Bozoma Saint John, ex-executiva sênior da Apple, Uber e mais recentemente Endeavor, é a nova CMO de marketing da Netflix. O anúncio foi feita na terça-feira (30) e Bozoma é a terceira a ocupar o cargo de diretor de marketing do serviço de streaming.
De acordo com a Variety, ela substitui Jackie Lee-Joe, CMO da BBC Studios, que ficou na Netflix por 10 meses. Segundo a Netflix, Lee-Joe está saindo da empresa por motivos pessoais; ela mora na Austrália com sua família desde março, início da pandemia do novo coronavírus. Lee-Joe foi nomeado para suceder a ex-CMO da Netflix, Kelly Bennett, que anunciou sua aposentadoria da empresa no ano passado .
Bozona Saint John começará na Netflix em agosto deste ano, reportando-se ao diretor de conteúdo Ted Sarandos, informou a publicação. "Estou emocionada por ingressar na Netflix, especialmente em um momento em que a narrativa é crítica para o nosso bem-estar social e global. Sinto-me honrada em contribuir com minha experiência para um legado já dinâmico e em continuar impulsionando o engajamento no futuro", afirmou a diretora em comunicado.
Ainda de acordo com a Variety, a Netflix aumentou os gastos com marketing em 12% em 2019, para US $ 2,65 bilhões, já que enfrentou novos participantes de streaming como Disney Plus e HBO Max. O orçamento de marketing da empresa no primeiro trimestre de 2020, na verdade, era 18% menor que no ano anterior.
"Bozoma Saint John é uma profissional de marketing excepcional que entende como conduzir conversas sobre a cultura popular melhor do que quase todos", disse Sarandos em comunicado. "À medida que trazemos mais histórias excelentes para nossos membros em todo o mundo, ela definirá e liderará nossa próxima emocionante fase de criatividade e conexão com os consumidores".
Quem é Bozoma Saint John?
Bozoma “Boz” Saint John nasceu em Middletown, Connecticut, e passou sua infância em Nairobi, Quênia, além de Washington DC e Accra, Gana, antes de sua família se mudar para o Colorado aos 12 anos. Depois de morar no Harlem, Nova York, por mais de uma década, ela agora reside em Los Angeles.
No início de sua carreira, Bozoma atuou como vice-presidente de marketing da marca de moda feminina Ashley Stewart e gerenciou contas nas agências de publicidade Arnold Worldwide e Spike Lee's SpikeDDB. Ela é bacharel em artes pela Universidade Wesleyan em estudos afro-americanos e inglês.
Nos dois anos de Bozoma como CMO da Endeavor, na qual ingressou em junho de 2018, ela supervisionou os esforços de marketing da holding para divisões como UFC, Professional Bull Riders e Miss Universo, e liderou seu negócio de marketing global que atua como uma agência.
Antes disso, ela foi diretora de marca da Uber por cerca de um ano, depois de atuar como chefe de marketing de consumo da Apple Music e iTunes por pouco mais de três anos. Ela ingressou na Beats by Dre em 2014, adquirida pela Apple logo após sua chegada. Anteriormente, foi diretora de marketing de música e entretenimento da Pepsi-Cola da América do Norte.
Durante sua passagem pela Apple, ela apareceu em um anúncio da Apple Music com James Corden e os executivos da Apple, Eddy Cue e Jimmy Iovine, que foram ao ar durante o Emmy Awards de 2016. Na Apple, Bozoma trabalhou em campanhas, incluindo o anúncio do wipeout de treino de Taylor Swift e outro estrelado por Mary J. Blige, Kerry Washington e Taraji P. Henson - e teve uma reviravolta memorável com sua apresentação na Worldwide Developers Conference da Apple em 2016 mostrando o nova interface do Apple Music.
Tem coisa melhor que tomar um banho bem relaxante para desacelerar a cabeça e se sentir revigorada? Esse momento tão prazeroso do seu dia se tornou ainda mais especial com o lançamento de Nativa SPA Matcha, de O Boticário. Trata-se de uma linha completa que combina extrato de matcha com óleo nutritivo de quinoa para fazer um detox na pele e no cabelo, eliminar as toxinas e impurezas acumuladas e tornar seu ritual de cuidados ainda mais eficiente.
Mas como identificar se você precisa desse detox? É simples: o acúmulo de toxinas deixa a pele envelhecida, fatigada e sem vida, os fios ficam oleosos, pesados e opacos. Em todo o mundo especialistas alertam para os efeitos negativos que o estresse, a poluição, o suor e outros resíduos provocam à beleza. Isso porque além de obstruir os poros e prejudicar a renovação celular, eles aumentam a produção de radicais livres – aquelas moléculas que, em excesso, intensificam o processo de oxidação das células e, por consequência, aceleram o envelhecimento precoce.
Alquimia poderosa
O matcha é um ingrediente da cerimônia do chá, ritual japonês que faz parte da cultura milenar do país, é extraído das folhas mais altas da Camelia Sinensis (chá verde), cultivadas à sombra para garantir maior concentração de clorofila e polifenóis (fitoquímicos com alto poder antioxidante). Através deste processo é possível potencializar a eliminação das toxinas e impurezas. Para se ter uma ideia, uma porção de matcha é o equivalente a 10 xícaras de chá verde comum e seu poder antioxidante é extremamente superior. Graças a essas características, o matcha vem sendo reconhecido como o grande aliado na purificação, limpeza e combate ao envelhecimento precoce.
Já a quinoa é rica em vitaminas do complexo B, E, ferro, magnésio e é composta por todos os aminoácidos essenciais (que garantem sua boa fama como alimento proteico), seus benefícios vão além da nutrição. Estudos comprovam que o óleo extraído do grão tem ação antioxidante superior ao dos polifenóis. Outra qualidade do óleo de quinoa é seu duplo poder de hidratação, já que além de nutrir ele forma uma espécie de película sobre a superfície, que impede a perda de água para o ambiente externo.
Desintoxicação e purificação
Aliando as propriedades do matcha e do óleo nutritivo de quinoa, Nativa Spa Matcha entrega o que há de mais eficiente para o seu ritual detox. A linha completa conta com sabonete líquido esfoliante, body splash, shampoo, condicionador, esponja konjac e loção hidratante corporal, que cria uma barreira protetora e purifica a pele das impurezas. A linha ainda traz mais duas novidades: a Nativa SPA Máscara Facial, que combina a argila verde, branca e o extrato de matcha para eliminar as impurezas acumuladas ao longo do dia. Com efeito antifadiga, a máscara protege dos radicais livres, prevenindo o envelhecimento precoce. Outro produto inovador é o Esfoliante Capilar Detox, que garante a saúde do couro cabeludo, promove a limpeza da raiz e controla a oleosidade dos fios – que promove uma sensação refrescante sem ressecar. O ideal é usá-lo uma vez por semana para limpar profundamente e renovar o couro cabeludo.
Agora você já tem todos os produtos para se entregar a esse incrível ritual detox e se sentir mais revigorada, leve e hidratada.
Vale lembrar que os produtos trazem fórmulas 100% veganas, selo cruelty free, embalagens com plástico reciclado e fórmulas com alta concentração (cerca de 80%) de ingredientes naturais.
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Maior varejista dos Estados Unidos, o Walmart decidiu retirar dos sites e lojas físicas a linha de camisetas "All Lives Matter" ("Todas as vidas importam") depois de fortes críticas nas redes sociais.
