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Invista em uma mulher

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Ana Fontes: pesquisadora de gênero e especialista em empreendedorismo feminino, ela é fundadora da Rede Mulher Empreendedora (Foto: arquivo pessoal)

 


É bem difícil ser empreendedor no Brasil. Mas é ainda mais difícil ser uma empreendedora. A principal razão é que as mulheres que empreendem contam com menos recursos financeiros que os homens. E não, isso não é achismo – é a dura realidade.
Na pesquisa anual que fazemos há quatro anos aqui, na Rede Mulher Empreendedora, os dados mostram que pouco mais de um terço das mulheres que abrem um negócio começam sozinhas, sem capital e tentando se bancar por meio de poupança ou do salário que recebem em um emprego fixo, dobrando sua carga de trabalho. Sem dúvida, isso aumenta as chances de que essas empresas não sobrevivam.

Ainda assim, de cada 100 novas empresas abertas em São Paulo, 52 têm uma mulher à frente. O empreendedorismo feminino é hoje um fenômeno inquestionável, turbinado pelas condições tanto das mulheres – boa parte delas abre um negócio quando vira mãe e não consegue mais equilibrar as exigências do emprego com horário fixo – ou do país – temos recordes de desemprego hoje em dia, e as mulheres empreendedoras acabam complementando ou sendo a única fonte de renda da família.
Fazer isso sem dinheiro, sem financiamento e sem apoio de investidores é uma corrida de obstáculos quase intransponíveis. E aí aparece a pergunta: o que cada uma de nós pode fazer para mudar esse cenário? A resposta está aqui: pequenas ações que podem fazer a diferença e ajudar uma empreendedora no início do seu longo caminho.

Ao escolher produtos e serviços, dê preferência a empresas comandadas por mulheres. Usou e gostou? Divulgue.

Quer ver? Ao escolher produtos e serviços, dê preferência a empresas comandadas por mulheres. Usou e gostou? Divulgue. Ajude a empreendedora a ficar mais conhecida, no boca a boca ou nas redes sociais, para que possa vender mais e crescer. Isso tem a ver com empatia, com sororidade e com aquela frasezinha de que gostamos tanto: “ninguém solta a mão de ninguém”, certo?
Na sua empresa, procure se informar se existem políticas para apoiar pequenos empreendedores, e mulheres em especial. Se não existem, você pode encabeçar um movimento interno para isso. Na Rede Mulher Empreendedora, podemos ajudar com ideias e com o RME Conecta, um programa recém-lançado que está certificando empreendedoras para aproximá-las de grandes empresas onde vão ser fornecedoras – porque isso alavanca o negócio.

As empreendedoras em início de jornada também precisam de mentoria. Será que você não pode ser uma mentora pro-bono em um tema que domine, como contabilidade, finanças, RH, gestão, logística ou marketing? Procure se aproximar de organizações como a Rede Mulher Empreendedora, que organizam e oferecem esse tipo de mentoria para mulheres que empreendem. Não tem experiência em mentoria? Tudo bem, porque há muita gente disposta a mentorar uma futura mentora.
E se você tem algum dinheiro para investir, que tal pensar em colocá-lo numa empresa dirigida por uma mulher? É claro que você terá de pesar os prós e contras, os riscos e os benefícios – mas com essa ideia na cabeça, certamente pode encontrar um bom negócio para investir e crescer com outra mulher.
A única coisa que não dá para fazer é ficar olhando uma realidade difícil e achar que ela vai mudar sozinha – não vai. Inúmeros estudos, dentro e fora do Brasil, revelam que quando uma mulher empreende e ganha dinheiro, ela investe em seus filhos, na família e na comunidade em volta dela. Escolhe, antes de tudo, investir em educação e em qualidade de vida. E muda o mundo com isso.

E se você tem algum dinheiro para investir, que tal pensar em colocá-lo numa empresa dirigida por uma mulher?

Portanto, se queremos transformar a realidade para melhor, apoiar uma mulher empreendedora é um caminho testado e aprovado. Invista em uma mulher! Todas as outras agradecem...


Dez maquiagens de Euphoria para você se inspirar

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Jules e Rue, de Euphoria (Foto: Reprodução/Instagram)

 

Sexualidade, abuso de substâncias ilícitas, autoafirmação, violência, nudes, divórcio, ansiedade: esses são só alguns dos temas abordados por Euphoria, série de televisão que estreou na HBO em junho deste ano. Um retrato íntimo da geração Z (aqueles que nasceram entre meados da década de 1990 e o início dos anos 2010) em sua busca pela identidade, Euphoria tem também uma arte impecável, da fotografia ao figurino.

A maquiadora Doniella Davy, responsável pela beleza das atrizes, estudou os estilos escolhidos pelas adolescentes da geração Z e concluiu que a maquiagem das personagens deveria contar, bem como as roupas, uma história. Com a season finale, exibida no último domingo, deu para ver as makes acompanhando a história e estilo de Jules, Maddy, Kat e Rue. Inventivas e coloridas, as maquiagens sempre contam com toques inusitados, tais como a nuvem desenhada nos olhos de Jules em um dos episódios. Ela, aliás, ganha o destaque da beleza da série, mas as outras meninas também se aventuram pelo excêntrico.

Veja dez maquiagens exibidas ao longo desta temporada - ah, e neste mês foi confirmada a segunda temporada, ou seja, logo logo tem mais.

Rue, de Euphoria (Foto: Reprodução/Instagram)

 

Maddy, de Euphoria (Foto: Reprodução/Instagram)

 

Jules, de Euphoria (Foto: Reprodução/Instagram)

 

Jules, de Euphoria (Foto: Reprodução/Instagram)

 

Jules, de Euphoria (Foto: Reprodução/Instagram)

 

Jules, de Euphoria (Foto: Reprodução/Instagram)

 

Jules, de Euphoria (Foto: Reprodução/Instagram)

 

Jules, de Euphoria (Foto: Reprodução/Instagram)

 

Jules, de Euphoria (Foto: Reprodução/Instagram)

 

Jules, de Euphoria (Foto: Divulgação/HBO)

 

 

Como a lei brasileira entende - e pune - estupro de vulnerável?

