1. Cabeça
“Sou rainha do bloco de carnaval Põe na Quentinha, do Rio. É a minha coroa deste ano”
2. Cadeira
“A primeira versão dela, que rasgou, tinha sido encapada pelo [artista plástico] Felipe Morozini. Troquei o tecido, mas mantive o estilo tropical”
3. Estante
“Eu mesma desenhei para guardar livros, bebidas e objetos. Misturei canos e madeira, um estilo urban rustic”
4. Vitrola
“Comprei em Nova York e fui para o Empire State ver o pôr do sol. Foi a maior confusão para subir com ela”
5. Panteão Hindu
“Garimpei entre 13 cidades que visitei na Índia, em 2018. A viagem mudou meu jeito de cozinhar”
6. Oscar
“Minha filha, Valentina, de 9 anos, trouxe de uma viagem para a Disney. É de melhor mãe do mundo”
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Era dia dos pais de 2004 em uma escola particular na zona oeste de São Paulo. O diretor de audiovisual Alexandre Mortagua, de agora 24 anos, tinha apenas 9 e se preparava para uma apresentação em homenagem à data. Ele e os alunos da 3ª série cantariam “Por você”, de Frejat, apontando para os respectivos pais quando chegasse o refrão. Naquele momento, Alexandre esticou os braços em direção à mãe, a então modelo Christina Mortagua. “Lembro de cantar apontando para ela em meio a mil pais. Não sei se era a única criança a fazer isso, mas o sentimento era de que sim”, diz ele, que na época já não convivia com o pai há pelo menos quatro anos.
Hoje, Alexandre consegue refletir com clareza sobre os impactos do abandono paterno em sua saúde emocional. “Não posso negar que aos 6, 7 anos, e até ontem talvez, me senti menos amado e até um peso para as pessoas. Ser rejeitado por meu pai mexeu com a minha autoestima em diferentes fases e episódios da vida.”
O diretor até tem o nome do pai nos documentos, mas precisou da Justiça para conseguir isso. Em 1997, quando ele tinha 2 anos, a mãe entrou com um pedido do reconhecimento da paternidade do filho. O embate, que durou ao menos um ano e envolveu um teste de DNA e cobertura da imprensa, deu a ela e ao menino a vitória. A partir dali, Edmundo, “o Animal”, na época um dos maiores atacantes do futebol nacional, passou a ser oficialmente pai de Alexandre. Antes disso, o jogador negava o filho e evitou qualquer contato com ele.
Depois disso, houve tentativas de aproximação que não deram em nada. Alexandre e Edmundo nunca tiveram de fato uma relação de filho e pai. “Desse tempo, entre meus 2 e 5 anos, tenho raras lembranças dos contatos com ele. Eu era muito pequeno e foram mesmo poucas as vezes que nos vimos. Não demorava e ele logo se afastava de novo e de novo”, conta Alexandre, que na adolescência entrou em outro embate judicial com Edmundo, dessa vez para continuar recebendo a pensão que o pai lhe devia, garantida nos tribunais até seus 23 anos.
Pois foi na tentativa de transgredir a própria história que ele decidiu filmar Todos Nós 5 Milhões, um híbrido de documentário e ficção que joga luz sobre os efeitos causados pela ausência de um pai. “Gosto de pensar que tratei a minha dor com minhas próprias ferramentas.” No primeiro longa-metragem que Alexandre produziu, há depoimentos de crianças abandonadas, mães solo e pais omissos, mas também “uma investigação muito egoica sobre mim mesmo”, explica. Sobre o processo de reinventar a falta, ele acredita: “Não existe vácuo no universo. Você tem um buraco e ele vai ser preenchido por alguma coisa. O filme fala sobre o que preenche esse buraco. Fiz 28 entrevistas com filhos, mães, pais e todos que ficam em volta disso. Tudo para investigar os núcleos familiares que se formam a partir da negligência paterna”. O filme será publicado na íntegra no canal O Baile, no YouTube, no próximo dia dos pais.
Dados do Conselho Nacional de Justiça com base no Censo Escolar de 2011 mostram que há 5,5 milhões de crianças matriculadas no sistema educacional brasileiro, público ou privado, sem o nome do pai na certidão de nascimento. É quase 11% do total de matriculados naquele ano. Um outro dado vai ao encontro desse: entre 2005 e 2015, o Brasil ganhou 1,1 milhão de famílias chefiadas por mães solo. Segundo a doutora em sociologia e pesquisadora da Universidade de Brasília Ana Liési Thurler, o abandono paterno é uma característica de nossa sociedade. “Se considerarmos a formação da sociedade brasileira, com colonialismo e escravatura, dominação, opressão e estupros, creio que sim, o abandono paterno é também uma marca nossa. Veja só: na Copa de Mundo de 2018, seis entre os 11 jogadores titulares eram filhos de mãe solo”, afirma a pesquisadora, que também é autora do livro Em Nome da Mãe: o Não-Reconhecimento Paterno no Brasil (ed. Mulheres, 366 págs.), publicado em 2009.
Dedicada ao estudo do tema desde então, ela assegura que nunca foram publicados dados sobre essa questão no Brasil. “Mesmo o IBGE não inclui essas informações entre a riqueza de dados que vem produzindo. Apesar de sermos uma sociedade patriarcal – ou por isso mesmo –, fica uma pergunta: quem é o pai brasileiro? Sabemos tudo sobre a mãe brasileira e nada sobre o pai.”
Ela ainda chama a atenção para outra faceta do abandono paterno: a maternidade compulsória. “Em nosso país, é crescente o número de lares sob responsabilidade das mulheres, com crianças e adolescentes sob os cuidados delas. A exclusividade é agravada pelas desigualdades salariais, desfavoráveis às mães, e pela carência de equipamentos coletivos, como creches. Isso tem muito a ver com nossa cultura, que modelou o padrão de masculinidade que se tornou hegemônico – tóxica, violenta, descomprometida com cuidados –, ao lado da modelagem de uma mulher cuidadora – das crianças e de todos: doentes, velhos, portadores de deficiência, encarcerados. Os homens sabem que podem sair de cena, pois as mães se desdobram e, de algum modo, darão conta.”
SUMIU SEM EXPLICAÇÕES
O projetista industrial Paulo Miranda, 37, buscou seu pai incansavelmente dos 11 aos 18 anos. Perguntou para familiares e desconhecidos, bateu de porta em porta, visitou lugares onde ele fora visto, até que o reencontrou, já vivendo em uma cidade vizinha. É que Paulo conviveu com o pai até os 11 anos e desenvolveu uma relação de afeto e vínculo, até o dia em que ele “sumiu sem explicações”, o que fez com que o projetista deletasse a maior parte das memórias que construiu com ele até então. Na época, os dois viviam na mesma casa em João Monlevade, interior de Minas Gerais, e formavam uma família junto com a mãe e a irmã mais nova do menino. Até onde o projetista se lembra, a relação entre os dois era amorosa e tinha “todos as características de uma relação entre um pai e um filho”.
Com o abandono, Paulo também teve uma mudança brusca de personalidade. “Minha mãe conta que, do dia para noite, deixei de ser um garoto espontâneo e divertido para me tornar alguém introspectivo e medroso”, diz. E, apesar do reencontro aos 18 – que se deu por pura insistência da parte de Paulo e nenhum interesse da parte do pai, que se mostrou frio e distante –, ele não conseguiu recuperar o vínculo. “Ele é o cara que sei onde mora e mais nada. Paramos de nos falar e ele constituiu uma nova família.”
Quando adulto, o fantasma da falta paterna voltou a assombrá-lo. “Casei, tive dois filhos, que têm 11 e 6 anos, e meu maior medo era me afastar deles por qualquer motivo que fosse. Acabei me separando da minha esposa e entrei em crise por causa das crianças. Receava repetir a atitude de meu pai.” Nesse momento, Paulo sentiu a necessidade de discutir suas dores. Especialmente para conseguir lidar com o divórcio e a aflição em relação a separação física que precisaria encarar com as crianças. Por acaso, ele começou a ler um site, Papo de Homem, no qual encontrou textos que tratavam das questões pelas quais estava passando. “Pela primeira vez ouvia falar sobre abandono paterno de uma forma honesta. Isso abriu o mundo para mim”, conta.