A polêmica começou no início desta semana, quando foi revelado que a marca de terceiros, Old Glory, estava vendendo várias camisetas a US$ 20 (por volta de R$107) no site do Walmart. As frases faziam piada com o nome do movimento Black Lives Matter (em português, Vidas Negras Importam) com frases como "Irish Lives Matter" ("vidas irlandesas importam"). "Homeless Lives Matter" ("Vidas sem teto importam"); "Police Lives Matter" ("vidas policiais importam"); "Drunk Lives Matter" ("Vidas bêbadas importam") até o famigerado "All Lives Matter" ("Todas Vidas Importam"), frase comumente usada por movimentos contra o BLM e a luta antirracista.
Segundo o Guardian, a raiva começou a viralizar nas mídias sociais quando a usuária do Twitter Kate Udle postou uma captura de tela de uma camiseta “All Lives Matter”, marcando o Wal Mart Canadá, com o comentário: “Você está brincando comigo @walmartcanada??? Repugnante. Faça melhor". Outros usuários no Twitter expressaram a indignação, com um deles perguntando: "Por que tornar mais fácil para os racistas conseguirem suas roupas?"
Depois de anunciar inicialmente que investigaria a situação, o Walmart divulgou que deixaria de vender os itens que são disponibilizados na plataforma de venda da empresa por terceiros, depois de observar as preocupações de funcionários e clientes.
Em comunicado, a empresa afirmou: “Acreditamos fundamentalmente que todas as vidas são importantes e que todo indivíduo merece respeito. No entanto, ao ouvirmos, entendemos que a maneira como algumas pessoas, mas não todas, estão usando a frase 'All Lives Matter' no ambiente atual minimizou intencionalmente o foco na dolorosa realidade da desigualdade racial".
Série de polêmicas
Essa não é a primeira vez que o Wal Mart retira de circulação um produto por conta de racismo e pressão dos clientes na internet. Na semana passada, a empresa anunciou que não exibiria mais a bandeira do Mississippi em suas lojas. A bandeira do estado americano ainda tem um emblema dos confederados, grupo que lutou contra os Estados Unidos na Guerra Civil Americana e que era a favor da manutenção da escravidão. Parlamentares do Mississippi votaram recentemente para remover o emblema da bandeira do estado.
Sara Chick, que trabalha como paramédica na linha de frente do combate ao coronavírus, teve o pior dia de trabalho ao precisar levar seu pai Stanley Loosley, 94 anos, ao hospital, no Reino Unido.
Em entrevista ao jornal britânico The Sun, ela contou que estava afastada do veterano de guerra desde o começo da pandemia de Covid-19 para evitar infectado e contratou uma equipe de cuidadores para que o ajudassem nas tarefas domésticas.
"Os cuidadores são os únicos que podem ter levado o vírus para o meu pai. Mais tarde, conversei com minha mãe e ela disse que só uma garota usava EPI. Os outros não".
Durante o caminho da casa do pai até o Tunbridge Wells, Sarah e o pai não pensavam que se tratava de Covid. Imagivam que se tratava de uma infecção no peito. "Quando cheguei ao hospital, senti um nó na garganta, foi meu pior dia no trabalho. Ele foi levado, sozinho, e testado positivo para coronavírus. Foi horrível, sabia que não sobreviveria. Três dias depois, estava morto".
Priscilla Alcantara abriu o jogo sobre empoderamento da mulher no cristianismo em live no Instagram da Marie Claire. A cantora revelou que tem buscado aprender mais sobre o feminismo, mas que pela simples definição de feminista, ela é. "Eu quero estar nessa luta pelos direitos das mulheres", diz em entrevista ao repórter Felipe Carvalho.
"Sou péssima em dissertar sobre as temáticas políticas e ideológicas, tenho buscado aprender porque quero ser ativa nas discussões e pautas da sociedade. Se você me perguntar a história do feminismo, não vou conseguir te falar, porque agora estou num lugar de escuta para aprender com as feministas e depois falar junto a elas, mas sei como Jesus retratou e colocou as mulheres na sociedade, e não dá para nós mulheres negarmos a luta por nosso direitos. E acima de qualquer ideologia tudo aquilo que me construiu é meu relacionamento com Jesus e ele promove justiça, paz e alegria. Tenho diversos exemplos de como ele empoderou a mulher. Então todo vez que falo sobre algum tema, termino da forma como Jesus nos ensinou", diz.
Priscilla ainda fala sobre o feminismo se aplicar ou não dentro do cristianismo. "Tudo o que está na bíblia temos que nos atentar nas entrelinhas, são elas que explicam as linhas. Quando em Efésios diz que as mulheres precisam ser submissas, antes disso, diz 'submetam-se uns aos outros', trazendo esse princípio para todo mundo. Além disso, submissão para mim não é produto do medo ou inferiorização da mulher, mas sim um serviço de amor ao próximo, a possibilidade de muitas vezes colocar o interesse do outro na frente do meu, e é destinado para homens e mulheres", explica.
A cantora conta que há, dentro da religião diferentes interpretações e que também ficava confusa em relação a isso. "Temos que lembrar que os escritores escreveram dentro de um contexto e situação e fica difícil trazer para o contexto atual, é mais facil ver como Jesus tratou a mulher, a passagem que mais mostra isso é quando ele visita Marta e Maria, ele dignifica o lugar da mulher e legitimiza o meu direito de ser o que eu quiser", diz Priscilla.
Ela ainda diz que sabe, e lamenta, sobre as barreiras que existem para as mulheres dentro de algumas religiões. "O primeiro passo é resisir a essas barreiras e agir com sabedoria, sempre lembrar da forma que Jesus aumentou o volume da voz das mulheres e, se formos realmente seguidores de Jesus, vamos querer agir da mesma forma".
Priscilla prefere não opiniar sobre "assuntos delicados", "ainda estou pensando como falar sobre aborto, quero ser muito sábia para não ser só mais uma voz falando, quero ser coerente e um dia quero parar para discutir sobre isso publicamente. Meu objetivo é construir pontes e estou buscando ter um impacto de forma correta em relação ao tema. Eu sei aquilo que eu acredito, mas como comunicadora preciso ser sábia, não é so sobre o que tenho na minha cabeça e em breve vou falar sobre", diz.
A cantora diz ainda que não é sua intenção confrontar as religiões, "alguns veem minhas atitutes dentro do cristianismo como revolucionárias, então se isso é revolucionar, que sejamos revolucionários", afirma. "Foi pra liberdade que Cristo me chamou, antes de ouvir qualquer pessoa, eu ouço a voz dele, tudo que vai contra a voz dele eu ignoro, às vezes as pessoas reclamam pelo jeito que eu sou, mas essa sou eu, não sou polida ou limitada. A única opção é eu ser quem Deus quer que eu seja".
Priscilla diz que as críticas em relação à ela não a abalam: "Algumas pessoas não têm a sabedoria de como usar as palavras, então vira e mexe acabo lendo críticas e tem que ter muita saúde mental para filtrar o que é bom, não se importar com o que não tem amor e entender que tem pessoas que escolhem viver na ignorância. Eu não posso fazer nada se eu incomodo você, mas você tem a opção de não se incomodar comigo, eu estou cumprindo minha missão na terra".