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Os desembargadores da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) absolveram um homem pelo crime de estupro alegando que a vítima em questão teria bebido demais “por sua livre e espontânea vontade”. Parte do texto da decisão diz exatamente assim: “Ora se a ofendida bebeu por conta própria, dentro de seu livre arbítrio, não pode ela ser colocada na posição de vítima de abuso sexual pelo simples fato de ter bebido”.

Como a lei brasileira entende estupro de vulnerável? (Foto: Silvana Martins)

 

A absolvição foi contestada pelo Ministério Público, que afirma que foram desconsiderados depoimentos de testemunhas que confirmam que a vítima estava sob forte efeito alcoólico e, por isso, vulnerável o bastante para sequer ter lúcida consciência de seus atos. “A embriaguez dela era tamanha que a mulher não tinha como oferecer resistência ou condições de consentir ou não consentir com qualquer tipo de ato que viesse ser praticado com ela”, diz Tania Bitencourt, promotora do caso. 

O parecer dos desembargadores abriu margem para um importante debate: o quanto vulnerável precisa estar a vítima para que não tenha condições de consentir um ato sexual? E mais: como a lei brasileira entende - e pune - estupro de vulnerável? Por aqui, ouvimos Isabela Guimarães Del Monde, advogada e cofundadora da Rede Feminista de Juristas, para esclarecer as principais perguntas em relação ao assunto.

Marie Claire. Desde quando a legislação brasileira considera o estupro de vulnerável?
Isabela Guimarães. Desde 2009.

MC. O que é entendido como estupro de vulnerável?
IG. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos. Incorre no mesmo crime quem pratica essas ações com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.

MC. A punição é agravada para estupro de vulnerável?
IG.
Sim, a pena é maior do que para o estupro "comum", que tem pena de reclusão de 6 a 10 anos. A pena para o estupro de vulnerável é de 8 a 15 anos de reclusão.

MC. É preciso haver conjunção carnal para configurar estupro?
IG.
Não. Como a própria lei diz, é preciso haver conjunção carnal ou qualquer outro ato libidinoso.

MC. O que a lei vê como "qualquer ato libidinoso"?
IG. 
A lei é ampla nesse sentido e não traz esse detalhamento. O que entende-se por ato libidinoso na esfera do crime de estupro é forçar prática de sexo oral, anal, masturbação em si ou terceiros, e desde que haja violência ou grave ameaça. Para práticas de atos libidinosos sem violência ou grave ameaça no seu cometimento (como a ejaculação no metrô) foi criado o crime importunação sexual em 2018, uma vez que os juízes e desembargadores não condenavam, por estupro (devido à alta pena) um caso de beijo forçado ou de ejaculação, embora haja correntes no direito que ainda defendem que práticas assim podem ser sim consideradas de estupro de acordo com a redação do crime desde 2009.

MC. Estar bêbada é um caso de vulnerabilidade?
IG.
Há entendimentos diversos sob os olhos da lei. Há decisões judiciais, como a decisão em primeira instância desse caso [que julgou o acusado culpado e o condenou a 10 anos de detenção], que claramente define que sim, estar bêbada é estar vulnerável. A prática jurídica feminista segue justamente essa linha. Se, afinal, estar bêbado é condição de proibição para dirigir um carro, como podemos continuar defendendo que uma pessoa alcoolizada tem condições para consentir intimamente com a prática sexual? Porém, como vemos na decisão de segunda instância desse caso [a dos desembargadores da 5º Câmara], ainda há quem acredite que estar bêbada é justamente a causa de absolvição do estuprador, pois, se estava bêbada, estava querendo. E aqui é importante frisar um aspecto: a lei não determina que estar bêbada ou sob efeito de drogas configura vulnerabilidade. O que está determinado é não pode oferecer resistência. Ou seja, qualquer causa é qualquer causa. Pode ser medicação, estado de coma, overdose por drogas ou qualquer situação que impeça resistência.

MC. Sobre esse caso do Rio Grande do Sul, os desembargadores que absolveram o acusado dizem que a vítima teria bebido voluntariamente, se exposto ao risco e logo teria noção de sua situação vulnerável. Você vê falhas nesse julgamento?
IG.
Sim, a desconsideração do consentimento como o elemento fundante e fundamental para a prática sexual e a desconsideração também de que a embriaguez completa impede, definitivamente, que qualquer pessoa possa consentir com qualquer coisa. O que os desembargadores desse caso fizeram é o que chamamos de violência institucional, ou seja, a prática de violência pelo Estado. Sem dúvidas podemos afirmar que o Judiciário brasileiro é machista e reproduz sensos comuns que muitas vezes são contrários à própria lei.

Grávida, Letícia Colin explica como pretende afastar o filho do machismo

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Leticia Colin (Foto: Reprodução/Instagram)

 

Sempre muito discreta, Letícia Colin fala pouco sobre sua pessoal, mas não conseguiu esconder por muito tempo a barriguinha de sua primeira gravidez, um menino, fruto do relacionamento com o ator Michel Melamed. Enquanto aproveita as férias em Londres ao lado do marido, ela reflete sobre o momento crucial que estamos vivendo em que o feminismo tem mostrado seu poder e o machismo tenta contra-atacar ferozmente.

Empoderada, a atriz diz que pretende afastar seu filho do machismo com muita conversa e deixar bem claro para ele que não existe um gênero mais correto, inteligente ou sensível do que o outro e vai ensina-lo a equalizar as vulnerabilidades.

 

Todo mundo pode sentir medo, ser frágil, ter raiva e ficar frustrado. Eu acho que quando isso começa a ser evitado, endurecido ou sufocado nas criações, essa agressividade, esse sofrimento, vai se tornando algo que maltrata muito o ser humano e vai transformando isso em neuroses, o que a gente vê nas atitudes violentas do machismo. Então eu acho que temos de ter fluidez para conversar sobre sentimentos, sensações, sexualidade – que é a relação com o seu corpo –, com o seu ser, com o que você deseja, cria, sonha”, explica.

Ela salienta que os pontos de vista todos são válidos, cada um com uma versão sobre a história, sobre o jeito de viver.

“Todo mundo tem direito à mesma fatia de vida, de se expressar, ser visto, ser bem tratado, encorajado, elogiado, respeitado, dos deveres e de pagar as suas contas”, completa.