Também por causa do site, Paulo acabou participando de uma roda de conversa sobre masculinidades tóxicas. Comportamentos machistas, violências, omissões, opressões, medos: tudo foi discutido e o fez chorar como criança. Em outubro do ano passado, ele quis começar suas próprias rodas. “Queria que outros homens pudessem ter contato com sentimentos muito profundos assim como tive. Falar com eles sobre o que havia acontecido comigo foi meu remédio. Ouvi-los falar de suas dores é a continuação de meu tratamento”, diz. Atualmente, em Belo Horizonte, ele divide seu tempo entre as rodas, o emprego e a paternidade – sua prioridade “indisputável”. “A relação que tenho com meus filhos é a melhor que poderia ter. Todo o processo pelo qual passei foi fundamental para aprender a ser presente e feliz por isso.”
O abandono paterno já é tema costumeiro de disputas judiciais nos tribunais brasileiros. Em 2015, um juiz de Ribeirão Preto, no estado de São Paulo, condenou um pai a indenizar em R$ 100 mil o filho por danos morais. O menino relatou ter sido tratado com frieza durante toda a vida e que a ausência da figura paterna lhe havia causado sofrimento. Essa é uma das muitas decisões judiciais sobre abandono afetivo. “O tema, porém, não é regulamentado por nenhuma lei no Brasil e não tem consenso no meio jurídico, o que justifica decisões tão diversas acerca de um mesmo assunto”, esclarece a advogada especialista em direito de família Julia Drummond. Julia ainda diz que os amparos legais que temos encontram respaldo na Constituição Federal, no Código Civil e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “Usamos esses tratados para defendermos as responsabilidades no âmbito das relações familiares.”
A HERANÇA NÃO É FATÍDICA
Segundo Ana Olmos, psicoterapeuta especialista em crianças, adolescentes e famílias, não é regra que o abandono de um pai signifique o infortúnio de um filho. “É verdade que a função paterna, assim como a materna, é fundamental para o desenvolvimento de uma criança. Mas é verdade também que ela não precisa obrigatoriamente ser exercida pelo pai. Outros personagens, familiares, amigos, um parceiro ou até parceira da mãe, por exemplo, conseguem fazer isso”, afirma ela, que continua, “função paterna pressupõe muito mais do que a simples presença masculina na criação. É sobre colocar limites, intermediar a relação mãe e filho, ser ponte entre o mundo interno e a realidade externa da criança.”
A propósito, a psicoterapeuta garante que nem mesmo os homens rejeitados pelo pais na infância – como os ouvidos nesta reportagem – teriam maiores chances de repetir o abandono. “Há sempre esperança para mães e filhos deixados, e ela não precisa estar no retorno do pai. É possível construir a vida com saúde e afeto sem contar com o arrependimento de uma figura paterna que decidiu partir”, completa.
Enquanto Alexandre e Paulo orquestraram uma espécie de “tratamento” a partir de trabalhos autorais, o médico Wagner Hernandez lidou com a ausência do pai sem sequer planejar. É que de todas as faltas que um pai pode fazer a um filho, apenas uma o marcou profundamente: a que se dava no dia dos pais na escola primária. “Se houve um momento em que não ter um pai foi irreparável, esse foi o meu. Isso de ter que escrever cartinha de presente e eu não ter o destinatário como tinham meus amiguinhos, mexia comigo, mesmo que por algumas horas”, lembra ele, que garante, “em nenhuma outra situação foi um problema.”
Wagner, que hoje tem 40 anos, nasceu, cresceu e tocou a vida com louvor, tendo na mãe, e na comunidade que a cercava – os avós maternos e dois tios homens, irmãos de sua mãe –, os amparos e os limites que precisava. Nunca chegou a conhecer o pai. Nunca quis sequer procurá-lo. Não por carência, nem por história, nem por curiosidade, nem mesmo para ter o nome do genitor em seus documentos. Em sua certidão de nascimento e no R.G., por exemplo, consta apenas o nome de Ângela, a mãe. Quando lhe perguntam sobre seu pai, Wagner costuma responder que tudo o que sabe é que ele foi um amigo com quem a mãe teve um caso de uma noite apenas e que, quando procurado, recusou-se veemente a assumir a gravidez de Ângela. O obstetra também tem a informação de que o pai morreu há alguns anos.
A vida, ele diz, o levou para a faculdade de medicina, e depois para a obstetrícia e para a ginecologia, áreas em que acabou se especializando. Já são 17 anos de profissão e mais de 3 mil partos realizados. Ele também se apaixonou, casou e teve com a esposa, Luciana, um filho, agora com 7 anos. O combo profissão e paternidade trouxeram, em “doses homeopáticas e sutis”, uma nova consciência sobre sua própria história, inspirada pelas trajetórias das gestantes solos e, muitas vezes solitárias, que acompanhou.
Wagner entendeu, inclusive, os encargos com os quais a mãe teve de arcar durante sua criação. “Ela abriu mão de novos relacionamentos por ser mãe solteira. Naquele tempo, a sociedade não perdoava mulheres com esse perfil. Sei ainda que dedicou tempo, dinheiro e energia comigo, e que por isso precisou renunciar a vaidades e prazeres. Se cheguei bem até aqui, o feito é dela.”
Assistente de fotografia: Fábio Xavier; Agradecimento: Centro de Referência da Juventude
Faz algum tempo que o universo das tendências comportamentais, seja na moda, seja na decoração, se volta aos tons suaves. Em 2019, vimos desabrochar o coral previsto pela Pantene como cor do ano; antes, o rosa millenial e o lilás haviam sido indicados como tons preponderantes. Para 2020, o bureau de tendências WGSN apontou o neo mint, ou verde menta, como aposta certeira.
Para além da continuidade no gradiente pastel, o verde menta é representativo de diversos movimentos contemporâneos. Ao mesmo tempo em que se evoca elementos da ciência e tecnologia, mantém sua conexão com a natureza, diálogo essencial se pensarmos na forma em que processamos, consumimos e descartamos aquilo que produzimos. O verde menta também consegue ser representativa da dualidade feminino/masculino de forma neutra e sem estereótipos.
E, claro: a tonalidade verde menta tem também um apelo estético determinante. Fica lindo com branco, com azul marinho, com prateado, com jeans e com seja lá o que for que sua imaginação mandar. Combinações com cartelas pastel também são boas ideias. A seguir, sete ideias de looks com verde menta para aderir já:
Vimos o skincare bombar, a rotina coreana subir brutalmente nas buscas e as brasileiras investirem em novos produtos para a pele. Junto a isso, vimos também que o excesso ou uso equivocado de produtos pode acarretar uma série de prejuízos para a cútis, como excesso de oleosidade, cravos, espinhas, ressecamento, descamação e vermelhidão. Para pensar numa rotina que faça sentido para você, eis aqui sete exageros que podem trazer problemas para pele e cabelo.
Muita máscara capilar
Os cremes são essenciais para manter o cabelo saudável - cronograma capilar que o diga! Porém, conforme explica o dermatologista Jardis Volpe, “o uso frequente e em excesso de máscaras capilares pode tornar o seu cabelo pesado e sem brilho. O produto pode acabar se acumulando nos fios, tornando-os rígidos, opacos e quebradiços.” Além disso, as máscaras capilares devem ser aplicadas apenas da metade dos fios até as pontas.
Lavar em excesso (overwashing)
Você acha que lavar seu rosto muitas vezes vai acabar com a oleosidade da sua pele? Errado! A dermatologista Kédima Nassif conta que “lavar mais do que duas por dia pode alterar a barreira de proteção da pele e gerar tanto ressecamento como aumento da produção de oleosidade.” Uma pele suscetível ao ressecamento gera aumento na produção de oleosidade, como uma reação do organismo para compensa, completa a médica.
Esfoliar demais
Assim como o overwashing, a esfoliação excessiva para pele oleosa tem efeito rebote: ressecamento. “Em peles secas, o tecido pode ficar avermelhado ou sensível, pois ocorre a retirada do manto lipídico natural de proteção e defesa do tecido, que mantém a microbiota natural”, afirma a dermatologista Claudia Marçal. A médica explica ainda que os esfoliantes faciais devem ser aplicados com massagens suaves na pele preferencialmente à noite, após a limpeza; e, de modo geral, não devem conter substâncias abrasivas em excesso, que arranhem a pele e que estejam em alta concentração, para não provocar microfissuras, ou feridas que desequilibrem a integridade da barreira cutânea e facilitem a proliferação de micro-organismos que causam a perda da homeostase, levando a processos de dermatites e eczemas.