No papo Priscilla ainda fala sobre as críticas sobre cantar músicas seculares, ou seja, as que estão fora do gênero gospel, sobre sua relação com seu público LGBQIA+, sua amizade com o comediante Whindersson Nunes que resultou no sucesso Girassol e as novidades do seu primeiro DVD ao vivo, intitulado ‘Gente – Live Experience‘: ‘Empatia‘, ‘Alegria‘ e ‘Solitude'. Assista:
Ricky Martin revelou como tem sido seus dias em isolamento social devido à pandemia do novo coronavírus, a Covid-19. O cantor de 48 anos contou que se voltou para a música para diminuir sua ansiedade nesse momento e admitiu que nunca precisou lidar com isso antes, e por issoprecisou se adaptar à nova rotina.
"Eu estava passando pelo luto que todos estavam passando... Sabe, do jeito que as coisas não são mais, e então isso ativou minha ansiedade. Nunca precisei lidar com isso na minha vida... Então me tranquei no estúdio", disse Ricky em entrevista ao programa ExtraTV!
Ricky e seu marido Jwan Yosef tem quatro filhos e falou ainda sobre como tem cuidado da saúde mental dos seus filhos em meio à pandemia e elogiou o companheiro.
"Jwan é um pai maravilhoso. Conversamos com honestidade, especialmente com os gêmeos... Eles têm muitas perguntas e tentamos responder com honestidade e transparência... E eles se sentem protegidos", disse o cantor.
Ricky também falou sobre o movimento Black Lives Matter, Vidas Negras Importam em português, e como os protestos podem fazer uma mudança positiva no mundo. "Eu acho que essa é uma grande oportunidade para todo mundo criar uma nova constituição da vida e deixar para trás o que não funciona... Vamos tentar pensar fora da caixinha e fazer coisas novas", afirmou.
O Teint Couture City Balm foi uma ótima surpresa! É uma base leve, com boa cobertura (dá para ir adicionando camadas se você quiser uma cobertura maior), luminosidade na medida e, ainda, proteção contra poulição, luz azul (computadores, celular, tv, abajur...) e raios UV (FPS 25). Como hoje a gente sabe o tanto que a luz fria também faz mal à pele, não dá pra não pensar em aplicar uma proteção mesmo se for para ficar em casa. E o Teint se mostrou uma opção ótima para mim, porque além de proteger, deixa a pele com um acabamento natural, fresco, iluminado -- perfeito para reuniões ou chats online.
Curti muito. E como tenho um pouco de melasma na testa, acrescentei uma camada nessa região na hora de espalhar, para cobrir um pouco mais. Ele não pesa nem deixa marcado. Outros pontos positivos que encontrei: tem um cheirinho muuuito gostoso, a embalagem é compacta e superprática de aplicar e rende muito: uma pequena quantidade (uma gotinha) é suficiente para cobrir o rosto todo e conseguir um efeito clean. Por isso, acho que o preço vale bem à pena, já que além de ser uma maquiagem, é tratamento também, porque protege e ainda hidratada e combate os radicais livres, causadores do envelhecimento precoce da pele.
No primeiro semestre deste ano, 89 pessoas transgênero foram assassinadas no Brasil, quantidade que supera em 39% a registrada no mesmo período de 2019, de acordo com a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra). Para a entidade, os números escancaram como a omissão de autoridades governamentais tem contribuído para que estejam no centro de um contexto amplo de vulnerabilidade, que inclui agora efeitos da pandemia de Covid-19.
"Os dados não refletem exatamente a realidade da violência transfóbica em nosso país, uma vez que nossa metodologia de trabalho possui limitações de capturar apenas aquilo que de alguma maneira se torna visível. É provável que os números reais sejam bem superiores. Mesmo com essas limitações, os dados já demonstram que o Brasil vem passando por um processo de recrudescimento em relação à forma com que trata travestis, mulheres transexuais, homens trans, pessoas transmasculines e demais pessoas trans. O que reforça a importância do nosso trabalho de monitoramento, incidência política e denúncias a órgãos internacionais", escreve a Antra, que acrescenta que, em tentativa de suprir uma lacuna deixada pelo Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal decidiu, em junho de 2019, tratar os casos de transfobia com base na Lei nº 7.716/1989, na qual são tipificados os crimes de preconceito contra raça e cor.
Em nota, ao comentar os homicídios, a Antra antecipou respostas obtidas em entrevistas feitas para o projeto TransAção, de apoio a travestis e mulheres trans do Rio de Janeiro, a fim de elucidar como a suscetibilidade desse grupo populacional ocorre. A maioria (87,3%) das entrevistadas apontou como uma de suas principais necessidades a conquista de um emprego capaz de garantir seu próprio sustento. Além disso, 58,6% declararam pertencer ao grupo de risco de covid-19 e 94,8% que sofreram algum tipo de violência motivada por discriminação devido a sua identidade de gênero.
Ainda segundo a entidade, estima-se que cerca de 60% da população trans não conseguiu ter acesso ao auxílio emergencial concedido pelo governo federal ou benefício semelhante. Desenha-se, portanto, uma situação preocupante, tendo em vista que 29,3% das participantes do TransAção afirmaram sobreviver com uma renda média de até R$ 200; 39,7% com uma de valor entre R$ 200 e R$500; 27,6% com até um salário mínimo (R$1.045) e 3,4% com renda entre R$ 1.045 e R$ 3.135. Nenhuma delas declarou receber acima de três salários mínimos. Ou seja, mesmo quando têm uma fonte de recursos, a quantia é, majoritariamente, baixa, o que faz com que parte delas busquem ajuda de familiares, que, em alguns casos, as subjugam a agressões dentro da própria residência.
No comunicado, a Antra também destaca que não há, até o momento, levantamentos abrangentes sobre as dificuldades enfrentadas pela comunidade LGBTI+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, intersexo e outros) durante a crise sanitária, produzidos por iniciativa das diferentes esferas de governo. Para a Organização das Nações Unidas (ONU), os LGBTI+ estão entre as parcelas populacionais mais expostas à pandemia, motivo pelo qual, defende, se deve reivindicar aos governos políticas específicas de proteção social.
O diretor Lee Daniels revelou a dificuldade de tirar do papel um filme de super-herói gay. O cineasta, que foi indicado ao Oscar por Preciosa (2009) e fez sucesso na TV com a série Empire (2015-2020), disse em entrevista ao Insider que o fato de ser um diretor negro pode ter atrapalhado na hora de "vender" a proposta do filme para os estúdios de Hollywood.
"Eu estou tentando fazer um filme de super-heróis há um tempo. No auge de 'Empire', tentei fazer isso acontecer. Já falei com bastante gente sobre isso. Talvez um cineasta branco consiga fazer. Talvez eles peguem minha ideia e entreguem para um cara branco", disse Daniels.
As únicas super-heroínas da comunidade LGBTQ+ confirmadas nos filmes de super-heróis dos grandes estúdios até hoje apareceram em Deadpool 2 (2018), com o casal formado por Negasonic Teenage Warhead (Brianna Hildebrand) e Yukio (Shioli Katsune).
Segundo a Indie Wire, 80% dos diretores de cinema no estúdio são homens brancos, apesar dos homens brancos representarem apenas um terço da população dos EUA. No entanto, Daniels disse a Insider que ele não se intimida quando enfrenta resistência dos estúdios. Em vez disso, ele se concentra em fazer o trabalho sozinho.
"Qualquer coisa que eu queira fazer, eu mesmo faço. Não é como se eu confiasse em alguém para fazer um filme. Leva tempo. Eu aprendi. Nos meus 30 anos, eu estava frustrado, nos meus 40 anos. Mas o que quer que eu queira fazer, é será feito ", disse Daniels. "Essa é a jornada que eu tive como cineasta gay. Então, eu farei isso, mas do meu jeito e no meu tempo".