Com isso, ela acredita que as mulheres conquistarão alguns espaços na sociedade que ainda são perigosos para elas como as ruas e dentro de suas próprias casas, já que os números de feminicídio praticados dentro de casa ainda são alarmantes no Brasil.

A incidência de episódios de violência, abuso e agressão acontecem em casa. É muito embrionário ainda esse avanço, essa conquista da liberdade. Em casa, muitas vezes a mulher não tem autonomia para se expressar, não é encorajada, é ameaçada, coagida, perseguida. Com certeza, a qualquer hora do dia, uma rua é muito mais perigosa para uma mulher do que para um homem, então, tanto espaços públicos como privados continuam sendo ambientes inseguros para nós. A caminhada é imensa sobre essa educação muito machista, que valida esse absurdo do homem agredir a mulher e ‘objetifica-la’ e interferir na vida dela.”

Leticia Colin (Foto: Fabio Rocha)

 

Mulheres no comando

A nova série Onde Está Meu Coração, que ainda não tem previsão de estreia e estará disponível no Globoplay, traz uma nova experiência para Letícia interpreta uma jovem médica de classe média, de uma família bem estruturada, que luta contra a dependência química. Só aí a vivência já seria única, porém este trabalho traz um algo a mais: a maior parte dos profissionais que estão por trás das câmeras são mulheres.

A artista acredita que este é um reflexo do avanço do feminismo em que prega que os dois gêneros são iguais e assim as mulheres devem ocupar cargos de todos os tipos, principalmente os cargos de criação de ideias, de pensamento crítico e de narrativas.

Em sua maioria, os autores mais conhecidos são os homens da literatura. As mulheres nunca foram incentivadas a estudar, a se desenvolver, a sair de casa, trabalhar, pelo contrário: eles queriam manter a mulher em casa. Aquela história que a gente sabe. Então, tê-las numa posição criativa, de formação de equipe, de direção, de digerir um projeto do começo ao fim, é conceituar um projeto como este que a Luisa Lima [diretora artística] fez agora nessa série. Quem assistir vai ver que o resultado belíssimo. É um presente para nós, uma maravilha, porque os pontos de vista são ricos, são diversos, são complexos, são humanos. Todo mundo ganha com narrativas plurais, com sensibilidade e honestidade para contar uma história”, discursa.

Letícia acredita que exista muita diferença no resultado final de uma obra quando esta é dirigida por uma mulher se comparada a um homem, mas não apesar por uma questão de gênero ou sensibilidade, mas porque o ser humano é muito diverso. Para ela, o mais importante é que haja uma multiplicidade de pensamentos.

“Eu adoro filmes femininos feitos por mulheres. Acho que o ser humano é infinito na possibilidade de criações e de características, mas acho que o importante é que eles tenham voz. Durante muito tempo a narrativa masculina patriarcal predominou, os personagens masculinos eram sempre os protagonistas, os melhores, mais inteligentes, fortes e bem-sucedidos. Poxa, a gente quer, merece e precisa ver mais a vida como ela é, com tantas narrativas interessantes de personagens femininas protagonizando, puxando esse barco, lutando, vivendo. A gente quer acompanhar essas histórias, que são histórias humanas. Eu acho que quando a gente tem menos histórias criadas e desenvolvidas pelas mulheres, perdemos muito porque somos parte do planeta, das relações, das pessoas, então, é uma questão de semear o humano para que ele se multiplique, ganhe voz, força e holofote”, acredita.

Na trama, a personagem Amanda tem a grande característica de querer o melhor, trabalhar sempre na máxima potência. Para isso, a atriz se dedicou profundamente a ela e diz que a relação com seu papel não termina com o fim do expediente, mas ultrapassa essa barreira porque toca sua vida, sua alma, seus conflitos pessoais, as relações familiares e sua maneira de ver o mundo.

“A Amanda como médica também tem isso, as histórias dos pacientes, os seus sintomas, suas dores e sofrimentos atravessam a vida dela, passam a fazer parte porque ela não criou uma casca, não se fechou em uma coisa fria, que talvez até pudesse ser mais fácil, teoricamente, de viver a vida. Ela se corrói pelo o que vivencia, então é difícil pra ela, isso vai fazendo com que ela fique muito desestabilizada emocionalmente. Isso já é diferente de mim, acho que com o tempo eu fui aprendendo a poupar a minha energia, entrar e sair da cena do personagem. Mas eu entendo quem trabalha com o coração muito aberto, acho que somos parecidas nisso.”

Por fim, Letícia conta que conversou com pessoas que foram adictas durante muitos anos no mundo das drogas para criar sua personagem, além de trocar ideias com psiquiatras, pessoas que trabalham em clínicas de reabilitação e familiares de pessoas envolvidas com entorpecentes.

É muito enriquecedor porque a gente compartilha uma vivência muito profunda, dolorosa, complexa. Eu fiquei muito transformada com esses depoimentos, o encontro real com essas pessoas, esses personagens da história que realmente viveram isso me fizeram compor uma personagem que fosse humana, imperfeita, frágil, vulnerável, real. As pessoas não calculam que vão passar por isso, o quanto que elas vão sofrer, o quanto vão ter a vida estragada por essa nova realidade da dependência. Você vive em função de conseguir mais substância”, lembra.

Leticia Colin (Foto: Fabio Rocha)

 

Leticia Colin e Daniel de Oliveira (Foto: Fabio Rocha)

 

Serasa pede desculpas a Anitta após referência à suposta dívida de Pabllo Vittar com a cantora

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Anitta - Blusa Brunello Cocinello. Calça YES I AM. Brinco Montecarlo  (Foto: Vivi Bacco (THINKERS))

 

A cantora Anitta fez um longo desabafo ao ver uma publicação nas redes sociais do Serasa Consumidor na noite de terça-feira (6). A publicação fez uma referência à suposta dívida de Pabllo Vittar com ela, que seriam dos custos da gravação do clipe Sua Cara. Após a manifestação da artista, o órgão se desculpou.