Usar muitos produtos em sequência
Usar um creme em cima do outro não vai fazer milagres na sua pele. “Com relação aos cremes de tratamento, o anti-idade, o hidratante e o fotoprotetor estão entre os produtos realmente necessários para sua pele facial. Rotinas de beleza que incluem muitos produtos podem causar grandes problemas, como a dificuldade de penetração de um ingrediente e o fechamento dos poros”, explica Jardis. Além disso, ao usar muitos produtos de maneira aleatória, há uma grande chance de cair em um erro de incompatibilidade química, o que anula o efeito do cosmético. “Por exemplo, existe uma preocupação de misturar o peróxido de benzoíla (medicamento antiacne) com o retinol, porque o peróxido de benzoíla é um potente oxidante e o ácido retinoico sofre ação de oxidação, tornando-se inativo”, afirma o farmacêutico Lucas Portilho, pesquisador em Cosmetologia e diretor da Consulfarma. “Quando você faz um tratamento orientado por dermatologista, a ação anti-idade pode ser adicionada ao hidratante no mesmo produto, e o médico ficará atento aos ativos”, afirma ele.
Não consultar um profissional antes de escolher um produto
Se você é do tipo que adora brinde, amostra grátis e presente, e logo incorpora um novo cosmético à rotina mesmo sem entender suas propriedades, esse pode ser um erro. “Incluir na rotina um produto que serviu na pele da amiga sem consultar o seu dermatologista é um exagero que pode alterar o equilíbrio do Ph e da microbiota da pele”, afirma Jardis.
Nutrientes demais (sem necessidade)
É claro que os nutrientes exercem papel fundamental na saúde e beleza da pele. Porém, a ingestão em demasia e desnecessária pode acarretar efeitos indesejados. “Excesso de vitamina A pode causar perda de cabelo e dos cílios, além de ressecar a pele”, diz a dermatologista Claudia Marçal. Alimentos ricos em fibras são essenciais para a boa saúde da pele, mas consumidos em excesso podem levar à prisão de ventre e desidratação. Como contamos aqui, as proteínas do leite têm como contrapartida o incentivo à produção de oleosidade.
Lixar os pés
Evite o uso de lixa ao esfoliar os pés. “Quanto mais agressivo for o quadro de esfoliação, maior será o efeito rebote produzido pela pele. Num primeiro momento, perde-se a capacidade natural de autoproteção, tirando não só o estrato córneo excessivo, como o natural que protege os pés, permitindo a entrada de fungos e bactérias”, afirma Claudia Marçal. Deve-se usar esfoliantes à base de cremes ou esfoliantes com microesfera em óleos. “Pode-se usar sal grosso, numa emulsão com óleos naturais, ou mistura de açúcar com mel para fazer a esfoliação, que deve ser realizada em movimentos circulares e na região do dorso e planta dos pés e logo depois um bom creme hidratante à base de lanolina, vaselina, nutriomega 3, 6, 7 e 9, manteiga de karité, Vitamina E, Pro Vitamina B5 e ureia”, finaliza a especialista.
Todo mundo passa a vida tentando fugir dos clichês, mas descobre que muitos deles fazem parte da presença do ser humano na Terra. Foi assim que Rainer Cadete descobriu que “um pai nasce somente quando o filho chega ao mundo”. Ele conta que quando viu Pietro, hoje com 12 anos, pela primeira vez, experimentou um mix de sentimentos que se misturavam entre amor, querer bem e uma sensação de pertencer mais ao mundo.
“Só conheci isso olhando no olho do meu filho, mas nunca tive medo da paternidade. Tenho medo do país e do mundo que estamos deixando para nossos filhos, isso sim. O medo que eu tenho não me paralisa, me movimenta, me faz querer cuidar melhor do mundo, de mim, me faz ter mais consciência das minhas escolhas e responsabilidades”, conta.
A maternidade é romantizada desde os livros aos depoimentos das mães, mas tem crescido o número de mulheres (inclusive famosas) que desmistificam essa magia. Contudo, o ator diz que não faz parte deste time e acredita que ser pai é ser romântico sempre.
“Como não sorrir frente às primeiras palavras balbuciadas pelo seu filho ou se desmanchar com os primeiros passos que ele dê em sua direção? Em verdade, a paternidade e a maternidade são a base do romance sim. O que talvez esteja sendo desconstruído seja o conceito de que tudo é harmônico em uma família. Dá muito trabalho ser pai, ser mãe, ser amigo. Enfim, para que a semente floresça, precisamos cultivá-la. E os filhos sabem disso, eles estão atentos não só ao tempo que a eles destinamos, mas à qualidade deste tempo.”
O garoto é fruto do relacionamento que Rainer teve com a ex-bailarina do Domingão do FaustãoAline Alves, mas os dois não estão mais juntos há muito tempo. Isso não significa que eles romperam os laços de amizade e o ator dá uma aula de civilidade quando o assunto é a mãe de seu filho.
“Isso é possível com respeito e gratidão. Como não ser grato a alguém que me deu o bem mais precioso de minha existência, meu filho, Pietro? É fundamental que haja respeito. Nunca a excluí de nenhuma decisão ou momento importante da vida de nosso filho. Costumo dizer que o principal, em qualquer situação, é mantermos a harmonia. Nem falo de bem ou mal, mas de manter as coisas fluidas para a energia que importa, que abraça, que acolhe, que una ao invés de dividir”, salienta.
Seu maior exemplo como pai veio da mãe, Ronalda, que foi um pilar na família Cadete. Ele conta que a matriarca era uma verdadeira leoa na defesa de suas crias, uma mulher dedicada e batalhadora e que aprendeu que “a família é o bem indivisível”. Hoje, no papel de criar um ser humano, ele se orgulha da cumplicidade que construiu com seu filho, tal como tinha com a mãe.
“Tento mostrar para meu filho que nada é apenas o que parece ser e que precisamos compreender que a finalidade de nossa existência não está restrita a nós mesmos. Essa pluralidade e diversidade de sentidos e possibilidades na vida do Pietro é algo que me dá muito orgulho.”
Agora que Pietro está entrando na fase da adolescência, o ator poderia pensar em se redescobrir como pai e encomendar mais um herdeiro, mas prefere não levar adiante este plano e já consegue prever que será um avô ainda mais babão.
“Por enquanto não penso em ser pai novamente. Na verdade, sinto que o ápice de minha coexistência é a existência do Pietro. Quem sabe eu participe de minha próxima geração. Serei um avô ou bisavô conectado e coruja”, se diverte.
No dia 1º de maio, Sabrina Petraglia deu à luz Gael, semanas antes do previsto. Primeiro filho da atriz com o engenheiro Ramón Velásquez, ficou internado 19 dias na UTI Neonatal, em São Paulo.
"Os primeiros dias de maternidade foram uma surpresa porque ele nasceu de oito meses. Ficou 19 dias na UTI e eu só consegui pegá-lo no colo no décimo. Achei que estava vivendo um pesadelo. Era uma sequência: o primeiro passo era colocar a touca e a máscara, e lavar as mãos. Depois colocava uma roupa especial para tirar o leite, que também não era fácil, pois não tinha contado com ele. Então, o leite não descia com facilidade. Não desejo para ninguém, os bebês são muito frágeis. Gael não estava conseguindo respirar direito, teve que ser entubado", relembrou em entrevista exclusiva à Marie Claire.
Confira o bate-papo sobre os três primeiros meses de Gael:
Marie Claire: Depois de 19 dias na UTI, você descobriu que o bebê tinha alergia. Como foi isso?
Sabrina Petraglia: Ele teve alergia da proteína do leite de vaca. Chegamos em casa, fui trocar fralda na madrugada e tinha sangue. Me apavorei. Falei com a pediatra que disse que era alergia, pois dois dias antes, tinha voltado a ingerir proteína. Antes, estava fazendo dieta a base de arroz, feijão, salada, nada de glúten e bastante chá por causa da prematuridade dele. Parei de novo e, exatamente um mês depois, o sangue estancou. Agora, ele está com 4.390 kg e nasceu com 2.880 kg.
Você demorou dez dias para conseguir pegar Gael no colo. O que sentiu no momento em que recebeu aval dos médicos?