Quando soube que precisaria ser entubado por conta do agravamento da Covid-19, Alan Frank viu sua própria retrospectiva passar na sua mente. "Veio a minha vida inteira em frações de segundos", conta. Suas últimas palavras para o médico intensivista foram um pedido: "Você promete que vai fazer tudo que puder para me trazer de volta?".
Nos momentos que antecederam a sedação, o ex-integrante do grupo Polegar e hoje médico oftalmologista teve outro "diálogo". "No momento de tanta preocupação e dor cheguei a pensar no meu amigo querido Gugu (Liberato), que perdemos em novembro. Será que vou encontrar com meu amigo tão cedo?", lembra. "Eu pensava e conversava com ele: Gugu, eu sinto saudades, mas não está na hora da gente se encontrar. Me ajuda, eu preciso ficar mais tempo aqui. Eu tenho filhos pequenos para criar, tenho muita coisa para fazer aqui nessa vida ainda".
A partir daí Alan foi sedado. Seus pulmões estavam 80% comprometidos e a doença, descoberta cinco dias antes, em estágio avançado. Após exatas quatro semanas no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, ele foi liberado no último domingo, 28.
Em casa, ao lado da família, Alan detalhou à Marie Claire sua experiência, conta que recebeu um áudio de dona Maria do Céu (mãe de Gugu) ao acordar, e fala de seu maior medo: desamparar a família - ele é pai de Renan, de 23 anos, Nathan, de 21, e dos gêmeos Luca e Luigi, de sete - os caçulas frutos do relacionamento atual com a médica Fernanda Soglia. "Foram momentos muito difíceis, eu tinha muito medo de não rever a minha família, de não conseguir sair dali. Era um desespero muito grande".
Ele ainda faz um apelo a quem ainda não dá a devida importância à pandemia do coronavírus. "Pelo amor de Deus, não minimizem a Covid-19, a doença é gravíssima".
O baque do diagnóstico
No final da tarde do dia 25 de maio comecei a sentir uma leve dor de garganta, muita dor no corpo e uma tosse seca. No dia seguinte de manhã a dor de garganta tinha passado, a dor no corpo se intensificado e a tosse permanecido. Imaginei que poderia ser uma gripe, mas por prudência mandei cancelar meus atendimentos de consulta e cirurgia. Me dirigi ao Hospital Albert Einstein, onde eu faço parte do corpo clínico de oftalmologia e fiz o teste do coronavírus. No finalzinho da tarde já recebi o resultado positivo. Foi um baque pra mim, mas não imaginava que pudesse complicar tanto. Eu sou uma pessoa que se cuida bastante, tomo muitas vitaminas todos os dias, não tenho sobrepeso, diabetes ou pressão alta. Eu imaginava que seria um quadro leve como é pra muita gente. Procurei o meu pneumologista de confiança e comecei a me tratar em casa, mui piorando progressivamente. Eu sempre media a saturação em casa, até que no domingo estava bem abaixo do razoável e ele pediu para que eu fosse internado.
A ida à UTI
Fizeram a minha internação inicialmente na unidade semi-intensiva onde iniciei tratamento. Comecei a piorar muito tanto na parte respiratório como de tomografia. O doutor apareceu lá de madrugada muito preocupado com o protocolo para eu assinar a autorização para eu receber plasma de convalescente (o plasma com os anticorpos de pacientes que tiveram a doença). No modo que eu estava ali senti que estava quase morrendo, eu assinei, nem li o papel direito. Eu tive muita sorte, na mesma noite eu recebi duas bolsas de plasma, que eu acho que foi um grande diferencial no meu tratamento, porém o efeito máximo desse plasma é em torno de 48 horas. Quando deu 24 horas eu precisei ser transferido para a UTI e ser entubado. Esse momento foi um dos mais difíceis da minha vida. Eu estava lúcido, orientado, entendendo tudo que estava acontecendo. Eu perguntei se havia risco de eu não voltar ele falou que havia, mas que era muito pequeno porque eu era jovem e eu estava em um dos melhores hospitais do mundo. Na hora veio a minha vida inteira, em frações de segundos pela minha mente. Pensei muito na minha família, principalmente nos meus filhos pequenos gêmeos que são os mais jovens e são os que mais dependem de mim. Eu falava 'Deus, eu estou tão jovem, não está no momento de eu ir embora'. Foi uma coisa realmente muito muito muito forte. No momento de tanta preocupação, de tanta dor, cheguei a pensar até no meu amigo querido Gugu, que nós perdemos em novembro. Será que vou encontrar com meu amigo tão cedo? Eu pensava e conversava com ele: 'Gugu, eu sinto saudades, mas não está na hora da gente se encontrar. Me ajuda, eu preciso ficar mais tempo aqui. Eu tenho filhos pequenos para criar, tenho muita coisa pra fazer aqui nessa vida ainda'. O médico perguntou se podia entubar e eu disse 'só te peço uma coisa. Você promete que vai fazer tudo que você puder para me trazer de volta e me manter vivo?'. E ele falou 'isso a gente te promete'. Nesse momento eles me sedaram, como é protocolo, e eu não lembro mais de nada.
Reaprendendo a viver
Acordei depois de uma semana, minha garganta doía muito por causa do tubo. Parecia que eu estava meio no além, tinha umas luzes fortes na parede da UTI, uma TV grande com noticiários que só falavam de Covid. Pedi pra desligar. Lembro que as três primeiras noites lúcido depois que me desentubaram eu só chorava quase que o tempo todo, passei três noites acordado. Me sentia praticamente inválido, eu não tinha força nas pernas, não conseguia andar, não conseguia sequer escovar meus dentes, e me senti totalmente vulnerável. Eu precisava da ajuda de outras pessoas pra tudo. Aqueles funcionários pra mim eram os anjos que Deus colocou aqui na Terra pra cuidarem de mim. Depois de uns dias comecei a conseguir andar devagarinho apoiado em duas pessoas, depois eu fui evoluindo até o dia que eu conseguia ir quase sozinho ao banheiro. A fonoaudióloga começou a me ensinar a beber líquidos novamente, a comer. Foram momentos muito difíceis, eu tinha muito medo de não rever a minha família, de não rever meus filhos, de não conseguir sair dali, era um desespero muito grande. Quando eu acordei na UTI eu tinha furo em tudo que é canto. Foi muito doloroso. Chega num momento que você está tão vulnerável que você perde totalmente a vaidade, você perde o pudor, você não tem vergonha de ninguém. Qualquer um pode te dar banho, pode cuidar de você, você só pensa em sobreviver, em respirar novamente. Seu único desejo é respirar e viver. Você quer ficar bom e poder voltar para sua família e ficar perto das pessoas que você ama e que te amam.
Lições
Você começa a valorizar muito todos os funcionários, os da limpeza, os da enfermagem que me ajudavam, me davam banho no leito inicialmente com um paninho, os que faziam minha barba no leito, cuidavam de mim com tanto amor e carinho. Os médicos que fizeram de tudo para me manter vivo, os fisioterapeutas, a nutricionista. Todos foram muito importantes. desde o mais humilde até o PHD foram fundamentais na minha recuperação.
