém o sucesso, ah! Esse não tem preço. É quando nos superamos, quando provamos que somos capazes de mostrar a nós mesmas (e por quê não aos outros também?), que não importa o tamanho dos degraus da nossa escada; importa apenas que somos capazes de subi-los, um a um, até que encontremos sua melhor visão do topo.
Esta semana fala um pouco disso: de como encontrar uma forma possível para substituir competição por colaboração, e o êxito pelo sucesso. As (quase) imperceptíveis sutilezas embutidas aqui é que vão fazer toda a diferença. Veja, da segunda quinzena de agosto em diante, o céu nos pedirá mais firmeza e determinação. Cobranças virão à galope, então, não se assuste se você tiver vários afazeres ao mesmo tempo. Da mesma forma, as prestações de contas pipocarão freneticamente, assim como acontece com aquelas panelas gigantescas, ostentadas nos enormes balcões dos cinemas, quando as pipocas salgadas e doces pulam, como se estivessem em pleno carnaval e nos convidando a saboreá-las, aos bocados. Você pode se sentir como se estivesse na época do vestibular, tendo que responder as perguntas mais cabeludas e escabrosas, cheias de pegadinhas maliciosas e que não foram dadas naquelas aulas maçantes, mas que você era obrigada a assistir. Aqui, a vida será como na selva, com suas leis peculiares e suas provas de fogo. Os apoios serão escassos, até porque, há certas coisas que não podem ser ajudadas, tem que acontecer de dentro para fora, assim como o fazem as sementes, quando, depois plantadas, começam a brotar. Todavia, quem vencer, saberá realmente o que significa o sucesso. 2020, além da surra que está nos dando, trará seus valiosos ensinamentos. Ao contrário do que muitos dizem, ou querem crer, este ano não deverá ser “pulado”, mas sim, bem vivido, aproveitado, e com todos os seus ensinamentos na ponta da língua.
Para os assuntos do coração, e ainda sob o sol de leão, procure comandar sua relação sem evocar o ciúme, o egocentrismo, o “controle pelo controle”, ou pelo prazer da vaidade. Tome consciência do lugar do outro na sua vida (e vice-versa), e lhe dê o devido valor. Se decidir sair deste relacionamento, faça-o de uma maneira breve, objetiva e com o mínimo de desgaste possível; se resolver renovar seus votos e permanecer, busque uma relação equânime onde há a troca de afeto, palavras claras e boa vontade. Se for preciso, ceda um pouco, mesmo que a contragosto. Concorde para evitar as brigas de poder: aqui elas serão uma tremenda armadilha e será uma questão de tempo para que a “granada” exploda bem no meio do seu nariz, causando um senhor estrago, muitas vezes, definitivo; e, se você possuir algumas “armas” para ferir o outro, procure não usar nenhuma delas, pois, as dores que nascerem sob este céu podem ser como os efeitos de Quíron, podendo virar feridas que precisam ser curadas, mas que na realidade, nunca curam...
O fato é que nem todos os problemas que chegam vêm para tirar a sua paz; alguns deles servem para te sacudir, fazer crescer, te abrir os olhos para quem você é de verdade, e te levar para onde quer, realmente, chegar. Talvez o sucesso seja só isso tudo...
Aricia Paola Campelo Gomes estava grávida de 6 meses e meio quando foi hospitalizada em Manacapuru, região metropolitana de Manaus, por descolamento de placenta. Como era gravidez de risco, foi transferida para a capital do Amazonas após 3 dias. A neném estava saudável, mas Aricia começou a apresentar sintomas de Covid-19 e colocada em isolamento. Foi transferida outra vez, agora para uma maternidade especializada em coronavírus.
O quadro respiratório agravou e, entubada, aos 29 anos deu à luz com 7 meses de gravidez. Após o parto, Aricia melhorou e alguns dias depois foi desentubada. No entanto, na mesma noite, sofreu uma série de paradas cardíacas e morreu, deixando a filha, Maria Liz, com uma semana de vida na UTI e o companheiro, Claudinei Pinheiro da Silva. Segundo ele, Aricia não tinha nenhuma comorbidade.
Assim como Claudinei, neste domingo (9) muitos outros homens passarão o Dia dos Pais como pais solos por causa da Covid-19. O Brasil é o país que mais registrou mortes por coronavírus entre grávidas: até 1º de agosto, foram 135 mulheres. Quando consideradas também as puérperas, foram 236 óbitos em todo país até 29 de julho, de um total de 2.904 casos confirmados, segundo dados do Ministério da Saúde apresentados na quarta-feira (5). O país concentra 77% das mortes de gestantes e puérperas do mundo, de acordo com uma pesquisa realizada por especialistas brasileiros e publicado em julho no jornal científico International Journal of Gynecology & Obstetrics.
Claudinei pôde levar sua filha para casa há duas semanas. "Nasceu prematura, mas agora já está bem. Com um mês e alguns dias, é forte, saudável e esperta. Hoje, minha filha é o meu maior incentivo porque é uma vitoriosa por tudo que já passou. É um amor que só aumenta a cada dia", diz o pai, jogador de futebol profissional. "Estou me virando bem, aprendendo a cada dia com os gestos dela, com o jeitinho dela. Não tenho tido dificuldade por já ter criado meu filho pequeno de 4 anos, que sempre foi grudado comigo".
O jogador pediu demissão do Grêmio Atlético de Sampaio, de Roraima, para ficar em Manaus, onde vive temporariamente com a sogra. Desempregado, espera acertar com algum clube do Amazonas.
Bruno Bulcão Castro, de Parintins, Amazonas, também perdeu a mulher, Thereza Cristina, para a Covid-19. Em fevereiro deste ano, descobriram que ela tinha lúpus. Logo depois veio a pandemia.
Com uma filha de 9 anos, o professor de matemática diz que estão tentando reconstruir uma rotina. "Depois que minha esposa faleceu, eu queria morrer. Estava com Thereza desde os 15 anos de idade. Eu e minha filha agora vivemos em uma casa enorme só nós dois, não sei o que fazer. Está tudo arrumado como antes, parece que a Thereza vai chegar a qualquer instante. Sigo a viver por minha filha. Tento me fazer de forte, ir ao banheiro ou esperá-la dormir para chorar, continuar a fazer as tarefinhas de escolas dela".
Bruno conta que, desde a morte da esposa, no dia 22 de junho, a filha Thaila dorme no quarto do pai. "Um dia fui ao banheiro durante a noite e fiquei de coração partido. Acendi a luz do corredor e o quarto ficou à meia-luz, então pude ver que ela estava olhando para o teto. Sem dormir, quietinha na cama, pensando nas coisas", conta. "A Thaila também tem os momentos dela de tristeza, mas por incrível que pareça, choro mais que ela. Minha filha fica triste, mas tenta segurar. Ela me abraça e diz que vai cuidar de mim. Outro dia Thaila falou que a garganta estava doendo. Eu fui ver, não era garganta inflamada, era só ela segurando o choro".
Sobre a possibilidade de volta às aulas, o professor diz que não acha seguro que a filha retorne à escola. "E sinceramente, não posso mais perder ninguém. Falo para meus amigos que a vida é tão breve. Sei que agora não dá para fazer o que gostaríamos, mas temos que viver com o máximo de amor e carinho que pudermos".