Uma eletricidade correu através do meu corpo. Era o amor que estava correndo em mim. Comecei a tremer dos pés à cabeça. Chorei um choro novo. O combinado era só pegar no colo, mas ele se encaixou no peito tão naturalmente e o leite, que tinha dificuldade em sair, assim que sentiu a pegada dele, desceu. Ele ainda estava com sonda e cateter, que era por onde se alimentava. Antes da amamentação, ele não estava evoluindo. Dava dois passos e voltava um. Com isso, acabou saindo do aparelho respiratório e começou a melhorar.
Quantos quilos já perdeu depois do nascimento?
Eu engordei 11 kg, no total, e já perdi 10 kg. A amamentação é algo poderoso.
Vimos nas redes sociais que você voltou a malhar.
Sim, brinco que o Gael é o meu pesinho exclusivo. Estou fazendo exercícios físicos com acompanhamento médico, com o aval da pediatra, ginecologista e da minha consultora de amamentação. Duas vezes por semana, eu treino pilates e estou fazendo um exercício especial voltado para as novas mamães para perder a barriga.
O que mudou na sua vida depois do nascimento do primeiro filho?
Virei gente grande mesmo. É uma responsabilidade imensa, é uma vida muito frágil. Posso dizer que evoluí anos em poucos dias.
Você e o Ramón pretendem ter outro filho ou vão parar por aqui?
O engraçado é que eu nunca fui uma mulher que queria ter filhos e, agora, eu quero mais. Quero ter mais filhos, sim.
Anitta revelou aos fãs um perrengue que passou na tarde desta quarta-feira em Portugal. Ela, que havia dormido apenas duas horas, tomou vários copos de energético para se manter acordada já que a agenda do dia previa 16 entrevistas e um encontro com 150 fãs para fotos individuais antes do show.
O resultado: Anitta ficou com dor de barriga durante uma entrevista. "Eu parei a entrevista e disse: moça, pelo amor de Deus, eu preciso muito ir ao banheiro, eu estou quase morrendo. Eu estava fazendo a entrevista prendendo o músculo", contou ela às gargalhadas em vídeo com Pedro Scooby.
"Chegou no banheiro eram três cabines, eu pedi pro segurança: 'segura aí para ninguém chegar'. Aí o outro (Scooby) estava na cabine e falou: é você, amor? Também estou 'cagando'. É o cúmulo da intimidade. Ficou os dois 'cagando', um do lado do outro", divertiu-se a cantora (veja os vídeos abaixo).
Nesta quinta-feira Anitta conhecerá os filhos do namorado - Dom, Bem e Liz. As crianças, frutos do casamento do surfista com Luana Piovani, viajarão com eles para a Califórnia.
Modeloplus size há 16 anos, Flúvia Lacerda começou agora a se aventurar em outras searas além dos desfiles e campanhas. Aos 39 anos, depois de publicar, em 2017, o livro “Gorda não é palavrão: como ser feliz gostando do seu corpo como ele”, ela está prestes a lançar sua marca de moda praia e acessórios.
E não pense que diversificar a carreira tem a ver com qualquer falha ou desgaste: ela é um marco na moda brasileira e foi, por muitos anos, chamada de “a Gisele Bündchen do plus size”, até que conquistou seu lugar ao sol e passou a ser reconhecida. Fotografada para veículos nacionais e internacionais, Flúvia entrou na carreira por acaso, e é consciente de que teve uma rara oportunidade. “Sei que fui uma das poucas que conseguiu chegar a esse patamar. A verdade é que há pouco mercado para sustentar modelos que exerçam a profissão em tempo integral. Eu estava no lugar certo, na hora certa e com o nível de talento e discernimento suficientes para ascender”, analisa.
O mercado nacional
O exemplo mais recente do sucesso como modelo é que Flúvia estrela, ao lado de outras cinco profissionais brasileiras (Agnes Nunes, Ana Claudia Michels, Débora Nascimento, Thaila Ayala e Samantha Schmutz) a campanha Verão 2020 da Arezzo, fotografada por Nicole Heiniger. De volta ao Brasil depois de morar anos em Nova York, nos Estados Unidos, Flúvia conta que recebeu o convite com surpresa: “Pulei da cadeira, não conseguia acreditar. É um sonho concretizado.”
Afinal, ela luta há mais de uma década pela profissionalização do nicho plus size.“Hoje sinto uma imensa felicidade em ver que o quadro mudou drasticamente. O mercado evoluiu muito e, apesar de ainda ter um longo caminho a percorrer até atingir o nível que existe em outros países, vejo que estamos na direção certa”, declara.
Quanto ao caminho que ainda temos de percorrer, a modelo aponta “a falta de profissionalização do setor, que ainda é imensa”, além da “falta de interesse de agências de alto calibre em moldar carreiras de novas meninas, exigir cachês mais justos e, acima de tudo, pagar modelos em janelas de tempo corretas.”
Em consonância com a campanha fotografada para a Arezzo, que põe em foco a força da união feminina, Flúvia conta que, durante seu percurso, “as mulheres ao meu redor que não se viam representadas e que vivem na pele todas as dores e perdas causadas pelas gordofobia foram meu combustível.”
Sobre autoaceitação
Em relação às situações de preconceito que enfrentou - e segue enfrentando - Flúvia é assertiva: “Penso que se há tempo para exercitar o preconceito, há tempo para se educar e sair dele. Não vejo razões para desperdiçar minhas energias e inteligência batendo de frente com pessoas que optam por estacionar na estagnação moral.”
Ela conta, ainda, que não houve um processo para se aceitar. “Sempre fez parte da minha natureza ter essa independência de pensamento, essa forma positiva de lidar com meu corpo e uma rejeição quase que absoluta ao sistema que lucra em cima de nos fazer infelizes. Jamais entendi porque deveria viver em guerra com meu corpo”, afirma. Quanto à propagação de mensagens empoderadoras, Flúvia dá a dica: “Adoraria ter meu próprio programa para falar sobre moda sob um novo ângulo.”
Todo mundo passa a vida tentando fugir dos clichês, mas descobre que muitos deles fazem parte da presença do ser humano na Terra. Foi assim que Rainer Cadete descobriu que “um pai nasce somente quando o filho chega ao mundo”. Ele conta que quando viu Pietro, hoje com 12 anos, pela primeira vez, experimentou um mix de sentimentos que se misturavam entre amor, querer bem e uma sensação de pertencer mais ao mundo.
“Só conheci isso olhando no olho do meu filho, mas nunca tive medo da paternidade. Tenho medo do país e do mundo que estamos deixando para nossos filhos, isso sim. O medo que eu tenho não me paralisa, me movimenta, me faz querer cuidar melhor do mundo, de mim, me faz ter mais consciência das minhas escolhas e responsabilidades”, conta.
A maternidade é romantizada desde os livros aos depoimentos das mães, mas tem crescido o número de mulheres (inclusive famosas) que desmistificam essa magia. Contudo, o ator diz que não faz parte deste time e acredita que ser pai é ser romântico sempre.
“Como não sorrir frente às primeiras palavras balbuciadas pelo seu filho ou se desmanchar com os primeiros passos que ele dê em sua direção? Em verdade, a paternidade e a maternidade são a base do romance sim. O que talvez esteja sendo desconstruído seja o conceito de que tudo é harmônico em uma família. Dá muito trabalho ser pai, ser mãe, ser amigo. Enfim, para que a semente floresça, precisamos cultivá-la. E os filhos sabem disso, eles estão atentos não só ao tempo que a eles destinamos, mas à qualidade deste tempo.”
O garoto é fruto do relacionamento que Rainer teve com a ex-bailarina do Domingão do FaustãoAline Alves, mas os dois não estão mais juntos há muito tempo. Isso não significa que eles romperam os laços de amizade e o ator dá uma aula de civilidade quando o assunto é a mãe de seu filho.
“Isso é possível com respeito e gratidão. Como não ser grato a alguém que me deu o bem mais precioso de minha existência, meu filho, Pietro? É fundamental que haja respeito. Nunca a excluí de nenhuma decisão ou momento importante da vida de nosso filho. Costumo dizer que o principal, em qualquer situação, é mantermos a harmonia. Nem falo de bem ou mal, mas de manter as coisas fluidas para a energia que importa, que abraça, que acolhe, que una ao invés de dividir”, salienta.
Seu maior exemplo como pai veio da mãe, Ronalda, que foi um pilar na família Cadete. Ele conta que a matriarca era uma verdadeira leoa na defesa de suas crias, uma mulher dedicada e batalhadora e que aprendeu que “a família é o bem indivisível”. Hoje, no papel de criar um ser humano, ele se orgulha da cumplicidade que construiu com seu filho, tal como tinha com a mãe.