"Oi, Anitta. Nós sabemos o quanto as dívidas tiram o sono de milhares de brasileiros. Dados mostram que, atualmente, mais de 63 milhões de pessoas estão nessa situação por diversos motivos, desemprego, emergências familiares, doenças, cartão de crédito... A sua história é um exemplo que essa situação pode acontecer com qualquer pessoae que sempre há a possibilidade de dar a volta por cima", escreveu o Serase, que também explicou porque usar a frase "Devendo 70 mil dólares para uma cantora?" na publicação: "Usamos um tema comentado nas redes sociais com o intuito de mostrar que, qualquer que seja a dívia, o consumidor pode tentar negociar através da nossa plataforma".

E concluiu: "Pedimos desculpas caso tenhamos causado algum desconforto, em nenhum momento esse foi nosso objetivo".

O clipe Sua Cara, de Major Lazer com Anitta e Pabllo foi gravado no Marrocos e lançado em julho de 2017.

Veja o desabafo de Anitta:

"Agradeço por lembrarem de mim e do meu trabalho. Mas acho muito triste fazer piada com um assunto que é o pesadelo diário de tantos brasileiros. Por mais que vocês respondam "Não citamos seu nome", "a carapuça serviu" . Ninguém aqui é idiota pra não saber a referência aos boatos envolvendo meu nome e de outra cantora. Nunca disse que ninguém me deve dinheiro. Meu áudio foi um desabafo por ter sido chamada de pão dura quando na verdade eu estava era fazendo das tripas coração pra fazer um projeto caro acontecer e dar certo como sempre faço. Jamais divulgo publicamente minhas decepções com as pessoas. O áudio foi viralizado por estas pessoas, provavelmente, por acharem que pelo meu tom de voz revoltado as pessoas se voltariam contra mim. Mas o tiro saiu pela culatra porque acho que as pessoas entendem que sou humana e também posso me chatear. Qualquer pedido de desculpas sobre algumas coisas valeriam muito mais de que qualquer dólar. Só não acho divertido fazer piada. Meu pai e minha mãe tiveram problemas com Serasa durante toda a minha adolescência e eu chorava diariamente por medo de perder as pouquíssimas coisas que tínhamos. De não ter onde morar. Nem tinha entendimento pra saber se isso era possível ou nao. Mas morria de medo. Se a ideia da brincadeira era viralizar as redes do Serasa, informo que infelizmente jovens que nem tem como resolver a situação dos pais olharam isso e começaram a fomentar um monte de medos na cabeça como eu já fiz na minha adolescência. Por favor não façam mais isso".

Anitta responde publicação nas redes sociais do Serasa Consumidor (Foto: Reprodução / Instagram)

 

O comentário de Anitta na publicação acumula até o momento 26,2 mil likes e seu desabafo viralizou nas redes sociais. Muitos internautas saíram em defesa da cantora e outros ainda mencionaram Pabllo Vittar para que a artista se manifeste também.

Brasileiro faz surpresa e pede namorada em casamento durante voo

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Brasileiro faz surpresa e pede namorada em casamento durante voo (Foto: Reprodução)

 

O jornalista Lucas Dellamare, de 26 anos, entrou de surpresa no voo que ia de Lisboa para Porto, para pedir sua namorada, que vive no Brasil, em casamento pelo sistema de som do avião.

“Atenção senhores passageiros! Chamo a atenção da passageira Dhieny Arêbalo. Dhieny, você não sabe que eu estou neste voo, mas eu vim de Braga até Lisboa pra te fazer um pedido muito especial… Eu aqui, com todos os passageiros de testemunha, faço o grande pedido da nossa vida: você aceita se casar comigo?”, perguntou o brasileiro.

O vídeo do pedido, que foi divulgado pelo site SóNotíciaBoa, mostra os passageiros aplaudindo a atitude e a noiva emocionada. "Sim, claro", respondeu Dhieny.

“Lucas e eu nos conhecemos na faculdade. Namoramos há alguns anos à distância. Algumas vezes ele foi para o Brasil e pela segunda vez vim passar férias em Portugal”, disse Dhieny Areba, de 27 anos, em entrevista à publicação. “Eu moro em Portugal, ela em Goiânia. Ela veio de férias. Decidi aproveitar a ocasião para fazer o pedido”, contou Lucas.

Luiza Possi posa com filho de 1 mês: "Quanto já cresceu!"

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Luiza Possi e filho (Foto: Reprodução/ Instagram)

 

Luiza Possi encantou de novo seus seguidores ao postar uma nova foto do filho, Lucca, nascido há pouco mais de um mês. Em seu perfil no Instagram, a cantora se surpreendeu com o crescimento da criança, fruto do seu casamento com o diretor de televisão Cris Gomes.

"Eu olho essa foto e só consigo pensar o quanto o meu filhote já cresceu!", escreveu a filha de Zizi Possi ao compartilhar foto coladinha com o bebê. Os seguidores se derreterem: "Está demais!", disse uma. "Que momento mais lindo!", comentou outro internauta. "Crescem muito rápido", escreveu mais um. "Fofura!", disse outra.

Luiza Possi, Cris Gomes e Lucca (Foto: Reprodução/ Instagram)

 

 

Diretor de marketing do Victoria's Secret Fashion Show renuncia ao cargo

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Ed Razek (Foto: Getty Images)

 

Em meio a boatos sobre o fim do Victoria's Secret Fashion Show e o anúncio oficial da contratação da primeira modelo trans, a brasileira Valentina Sampaio, Ed Razek, diretor de marketing da marca de lingeries, anunciou seu desligamento da empresa.

De acordo com a Bloomberg, Ed, que já havia dito que a marca "nunca teria uma modelo plus ou trans desfilando", redigiu uma carta para a equipe manifestando seu desejo de se aposentar e, consequentemente, renunciar ao cargo.

"Foi uma conversa difícil, pois como muitos de vocês sabem, nós dividimos muitas coisas ao longo de tantos anos. Incluindo um amor profundo pelo negócio. Ainda assim, é hora de se despedir", escreveu Ed na carta, compartilhada pelo jornalista Kim Bhasin.

Ed trabalhou com a Victoria's Secret desde 1983, e foi ele que começou a colocar asas de anjo nas modelos e impulsionou a popularidade do evento, que começou em 1995 e ganhou cada vez mais destaque nas décadas seguintes. Nos últimos anos, a marca registrou queda nos lucros, e há rumores de que o desfile deste ano tenha sido cancelado, mas não foi confirmado pela Victoria's Secret.