Outra grande lição é quanto nós somos frágeis, o quanto a vida é curta e o quanto as coisas materiais não valem nada. Eu estava ali naquele leito de hospital usando uma camisola cirúrgica. Quando eu pude voltar a usar uma roupa por mais simples que fosse, me senti uma pessoa tão abençoada. São pequenas coisas que você começa a dar mais valor. O primeiro dia que eu tomei um banho no chuveiro foi um banho sentado de chuveirinho, pra mim foi uma benção. Eu liguei pelo celular pra minha esposa para contar com um super sorriso, como se fosse a coisa mais preciosa do mundo. A gente percebe que a maior riqueza da nossa existência são os momentos. A vida passa muito rápido. Outra grande lição são os amigos. Muitos que se diziam amigos quando você está bem desaparecem nesse momento, e outros que você achava que nem eram tão amigos nos surpreendem e dão apoio fantástico para nossa família.
A volta pra casa
Foi emocionante. Eles prepararam a casa toda para me receber, encheram de bexigas, colocaram parabéns na parede, fizeram uma super festa. Tive que sentar na sala e jogar vídeo game com os dois, está uma delícia ficar com eles. Agora continuo fazendo fisioterapia respiratória e motora em casa, continuo com minha dieta balanceada porque desenvolvi pancreatite (inflamação no pâncreas) medicamentosa por conta de tantos medicamentos que eu tomei. Estou com anemia por conta do quadro infeccioso, mas está tudo melhorando pouco a pouco. Aliás, estou melhorando em uma velocidade bem superior ao que as pessoas imaginavam. Tenho me cuidado bastante porque não estou 100% ainda, diria que estou 90%, embora não tenha mais risco de passar pras pessoas porque já testei negativo.
Eu não tenho ideia de como contraí a doença, realmente acho que não foi no trabalho porque eu chegava a ser neurótico de tão cauteloso que eu era. Atendia com uma máscara que tem nível máximo de proteção, por cima colocava um face shield, que é aquela máscara transparente, usava touca cirúrgica, um jaleco comprido e fechado e trocava as luvas várias vezes durante a consulta. Uma suspeita minha é que tenha sido por comida delivery, nós tínhamos muito hábito de pedir comida em casa, mas não posso afirmar que foi assim.
"Sinal" de Gugu
Quando eu já estava lúcio, já na semi-intensiva de volta, eu recebi uma mensagem emocionante por whatsapp da mãe do Gugu, uma senhora com mais de 90 anos, que está passando uma das maiores dores que uma mãe pode passar que é a perda de um filho. A gente não mantinha contato há algum tempo. Ela me mandou um áudio dizendo que estava orando muito por mim, que estava ligando para avisar que eu ficaria bom, que eu voltaria pra casa. Foi uma coisa impressionante. Parece até que tem ligação uma coisa com a outra, né? Não sei se o fato de eu ter conversado com o Gugu pedindo pra ele, se ele intercedeu e fez com que a mãe me ligasse e desse esse recado... Para quem acredita, é uma passagem muito forte.
Apelo
Pelo amor de Deus, não minimizem a Covid-19, a doença é gravíssima. Realmente pra algumas pessoas de muita sorte ela vem de maneira suave, tenho colega médico que se contaminou e não teve nenhum sintoma, descobriu porque foi fazer o exame e viu que tinha os anticorpos. Meus filhos tiveram somente manchinhas na pele. Mas muitas pessoas complicam, e é muito grave, muitos morrem, muitos pais ficam sem filhos, muitos filhos ficam sem pais a doença com muitas pessoas é terrivelmente cruel. Eu cheguei muito pertinho da morte. Digo que não morri porque Deus não quis, porque tive muitas orações, muitas pessoas pedindo por mim, porque eu estava em um dos melhores hospitais do mundo, certamente fez a diferença. Mas cheguei muito próximo da morte, dá vontade de chorar de desespero, é uma doença muito triste. Tomem muito cuidado, ninguém tem bola de cristal, não tem como você saber se terá a forma leve ou se você vai ter a forma grave. O melhor que todos podem fazer é se cuidar, se prevenir ao máximo. Não brinquem, não achem que é coisa de política, ou coisa de mídia. É um milagre eu estar vivo, agradeço a Deus todos os dias, acredito que Ele tem um propósito maior pra mim e prometo fazer valer a pena essa nova chance que eu tive, considero que eu renasci, que eu tenho dois aniversários agora.
O Teint Couture City Balm foi uma ótima surpresa! É uma base leve, com boa cobertura (dá para ir adicionando camadas se você quiser uma cobertura maior), luminosidade na medida e, ainda, proteção contra poulição, luz azul (computadores, celular, tv, abajur...) e raios UV (FPS 25). Como hoje a gente sabe o tanto que a luz fria também faz mal à pele, não dá pra não pensar em aplicar uma proteção mesmo se for para ficar em casa. E o Teint se mostrou uma opção ótima para mim, porque além de proteger, deixa a pele com um acabamento natural, fresco, iluminado -- perfeito para reuniões ou chats online.
Curti muito. E como tenho um pouco de melasma na testa, acrescentei uma camada nessa região na hora de espalhar, para cobrir um pouco mais. Ele não pesa nem deixa marcado. Outros pontos positivos que encontrei: tem um cheirinho muuuito gostoso, a embalagem é compacta e superprática de aplicar e rende muito: uma pequena quantidade (uma gotinha) é suficiente para cobrir o rosto todo e conseguir um efeito clean. Por isso, acho que o preço vale bem à pena, já que além de ser uma maquiagem, é tratamento também, porque protege e ainda hidratada e combate os radicais livres, causadores do envelhecimento precoce da pele.
No primeiro semestre deste ano, 89 pessoas transgênero foram assassinadas no Brasil, quantidade que supera em 39% a registrada no mesmo período de 2019, de acordo com a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra). Para a entidade, os números escancaram como a omissão de autoridades governamentais tem contribuído para que estejam no centro de um contexto amplo de vulnerabilidade, que inclui agora efeitos da pandemia de Covid-19.
"Os dados não refletem exatamente a realidade da violência transfóbica em nosso país, uma vez que nossa metodologia de trabalho possui limitações de capturar apenas aquilo que de alguma maneira se torna visível. É provável que os números reais sejam bem superiores. Mesmo com essas limitações, os dados já demonstram que o Brasil vem passando por um processo de recrudescimento em relação à forma com que trata travestis, mulheres transexuais, homens trans, pessoas transmasculines e demais pessoas trans. O que reforça a importância do nosso trabalho de monitoramento, incidência política e denúncias a órgãos internacionais", escreve a Antra, que acrescenta que, em tentativa de suprir uma lacuna deixada pelo Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal decidiu, em junho de 2019, tratar os casos de transfobia com base na Lei nº 7.716/1989, na qual são tipificados os crimes de preconceito contra raça e cor.
Em nota, ao comentar os homicídios, a Antra antecipou respostas obtidas em entrevistas feitas para o projeto TransAção, de apoio a travestis e mulheres trans do Rio de Janeiro, a fim de elucidar como a suscetibilidade desse grupo populacional ocorre. A maioria (87,3%) das entrevistadas apontou como uma de suas principais necessidades a conquista de um emprego capaz de garantir seu próprio sustento. Além disso, 58,6% declararam pertencer ao grupo de risco de covid-19 e 94,8% que sofreram algum tipo de violência motivada por discriminação devido a sua identidade de gênero.