“Tento mostrar para meu filho que nada é apenas o que parece ser e que precisamos compreender que a finalidade de nossa existência não está restrita a nós mesmos. Essa pluralidade e diversidade de sentidos e possibilidades na vida do Pietro é algo que me dá muito orgulho.”
Agora que Pietro está entrando na fase da adolescência, o ator poderia pensar em se redescobrir como pai e encomendar mais um herdeiro, mas prefere não levar adiante este plano e já consegue prever que será um avô ainda mais babão.
“Por enquanto não penso em ser pai novamente. Na verdade, sinto que o ápice de minha coexistência é a existência do Pietro. Quem sabe eu participe de minha próxima geração. Serei um avô ou bisavô conectado e coruja”, se diverte.
No dia 1º de maio, Sabrina Petraglia deu à luz Gael, semanas antes do previsto. Primeiro filho da atriz com o engenheiro Ramón Velásquez, ficou internado 19 dias na UTI Neonatal, em São Paulo.
"Os primeiros dias de maternidade foram uma surpresa porque ele nasceu de oito meses. Ficou 19 dias na UTI e eu só consegui pegá-lo no colo no décimo. Achei que estava vivendo um pesadelo. Era uma sequência: o primeiro passo era colocar a touca e a máscara, e lavar as mãos. Depois colocava uma roupa especial para tirar o leite, que também não era fácil, pois não tinha contado com ele. Então, o leite não descia com facilidade. Não desejo para ninguém, os bebês são muito frágeis. Gael não estava conseguindo respirar direito, teve que ser entubado", relembrou em entrevista exclusiva à Marie Claire.
Confira o bate-papo sobre os três primeiros meses de Gael:
Marie Claire: Depois de 19 dias na UTI, você descobriu que o bebê tinha alergia. Como foi isso?
Sabrina Petraglia: Ele teve alergia da proteína do leite de vaca. Chegamos em casa, fui trocar fralda na madrugada e tinha sangue. Me apavorei. Falei com a pediatra que disse que era alergia, pois dois dias antes, tinha voltado a ingerir proteína. Antes, estava fazendo dieta a base de arroz, feijão, salada, nada de glúten e bastante chá por causa da prematuridade dele. Parei de novo e, exatamente um mês depois, o sangue estancou. Agora, ele está com 4.390 kg e nasceu com 2.880 kg.
Você demorou dez dias para conseguir pegar Gael no colo. O que sentiu no momento em que recebeu aval dos médicos?
Uma eletricidade correu através do meu corpo. Era o amor que estava correndo em mim. Comecei a tremer dos pés à cabeça. Chorei um choro novo. O combinado era só pegar no colo, mas ele se encaixou no peito tão naturalmente e o leite, que tinha dificuldade em sair, assim que sentiu a pegada dele, desceu. Ele ainda estava com sonda e cateter, que era por onde se alimentava. Antes da amamentação, ele não estava evoluindo. Dava dois passos e voltava um. Com isso, acabou saindo do aparelho respiratório e começou a melhorar.
Quantos quilos já perdeu depois do nascimento?
Eu engordei 11 kg, no total, e já perdi 10 kg. A amamentação é algo poderoso.
Vimos nas redes sociais que você voltou a malhar.
Sim, brinco que o Gael é o meu pesinho exclusivo. Estou fazendo exercícios físicos com acompanhamento médico, com o aval da pediatra, ginecologista e da minha consultora de amamentação. Duas vezes por semana, eu treino pilates e estou fazendo um exercício especial voltado para as novas mamães para perder a barriga.
O que mudou na sua vida depois do nascimento do primeiro filho?
Virei gente grande mesmo. É uma responsabilidade imensa, é uma vida muito frágil. Posso dizer que evoluí anos em poucos dias.
Você e o Ramón pretendem ter outro filho ou vão parar por aqui?
O engraçado é que eu nunca fui uma mulher que queria ter filhos e, agora, eu quero mais. Quero ter mais filhos, sim.
Filho de Karina Bacchi, Enrico ganhou vários presentes por seu aniversário de 2 anos nesta quinta-feira (8) ao comemorar a data especial. Agradecendo o carinho dos amigos e familiares em seu perfil no Instagram, a modelo mostrou algumas declarações apaixonadas e ainda as lembrancinhas que ele recebeu.
Entre os presentes de Enrico, estava um tênis de grife para compor os lookinhos do menino. O sapato é da Gucci, com estampa da logomarca e listras em tons de verde escuro e vermelho. O calçado para criança está disponível na internet por R$ 1,8 mil e o presente foi dado pela madrinha coruja, Ticiane Pinheiro. "Obrigada, madrinha", escreveu a mulher de Amaury Nunes na legenda de publicação.
O Padre Fábio de Melo compartilhou em seu perfil no Twitter na manhã desta sexta-feira (9) que vai abandonar a rede social. Famoso na internet, com 7 milhões seguidores na plataforma e 15,5 milhões no Instagram, Fábio afirmou que ficará offline pelas acusações e julgamentos que recebeu recentemente.
"Meus queridos, vou ficando por aqui. Tenho uma saúde emocional a ser cuidada. Sei o quanto já provei a solidão provocada pela depressão, pelo pânico. Tomar remédios só faz sentido quando evitamos os gatilhos dos desconfortos. Este lugar deixou de ser saudável pra mim. Obrigado!", anunciou o padre.
Tudo começou na quarta-feira (8), quando Fábio comentou sobre a "saidinha" dos presídios em datas comemorativas. "Não entendo de leis, mas a 'saidinha' deveria ser permitida somente no dia de finados. Para que visitassem os túmulos dos que eles mataram", opinou o padre.
Fábio foi criticado por seu posicionamento e, por isso, decidiu abandonar a rede social e se justificou: "Nunca tive dificuldade com as diferenças. Aliás, o meu ministério sempre foi exercido entre elas. Mas a dialética, um dos movimentos que nos permitem o acesso à verdade, vem gradativamente sendo substituída por acusações e julgamentos", disse.
"O Twitter sempre foi um lugar de encontro. A Àgora dos nossos tempos. O ponto de reunião improváveis. Falei e fiquei amigo de quem não passaria na porta da minha igreja. Foi bom. Desde ontem, quando expressei minha indignação sobre a “saidinha”, estou sendo acusado de justiceiro, desonesto, desinformado, canalha e outros nomes impublicáveis. Só reitero. Já atuei na pastoral carcerária. Sei sobre a necessidade da ressocialização dos presos. Eu apenas salientei sobre a justiça não ser capaz de preservar, para os que sofrem suas perdas, o simbolismo das datas, libertando os responsáveis pelas mortes de seus entes queridos. Só isso. Agradeço muito o carinho que sempre recebi aqui. Eu me divertia muito com vocês. Obrigado pelos amigos que fiz. Rezem por mim", afirmou o padre.
Com o crescimento das famílias adeptas a alimentação vegana, os tradicionais almoços de Dia dos pais ganharam novas versões. E a boa notícia é: dá para elaborar, da entrada até a sobremesa, pratos especiais, deliciosos e com gostinho de quero mais!
A nutricionista Ale Luglio indica algumas receitas com o N.ovo, um mix em pó à base de ervilha (uma proteína vegetal bastante rica), da Ovos Mantiqueira. Ele é indicado não só para vegetarianos estritos, mas também para quem possui alergia ou é intolerante ao alimento.
Que tal experimentar receitinhas veganas e impressionar a família nessa data especial? Confira as receitas:
Torta Salgada de Cogumelos:
Ingredientes:
3 scoops N.OVO
500g cogumelos variados
1 cebola
2 dentes de alho
1 xícara alho poró picado
2 xícaras berinjela em cubos
Salsinha a gosto
Cebolinha a gosto
1 colher de chá de cúrcuma em pó
Sal a gosto
1 e ½ xícara de farinha de trigo integral
1 colher de sopa de suco de limão ou vinagre de maçã
1 colher de café de bicarbonato de sódio
1 xícara de água
1/3 de xícara de azeite + 2 colheres de sopa para refogar
Modo de preparo:
1. Em uma frigideira aqueça duas colheres de sopa de azeite, grelhe a berinjela, cebola e cogumelos, quando estiver tudo bem dourado, adicione o alho-poró e alho.