Bruno também perdeu o pai quando era criança, eletrocutado enquanto empurrava uma alegoria no Festival de Parintins. "A pior parte é saber que não pude proteger minha família desse mal. Me sentia um lixo enquanto minha esposa estava ali internada e eu não podia nem acompanhá-la. Tomamos todos os cuidados, estávamos em isolamento, limpando tudo. Te juro que não sei como isso foi acontecer. Sempre quis blindar minha filha de todo sofrimento pelo qual passei na minha infância e não consegui", diz.
O pesadelo de Thiago Prado Andrade começou no dia 1 de maio. Foi o primeiro do casal a sentir os sintomas de Covid-19: febre e dor no corpo. Decidiu isolar-se com o filho mais novo na casa de praia no litoral norte de São Paulo para não infectar a mulher, Jaqueline Cordeiro Prado, que, por sua vez, cuidava da mãe em tratamento de câncer.
Assim que o marido começou a melhorar, após cinco dias, Jaqueline manifestou os primeiros sintomas. Thiago voltou para São Paulo para buscá-la e fazerem o isolamento juntos no litoral. Ela estava com febre e sentia falta de ar, e 3 dias depois voltaram para São Paulo. Foram direto para o hospital, testaram positivo para Covid e já ficaram internados. Thiago passou 8 dias. Jaqueline não saiu mais.
No 12º dia de internação, a empresária de 39 anos começou a sofrer complicações. "Ela estava com a saúde um pouco debilitada e não sabíamos disso. Ela tinha alguma arritmia e uma pneumonia mal curada de criança, que deixou uma pequena cicatriz. E devido a um remédio para emagrecer, desenvolveu diabetes. Ela teve uma parada cardíaca e depois uma complicação neurológica. Ficou uma semana nesse estado de morte neurológica e a gente numa agonia imensa, esperando os falecimentos dos órgãos", conta Thiago.
Por causa da pandemia, não houve velório e nem enterro. Thiago decidiu fazer uma cerimônia na praia para homenagear a mulher morta, com amigos e familiares.
"Foi uma bomba, mas nessas horas a gente tira força de onde não tem. A vida tem que continuar, apesar da tristeza, da saudade. Fomos casados por 17 anos. Meus dois filhos [ele tem um de 19 e um de 8 anos] sentem falta da mãe, claro, mas sempre fui presente em casa. Sempre pratiquei esporte com os meninos, skate e surfe. Ela era uma super mãe, mas trabalhava muito. Eu como policial militar tinha mais tempo para ficar com meus filhos então desenvolvemos uma relação muito próxima e eles se sentem seguros comigo. O complicado da paternidade solo é que eu era o pai mais maleável e ela, mais durona. Ela dava bronca e eu amenizava. Agora eu tenho que ser pulso firme e ao mesmo tempo dar carinho. Até mesmo lidar com situações simples, como escola, é um desafio. Aí bate a saudade dela também, o menor às vezes chora. O mais velho é mais uma questão de acompanhar para não fazer besteira. A molecada de hoje é só doideira. Agora que as escolas estão fechadas, minha mãe mudou para minha casa e me ajuda a cuidar deles enquanto estou trabalhando", diz Thiago, que pediu exoneração da PM após a morte da mulher e agora é quem toca a empresa no ramo têxtil.
"Tínhamos medo de pegar Covid e nos cuidávamos na medida do possível, mas não foi o suficiente. Provavelmente eu peguei a doença no trabalho. Sou do batalhão do Choque, ficamos muito tempo aquartelados em mais de 200 homens, fora na rua, onde temos que abordar pessoas. Ela também teve contato com gente na empresa e na época não era obrigatório o uso de máscara, muita gente não usava ainda", continua.
Bruno diz que não preparou nada para comemorar o Dia dos Pais. "Não tenho cabeça para isso. Não sei como vai ser. Thaila me falou: 'Papai, sei o que quer no Dia dos Pais, mas não posso te dar'. Eu vou preparar meu coração para que ela sinta menos impacto possível e a gente continue nossa vida".
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Traço com cor:
Lápis lázuli. O tom de azul é a grande escolha de Priscilla Luna para tirar o gatinho da zona de conforto. Pálpebra móvel glossy é o detalhe sutil que faz toda a diferença. @prilunamua
Solar:
Welida Souza quis fazer parceria com o sol e acertou! A sombra laranja intenso, aplicada em toda extensão da pálpebra superior, sozinha, já faz verão! @welidaq
Opostos:
Os opostos se apaixonam! Pelo menos o coral e o azul metálico da Josi Helena estão em plena lua-de-mel. @negravaidosa
É notável que a quantidade de produções com mulheres nos papéis principais tem crescido bastante nos últimos anos (ainda bem!), e nada melhor do que enaltecer a presença feminina no audiovisual, que geralmente é predonimada por homens como protagonistas. Listamos seis séries brasileiras com personagens incríveis, líderes de narrativas para você conhecer e recomendar.
Aruanas - Globoplay
Em Aruanas, três amigas líderes de uma ONG investigam crimes ambientais na Amazônia, que envolvem uma perigosa quadrilha e uma grande mineradora. Nessa luta pela preservação, as protagonistas Natalie (Débora Falabella), Luiza (Leandra Leal), Verônica (Taís Araújo)
e Clara (Thainá Duarte) precisam desvendar segredos e enfrentar situações perigosas.
As Five - Globoplay
Com lançamento marcado para dia 12 de novembro, As Five, série continuação de Malhação
- Viva a Diferença já vem sido bastante aguardada pelo público jovem. A produção vai contar a história das inseparáveis amigas Benê (Daphne Bozaski), Keyla (Gabriela Medvedovski), Tina (Ana Hikari), Lica (Manoela Aliperti) e Ellen (Heslaine Vieira), que seis anos após se formarem no ensino médio, tomaram rumos diferentes na vida e agora novos conflitos e romances podem agitar a nova fase das protagonistas.
3%- Netflix
A primeira série brasileira da Netflix, tem sua 4ª temporada com data de estreia confirmada para 14 de agosto. A ficção é situada num país distópico, onde faltam todos os recursos básicos e a população jovem ao completar 20 anos, tem o direito de se inscrever para uma seleção que os levará a um "novo mundo", que promete uma vida melhor. Estrelada por Bianca Comparato, Michele (personagem de Bianca) começa como uma candidata da seleção e divide o protagonismo com outros personagens. Mas conforme as temporadas vão passando - especialmente na terceira -, ela toma conta da série, com uma composição bem pensada para dar o ar à personagem que varia entre uma mocinha e uma típica vilã.
Sheila de Charme - Amazon Prime, Now, Vivo Play e Look
Na comédia independente, além de protagonista, a atriz Danielle Di Donato também produziu e escreveu a trama conhecida por ter um investimento bastante baixo, de cerca de R$8 mil. Já são duas temporadas, onde Danielle conta a trajetória e desafios dos atores até o sucesso, história inspirada pela própria vida da real da atriz. A produção já foi indicada duas vezes consecutivas como Melhor Série Brasileira, Melhor Série de Comédia e Melhor Elenco, no Festival Internacional do Rio, mesmo evento onde Danielle levou o prêmio de Melhor Atriz, pela protagonista.