Ainda segundo a entidade, estima-se que cerca de 60% da população trans não conseguiu ter acesso ao auxílio emergencial concedido pelo governo federal ou benefício semelhante. Desenha-se, portanto, uma situação preocupante, tendo em vista que 29,3% das participantes do TransAção afirmaram sobreviver com uma renda média de até R$ 200; 39,7% com uma de valor entre R$ 200 e R$500; 27,6% com até um salário mínimo (R$1.045) e 3,4% com renda entre R$ 1.045 e R$ 3.135. Nenhuma delas declarou receber acima de três salários mínimos. Ou seja, mesmo quando têm uma fonte de recursos, a quantia é, majoritariamente, baixa, o que faz com que parte delas busquem ajuda de familiares, que, em alguns casos, as subjugam a agressões dentro da própria residência.
No comunicado, a Antra também destaca que não há, até o momento, levantamentos abrangentes sobre as dificuldades enfrentadas pela comunidade LGBTI+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, intersexo e outros) durante a crise sanitária, produzidos por iniciativa das diferentes esferas de governo. Para a Organização das Nações Unidas (ONU), os LGBTI+ estão entre as parcelas populacionais mais expostas à pandemia, motivo pelo qual, defende, se deve reivindicar aos governos políticas específicas de proteção social.
Silvero Pereira foi a convidado desta quarta-feira, 01, para uma live no Instagram da Marie Claire. O ator, diretor, autor e ativista começou o bate papo bem emocionado (literalmente). Ele tinha acabado de conversar com o cantor Edson Cordeiro, o qual confessou ter marcado sua adolescência. É que foi ouvindo um disco do artista que Silvero contou a um amigo que era gay.
“O Edson foi um dos primeiros CD’s que eu comprei e eu fui para um show dele com um amigo com o qual eu me abri sobre a minha sexualidade. Eu devia ter uns 17 anos... Isso foi há uns 20 anos atrás. Eu já estava em Fortaleza. Eu estava começando a entender sobre identidade de gênero. Estava ouvindo um disco dele com um amigo e ele olhou para mim e disse: "Acho que sou veado". E eu respondi: "Acho que eu também. Então, nós somos veados", revelou rindo.
Durante conversa com a editora de sociedade, Natacha Cortez, ele falou de alguns detalhes de sua infância e sobre sua sexualidade que começou a compreender anos mais tarde.
“Todas as minhas limitações eram diferentes. Elas tinham a ver com identidade de gênero. Eu olhava para masculino e feminino e não tinha identificação. Eu acho muito violento quando falam “este homem”. O lugar do homem nunca me representou absolutamente nada. Durante muito tempo, eu acreditei ser mulher. Nada do comportamento masculino que eu via no dia a dia, eu não me identificava com absolutamente nada. Eu olhava para minha irmã, minhas professoras e eu pensava: “Caramba, me pareço muito mais com elas”. Isso aos sete anos de idade”, disse.
Silvero ainda relembrou um momento de sua infância e contou pela primeira vez em uma entrevista. Ele revelou que aos oito anos de idade foi forçado a violentar uma menina para “provar sua masculinidade”. Além disso, falou que também foi violentado, no entanto, foi compreender a gravidade do que tinha acontecido, anos mais tarde.
“Eu fui estuprado aos 8 anos de idade. O rapaz já sabia sobre essa minha diferença e o ele me levou para o matagal. A pessoa era muito mais velha que eu e eu o e ele me violentou. Eu não tenho nenhum problema em falar sobre isso. Eu não entendia nada sobre sexo e relação sexual. Eu só fui entender o que aconteceu comigo, uns dois anos depois quando a informação sobre sexo, chegou a mim”. Ele emendou: “Eu nunca falei sobre isso antes... Eu fui obrigado a violentar uma menina. Existiam cinco, seis garotos no espaço onde eu estava e se eu não violentasse aquela menina, eles iriam me agredir. Essas violências todas foram muito fortes na minha cabeça”, ressaltou.
Atualmente sua família vive em sua cidade natal, Mombaça, no Ceará. Silvero conta que a relação com seu pai é uma “vitória”. “Meu pai é um bolsonarista. Mesmo tendo todas as discussões dentro de casa, ele voltou nele. Mas ele, finalmente entendeu essas situações do Brasil”, comemorou.
Ele continua dizendo: “Meu pai é uma vitória para mim. No meu aniversário, ele estava numa mesa, participando de uma reunião virtual, comemorando meu aniversário com um bolo com as cores LGBTQI+, com foto minha de homem e de mulher e decorado com um monte de frases positivas. A minha grande missão é educar o meu pai. Imagina para o meu pai que não teve informação para entender isso? Eu levei 35 anos”, disse.
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Atualmente, Pereira está solteiro. Ele assume que a companhia do gato, o Coral já é suficiente. Ele viveu um relacionamento de dez anos com o dramaturgo Rafael Barbosa com quem divide os cuidados do gato e do cachorro. “Eu estou sozinho. Estou com o meu gato, o Coral. Ele é a coisa mais fofa. Ele tem me feito companhia”.
Silvero ainda disse que durante a pandemia preferiu ficar sozinho e que desistiu de encontrar um amor nos aplicativos. “O sexo não é uma prioridade agora para mim e para as outras pessoas. Parei de usar os apps. As pessoas não acreditam eu sou eu, não rolava. Eu resolvi cancelar os aplicativos por questão de saúde. Eu me protejo, mas não sei qual é o lugar do outro. A gente não pode correr o risco de adoecer e não ter mais contato com as pessoas. O Instagram tem me ajudado bastante. Tem uma coisa muito interessante no Instagram... No meu aniversário, eu fiquei 4 horas online e vivendo o meu aniversário através disso. Foi muito afetuoso. Não foi do contato real, mas foi do virtual e eu fiquei muito feliz”, finalizou.
Lais Souza correu para suas rede sociais para celebrar três anos ao lado de Paula Alencar. A palestrante e ex-ginasta compartilhou uma homenagem a mulher com uma mensagem fofa.
"Três anos juntas!* Você é uma mulher excepcional! que traz a felicidade pra dentro de casa, é um prazer tão grande te chamar de vida e vivê-la com você...* Você sempre me faz rir fazendo palhaçada, é a melhor companhia do mundo pra mim. * Obrigada pela parceria, pela paciência e pelo amor que tem por mim. você é inspiradora!", dizia a legenda.
Ela ainda continua: "Que nunca nos falte saúde, paz, amor, família, amigos e carinho. * Pode contar comigo - e assim que eu me recuperar, me comprometo em recompensar todo cuidado com massagem a vida inteira e muito carinho em você!", finalizou.
A publicação atraiu a atenção dos seguidores que encheram de elogios. "Vocês são lindas! Tão companheiras!", escreveu uma fã. "Muitoooooo Amor. Lindas!", disse outra. "Deus abençoe a vida de vocês", publicou outra admiradora.
Atualmente, elas vivem em Vila Velha, no Espírito Santo.
Leonardo tranquilizou os fãs ao compartilhar um vídeo, nesta quarta-feira, 01, contando aos seguidores que seus filhos João Guilherme, o filho mais novo de 20 anos, Matheus, de 22, e o motorista, Tita, sofreram um acidente de carro e estão bem.
"Proteção de Deus! Estão todos bem. Obrigado por todo carinho", escreveu na legeda do vídeo.