2. Em uma tigela misture o refogado, o limão, a farinha, o azeite, a água, as ervas, sal, cúrcuma e o N.Ovo. Misture bem e adicione o bicarbonato.
3. Coloque em uma assadeira untada com farinha de trigo e azeite e leve ao forno pré-aquecido a 180C. Asse por 45 minutos, ou até firmar e dourar.
Bolo de Fubá:
Ingredientes:
2 xícaras de fubá
1 xícara de farinha de trigo
3 colheres de sopa de polvilho
2 scoops N.OVO
2 e ½ xícaras de água
1 xícara açúcar demerara
½ xícara de óleo de girassol
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
1 colher de sopa de vinagre de maçã ou arroz
1 pitada de sal marinho
Modo de preparo:
1. Em uma tigela misture o fubá, a farinha de trigo, o polvilho, a água, o óleo, o vinagre e o sal. Misture bem e deixe descansar 5 minutos.
2. Misture o bicarbonato e o N.Ovo. Mexa com cuidado e coloque em uma assadeira untada com óleo e fubá.
3. Asse em forno pré-aquecido a 180C por cerca 40 minutos ou até assar.
Bolo de chocolate com brigadeiro
Ingredientes:
2 xícaras de farinha de trigo
1 e ½ xícara de água
1/3 de xícara de óleo de girassol
2 scoops N.OVO
½ xícara de cacau em pó
1 xícara de açúcar mascavo
1 colher de sopa de vinagre de maçã
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
2 xícaras de brigadeiro vegano ou convencional
Modo de preparo:
1. Em uma tigela coloque a farinha, a água, o óleo, o vinagre, o cacau, o açúcar e misture bem. Adicione o bicarbonato e o N.Ovo, misture bem e transfira para uma forma untada.
2. Leve ao forno pré-aquecido a 180C e asse por 40 minutos ou até passar no teste do palito. É só espetar um palito, garfo ou faca até o fundo do bolo, se estiver sequinho o bolo estará pronto.
3. Espalhe por cima do bolo a sua receita preferida de brigadeiro mole e sirva.
As intenções são as melhores, mas na prática ainda é preciso fazer muito para que mais executivas ocupem cargos de liderança nas empresas que atuam no Brasil. É o que mostra a pesquisa “Mulheres na Liderança” realizada pelo Instituto Ipsos em parceria com os jornais Valor Econômico, O Globo, as revistas Época e Marie Claire e a ONG Will (Women in Leadership in LatinAmerica) apresentada ontem em São Paulo.
Os dados mostram que 52% dos CEOs dizem que o tema é prioritário em suas agendas mas somente 26% das empresas que responderam ao questionário têm uma área dedicada à equidade de gênero. A boa notícia é que 52% delas são “empresas cidadãs”, ou seja, dão licença maternidade de 6 meses para mulheres e licença paternidade de 20 dias para homens. Além disso, 42% delas permitem que pais e mães que retornaram da licença possam ter horários flexíveis.
“Notamos que há um interesse do alto escalão das empresas nesse tema. Mas isso precisa ser transformado em políticas efetivas e eficientes. Muitos programas não estão produzindo um resultado positivo. A gente quer auxiliar as empresas a mudar os números”, disse a presidente da Will, Silvia Fazio, durante a cerimônia que reconheceu as empresas com as melhores práticas de inclusão de mulheres na liderança em 22 setores da economia. O evento foi realizado com apoio da Delloite, Ambev e Braskem.
Foi justamente por notar que o tema estava pautando o discurso dos altos executivos que a diretora de redação do Valor, Vera Brandimarte, decidiu se juntar a Will e ao Ipsos no ano passado. “Nos últimos anos, a gente começou a perceber que muitos presidentes de empresas passaram a falar da preocupação da contratação de equipe com diversidade, de equidade de gênero, com um discurso muito amarrado, entre outros objetivos da governança corporativa como compliance. A gente tinha curiosidade: até que ponto isso é retórica e o quanto está incorporado nas empresas?”. Na sua fala, Vera lembrou que a desigualdade está também retratada na premiação “Executivos de Valor”, que reconhece os melhores profissionais do mercado pelo jornal. “Em 19 anos foram premiados 153 homens e apenas oito mulheres”, disse a jornalista ao apresentar o evento.
Para chegar ao resultado, 165 grandes companhias que atuam no Brasil, nacionais e multinacionais, responderam ao questionário formulado pela Ipsos. Todo o material está reunido em um especial, a revista Valor Carreira, que passa a circular nesta segunda –feira. Abaixo, os vencedores por categoria.
Destaque geral: Schneider Eletric
Destaque Nacional: Braskem
Agronegocio: Cargil
Alimentos e Bebidas: Diageo
Automotivo: Bosch
Consultoria: Kpmg
Cosméticos e Higiene Pessoal: Avon
Educação: Anima
Energia: Exxon Mobil
Farmaceutico: Bristol-meyers Squibb
Construção: lafarge-holcim
Instituição Financeira: Paypal
Jurídico: Mattos Filho
Química e Petroquímica: White Martins
Seguros, previdência e capitalização: Zurich Santander
Logo que Pedro Alves se apresentou para a imprensa no lançamento da atual temporada de Malhação - Toda Forma de Amar, não titubeou nem por um segundo em esconder sua sexualidade e falou a verdade imediatamente. O intérprete de Guga, que é gay, conta que é bissexual na vida real e explica porque abriu o jogo em universo dos atores em que isso ainda é um tabu.
"Eu disse a verdade porque foi o que me pareceu mais justo. Se eu estou fazendo um personagem que consegue, de certa forma, mudar algo na visão do público, preciso primeiro passar a ser a mudança que quero para a sociedade. Acho que as pessoas ainda não entendem muito isso. Para elas, ou é um ou é outro. Eu enxergo o ser humano como um só, um indivíduo. O sexo é só a forma material que a alma toma", detalha.
Ele diz que tem recebido mensagens em suas redes sociais de pessoas gays e bissexuais que não conseguem se libertar do preconceito que vivem na sociedade e, muitas vezes, dentro de casa.
"Recebo inúmeras mensagens e acho que cada caso é um caso. Eu não posso aconselhar qual é a melhor forma de se assumir porque cada família é estruturada de uma forma diferente. Mas sempre recomendo ir por um lado que não seja do enfrentamento", salienta.
A repercussão do momento em que seu personagem assume sua sexualidade na ficção também causou uma boa repercussão. Pedro comenta que este era um momento bastante esperado e, por isso, começou a receber mais mensagens, carinho e admiração do público.
"A recepção do público tem sido muito boa! Ainda não fui afetado pelo preconceito em relação ao Guga. Acho que as pessoas estão sensibilizadas com a história dele. Sempre sou parado nas ruas e as pessoas são sempre muito carinhosas comigo. Saio de casa sabendo que vão ficar me olhando, mas não acho isso ruim. Receber carinho é muito bom!"
Machismo tóxico
Pedro viveu dos oito até os 19 anos de idade na Bélgica com sua mãe e seus irmãos e hoje, aos 26, analisa que nunca sentiu o machismo na sociedade belga como percebe aqui no Brasil. Ele lembra que os homens de lá são mais sensíveis e menos preconceituosos.
"O homem francês e belga, por exemplo, são mais delicados, mais antenados na moda, menos diretos com a mulheres. Lá, homens se beijam ao se cumprimentar. Se você perceber, nos filmes franceses o homem não precisa se autoafirmar. Ele não precisa passar a imagem de machão criada e associada à masculinidade no Brasil. Isso gera uma imagem poética e delicada que, por aqui, por vezes, é confundida com homosexualidade", descreve.
Quando voltou à sua terra natal, o ator conta que descobriu “o Brasil que corria em seu sangue” e, assim, põde entender verdadeiramente suas raízes.
"Acho que o Rio tem um sorriso próprio que eu carrego comigo. Uma vibração mais alegre que é parecida com as cores do samba que me fizeram recuperar aqueles passos que eu dava ao desfilar com sete anos de idade, descalço, sambando pelas ruas de Santa Teresa, enquanto meu pai tocava na bateria. Recuperando essas origens que havia perdido. Contudo, tive minhas decepções: o poder público ineficiente, o jeitinho carioca de burlar as regras, o machismo...", enumera.
Ele acredita que o Brasil precisa aprender que a justiça tem de ser justa e não uma falácia criada quando necessário. Pedro pontua que quando isso acontecer, o restante vai seguir seu rumo.