Coisa Mais Linda - Netflix
Com um time de protagonistas de peso, ‘’Coisa Mais Linda’’ não poderia faltar nessa lista. Considerada pela crítica especializada como uma das mais belas e interessantes produções já exibidas no Brasil, a narrativa se passa em 1950 e gira em torno de Malu (Maria Casadevall) uma mulher que sonha em abrir um restaurante com o marido, porém ele rouba todo o dinheiro e foge. Ao conhecer Adélia (Pathy Dejesus) e Thereza (Mel Lisboa) ela abre um clube de bossa nova e enfrentam juntas todo o preconceito da época.
Onisciente - Netflix
Do mesmo criador de 3%, a série também é situada em um universo distópico futurístico, onde a protagonista Nina, interpretada por Carla Salles, vive em um lugar onde cada cidadão é vigiado 24h por dia por drones tão pequenos quanto moscas. Essa tecnologia consegue
evitar diversos assassinatos e crimes, porém um dia seu pai é encontrado assassinado em seu apartamento e a partir disso, a heroína vai atrás de respostas.
Depois das jazz legs, as redes sociais tem mais uma tendência engraçadinha que está viralizando por aí: os tops guardanapo. Com alças espaguete e costas quase totalmente de fora ou tomara-que-caia, as blusas ultrassexy lembram os tops que foram sucesso nos anos 90.
Os tops frente-única que deixavam as costas de fora e um tanto da barriga também fizeram parte do figurino da década. As famosas comédias românticas da época cristalizaram o top de balada de amarração, tipo guardanapo como em filmes icônicos como Driblando o Destino e Forrest Gump - naquela cena disco com Jenny quase pulando da varanda de um hotel.
Na quarentena, a tendência não se apoiou apenas no revival no retorno dos anos 90 para a moda. Em abril, a Jacquemus - que aliás, foi umas das marcas mais procuradas dos últimos três meses de quarentena - fez um desafio divertido em que usuários quebravam o marasmo do isolamento social postando sutiãs e tops feitos de itens cotidianos: de croissant até metades de laranja.
Mas voltando à tendência: como usar o top guardanapo? Faça como algumas influencers tem combinado e case com calça de alfaiataria, de cintura alta se ele for mais cropped ou um pouco mais baixa se ele chegar até o quadril. Dá também para experimentar a tendência fazendo um top com um lenço dobrado e amarrado nas costas como fez a influencer Laura Kubrusly e Anitta.
Acha muito ousado sair de frente única por aí? Experimente em sobreposição com outros tops ou sobre a camiseta -- de qualquer jeito, o top guardanapo rende boas fotos para o feed!
Reconhecida como a capital mundial do grafite, São Paulo será a sede do maior museu de grafite a céu aberto do Brasil. Promovido pelo NaLata Festival Internacional de Arte Urbana, com a participação de quinze artistas consagrados nacional e internacionalmente, dos mais diferentes estilos e correntes culturais, os grafiteiros realizarão doze obras de arte urbana únicas pintadas em empenas da região do Largo da Batata.
São 3689m² de arte que serão entregues à população da capital no dia 20 de agosto. De acordo com o festival, o objetivo é democratizar a arte urbana em São Paulo, com acesso irrestrito às obras, que podem ser vistas gratuitamente por pedestres, por quem está dentro dos ônibus ou dos carros. Além de entregar um legado artístico cultural para a cidade, criando um novo eixo de turismo, lazer e cultura permanentes na capital paulista.
Com realização da Agência InHaus e curadoria do Luan Cardoso, o NaLata conta com a presença dos artistas brasileiros: Alex Senna, Enivo, Evol, Marcelo Eco, Mari Mats, Mateus Bailon, Pri Barbosa e Rafael Sliks. E ainda, Gleo, muralista colombiana que usa tinta látex, pincéis e rolos de pintura para criar personagens imaginativos e vibrantes; e da muralista mexicana Paola Delfín, uma das artistas mais reconhecidas em ascensão mundial, que traz em suas obras a proposta de criar consciência social.
Além dos artistas renomados que participam desta edição, o festival realizou o concurso “Novos Talentos Murais SP” com o intuito de apresentar novos nomes à cena. Cinco nomes selecionados, dentre os 234 inscritos, foram convidados para fazer pinturas em murais e fachadas que integram o festival. São eles: Selon, Thiago Nevs, Pixote Mushi, Fe Ikehara e Serifa.
Serviço:
As obras podem ser conferidasnos seguintes endereços:
- Rua dos Pinheiros, 1474.
Artistas: Mateus Bailon, Paola Delfin, Gleo e Pri Barbosa
- Av Faria Lima, 1134.
Artistas: Selon e Marcelo Eco
- Rua Artur de Azevedo, 985.
Artistas: Alex Senna e Selon
Como ator ou atriz em Hollywood, deve ter um nível de dificuldade quando se trata de ter sua vida marcada por um filme. E se o filme crescer e se tornar um momento icônico em sua carreira, você certamente será forçado a ouvir referências infinitas sobre ele pelo resto de sua vida. No entanto, para algumas atrizes, há muitos projetos dos quais elas se arrependem.
Seja a mensagem polêmica por trás do projeto ou experiências desagradáveis no set, algumas estrelas acham difícil apoiar esses filmes icônicos, tendo publicamente discordado deles em muitos níveis. Abaixo, reunimos uma série de celebridades que se arrependem publicamente de ter participado de filmes, que para alguns foram fundamentais para seu sucesso:
Zoe Saldana em Nina
Enquanto muitos encontraram problemas com a interpretação de Zoe Saldana de Nina Simone na cinebiografia autointitulada de 2016, Saldana se apresentou oficialmente para se desculpar por sua participação no filme. Falando sobre seu papel em uma live no Instagram, a atriz se desculpou por participar de um filme que exigia que ela usasse uma prótese nasal e maquiagem para escurecer a pele para o papel.
"Eu nunca deveria ter interpretado Nina. Eu deveria ter feito tudo ao meu alcance com a vantagem que tinha há 10 anos, que era uma vantagem diferente, mas era uma vantagem mesmo assim", disse ela. "Eu deveria ter feito tudo ao meu alcance para escalar uma mulher negra retinta para interpretar uma mulher negra retinta excepcionalmente perfeita."
Anna Kendrick em Crepúsculo
Doze anos depois de filmar a primeira parcela da Saga Crepúsculo, Anna Kendrick se abriu em uma entrevista para a Vanity Fair em 2020, sobre sua experiência de filmar o filme, comparando-o a uma "situação de refém". “O primeiro filme que filmamos em Portland, Oregon, e eu apenas me lembro de estar tão fria e miserável”, disse ela.
"Meu Converse estar completamente encharcado e pensando, 'sabe, este é um grupo realmente ótimo e tenho certeza de que seríamos amigos em um momento diferente, mas quero matar todos'", contou. "Embora também tenha sido uma espécie de vínculo. Era como se estivesse passando por um trauma. Como se estivesse sobrevivendo a uma situação de refém, e você meio que está ligado a isso para a vida toda."