Alessandra Ambrosio na última edição do Victoria's Secret Fashion Show (Foto: Getty Images)

 

Queda nos lucros
Neste ano, a grife de lingeries americana vai fechar 53 lojas na América do Norte. A informação foi anunciado em fevereiro pela companhia L Brands, dona da marca. “Nossos planos de fechamento de lojas aumentaram em 2018, e nós voltamos atrás sobre investir em novos estabelecimentos e remodelação nos últimos anos”, disse o diretor financeiro do grupo, Stuart Burgdoerfer, durante uma conferência na época. De acordo com ele, a marca está “mais promocional do que gostaria nos últimos anos”.

A Victoria's Secret está declinando há anos por não conseguir acompanhar as mudanças nas demandas dos consumidores, especialmente em relação ao empoderamento feminino e à diversidade. E isto ficou ainda mais evidente com o surgimento de concorrentes, como a Savage X Fenty, da Rihanna, a Aerie, pertencente à American Eagle Outfitters, e a ThirdLove, que pretendem ser mais inclusivas para mulheres com diferentes formatos de corpo.

Laís Ribeiro no Victoria's Secret Fashion Show deste ano (Foto: Getty Images)

 


Grupo pede o fim da London Fashion Week em prol do meio ambiente

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Grupo pede o fim da London Fashion Week em prol do meio ambiente (Foto: Reprodução/Instagram)

 

O grupo Extinction Rebellion mandou uma carta-manifesto aos organizadores da London Fashion Week pedindo o fim da semana de moda em prol do meio ambiente.

"Estamos frente a frente com uma crise existencial até 2020 e até agora nada foi feito para termos uma ação significativa. Precisamos de cultura para liderar isso.

A moda é uma das indústrias mais poluentes e influenciáveis e deve ser um sinônimo do mundo atual e, mesmo assim, trabalha de maneira arcaica de temporadas sazonais no momento de emergência.

No dia 26 de julho, enviamos uma carta ao British Fashion Council. ""Em reconhecimento à ameaça global que enfrentamos, pedimos que seja o líder que o mundo precisa e cancele o Londo Fashion Week. Pedimos que, em vez dos desfiles, a indústria convoque uma assembléia com os profissionais para debater a emergência climátia.

Não ficaremos parados enquanto o mundo estiver sendo tirado dos nossos pés. Mandamos um sinal claro para a indústria da moda de que os negócios estão nos levando à extinção"".

De biquíni, Bruna Griphao encanta em foto na cachoeira

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Bruna Griphao (Foto: Reprodução / Instagram)

Bruna Griphao compartilhou com os fãs um clique curtindo a natureza nesta quarta-feira. A atriz ficou deslumbrada ao conhecer uma cachoeira no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros., em Goiás. "Esse lugar nem parece de verdade", disse ela.

Os fãs ficaram encantados com a atriz, que exibiu seu corpo torneado de biquíni. "Nem você parece de verdade", disse um seguidor. "O lugar ou você?", perguntou outra. "Quem não parece ser de verdade é tu maravilhosa", derreteu-se outra fã.

De camisola, Lexa dança e sensualiza na cama: "Apimentadíssima"

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Lexa (Foto: Reprodução / Instagram)

Lexa caiu na dança e surgiu pra lá de sensual em um vídeo publicado por ela nas redes sociais na noite desta quarta-feira. Vestindo uma camisola de oncinha, a cantora rebolou na cama para divulgar um trecho de sua próxima música, em parceria com Dennis DJ. "Vem aí, 'Apimentadissima'", avisou. 

Uma fã brincou com o fato do vídeo não focar tanto no bumbum quando a cantora faz o "quadradinho". "Acho que alguém ficou com ciúmes na hora de filmar a raba", escreveu, referindo-se a MC Guimê, marido de Lexa. "Eu que pedi pra cortar nessa hora", explicou a artista.

"A senhorita adora causar mexxxmo, eu amo muito", disse um fã. "Guimê passa bem ne?! Que mulher", brincou outra.

Veja o vídeo!

 

Mulher de Thiago Silva fala sobre possível volta dele ao Fluminense: "Por que não?"

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Belle Silva e Thiago Silva com os filhos (Foto: Reprodução Instagram)

 

Belle Silva, mulher de Thiago Silva, respondeu algumas perguntas de fãs nas suas redes sociais nesta quarta-feira e se deparou com um pedido.

"Que tal vocês voltarem para o Rio e o Thiago para o Fluzão, hein?". Ela, que está de férias no Rio de Janeiro, não descartou essa possibilidade. "Por que não? Quem sabe? Contrato no PSG está no fim, o futuro só Deus", disse Belle.

O contrato de zagueiro e o Paris Saint German chega ao fim em junho de 2020.

Questionada sobre a vinda de Daniel Alves para o São Paulo, ela deu sua opinião. "Feliz por ele, excelente profissional. Desejo muito sucesso nessa nova fase".

Thiago já voltou à França após seu período de férias com a família. Já Belle e os filhos Iago e Izago continuam no Rio de Janeiro durante o período de férias escolares dos meninos. A influencer, aliás, se submeteu a uma cirurgia no início da semana em São Paulo.

Belle Silva responde pergunta de fã (Foto: Reprodução / Instagram)
Belle Silva responde pergunta de fã (Foto: Reprodução / Instagram)

 

Com look sexy, Geisy Arruda vai à festa de Melody

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Geisy Arruda e Melody (Foto: Reprodução / Instagram)

 

A cantora MC Melody, de 13 anos, reiuniu convidados na noite desta quarta-feira em uma festa em Guarulhos. O evento batizado de 5M da Melody é para comemorar a marca de 5 milhões de seguidores no Instagram da artista.

A festa, aliás, teve o tema Velozes e Furiosos e Melody chegando em um carro cor de rosa.

Geisy Arruda estava entre os que foram prestigiar a menina e compartilhou com os fãs uma foto ao lado da anfitriã da noite. 

A modelo ainda posou com seu look sexy em uma hamburgueria.