"Vamos entender que educação é cultura, que o governo precisa ser para todos, incluindo questões sobre minorias, e que o jeitinho brasileiro não nos levará ao caminho da evolução."
Anitta revelou aos fãs um perrengue que passou na tarde desta quarta-feira em Portugal. Ela, que havia dormido apenas duas horas, tomou vários copos de energético para se manter acordada já que a agenda do dia previa 16 entrevistas e um encontro com 150 fãs para fotos individuais antes do show.
O resultado: Anitta ficou com dor de barriga durante uma entrevista. "Eu parei a entrevista e disse: moça, pelo amor de Deus, eu preciso muito ir ao banheiro, eu estou quase morrendo. Eu estava fazendo a entrevista prendendo o músculo", contou ela às gargalhadas em vídeo com Pedro Scooby.
"Chegou no banheiro eram três cabines, eu pedi pro segurança: 'segura aí para ninguém chegar'. Aí o outro (Scooby) estava na cabine e falou: é você, amor? Também estou 'cagando'. É o cúmulo da intimidade. Ficou os dois 'cagando', um do lado do outro", divertiu-se a cantora (veja os vídeos abaixo).
Nesta quinta-feira Anitta conhecerá os filhos do namorado - Dom, Bem e Liz. As crianças, frutos do casamento do surfista com Luana Piovani, viajarão com eles para a Califórnia.
Modeloplus size há 16 anos, Flúvia Lacerda começou agora a se aventurar em outras searas além dos desfiles e campanhas. Aos 39 anos, depois de publicar, em 2017, o livro “Gorda não é palavrão: como ser feliz gostando do seu corpo como ele”, ela está prestes a lançar sua marca de moda praia e acessórios.
E não pense que diversificar a carreira tem a ver com qualquer falha ou desgaste: ela é um marco na moda brasileira e foi, por muitos anos, chamada de “a Gisele Bündchen do plus size”, até que conquistou seu lugar ao sol e passou a ser reconhecida. Fotografada para veículos nacionais e internacionais, Flúvia entrou na carreira por acaso, e é consciente de que teve uma rara oportunidade. “Sei que fui uma das poucas que conseguiu chegar a esse patamar. A verdade é que há pouco mercado para sustentar modelos que exerçam a profissão em tempo integral. Eu estava no lugar certo, na hora certa e com o nível de talento e discernimento suficientes para ascender”, analisa.
O mercado nacional
O exemplo mais recente do sucesso como modelo é que Flúvia estrela, ao lado de outras cinco profissionais brasileiras (Agnes Nunes, Ana Claudia Michels, Débora Nascimento, Thaila Ayala e Samantha Schmutz) a campanha Verão 2020 da Arezzo, fotografada por Nicole Heiniger. De volta ao Brasil depois de morar anos em Nova York, nos Estados Unidos, Flúvia conta que recebeu o convite com surpresa: “Pulei da cadeira, não conseguia acreditar. É um sonho concretizado.”
Afinal, ela luta há mais de uma década pela profissionalização do nicho plus size.“Hoje sinto uma imensa felicidade em ver que o quadro mudou drasticamente. O mercado evoluiu muito e, apesar de ainda ter um longo caminho a percorrer até atingir o nível que existe em outros países, vejo que estamos na direção certa”, declara.
Quanto ao caminho que ainda temos de percorrer, a modelo aponta “a falta de profissionalização do setor, que ainda é imensa”, além da “falta de interesse de agências de alto calibre em moldar carreiras de novas meninas, exigir cachês mais justos e, acima de tudo, pagar modelos em janelas de tempo corretas.”
Em consonância com a campanha fotografada para a Arezzo, que põe em foco a força da união feminina, Flúvia conta que, durante seu percurso, “as mulheres ao meu redor que não se viam representadas e que vivem na pele todas as dores e perdas causadas pelas gordofobia foram meu combustível.”
Sobre autoaceitação
Em relação às situações de preconceito que enfrentou - e segue enfrentando - Flúvia é assertiva: “Penso que se há tempo para exercitar o preconceito, há tempo para se educar e sair dele. Não vejo razões para desperdiçar minhas energias e inteligência batendo de frente com pessoas que optam por estacionar na estagnação moral.”
Ela conta, ainda, que não houve um processo para se aceitar. “Sempre fez parte da minha natureza ter essa independência de pensamento, essa forma positiva de lidar com meu corpo e uma rejeição quase que absoluta ao sistema que lucra em cima de nos fazer infelizes. Jamais entendi porque deveria viver em guerra com meu corpo”, afirma. Quanto à propagação de mensagens empoderadoras, Flúvia dá a dica: “Adoraria ter meu próprio programa para falar sobre moda sob um novo ângulo.”
Em viagem de trabalho, uma amiga mandou no Whats a seguinte mensagem: “Gente! Vcs não têm ideia do meu grupo!! São uns dez héteros que ficam o tempo todo fazendo piadas infames com voz de Silvio Santos”. “Pesadelo!”, respondemos em coro, solidárias à pobre, submetida a uma semana de sorriso amarelo.
Trabalhar numa revista feminina, cercada de jovens feministas, faz a gente esquecer que está vivendo numa bolha. E antes que me chamem de “malamada-feminista-abortista”, tenho um relacionamento (heterossexual) há 14 anos. Seguindo um destino certo por linhas tortas, me livrei da paixão por um macho-estereótipo, o que diminuiu ainda mais minha tolerância para o tipo descrito acima pois sei, na prática, que não é “coisa de homem”. É idiotice mesmo.
Mas, para o bem da convivência em sociedade, sempre fiz “uma social”. Na real, esse tipo de comportamento é tão normatizado que era “tudo bem” escutar certas bobagens vindas do gênero oposto. Isso até os 40. Depois dessa idade, perdi a paciência, porque, francamente, passei quatro décadas tendo de aturar piadinha de bunda, de “viadinho”, “traveco”, “sapata” entre outras pérolas do repertório machista.
Mulheres que, como eu, viveram a adolescência nos anos 1990, sabem como é ter de se adaptar ao “culto aos meninos”
Mulheres que, como eu, foram adolescentes nos anos 1990, viveram o “culto aos meninos”. Em bando, eles eram sempre o centro das atenções, bebendo, gritando bobagens, se atirando do palco nos shows de rock, se empurrando, arrotando… Tudo em nome da testosterona. Nós éramos a plateia, sempre pronta a aplaudi-los. Qualquer comportamento semelhante ao deles, rendia apelidos desagradáveis, brincadeirinhas sexistas e reduzia as chances de “ficar” com qualquer um deles _pelo menos não na frente dos outros_, afinal, quem quer pegar uma menina que parece homem?
Hoje, acho que esse tipo de comportamento servia para mascarar a insegurança desses rapazes, desde pequenos submetidos e cobrados a performar sua “macheza”, seja para a família, entre si ou para nós, as espectadoras. Além disso, sejamos justas, muitos desses amigos se tornaram caras bacanas (sim, há esperança!), pais que, hoje, ajudam a desconstruir esse modelão ultrapassado. Quando um deles comete um “deslize”, dá até para dar aquele toque amigo (“Querido, não se comporte como um ogro: tá todo mundo olhando”; “Baby, isso é machista, misógino, imagina seu filhinho reproduzindo isso ou sua filha sendo a vítima de tal baixeza?”). Muitos, inclusive, corrigem os parceiros publicamente. Meu marido, por exemplo, já deu sermão por comentário homofóbico e disse a um camarada, que assobiou para uma mulher na rua, que ele estava se comportando como um neandertal.
Aos que preferem não encarar que fazer piada imitando a voz do Silvio Santos é coisa do século retrasado, sorry, mas, para vocês, tenho zero paciência.
Há exatamente um ano, no dia 8 de agosto de 2018, centenas de milhares de meninas e mulheres se reuniram para pedir aos legisladores e legisladoras da Argentina que garantissem acesso legal e seguro ao aborto no país. Essas mulheres fizeram parte de uma enorme e poderosa campanha: #AbortoLegalYa. Elas vieram de diferentes movimentos e organizações, incluindo a Anistia Internacional Argentina, e se uniram para pedir mudança.
Na madrugada do dia seguinte, após um dia todo de votação, o Senado argentino rejeitou o projeto de lei que legalizaria o aborto no país. Agora, sete mulheres que faziam parte do movimento inspirador conhecido como "a onda verde" - cor que se tornou sinônimo da campanha por aborto legal e seguro na Argentina - revelam por que elas não estão nem perto de parar de se posicionar. Leia seus depoimentos!