Katherine Heigl em Ligeiramente Grávidos
Ao relembrar a comédia de 2007, Ligeiramente Grávidos, a atriz Katherine Heigl falou em 2008 sobre seu arrependimento por ter feito o filme. Alegando que o longa era “um pouco sexista”, ela admitiu que não gostava da forma como sua personagem chegava ao público.
“[O filme] pinta as mulheres como megeras, sem humor e tensas, e pinta os homens como caras amáveis, patetas e amantes da diversão. Exagerou os personagens, e eu tive dificuldade com isso, em alguns dias. Estou fazendo um put*; por que ela está sendo uma desmancha-prazeres? Por que é assim que você retrata as mulheres?", disse em entrevista à Vanity Fair.
Após seus comentários sobre o filme, Heigl pediu desculpas ao ex-colega de elenco Seth Rogen e ao escritor Judd Apatow, ela esclareceu que seu problema era mais com sua personagem do que com o próprio filme.
Viola Davis em Histórias Cruzadas
Viola Davis lamentou publicamente seu papel icônico em Histórias Cruzadas várias vezes, e é fácil entender o porquê. Em uma entrevista para a Vanity Fair em julho de 2020, Davis falou sobre como o filme retrata a marginalização das empregadas negras e sua narrativa do "salvador branco".
“Não há ninguém que não se divirta com o Histórias Cruzadas”, disse ela. “Mas há uma parte de mim que parece que traí a mim mesma e ao meu povo, porque estava em um filme que não estava pronto para [contar toda a verdade]. "Ela acrescenta que o filme foi "criado no filtro e na fossa do racismo sistêmico”.
Ela também mencionou que “não há muitas narrativas também investidas em nossa humanidade”. Continuando, ela admite que Hollywood não “investiu na ideia do que significa ser negro, mas… está voltando para o público branco. O público branco, no máximo, pode sentar e ter uma lição acadêmica sobre como somos. Depois, eles deixam o cinema e falam sobre o que isso significa. Eles não são movidos por quem éramos.”
Dakota Johnson em 50 Tons de Cinza
Desde que o primeiro filme da franquia foi lançado, Dakota Johnson se posiciona sobre o filme. Em uma entrevista no The Ellen DeGeneres Show, Johnson não só admitiu que sua família não tem permissão para ver os filmes, mas que a franquia basicamente arruinou sua vida amorosa - em suas palavras, "Eu acho que [os caras] me amam ou eles estão correndo para as colinas. Acho que estão correndo para as colinas." Ela também expressou seu ódio por filmar as muitas cenas de sexo, enquanto falava para a revista Interview, chamando-as de "muito tediosas".
Jessica Alba no Quarteto Fantástico
Muitos não eram fãs de Quarteto Fantástico de 2007: Ascensão do Surfista Prateado, aparentemente Jessica Alba também não é. Admitindo que o filme a fez querer parar de atuar, ela revelou sobre suas lutas no set com o diretor Tim Story, em entrevista à Syfy.
“O diretor disse, 'Parece muito real. Parece muito doloroso. Você consegue ficar mais bonita quando chora? Chore muito, Jessica. Não faça isso com o seu rosto. Basta torná-lo plano". Ela revelou que foi escolha do diretor desviar sua personagem de “ser uma pessoa” que a fez odiar o filme.
Gwyneth Paltrow em O Amor é Cego
Gwyneth Paltrow pode ser conhecida por seu amor pelo bem-estar por meio de sua marca de estilo de vida Goop, mas sua afinidade com a saúde já existe há muito tempo. A atriz expressou desdém por seu papel como Rosemary em O Amor é Cego, em uma entrevista com seu amigo Kevin Keating. Ela se referiu ao filme como "um desastre".
Na polêmica comédia, Jack Black interpreta o superficial Hal, que após a hipnose se apaixona por Rosemary, que está acima do peso. Paltrow vestiu um body com enchimento para interpretar Rosemary. Os críticos afirmaram que o filme "ri da discriminação de gorduras".
No entanto, esta não é a primeira vez que Paltrow lamenta o papel. Em uma entrevista de 2001 para a revista W, ela disse: “No primeiro dia em que experimentei o body, estava no Tribeca Grand e atravessei o saguão. Foi tão triste, tão perturbador. Ninguém faria contato visual comigo porque eu era obesa. Eu estava vestindo uma camisa preta com grandes bonecos de neve nela.” Ela continuou: “Por alguma razão, as roupas que eles fazem para mulheres com sobrepeso são horríveis. Eu me senti humilhada porque as pessoas foram realmente desdenhosas. ”
Halle Berry em Mulher-Gato
Três anos depois de Halle Berry ganhar um Oscar por Monster's Ball, ela assumiu o papel de Mulher-Gato, no filme de mesmo nome. No entanto, ela esperou até que ela aceitasse o Prêmio Razzie de Pior Atriz por sua atuação no filme, onde ela falou sobre seu arrependimento.
Em seu discurso de agradecimento, ela chamou a Warner Bros., dizendo: “Sabe, tenho que agradecer a tantas pessoas, porque você não ganha um Razzie sem a ajuda de muitas pessoas ... Em primeiro lugar, quero agradecer à Warner Bros. Obrigado por me colocar no grupo um pedaço de merda, filme horrível. Sabe, era exatamente o que minha carreira precisava, sabe? Eu estava no topo, e então a Mulher-Gato me jogou no fundo. ”
Kristen Stewart em Crespúsculo
Desde o fim da Saga Crepúsculo, Kristen Stewart tem sido muito aberta sobre como a franquia teve um impacto negativo em sua vida, especialmente desde que ela começou a filmar quando tinha apenas 17 anos de idade.
Em uma entrevista ao E! News Stewart revelou que, embora tivesse seus pontos positivos, a franquia foi uma "grande mudança de estilo de vida" e trouxe "um monte de outra bagagem" com ela. Definitivamente, o que não ajudou a situação foi que seu relacionamento com Robert Pattinson.
“Eu odiava que os detalhes da minha vida estivessem sendo transformados em mercadoria e espalhados pelo mundo”, disse ela em entrevista ao Huffington Post, a respeito de sua relação muito pública com Pattinson, que só foi ampliada pelo sucesso histórico dos filmes.
Seus papéis recentes têm sido notavelmente diferentes e representam um aparente esforço para escapar do estigma da saga adolescente.
Carrie Fisher em Star Wars
Embora possa ser um choque, Carrie Fisher expressou seu pesar sobre seu papel como Princesa Leia em Star Wars. Falando ao The Today Show em 2008, Fisher foi questionado se ela sabia o quão famosa ela se tornaria por interpretar o papel icônico. Ela respondeu, dizendo que gostaria de “nunca ter feito isso”.
Quando a revista Time perguntou a Fisher por que ela voltou para Star Wars: O Despertar da Força de 2015, ela respondeu prontamente. Ela explicou que aceitou o papel porque “é difícil conseguir trabalho depois de [fazer] 30 anos para as mulheres em Hollywood".