Geisy Arruda (Foto: Reprodução / Instagram)
Geisy Arruda (Foto: Reprodução / Instagram)
Melody chegando em sua festa (Foto: Reprodução / Instagram)

 

Anitta tem dor de barriga durante entrevista e encontra Scooby no banheiro: "O cúmulo da intimidade"

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Anitta e Pedro Scooby: perrengue em Portugal (Foto: Reprodução / Instagram)

 

Anitta revelou aos fãs um perrengue que passou na tarde desta quarta-feira em Portugal. Ela, que havia dormido apenas duas horas, tomou vários copos de energético para se manter acordada já que a agenda do dia previa 16 entrevistas e um encontro com 150 fãs para fotos individuais antes do show.

O resultado: Anitta ficou com dor de barriga durante uma entrevista. "Eu parei a entrevista e disse: moça, pelo amor de Deus, eu preciso muito ir ao banheiro, eu estou quase morrendo. Eu estava fazendo a entrevista prendendo o músculo", contou ela às gargalhadas em vídeo com Pedro Scooby.

"Chegou no banheiro eram três cabines, eu pedi pro segurança: 'segura aí para ninguém chegar'. Aí o outro (Scooby) estava na cabine e falou: é você, amor? Também estou 'cagando'. É o cúmulo da intimidade. Ficou os dois 'cagando', um do lado do outro", divertiu-se a cantora (veja os vídeos abaixo).

Nesta quinta-feira Anitta conhecerá os filhos do namorado - Dom, Bem e Liz. As crianças, frutos do casamento do surfista com Luana Piovani, viajarão com eles para a Califórnia.

Passe para o lado para ver a sequência de vídeos:

Flúvia Lacerda: “Meu combustível são as mulheres que vivem na pele as dores e perdas causadas pela gordofobia”

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Flúvia Lacerda para o Verão 2020 da Arezzo (Foto: Nicole Heiniger)

 

Modelo plus size há 16 anos, Flúvia Lacerda começou agora a se aventurar em outras searas além dos desfiles e campanhas. Aos 39 anos, depois de publicar, em 2017, o livro “Gorda não é palavrão: como ser feliz gostando do seu corpo como ele”, ela está prestes a lançar sua marca de moda praia e acessórios.

E não pense que diversificar a carreira tem a ver com qualquer falha ou desgaste: ela é um marco na moda brasileira e foi, por muitos anos, chamada de “a Gisele Bündchen do plus size, até que conquistou seu lugar ao sol e passou a ser reconhecida. Fotografada para veículos nacionais e internacionais, Flúvia entrou na carreira por acaso, e é consciente de que teve uma rara oportunidade. “Sei que fui uma das poucas que conseguiu chegar a esse patamar. A verdade é que há pouco mercado para sustentar modelos que exerçam a profissão em tempo integral. Eu estava no lugar certo, na hora certa e com o nível de talento e discernimento suficientes para ascender”, analisa.

O mercado nacional

O exemplo mais recente do sucesso como modelo é que Flúvia estrela, ao lado de outras cinco profissionais brasileiras (Agnes Nunes, Ana Claudia Michels, Débora Nascimento, Thaila Ayala e Samantha Schmutz) a campanha Verão 2020 da Arezzo, fotografada por Nicole Heiniger. De volta ao Brasil depois de morar anos em Nova York, nos Estados Unidos, Flúvia conta que recebeu o convite com surpresa: “Pulei da cadeira, não conseguia acreditar. É um sonho concretizado.”

Flúvia Lacerda para Arezzo, fotografada na Praia Barra de São Miguel (Alagoas) (Foto: Nicole Heiniger)

 

Afinal, ela luta há mais de uma década pela profissionalização do nicho plus size.“Hoje sinto uma imensa felicidade em ver que o quadro mudou drasticamente. O mercado evoluiu muito e, apesar de ainda ter um longo caminho a percorrer até atingir o nível que existe em outros países, vejo que estamos na direção certa”, declara.

Quanto ao caminho que ainda temos de percorrer, a modelo aponta “a falta de profissionalização do setor, que ainda é imensa”, além da “falta de interesse de agências de alto calibre em moldar carreiras de novas meninas, exigir cachês mais justos e, acima de tudo, pagar modelos em janelas de tempo corretas.”

Em consonância com a campanha fotografada para a Arezzo, que põe em foco a força da união feminina, Flúvia conta que, durante seu percurso, “as mulheres ao meu redor que não se viam representadas e que vivem na pele todas as dores e perdas causadas pelas gordofobia foram meu combustível.”

Sobre autoaceitação

Em relação às situações de preconceito que enfrentou - e segue enfrentando - Flúvia é assertiva: “Penso que se há tempo para exercitar o preconceito, há tempo para se educar e sair dele. Não vejo razões para desperdiçar minhas energias e inteligência batendo de frente com pessoas que optam por estacionar na estagnação moral.”

Ela conta, ainda, que não houve um processo para se aceitar. “Sempre fez parte da minha natureza ter essa independência de pensamento, essa forma positiva de lidar com meu corpo e uma rejeição quase que absoluta ao sistema que lucra em cima de nos fazer infelizes. Jamais entendi porque deveria viver em guerra com meu corpo”, afirma. Quanto à propagação de mensagens empoderadoras, Flúvia dá a dica: “Adoraria ter meu próprio programa para falar sobre moda sob um novo ângulo.”


Como conviver (e aguentar) homens (super) héteros depois dos 40

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Boy lixo em definição perfeita da ilustradora Nath Araújo (Foto: Nath Araújo/Reprodução Instagram)

 


Em viagem de trabalho, uma amiga mandou no Whats a seguinte mensagem: “Gente! Vcs não têm ideia do meu grupo!! São uns dez héteros que ficam o tempo todo fazendo piadas infames com voz de Silvio Santos”. “Pesadelo!”, respondemos em coro, solidárias à pobre, submetida a uma semana de sorriso amarelo.

Trabalhar numa revista feminina, cercada de jovens feministas, faz a gente esquecer que está vivendo numa bolha. E antes que me chamem de “malamada-feminista-abortista”, tenho um relacionamento (heterossexual) há 14 anos. Seguindo um destino certo por linhas tortas, me livrei da paixão por um macho-estereótipo, o que diminuiu ainda mais minha tolerância para o tipo descrito acima pois sei, na prática, que não é “coisa de homem”. É idiotice mesmo. 