“Nós éramos uma linda corrente verde que continuará avançando” - Noelia Garone, 31, defensora dos direitos humanos e advogada
“Houve empolgação no ar na marcha histórica antes da votação sobre o aborto no Senado no dia 8 de agosto de 2018. Embora o resultado não fosse o que milhares de mulheres estavam esperando, a verdade é que foi um belo dia de verdadeira conexão. Mesmo as últimas lágrimas que choramos não foram tão tristes, porque havia a sensação de que éramos uma linda corrente verde, que continuará avançando e que conseguirá fazer com que o aborto seja legalizado. Vai acontecer, você só precisa da corrente verde ao seu lado”.
“Nunca pare de questionar a sociedade ou de pedir mudanças” - Justina de Pierris, 15, estudante
“Durante o debate sobre a legalização do aborto, aprendi que as batalhas não são apenas vencidas marchando nas ruas, mas conversando-se com familiares, amigos e colegas de classe. Você nem sempre vai encontrar pessoas que concordam com você. No dia 8 de agosto de 2018 - dia em que o debate aconteceu no Senado da Argentina - fui às manifestações do lado de fora do Congresso Nacional. Foi incrível estar cercada por tantas pessoas lutando pela mesma causa. Se você quiser melhorar sua qualidade de vida e a qualidade de vida de todas as mulheres, nunca pare de questionar a sociedade ou de pedir mudanças.”
“Isso marca um ponto de virada” - Mariana Romero, 54, médica, defensora dos direitos das mulheres e pesquisadora do Centro para o Estudo do Estado e da Sociedade, em tradução livre
“Eu fui aos protestos com meu filho, em parte para que ele pudesse começar a ver porque eu faço o que faço. Havia outras mulheres lá com seus filhos também. Apesar de os protestos terem sido por causa de uma situação terrível, nós nos unimos e ficamos felizes em nos ver novamente, e nos encontrarmos ali. O debate sobre a legalização do aborto na Argentina marca um ponto de virada. Nós não desamarramos nossas bandanas verdes de nossas mochilas ou nossas bolsas porque não acreditamos que essa luta seja de curta duração.”
“A bandana verde é um símbolo” - Paula Maffía, 35, cantora
“Não foi uma derrota. A lei não passou, mas nós lutamos e haverá outras oportunidades. Enquanto isso, a bandana verde se espalhou e se tornou um símbolo, um novo distintivo. A demanda pela legalização do aborto é inescapável - não há como voltar atrás. Eu quero aprender com as gerações mais novas porque acho que é crucial que finalmente comecemos a ouvir os jovens.”
“Todo mundo é bem-vindo e bem-vinda para se juntar ao movimento feminista” - Sofía Novillo Funes, 32, assistente de projetos para jovens da Anistia Internacional
“Estar organizadas é o que nos salva. O feminismo é a melhor coisa que já aconteceu comigo. Permitiu-me ver que essa democracia em que vivemos não pode ser uma democracia se não estivermos representadas, se nossas vozes não puderem ser ouvidas por não temos nenhuma posição de poder. O debate sobre a legalização do aborto fez com que os assuntos ligados ao feminismo se tornassem mais comuns, algo sobre o qual você encontraria homens conversando em um café, por exemplo, e que, para mim, era algo que nunca tinha acontecido antes. Todas e todos são bem-vindos e bem-vindas para se juntar ao movimento feminista.”
"O progresso que fizemos não pode ser desfeito" - Florencia Marolakis, 20, estudante e integrante do grupo de jovens da Anistia Internacional Argentina
“Eu tenho um irmão mais jovem. Em casa, ele sempre tinha permissão para fazer as coisas antes de mim, mesmo sendo mais velha. Quando eu tinha nove anos, recebi uma nova bicicleta de presente. Eu queria sair e andar sozinha, mas meus pais me disseram: ‘Não, algo pode acontecer com você porque você é uma menina’. Eu não conseguia entender por que eles disseram aquilo. Isso me deixou com raiva, mas, com o tempo, eu percebi que não era culpa deles. Eles realmente estavam com medo. Eu sou definitivamente uma feminista. A consciência do que é o feminismo e por que ele é importante é algo que comecei a ver nas pequenas coisas do dia-a-dia, e isso se tornou mais conhecido nos últimos anos graças ao movimento das mulheres. O progresso que fizemos não pode ser desfeito.”
“Eu nunca vivi nada parecido” - Yaridbell Licón Rodríguez, 26, gerente de mídias sociais e jornalista. Nascida na Venezuela e agora morando na Argentina
“Eu sou da Venezuela e lá ninguém fala sobre aborto; não é algo sobre o qual você pode sentar e conversar. De repente, estou em um país cheio de mulheres incríveis que saem às ruas para se apoiarem e se posicionarem, totalmente unidas. A coisa toda me dá arrepios porque eu acho superemocionante que esse tipo de movimento exista aqui. Eu quero que ele exista no meu país também, e é por isso que estou dizendo tudo isso. Aquele dia para mim foi... eu nunca imaginei que sentiria o que senti naquele momento.”
Na Argentina, assim como em muitos outros países, o aborto é criminalizado, exceto em circunstâncias muito limitadas. Pessoas que engravidam e não podem ou não querem continuar com a gravidez são, muitas vezes, forçadas a tomar uma decisão impossível: colocar suas vidas em risco ou ir para a cadeia.
A Anistia Internacional Brasil tem uma petição aberta para ajudar a pressionar as autoridades argentinas pelo acesso das mulheres ao aborto legal e seguro. Contamos com a sua ajuda!
Por vezes encontro-me admirando fotos de alguns dos meus ídolos da música dos anos oitenta. Eu era ainda criança nesta época e a maior parte deles somente pude acompanhar já na minha adolescência.
Algo que admiro em algumas dessas fotos é a androginia que elas carregam. Confesso que em um primeiro pensamento – simplista, claro – tenho a sensação que, ao menos no universo da música, a expressão da moda era mais livre.
Infelizmente, essa realidade não encontrava paralelo no meu entorno à época. Bastava eu usar um lápis preto no olho ou algum símbolo lido como “feminino” para ser motivo de chacota.
Nem mais consigo me lembrar das inúmeras vezes que fui também questionada, ao longo da adolescência, quanto aos motivos que me levavam a manter os meus cabelos compridos. Sim, eu por vezes era identificada como menina. Aquilo era para mim uma sensação libertadora. Mas o meu entorno não tardava a me repreender: “você precisa cortar esses cabelos”.
Ao acolher na vida adulta o meu feminino inerente, um dos primeiros diálogos que precisei colocar em dia era qual seria a minha aparência
Pois, então, ao acolher na vida adulta o meu feminino inerente, um dos primeiros diálogos que precisei colocar em dia era qual seria a minha aparência. A cobrança do meu entorno social, a partir do momento que me afirmei ser mulher, era: “pareça uma”.
Não obstante as inúmeras pressões que sofri, mantive a minha essência. Sou feminina, sim, e permaneci andrógina. A realidade é que hoje em dia muitas vezes passo no meu cotidiano sem sequer ser notada como pessoa trans, e outras vezes nem tanto. Qual é o problema de eu expressar esta ambiguidade?
Não precisei ser ensinada a expressar-me da forma que sou. É claro que com o tempo amadureci e encontrei o meu estilo e voz, mas tudo isso partiu de um ponto claro: tão e somente quero ser eu. Pode parecer óbvio, mas não foi-me imediata a compreensão deste fato.
Eu admiro a androginia que expresso. Sou encantada pela possibilidade de significar-me em um limiar que não é necessariamente rígido. Ser andrógina não muda ou afeta a minha identidade como mulher, apenas acentua o meu sentimento de que todas nós temos o direito de nos sentirmos plenas e livres.
FALAS
Qual das
falas
recrimina
a liberta ou
a contida?
Enquanto
contida
era
clamava
pela voz
de um macho
inexistente
depois de
resoluta e
a mostra,
retrai a fêmea
e exige
novamente
o macho
Perceba,
não consigo
nada além
do que faço
e se cessar
de abrir
as cortinas
deste palco
verá que
é tudo
parte
do mesmo
acaso
Portanto
deixemos
de lado
linhas
solitárias
e vamos aos
fatos:
sua sorte
é caber
sem adoecer
a minha
é lutar
para nunca adoecer