Sharon Stone no Instinto Selvagem
A atuação de Sharon Stone como Catherine Tramell no thriller de 1992, Instinto Selvagem, é facilmente um de seus papéis mais icônicos até hoje. Infelizmente, Stone admitiu que nunca deu seu consentimento para a cena do interrogatório infame. Ela lembra que ficou estupefata ao assistir ao filme pela primeira vez com um cinema cheio de gente.
Ao filmar a cena, Stone admitiu que inicialmente relutou em tirar a calcinha, mas o diretor Paul Verhoeven garantiu que nada seria visto. Ela diz: “Quando fizemos isso, ia ser uma insinuação e o diretor disse: 'Estamos vendo o branco da sua calcinha, preciso que você tire.' E eu tipo, 'Eu não quero que você veja nada e ele tipo,'Não, não vai.'"
"Então, quando eu vi no cinema, com um monte de outras pessoas, eu fiquei em choque. Quando o filme acabou, eu fui para a cabine e dei um tapa em [Verhoeven] e disse: 'Você poderia ter mostrado isso para mim'".
Miley Cyrus em Hannah Montana
Miley Cyrus começou em Hollywood no papel de Hannah Montana da Disney, depois que a série acabou, foi preciso muito esforço da parte de Cyrus para se livrar completamente dessa imagem.
Quando solicitado a relembrar o programa durante o 10º aniversário da estreia, Cyrus não tinha muitas coisas positivas a dizer. Ela admitiu que estar sob os olhos do público em uma idade tão jovem a levou a desenvolver problemas de imagem corporal e a ter uma crise de identidade . Ela também disse que estar no programa provocou ataques de ansiedade e ondas de calor.
Megan Fox em Transformers
Devido ao conflito entre Megan Fox e o diretor Michael Bay durante as filmagens para Transformers, convenceu a Fox a deixar a franquia para sempre. Fox foi gravado dizendo de Bay: "Ele quer ser como Hitler em seus sets, e ele é."
Além disso, a Fox sentiu que o filme não a desafiou ou exibiu nenhuma habilidade, especialmente depois que ela percebeu que o filme foi feito para destacar sua aparência, e não seu talento.
Já entrando no clima do Dia dos Pais, Maisa Silva resolveu responder algumas perguntas de fãs relacionadas a programas em família. Para isso, atriz e apresentadora resolveu gravar um vídeo em seu canal no YouTube o qual relembrou alguns momentos ao lado de seu pai, Celso Andrade.
E teve de tudo! A apresentadora e atriz contou, inclusive uma história surpreendente de quando decidiu embarcar em uma viagem com a família e não acabou como planejado. E a família e o seu namorado, Nicholas Arashiro, tiveram que se hospedar perto de uma praia de nudismo.
"Eu tinha acabado de começar a namorar com o Nicholas, acho que estava namorando há uns 4 ou 5 meses, e então decidimos fazer uma viagem e levá-lo para passar o carnaval com a gente. Era a primeira vez que o Nicholas ia passar uma semana com a minha família, estava todo mundo meio apreensivo. Chegou o dia da viagem e a minha sogra mandou uma mensagem para o meu pai: 'Celso, eu estava vendo aqui as coisas que você comprou para o Nicholas e está falando que a hospedagem do hotel é para o mês que vem", contou a atriz, dizendo que estavam prestes a embarcar para Argentina e o Uruguai.
Maisa ainda disse que o pai tinha certeza de que a reserva tinha sido realizada para data certa e que garantiu à sua sogra de que tudo seguiria como o planejado. No entantro, ao confirmar a informação, eles perceberam que as reservas realmente estavam erradas. "Íamos chegar a Punta Del Este sem lugar para dormir", disse rindo.
Ela ainda seguiu dizendo que teve que correr para procurar outro local para se hospedarem, pois se tratava da alta temporada. "De última hora ele reservou um lugar que estava escrito que era um hotel de nudismo. 'Nude Resort'. Fiquei supernervosa, mas ia ter que ser lá. Eu pensava: 'Eu estou levando meu namorado nessa viagem com a minha família e aí ele vai ver todo mundo pelado e vai terminar comigo, vai ser horrível", pensou.
Apesar da confusão, Maisa respirou aliviada ao receber uma notícia boa quando chegou ao local. "A praia do lado era uma praia de nudismo, mas a praia do hotel não era. Então foi um alívio", contou.
Danielle Greyman, de 21 anos, passou por um momento de terror enqunto se divertia em um bar na Inglaterra com amigos. Ela foi surpreendida por um homem embriagado que estava bebendo no local e que começou a gritar que era alemão e que "deveria ter injetado gás nela" assim como nos outros judeus.
Apesar da agressão, a estudante se manteve calma e confrontou o senhor. Não satisfeito, ele continuou falando frases ofensivas em voz alta ao lado de uma mulher que estava com ele.
"Nós deveríamos ter matado todos vocês com gás", falou fazendo referência ao extermínio de judeus pelos nazistas durante o Holocausto, na Alemanha.
A mulher com quem ele estava acompanhado chegou a negar que eles fossem xenofóbicos. Foi então que Danielle retrucou: "Isso é muito engraçado, porque o que você acabou de fazer foi cometer um crime de ódio", afirmou
A mulher então respondeu: "Não estamos sendo xenofóbicos. Eu não disse nada. Continue com sua bebida e nos deixe em paz”.
A estudante esclareceu em sua página no Facebook que estava no bar com amigos e disse que seu encontrou com o homem e a mulher começou a agredi-la verbalmente quando pediu para que obedecesse o distanciamento social.
“Nós chegamos lá, sentamos, estava tudo bem, mas havia dois estranhos em nossa mesa que não se distanciavam socialmente e se recusavam a saírem”, contou.
No entanto, eles começaram a se exaltar e gritar com ela e foi quando ele a perguntou se era judia. “Comecei a filmar porque sei o que vem depois dessa pergunta. A mesa atrás de nós começou a se envolver e um dos homens disse que ia me dar um soco na boca e ele era um cara bem grande. Eu não estava com medo, mas estava tremendo", disse em uma entrevista ao Daily Mail.
A polícia foi chamada ao local, mas Greyman afirma que eles nunca chegaram e que o incidente foi resolvido pela equipe do bar. De acordo com o Daily Mail, a polícia foi chamada ao bar após uma denúncia de um crime de ódio. A polícia, por sua vez, informou que as investigações continuam em andamento e os policiais estão tentando falar com a vítima.
Já, um porta-voz do bar disse que o casal foi convidados a deixar o estabelecimento e foi proibidos de voltar.
Todo dia é dia deles, mas nada como a data oficial para dar um carinho especial para aquele que está sempre ao nosso lado o ano todinho, não é?
Não importa qual o estilo do seu pai, até porque eles podem se encaixar em mais de um perfil, afinal, são muitos em um só. Tão plural quanto eles é o mundo dos vinhos, com diversos estilos diferentes. E, certamente, sempre vai ter um que agrade até o mais exigente dos pais.
1. Sol de Andes Cabernet Sauvignon
Vinho chileno de coloração rubi intensa, aromas de frutas vermelhas, tabaco e chocolate, com leves toques de carvalho. Sensações de frutas frescas na boca, taninos polidos e agradável final. Sai por R$ 45,00 no site da importadora Decanter.