"Estamos aqui na fazenda Talismã e como vocês já viram o acidente que teve com o s meninos. O Zé Felipe não estava, estavam o Leandrinho, meu sobrinho, filho do Leandro, o João Gulherme e o Tita que é o motorista. Esles estavam vindo para a fazenda ontem a noite e como tem 50 quilômetros de estrada de terra, de barro, como o pessoal fala, a estrada estava muito boa, mas as pontes, são aquelas feitas de madeira, bem sem vergonha", disse.
Ele continua: "O motorista, por ser um cara de cidade, de asfalto, passou direto em um local que passa muito caminhão e escoa muito grão, então, deu poeira e ele não viu e caiu dentro do córrego. Para a felicidade de todos nós, ele estava com pouca água e eles caíram de uma altura de 10 metros, com as quatro rodas para cima. Graças a Deus, os caminhoneiros ajudaram eles a sair do carro. E só o Leandrinho que teve uma luxação no pulso, mas está tudo certo. Muito obrigado, Brasil", finalizou.
O carro era blindado e todos os passageiros estavam usando cinto de segurança.
Uma enfermeira chamou a atenção por uma atitude inusitada. Rachel Taylor, de 22 anos, tinha acabado de sair da cerimonia de seu casamento com o seu marido Calvin, de 23 anos, em Minnesota, nos Estados Unidos.
No entanto, no caminho de sua nova casa, já a noite, eles se depararam com um acidente onde um carro e uma van bateram em uma ponte. Enquanto os ocupantes do acidente tentavam conversar, um terceiro veículo entrou em cena e colidiu com outros carros, aumentando a cena caótica e ferindo uma mulher chamada Tamara Peterson.
‘Vi algumas pessoas arrastando uma mulher para o lado da estrada. Pude ver um corte na perna direita. Acho que vi o osso dela '', contou Rachel em entrevita ao New York Times.
Calvin chegou a registrar o momento e compartilhou uma foto e a história do resgate em sua página no Facebook. Os instintos de enfermeira de Taylor entraram em ação e ainda usando seu vestido de noiva, ela correu para ajudar a mulher ferida. Ela arrastou para o lado da estrada e manteve calma até os paramédicos chegarem. Seu marido tirou uma foto da cena do resgate, onde um grupo de pessoas também é visto na calçada, cercando a mulher ferida.
"No nosso caminho de volta para nossa casa, depois de um dia incrível e bonito do casamento, literalmente a uma quadra da nossa nova casa, vimos um grande SUV colidir com outro acidente envolvendo outros três veículos. Quando paramos, vimos pessoas puxando uma mulher entre dois carros com um corte na perna que descia até o fêmur. Minha estrela do rock sai do carro, vestido de noiva e tudo, e corre para ajudar" , escreveu.
Uiara Cavalcanti compartilhou um desabafo em suas redes sociais. No texto, ela afirma que foi desligada do cargo de executiva de vendas internas, da Localiza Hertz, empresa de aluguéis de carros localizada em Belo Horizonte, depois que seu ex-chefe alegar que se relacionava com uma colega de trabalho.
Ela conta que foi chamada para ir à sede da Localiza trocar seu computador por um notebook, mas acabou surpreendida pela demissão.
"É com muito pesar que hoje (28/06) dia mundial do orgulho #LGBTQI, venho comunicar que fui demitida como Executiva de Vendas Internas, da maior locadora de veículos da América do Sul, a #LocalizaHertz, por um gerente completamente desinformado, homofóbico e injusto que demitiu duas funcionárias apenas para satisfazer seu preconceito. No último dia 06/05 ele me chamou na sede da #Localiza as 8:20h da manhã dizendo que eu precisaria trocar meu computador por um notebook que a empresa tinha comprado para mim, então eu fui", escreveu.
Ela continua: "Chegando lá não tinha nenhum notebook, ele apenas me pediu para assinar a minha rescisão contratual e devolver o meu crachá sob o argumento de que eu tinha um relacionamento “gay” (homoafetivo) com outra funcionária, que aliás, também foi demitida. Ele nos disse que não aceitaria esse tipo de coisa, segundo as palavras dele: “Poderia ser até o Neymar da equipe que esse tipo de coisa ele não toleraria”. Ele também nos disse que estávamos sendo vigiadas 24 horas dentro e fora da empresa, ele enviou uma outra funcionária na casa que eu dividia com a minha colega de trabalho, para saber onde dormíamos e verificar se realmente existiam dois quartos na casa. Ele disse ainda, que não poderíamos acusá-lo de preconceito porque ele é negro, o que para mim também é uma fala totalmente racista. A menção ao nome do jogador @Neymar é porque eu tinha excelentes resultados e era uma das melhores do time dele, mas isto não foi o suficiente para que eu continuasse fazendo parte da equipe #sangueverde", lamentou.
Ela ainda resaltou que o relacionamento não existe. "Esclareço que esse suposto relacionamento não existe, somos apenas amigas. Ainda que existisse não consigo admitir que a Localiza, que tanto se orgulha de ser uma das melhores empresas para se trabalhar no país, podia concordar com esse tratamento desigual por motivo desqualificante e injusto, que implicou nas nossas demissões", falou.
Uiaria ainda diz: "Diante disto, decidimos tornar o caso conhecido para a diretoria executiva da #Localiza, uma vez que este gerente fez tudo de forma bem discreta dentro da empresa, mesmo com orientação do diretor de não demitir nenhum Executivo de Vendas Interno porque são os profissionais que colocariam os carros de volta nas ruas durante e pós pandemia, inclusive o diretor nos disse para ficarmos despreocupados que não haveria demissões no setor e que até estava pensando em dobrar a equipe para acelerar este processo. O caso passou a ser auditado pelo Compliance, e nós queríamos que a Localiza como uma empresa inclusiva e cidadã pudesse reparar essas injustiças e que nos devolvesse nossos empregos, mas esta auditoria foi feita pelos próprios funcionários da empresa, demorando quase 40 dias. No último dia 16/06 tive um retorno do auditor juntamente com o gerente de RH de que não encontraram indícios de discriminação, mas não souberam justificar as demissões. Limitaram-se a dizer que eram solidários com a causa e se desculparam, disseram ainda que os nossos relatos serviriam para que o gerente fosse orientado sobre a sua conduta. Este retorno não me surpreendeu tanto porque este gerente é homem, hétero com 13 anos de casa e amigo de todos por lá", publicou.
No Brasil, a pandemia tem gerado impactos recordes. Entre os números avassaladores, estão os que calculam seu estrago econômico. As maiores vítimas dele, como mostram as pesquisas, são as mulheres. A mais recente versão da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua (Pnadc) mostrou que cerca de 7 milhões de mulheres abandonaram o mercado de trabalho já na primeira quinzena de março, quando foi iniciada a quarentena.
O número de homens na mesma situação de desemprego, considerando o mesmo período, é de aproximadamente 5 milhões. De acordo com o pesquisador Marcos Hecksher, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), é a primeira vez nos últimos três anos que a maioria das mulheres está fora da força de trabalho (que considera quem está trabalhando ou procurando emprego). "Além das que perderam o emprego, muitas não conseguiram voltar a tentar a recolocação. E a estatística é formada majoritariamente por mulheres negras, de baixa renda”, afirma.
A boa notícia, no entanto, vem do futuro. Pesquisadores de tendências e profissionais da área de recursos humanos que conversaram com Marie Claire apontam pontos determinantes para a retomada de carreira ou maneiras de se reinventar. O melhor? Habilidades tradicionalmente atribuídas às mulheres tendem a ser mais valorizadas. A seguir, as tendências que devem ganhar corpo nos próximos meses.