Mas, para o bem da convivência em sociedade, sempre fiz “uma social”. Na real, esse tipo de comportamento é tão normatizado que era “tudo bem” escutar certas bobagens vindas do gênero oposto. Isso até os 40. Depois dessa idade, perdi a paciência, porque, francamente, passei quatro décadas tendo de aturar piadinha de bunda, de “viadinho”, “traveco”, “sapata” entre outras pérolas do repertório machista.

Mulheres que, como eu, viveram a adolescência nos anos 1990, sabem como é ter de se adaptar ao “culto aos meninos”

Mulheres que, como eu, foram adolescentes nos anos 1990, viveram o “culto aos meninos”. Em bando, eles eram sempre o centro das atenções, bebendo, gritando bobagens, se atirando do palco nos shows de rock, se empurrando, arrotando… Tudo em nome da testosterona. Nós éramos a plateia, sempre pronta a aplaudi-los. Qualquer comportamento semelhante ao deles, rendia apelidos desagradáveis, brincadeirinhas sexistas e reduzia as chances de “ficar” com qualquer um deles _pelo menos não na frente dos outros_, afinal, quem quer pegar uma menina que parece homem?

Hoje, acho que esse tipo de comportamento servia para mascarar a insegurança desses rapazes, desde pequenos submetidos e cobrados a performar sua “macheza”, seja para a família, entre si ou para nós, as espectadoras. Além disso, sejamos justas, muitos desses amigos se tornaram caras bacanas (sim, há esperança!), pais que, hoje, ajudam a desconstruir esse modelão ultrapassado. Quando um deles comete um “deslize”, dá até para dar aquele toque amigo (“Querido, não se comporte como um ogro: tá todo mundo olhando”; “Baby, isso é machista, misógino, imagina seu filhinho reproduzindo isso ou sua filha sendo a vítima de tal baixeza?”). Muitos, inclusive, corrigem os parceiros publicamente. Meu marido, por exemplo, já deu sermão por comentário homofóbico e disse a um camarada, que assobiou para uma mulher na rua, que ele estava se comportando como um neandertal. 

Aos que preferem não encarar que fazer piada imitando a voz do Silvio Santos é coisa do século retrasado, sorry, mas, para vocês, tenho zero paciência.

Onda Verde: sete mulheres que há um ano entraram em marcha pelo aborto legal na Argentina

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Há exatamente um ano, no dia 8 de agosto de 2018, centenas de milhares de meninas e mulheres se reuniram para pedir aos legisladores e legisladoras da Argentina que garantissem acesso legal e seguro ao aborto no país. Essas mulheres fizeram parte de uma enorme e poderosa campanha: #AbortoLegalYa. Elas vieram de diferentes movimentos e organizações, incluindo a Anistia Internacional Argentina, e se uniram para pedir mudança.

Na madrugada do dia seguinte, após um dia todo de votação, o Senado argentino rejeitou o projeto de lei que legalizaria o aborto no país. Agora, sete mulheres que faziam parte do movimento inspirador conhecido como "a onda verde" - cor que se tornou sinônimo da campanha por aborto legal e seguro na Argentina - revelam por que elas não estão nem perto de parar de se posicionar. Leia seus depoimentos!

“Nós éramos uma linda corrente verde que continuará avançando” - Noelia Garone, 31, defensora dos direitos humanos e advogada

Noelia Garone (Foto: Divulgação)

 

 

“Houve empolgação no ar na marcha histórica antes da votação sobre o aborto no Senado no dia 8 de agosto de 2018. Embora o resultado não fosse o que milhares de mulheres estavam esperando, a verdade é que foi um belo dia de verdadeira conexão. Mesmo as últimas lágrimas que choramos não foram tão tristes, porque havia a sensação de que éramos uma linda corrente verde, que continuará avançando e que conseguirá fazer com que o aborto seja legalizado. Vai acontecer, você só precisa da corrente verde ao seu lado”.

“Nunca pare de questionar a sociedade ou de pedir mudanças” - Justina de Pierris, 15, estudante

Justina de Pierris (Foto: Divulgação)

 

 

“Durante o debate sobre a legalização do aborto, aprendi que as batalhas não são apenas vencidas marchando nas ruas, mas conversando-se com familiares, amigos e colegas de classe. Você nem sempre vai encontrar pessoas que concordam com você. No dia 8 de agosto de 2018 - dia em que o debate aconteceu no Senado da Argentina - fui às manifestações do lado de fora do Congresso Nacional. Foi incrível estar cercada por tantas pessoas lutando pela mesma causa. Se você quiser melhorar sua qualidade de vida e a qualidade de vida de todas as mulheres, nunca pare de questionar a sociedade ou de pedir mudanças.”

“Isso marca um ponto de virada” - Mariana Romero, 54, médica, defensora dos direitos das mulheres e pesquisadora do Centro para o Estudo do Estado e da Sociedade, em tradução livre

Mariana Romero (Foto: Divulgação)

 

 

“Eu fui aos protestos com meu filho, em parte para que ele pudesse começar a ver porque eu faço o que faço. Havia outras mulheres lá com seus filhos também. Apesar de os protestos terem sido por causa de uma situação terrível, nós nos unimos e ficamos felizes em nos ver novamente, e nos encontrarmos ali. O debate sobre a legalização do aborto na Argentina marca um ponto de virada. Nós não desamarramos nossas bandanas verdes de nossas mochilas ou nossas bolsas porque não acreditamos que essa luta seja de curta duração.”

“A bandana verde é um símbolo” - Paula Maffía, 35, cantora

Paula Maffía (Foto: Divulgação)

 

 

“Não foi uma derrota. A lei não passou, mas nós lutamos e haverá outras oportunidades. Enquanto isso, a bandana verde se espalhou e se tornou um símbolo, um novo distintivo. A demanda pela legalização do aborto é inescapável - não há como voltar atrás. Eu quero aprender com as gerações mais novas porque acho que é crucial que finalmente comecemos a ouvir os jovens.”