2. Matiz Plural
Brasileiro da Serra do Sudeste feito com 40% Aragonês, 26,5% Cabernet Sauvignon, 17% Syrah, 11,5% Touriga Nacional, 5% Cabernet Franc possui aromas deliciosos de frutas vermelhas e negras bem maduras, couro e toques terrosos. No paladar é sedoso, com taninos aveludados. Custa R$ 67 na loja Amai Vinhos.
3. Zuccardi Serie A Torrontes
Ótimo Torrontés de Salta, no norte da Argentina, onde estão alguns dos vinhedos mais altos do mundo. Aromas delicado e único, cheio de flores brancas como rosas e flores cítricas. Estruturado com uma acidez viva. Custa R$ 129,00 no site da importadora Grand Cru.
4. Dettori Renosu Rosso Ramangia IGT
Vinho natureba feito na região da Sardenha, na Itália, com as exóticas uvas cannonau, monica e pascale. Tem coloração granada, aromas de terra, com lavanda, alcaçuz, figo maduro, casca de laranja confitada e frutas secas. Na boca é sedoso com taninos muito macios e com longa persistência. Sai por R$ 214,19 no site da Decanter.
5. Alain Geoffroy Chablis Vieilles Vignes
Chablis sensacional feito com uvas de vinhas velhas, de 45 a 70 anos. Aromas guiados por cítricos, maçã e muito mineral, na boca tem personalidade e deliciosa acidez com final ligeiramente salino. Custa R$ 328,47 na Amai Vinhos.
6. Louis Jadot Fleurie
Produzido em Beaujolais com a uva Gamay pelo famoso produtor Louis Jadot. Passa 10 meses em barricas de carvalho francês, possui aroma delicado com notas florais e frutas vermelhas. No paladar é frutado e elegante. Sai por R$ 428,00 na Todovino.
7. Niepoort Redoma Douro
Tinto do Douro do incrível produtor Dirk Niepoort que só produz coisa muito boa. Feito com as uvas portuguesas tinta amarela, touriga franca, rufete, tinta roriz e tinto cão, tem passagem de 20 meses em tonéis de carvalho. Complexo e profundo nas notas de especiarias, algum vegetal e floral em boa harmonia com notas minerais. No paladar é estruturado, com taninos macios e final longo. Sai por R$ 499,90 no site da importadora Grand Cru.
“Tanto homem que representa bem a figura de pai, por que colocar uma mulher? Respeitar não é aceitar. Deus criou o homem para ser pai e a mulher para ser mãe. Vocês querem ir contra isso, por quê? Sejam o que quiserem e sejam felizes, mas querer mudar a forma natural das coisas, é absurdo.”
“Pessoal não tá entendendo, ninguém tá falando do amor da Thammy com criança, não. O que estamos falando é uma empresa de perfumes colocar uma MULHER que toma remédio pra crescer cabelo no saco, na barba, no peito, falar que é homem e homenagear isso como se fosse homem para o dia dos pais.”
“Não esquece de contratar o Pabllo Vittar para os Dia das Mães.”
Os comentários acima foram feitos em um post no Facebook da marca de cosméticos Natura, em uma publicação sobre dicas motivacionais para praticar exercícios em casa. A “revolta” nos comentários vem por conta do ator Thammy Miranda ter sido uma das figuras públicas escolhidas para divulgar a campanha Pais Presentes, de Dia dos Pais, da marca. As reações se estendem por diversas publicações da página. Os posts viraram campo de batalha entre defensores da visibilidade trans e usuários promovendo boicote à empresa por incluir Thammy, que é pai e transexual, na campanha de divulgação. Marie Claire conversou com homens trans que são pais e avôs para saber o que eles acharam da repercussão - e como foi e está sendo a jornada da paternidade.
Frank Teixeira, 28, de Itapira, São Paulo, tentou engravidar por meses ao lado da companheira. A história virou notícia em diversos portais em 2019, quando alcançaram a tão desejada gravidez. Frank é um homem transexual e mora com a companheira de mais de sete anos, Taris de Souza, 39. Ela é mulher cisgênero [Cisgênero é o termo utilizado para se referir ao indivíduo que se identifica, em todos os aspectos, com o gênero atribuído no nascimento].
Por meio de inseminação caseira, Taris tentou engravidar 11 vezes, mas sem sucesso. Então, Frank resolveu se voluntariar e, na primeira tentativa de inseminação, ele engravidou. O esperma foi fornecido por um conhecido por meio de “um acordo verbal”.
“Era para dar certo mesmo”, diz Frank. Meses antes da concepção, ele estava tendo dificuldade em encontrar - e pagar - os hormônios masculinos que tomava para a terapia hormonal. Ele lembra que existem ressalvas em arriscar uma gravidez enquanto ainda são feitas as aplicações hormonais, mas que, providencialmente, os seis meses que passou longe dos remédios serviram para uma gravidez saudável. A filha, Antonella, comemora um ano em setembro de 2020 e Frank está ansioso para comemorar o primeiro Dia dos Pais com a mulher e a pequena.
Ele criou um filtro para lidar com as reações negativas que aparecem especialmente na internet, como as citadas no início do texto. “Não pode dar bola para os comentários. Eu finjo que nem li. Sempre vai ter gente a favor e gente contra, em tudo que a gente faz na vida. Para os homens trans que também buscam construir uma família, digo para irem até o fim e realizarem os sonhos. E não ligarem para os comentários, que não chegam nem perto do tamanho da felicidade que vem depois”, aconselha.
O vendedor Cézar Sant’Anna, 32, de São Paulo, tem uma filha de 14 anos e uma história bem diferente com a paternidade. Ele transicionou quando a filha já era crescida e tinha 9 anos. Fernanda nasceu de um relacionamento de quatro anos, quando Cézar tinha 18 e ainda vivia “como mulher cis”. “Foi incrível, mas a gente acabou encerrando logo após o nascimento dela. Naquela época, eu não tinha o autopercebimento em relação à identidade de gênero, mas sempre me senti inadequado com o gênero feminino. Em 1980, mal se falava em homossexualidade, quem dirá sobre a possibilidade de transitar de um gênero para o outro?”, conta.
A reação da filha pré-adolescente em relação a mudança de gênero do pai foi a mais tranquila possível. “Sempre ensinei que o mundo não é composto só pelo o que acontece na nossa casa. A gente sempre puxa esse assunto [transexualidade] para ver se está tudo ok, tudo bem. Eu contei para ela supersério e ela respondeu ‘Ah, tá bom’."
Como a grande maioria das adolescentes gosta de passar o dia nas redes sociais, Cézar preparou a filha para caso ela seja impactada por comentários transfóbicos.
“Eu falo: tem a ver com a nossa vida? Qualquer coisa, qualquer ponto que essa pessoa disse, é verdade? Não. Isso diz tudo sobre essa pessoa e nada sobre nós. Nossa vida está linda, maravilhosa, a gente se ama. Ela é uma criança normal. Se tiver que levar bronca, vai levar, não tem diferença de tratamento, nunca pensei em, de alguma forma, recompensar minha filha sendo bonzinho pelo fato dela ter um pai trans. Ela já tem essa bagagem para lidar com os comentários que vêm, por exemplo, com essa campanha do Thammy”, explica.