ACT LOCAL THINK GLOBAL
“No ambiente corporativo principalmente, é fato que a pandemia veio acelerar movimentos que já estavam em curso”, afirma Ligia Zotini, pesquisadora de futuro e fundadora da consultoria Voicers. Para ela, o trabalho remoto e o maior equilíbrio entre vida profissional e pessoal são os exemplos mais óbvios desta constatação. “Desde 2012, com o advento da internet móvel, já se tornou possível trabalhar remotamente e ali começamos a ver novos empregos e negócios nascendo”. Ainda assim, muitas corporações se mostravam resistentes ao homeoffice. Porém, não apenas pelas exigências de isolamento, mas pela experiência vivida pelos funcionários, Ligia acredita que trabalhar de casa será uma realidade e um anseio para muitos, mesmo depois que a pandemia estiver controlada. “Toda uma força de trabalho descobriu que é possível manter performance e resultado, sem necessariamente cumprir horários fabris. O mundo deixou de seguir o relógio industrial e continuou rodando”.
Também para Andrea Cruz, CEO da SERH1 Consultoria, a busca por uma equação menos desigual no tempo dedicado ao trabalho e à vida pessoal já vinha acontecendo, capitaneada principalmente pelas novas gerações. “As pessoas passaram a procurar empresas que proporcionassem não apenas um trabalho, mas a possibilidade de contribuir para todo um ecossistema do qual elas fazem parte”, explica. “E, independente do gênero e área, já percebíamos questionamentos mais profundos sobre valores e propósito na hora de tomar as decisões de carreira”, diz Andrea.
Analisando habilidades profissionais, outra tendência pré-pandemia que se cristalizou no contexto atual e prevalecerá no futuro foi a relevância das chamadas soft skills, como empatia, resiliência e flexibilidade, sobretudo nas funções de liderança. Mais atribuídas a mulheres e às gestões femininas, essas capacidades somadas e um olhar mais humano passaram a ter o mesmo peso de capacidades técnicas antes mais valorizadas.
PROTAGONISMO INÉDITO
“Mulheres têm uma vantagem competitiva absurda, sem sombra de dúvidas, com tudo que está acontecendo”, acredita Andrea Cruz. A explicação, diz a socióloga Maria Arminda do Nascimento Arruda, diretora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP e coordenadora do Escritório USP Mulheres, está nas construções históricas de como a mulher se lança ao mercado de trabalho e na vida pública ainda nos primórdios. “Não fomos exatamente preparadas para trabalhar fora. Começamos a acumular funções nos pós guerras, quando o papel da mulher deixou de ser apenas de cuidadora do lar e dos filhos”, conta. “E aí, ela se lançou a esses desafios e não teve outra escolha que não se adaptar e dar conta”. De acordo com a socióloga, este é considerado o início de uma série de rupturas sociais e de comportamento, que culminam na formação da personalidade moderna. E, consequentemente, mais aberta a inovações, mudanças e reorganizações de vida – habilidades que se fazem obrigatórias no contexto atual, seja dentro de casa ou no trabalho.
Para esta possibilidade, talvez inédita, de se ampliar o protagonismo feminino, conta também a maior percepção da carga mental por parte de parceiros e de empregadores, o chamado trabalho invisível, que inclui afazeres domésticos e de atenção à família. No Brasil, as mulheres gastam quatro vezes mais tempo em tarefas domésticas e de cuidados com idosos, crianças e doentes do que os homens. O tema é, inclusive, alvo de campanha recém lançada pelo Escritório USP Mulheres alinhada às recomendações da ONU Mulheres na pandemia. Com as maiores instituições – família, educação e trabalho – acontecendo dentro de casa, a divisão de responsabilidades tende a ser mais igualitária, reduzindo a sobrecarga feminina.
PROFISSIONAL DO FUTURO
São cinco as características essenciais já exigidas no cenário atual, e mandatórias no futuro do trabalho.
1. Empatia;
2. Resiliência;
3. Adaptabilidade;
4. Desapego dos modelos passados;
5. A “cereja do bolo”, como aponta Andrea Cruz, consciência coletiva.
“Muitas coisas caem por terra a partir de agora. Precisamos insistir menos na perfeição e estar mais tolerantes aos erros para ter agilidade nas correções de rota”, afirma ela, que atua como consultora e coaching tanto para empresas, quanto para profissionais que buscam orientar a carreira de maneira autônoma. “É fundamental ainda estar aberto genuinamente ao novo, investir no aprendizado contínuo e aplicar suas experiências não apenas em prol do desenvolvimento individual ou da sua empresa, mas para um legado coletivo”.
Não é possível afirmar que carreiras podem desaparecer, mas alguns perfis profissionais perdem espaço. Diretora de recursos humanos da Alcon, multinacional de dispositivos médicos para saúde ocular, Tatiana Libbos acredita que para líderes que necessitem do controle extremo, com funcionários atuando o tempo todo presencialmente como nos moldes passados, não haverá mais lugar. O mesmo vale para quem tem dificuldade em atuar de forma mais colaborativa “O que vivemos nos últimos meses já modificou crenças e paradigmas de forma definitiva”, afirma a executiva.
Head do Linkedin no Brasil, Ana Claudia Plihal corrobora com a colocação de Tatiana. “Muitos gestores, anteriormente absolutamente descrentes da produtividade no modelo de trabalho remoto, se convenceram de que ele é viável e até conveniente em determinadas posições”, afirma ela. Esta também é uma mudança que pode ajudar algumas classes de mulheres a ingressar no mercado de trabalho, que agora têm maior chance de conciliar o horário de trabalho com o cuidado dos filhos.
UMA PUXA A OUTRA
Ganhar protagonismo traz uma responsabilidade adicional para aquelas que avançarem. “É necessário olhar para as mulheres que estão dando passos para trás, porque isso está acontecendo. E este compromisso com as outras é esperado principalmente daquelas que já estão na liderança”, alerta a professora Maria Arminda. Segundo Ana Claudia, é real a possibilidade de muito do progresso que foi alcançado nos últimos anos, quando observamos a carreira feminina, se perder tanto pelo impacto de longo prazo da pandemia, quanto pela diminuição da importância das ações de paridade de gênero nas empresas.
Para Andrea Cruz, cabe às corporações ter flexibilidade para gerar oportunidades. “Essas são palavras-chave que vão determinar o resultado lá na frente. Empresas precisarão rever modelos de trabalho e formas de contratação. Será que é preciso inglês fluente para toda posição, por exemplo?”, pondera. “A pergunta central será: o que pode ser flexibilizado para contribuir com a queda do desemprego, e consequentemente, um ecossistema mais equilibrado?"
Michael Rosen, que tem mais 140 livros infantis publicados, revelou que quase morreu devido ao novo coronavírus.
De acordo com o jornal britânico The Sun, ele passou sete semanas em coma em um hospital depois de ficar doente em março deste ano. "Meu sistema respiratório estava comprometido, além do meu fígado e dos rins. Também perdi a visão do olho esquerdo e a audição do ouvido esquerda. Por isso, me sinto um pouco torto. Fraco e torto".
O autor, que está com 74 anos, se emocionou ao falar do apoio que recebeu de sua família que ficou no hospital sem saber se ele se recuperaria. "Fiquei muito emocionado. As pessoas apenas estavam ali. As imagens da internação ficam vindo em minha mente, não são um pesadeo, mas aparecem de forema recorrente. Não sei o que fazer, não consigo me livrar".