Cézar conta que o dia a dia é tranquilo, inclusive na escola da filha. Vez ou outra, ela relata que colegas questionam o gênero do pai, mas a menina explica didaticamente a situação. “Ela dá na lata, mas com toda educação. Ariana, né?”, brinca.
Papel do pai na sociedade
Quando Cézar teve a filha, “era, digamos assim, ainda uma mulher [para a sociedade]”. “A gente já sabe analisar o olhar das pessoas. De maneira geral, as mães ficam: ‘Nossa, ele brinca com a filha, ele dança com a filha.’ E, dos pais, vejo o olhar de: ‘Queria estar fazendo isso, mas tenho uma postura para manter aqui, senão vão começar a comentar’”, relata.
Ele diz que é chamado de “homão da porra” por participar da criação dos filhos. “Entendo que é uma tentativa de elogiar, mas um ‘homão da porra’ é uma mulher normal. É fazer o básico pelos filhos."
O educador infantil Alexandre Peixe, 48, assumiu a identidade de gênero masculina já na adolescência, mesmo sem ter uma nomenclatura específica para o que sentia. “Sou de uma geração de homens trans que tinham muito forte a cobrança de ser aquela cópia do homem cis, machão. Sofri muito. Uma vez, pedi uma malzbier num bar e falaram: ‘Vai tomar leite agora? Isso é bebida de mulher!’”, conta.
“Minha filha Bruna, de 28 anos, foi fruto de um estupro corretivo e coletivo”, revelou. A violência aconteceu quando ele tinha 19 anos e jogava bola com conhecidos. “Não era a minha galera, então eles não sabiam muito sobre mim." Enquanto usava o banheiro durante a partida, foi seguido por quatro dos colegas, que o estupraram para ensiná-lo a “ser mulher”. “E fiquei grávido”, explica.
Em 2004, iniciou o processo de transição e manteve aberto o canal de comunicação durante todos os momentos com Bruna, que hoje tem uma filha de 7 anos, Mariana. As duas são extremamente presentes na vida de Alexandre, que há um ano mora com a mulher Letícia, 32.
“Uma coisa que doeu na vida da minha filha foi a perda de uma amiga com a qual tinha muita amizade. A mãe proibiu a menina de falar com ela. Ela tinha uns 9 anos. Bruna teve que romper a amizade e disse que a mãe da amiga a vigiava pela grade da escola para ver se estavam conversando. Os outros amigos sempre iam em casa, alguns até falavam: ‘Queria ter um pai igual ao seu’, porque sempre fui muito aberto a conversas com a minha filha, sempre fiz questão”, conta.
Para a netinha, o avô e a mãe pretendem explicar sobre transexulidade no tempo dela, conforme for crescendo. Às vezes, o desejo deles não é respeitado, diz Alexandre. Segundo ele, uma pessoa da família disse à pequena que “o vovô, na verdade, é vovó”.
“Expliquei que existem meninas de pipi, meninas de pepeca, meninos loiros, meninos negros, meninas brancas, meninas pretas. Ela falou: ‘Então, tá’, e foi brincar. Essa geração é muito mais aberta. Quem coloca o preconceito na cabeça das crianças são os adultos. Ela está aprendendo a ler, vai achar na internet coisas sobre mim, vir perguntar e vamos sentar e conversar. Nossa relação é amor”, afirma.
Sobre comentários transfóbicos, especialmente na semana de Dia dos Pais, por conta da publicidade com Thammy Miranda, Alexandre diz que se sentiu enojado. “Eu sou pai, avô. Alexandre, que ama a família dele, cuida da família. Eu troco receitas com a minha filha, ela vem para a minha casa, eu saio com ela e com o namorado dela, saio com minha neta, com a minha esposa. O problema maior são pessoas que pararam de cuidar da vida delas para cuidar da vida do outro."
A campanha de Dia dos Pais
É unânime entre os entre os entrevistados que as reações negativas à participação de Thammy Miranda na campanha de Dia dos Pais da Natura é algo que machuca. À Marie Claire, o ator contou que teve um sentimento parecido.
“É muito triste saber que o ser humano é tão pobre de espírito, infelizmente. Ainda teremos que viver muitas pandemias, perdas, tsunamis, terremotos e furacões para aprender e evoluir. Quando acontece este tipo de coisa, a gente vê o quanto o ser humano é atrasado”, disse.
Assim como os pais citados na matéria, Thammy também falou sobre o amor que tem pelo filho e como o papel de pai para ele é um sentimento que vem de forma natural - e até conseguiu enxergar pontos positivos no isolamento social, que o deixou ainda mais próximo da mulher, Andressa Ferreira, e do filho, Bento.
“A gente participou de todos os momentos dele, ficamos seis meses presos e nos dedicando totalmente a ele. Claro que este isolamento foi ruim, mas pelo lado da maternidade e paternidade, tivemos ele conosco em tempo integral e pudemos curtir cada momento intensamente, acompanhando cada desenvolvimento dele”, diz.
No início dessa semana, uma enorme explosão de quase 2,7 mil toneladas de nitrato de amônio devastou a área portuária de Beirute, capital do Líbano. A tragédia deixou mais de 140 mortos, 5 mil feridos e 100 desaparecidos, de acordo com estimativa da Cruz Vermelha libanesa.
O brasileiro Mauricio Yazbek trabalha com produção de conteúdo e vive a 15km de onde ocorreu a explosão na cidade de Beirute. Ele contou para Marie Claire, com detalhes, o que sentiu quando o incidente ocorreu.
“A primeira impressão que deu é que estava iniciando um terremoto. Eu estava no meu quarto e eram umas seis da tarde. Saí de lá quando ouvi a explosão. Parecia um trovão se formando bem devagarinho e depois tomando uma dimensão enorme, que dá para perceber pelas imagens. A internet acabou exatamente na hora e a gente ficou sem comunicação em casa”, disse.
Mauricio conta que a cidade está um caos depois do ocorrido. Entre as ruas, ainda é possível encontrar muitos destroços e, apesar das perdas materiais, celebra que nada tenha acontecido com ele e com amigos. “Eu não conheço nenhuma pessoa com ferimentos graves, mas todos os meus amigos estão cuidando de suas janelas. As casas estão com muitas coisas reviradas, tiveram algumas perdas de bens domésticos, está tudo de ponta-cabeça em Beirute."
Apesar da bagunça que se instalou no local, ele ainda encontrou forças para ajudar e acabou se juntando a um grupo de pessoas que seguiu para o local da explosão para ajudar na limpeza. “Eu fui para Beirute para ver como estava a situação e se eu poderia ajudar alguém de alguma maneira, mas já estava tudo meio organizado. Então, a gente resolveu dar uma volta. A gente levou vassoura, levou caixa de papelão e foi ver a situação dos bares e da região boemia de Beirute, que foi super atingida e fica bem próxima ao epicentro, no porto”, conta. “Foi comovente. Está tudo destruído. Os balcões caíram em cima dos carros, tem muito vidro na rua e as pessoas estavam por si só tentando dar conta da situação. E já deram bastante, perto do que tinha acontecido."
Yazbek conta que o exército foi colocado nas ruas para evitar ataques de vândalos e reforçar a segurança da população. “O setor público, como sempre, só colocou o exército na rua para controlar as pessoas, o vandalismo e fazer segurança. Mas não tem nenhuma força estatal agindo. Isso dá um desespero enorme, só tem a força estatal restringindo as pessoas. Isso dá uma certa raiva”, diz.
O país atualmente tem recebido auxílio de ONG’s internacionais e da Cruz Vermelha do Líbano para cuidar dos feridos que tem disputado espaço nos hospitais com os infectados pela Covid-19. “Os hospitais estão sobrecarregados com o coronavírus. Por conta da crise política, não estão repassando dinheiro para os hospitais, então, eles estão sem médicos. As pessoas estão sendo tratadas como lixo nos hospitais e a rede está sobrecarregada agora”, lamenta.
Apesar da confusão que se instalou na região, Mauricio questiona os motivos que levaram o incidente a acontecer. “O que mais preocupa é que a gente não sabe o que aconteceu. É muito conflituoso para gente saber como esse material explosivo ficou armazenado lá por tanto tempo. A pergunta que fica é: a quem isso interessava? Se foi uma sabotagem ou não, não sabemos. Estamos muito preocupados. O Líbano está de joelhos agora”, finalizou.
Parece de comer, mas não é! Uma nova leva de máscaras faciais feitas com frutas tem chegado às prateleiras e promete nutrir a nossa pele de fora para dentro:
1. Máscara Facial Revigorante Melão Provençal, L'Occitane en Provence, R$ 155
A textura geladinha e igualmente refrescante lembra um sorbet gostoso de melão e é ideal para revigorar a pele após uma noite de sono ruim, uma temporada de trabalho intenso ou para preparar a pele antes de um grande evento. Reduz imediatamente os sinais de opacidade, falta de viço e hidratação. Além disso, ajuda a reduzir o embaixo dos olhos. Indicada para peles normais a oleosas.
2. Máscara BIOSpecific Coco Verde, Árago Dermocos-méticos, R$ 159
Essa máscara facial formulada com óleo de coco ajuda a ativar as endorfinas da pele, graças a sua ação energizante e blend de ativos. Indicada para devover viço e luminosidade às peles secas desvitalizadas e sensíveis.
3. Máscara Facial Instamask Banana, SephoraCollection, R$ 45
Divertida, tem uma textura leve e amanteigada que lembra um creminho de banana. A fórmula nutre a pele, aliviando os sinais do estresse, devolvendo brilho e deixando sensação de maciez em poucos minutos de uso.
4. Máscara Facial Antioxidante Resveratrole Berry Mask, Dermage, R$ 12,90
Desenvolvida com ativos antioxidantes muito encontrados em frutas vermelhas, essa máscara facial complementa tratamentos antissinais e ajuda a previnir linhas finas e rugas, além de atuar na longevidade celular.
Sou médica pneumologista e pesquisadora. Em tempos de pandemia, assim como vários outros colegas, redirecionei meu foco 100% para a Covid-19. A essa altura (agosto de 2020), tenho conforto de dizer que me tornei uma “covidóloga”.
Essa aquisição de conhecimento não foi sem uma carga significativa de sofrimento emocional e insônia. Foi muito estressante viver a chegada da Covid-19 no Brasil porque, acompanhando de perto desde janeiro, já se podia antecipar o tamanho do desafio que estava chegando. Como vendo um tsunami se aproximar.
Era possível saber que se tratava de um vírus bem mais sério e transmissível que o influenza (o da gripe). Também sabíamos que a transmissão da Covid-19 era difícil de controlar apenas isolando pessoas sintomáticas, o que sugeria um papel importante de transmissão por assintomáticos. Na época da chegada do vírus ao Brasil, havia a esperança de que em clima tropical a Covid-19 não teria o comportamento semelhante ao que foi visto na China, Europa e EUA. No entanto, já nas primeiras semanas de transmissão comunitária, foi possível verificar o comportamento exponencial de crescimento no número de casos, ou seja, estávamos diante de cenário semelhante ao enfrentado por áreas de clima temperado.
Além disso, havia a preocupação com o sistema público de saúde, já sobrecarregado em algumas áreas do país. Como o SUS responderia ao desafio Covid-19?
Inegável que a Covid-19 é um desafio para os Estados nacionais mais preparados. E é inegável também que algumas escolhas podem mitigar danos adicionais enquanto outras podem ampliá-los.
O que poderia ter sido feito diferente? Eu me pergunto. Haveria condutas públicas que pudessem reduzir o impacto letal da Covid-19? Estou certa de que sim e afirmo com base no que já sabemos sobre a doença, sobre a experiência anterior de outros países. Ou seja, com base em experiências ancoradas em realidade.
Exemplos:
1. O martelo e a dança: Um firme e intenso confinamento da população de curta duração (a martelada) seguido de reabertura gradual intercalada com ações pontuais de confinamento locais (a dança). Os países/regiões que implementaram essa estratégia foram os que tiveram mais rápido retorno econômico e menos mortes.
2. Ampliação da capacidade de testagem com o teste correto, o RT-PCR: assim, se identificariam transmissores removendo-os de circulação, permitindo a circulação de saudáveis.
3. Educação da população sobre uso de máscara, proteção ocular, distanciamento social e higiene de mãos e superfícies: ações sabidamente efetivas em reduzir a transmissão do vírus.
Como pesquisadora, me dói o coração ver soluções sem comprovada eficácia e, a essa altura, algumas delas já reconhecidamente ineficazes sendo implementadas no lugar de medidas comprovadamente eficazes. Aderir a medidas não eficazes coloca as pessoas em maior risco de Covid-19, além do risco de potenciais malefícios da própria medida ineficaz.
Também foi duro ver toda a confusão criada na interpretação da literatura científica por colegas de profissão, revelando déficits significativos na formação em metodologia científica e em inferência causal, que compromete a leitura crítica e o consumo da literatura médica. Ver colegas médicos minimizando a necessidade do uso de máscaras, enquanto o Brasil é um dos países com maior número de mortes de profissionais de saúde por Covid-19, é indigesto para dizer o mínimo.
Como mulher e médica, também me deparei com dificuldades de equacionar trabalho e tarefas domésticas. À propósito, já é bem reconhecido o impacto adicional da Covid-19 nas mulheres (o que não é novidade: agressões, em geral, pesam mais em segmentos mais desfavorecidos da sociedade): a maior parte das profissionais da linha de frente são mulheres que tiveram de acumular tarefas domésticas e filhos em casa. As mulheres de vida acadêmica, em tempos de Covid-19, estão publicando menos e solicitando menos financiamento de pesquisa.
A longo prazo, estamos reduzindo as chances de ascensão de carreira de mulheres cientistas.
Não estamos diante de um desafio fácil e nem há sinal de que o problema passou. No entanto, nunca é tarde para escolhermos o certo. O que é o certo? Aquilo que se conecta com a realidade e a verdade. A ciência é por excelência um método de busca pela verdade. Escutem a ciência e os cientistas. Seguiremos melhor nesta pandemia e nas próximas.
*Leticia Kawano Dourado é medica pneumologista e pesquisadora.