“Todo mundo é bem-vindo e bem-vinda para se juntar ao movimento feminista” - Sofía Novillo Funes, 32, assistente de projetos para jovens da Anistia Internacional

Sofía Novillo Funes (Foto: Divulgação)

 

 

“Estar organizadas é o que nos salva. O feminismo é a melhor coisa que já aconteceu comigo. Permitiu-me ver que essa democracia em que vivemos não pode ser uma democracia se não estivermos representadas, se nossas vozes não puderem ser ouvidas por não temos nenhuma posição de poder. O debate sobre a legalização do aborto fez com que os assuntos ligados ao feminismo se tornassem mais comuns, algo sobre o qual você encontraria homens conversando em um café, por exemplo, e que, para mim, era algo que nunca tinha acontecido antes. Todas e todos são bem-vindos e bem-vindas para se juntar ao movimento feminista.”

"O progresso que fizemos não pode ser desfeito" - Florencia Marolakis, 20, estudante e integrante do grupo de jovens da Anistia Internacional Argentina

Florencia Marolakis (Foto: Divulgação)

 

 

“Eu tenho um irmão mais jovem. Em casa, ele sempre tinha permissão para fazer as coisas antes de mim, mesmo sendo mais velha. Quando eu tinha nove anos, recebi uma nova bicicleta de presente. Eu queria sair e andar sozinha, mas meus pais me disseram: ‘Não, algo pode acontecer com você porque você é uma menina’. Eu não conseguia entender por que eles disseram aquilo. Isso me deixou com raiva, mas, com o tempo, eu percebi que não era culpa deles. Eles realmente estavam com medo. Eu sou definitivamente uma feminista. A consciência do que é o feminismo e por que ele é importante é algo que comecei a ver nas pequenas coisas do dia-a-dia, e isso se tornou mais conhecido nos últimos anos graças ao movimento das mulheres. O progresso que fizemos não pode ser desfeito.”

“Eu nunca vivi nada parecido” - Yaridbell Licón Rodríguez, 26, gerente de mídias sociais e jornalista. Nascida na Venezuela e agora morando na Argentina

Yaridbell Licón Rodríguez (Foto: Divulgação)

 

 

“Eu sou da Venezuela e lá ninguém fala sobre aborto; não é algo sobre o qual você pode sentar e conversar. De repente, estou em um país cheio de mulheres incríveis que saem às ruas para se apoiarem e se posicionarem, totalmente unidas. A coisa toda me dá arrepios porque eu acho superemocionante que esse tipo de movimento exista aqui. Eu quero que ele exista no meu país também, e é por isso que estou dizendo tudo isso. Aquele dia para mim foi... eu nunca imaginei que sentiria o que senti naquele momento.”

Na Argentina, assim como em muitos outros países, o aborto é criminalizado, exceto em circunstâncias muito limitadas. Pessoas que engravidam e não podem ou não querem continuar com a gravidez são, muitas vezes, forçadas a tomar uma decisão impossível: colocar suas vidas em risco ou ir para a cadeia.

A Anistia Internacional Brasil tem uma petição aberta para ajudar a pressionar as autoridades argentinas pelo acesso das mulheres ao aborto legal e seguro. Contamos com a sua ajuda!

A androginia que me completa

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Danielle Torres: a executiva e escritora trata da androginia em sua nova coluna (Foto: arquivo pessoal)

 


Por vezes encontro-me admirando fotos de alguns dos meus ídolos da música dos anos oitenta. Eu era ainda criança nesta época e a maior parte deles somente pude acompanhar já na minha adolescência.

Algo que admiro em algumas dessas fotos é a androginia que elas carregam. Confesso que em um primeiro pensamento – simplista, claro – tenho a sensação que, ao menos no universo da música, a expressão da moda era mais livre.
Infelizmente, essa realidade não encontrava paralelo no meu entorno à época. Bastava eu usar um lápis preto no olho ou algum símbolo lido como “feminino” para ser motivo de chacota.
Nem mais consigo me lembrar das inúmeras vezes que fui também questionada, ao longo da adolescência, quanto aos motivos que me levavam a manter os meus cabelos compridos. Sim, eu por vezes era identificada como menina. Aquilo era para mim uma sensação libertadora. Mas o meu entorno não tardava a me repreender: “você precisa cortar esses cabelos”.

Ao acolher na vida adulta o meu feminino inerente, um dos primeiros diálogos que precisei colocar em dia era qual seria a minha aparência

Pois, então, ao acolher na vida adulta o meu feminino inerente, um dos primeiros diálogos que precisei colocar em dia era qual seria a minha aparência. A cobrança do meu entorno social, a partir do momento que me afirmei ser mulher, era: “pareça uma”.
Não obstante as inúmeras pressões que sofri, mantive a minha essência. Sou feminina, sim, e permaneci andrógina. A realidade é que hoje em dia muitas vezes passo no meu cotidiano sem sequer ser notada como pessoa trans, e outras vezes nem tanto. Qual é o problema de eu expressar esta ambiguidade?
Não precisei ser ensinada a expressar-me da forma que sou. É claro que com o tempo amadureci e encontrei o meu estilo e voz, mas tudo isso partiu de um ponto claro: tão e somente quero ser eu. Pode parecer óbvio, mas não foi-me imediata a compreensão deste fato.
Eu admiro a androginia que expresso. Sou encantada pela possibilidade de significar-me em um limiar que não é necessariamente rígido. Ser andrógina não muda ou afeta a minha identidade como mulher, apenas acentua o meu sentimento de que todas nós temos o direito de nos sentirmos plenas e livres.

FALAS

Qual das
falas
recrimina
a liberta ou
a contida?

Enquanto
contida
era
clamava
pela voz
de um macho
inexistente

depois de
resoluta e
a mostra,
retrai a fêmea
e exige
novamente
o macho

Perceba,
não consigo
nada além
do que faço

e se cessar
de abrir
as cortinas
deste palco
verá que
é tudo
parte
do mesmo
acaso

Portanto
deixemos
de lado
linhas
solitárias
e vamos aos
fatos:

sua sorte
é caber
sem adoecer
a minha
é lutar
para nunca adoecer

Uma é fato
caminho,
a outra é fardo
incerto.

- Victoria Novisck

Alongamento de cílios: investigamos os prós e contras do procedimento

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Extensão de cílios: os prós e contras (Foto: Getty)

 

Muitos dizem que o alongamento de cílios prejudicam os fios naturais. É um mito que ronda o universo de beleza há muito tempo, mas será que há alguma porcentagem de verdade nisso? A repórter da Marie Claire norte-americana Maya Allen usou extensões por seis meses ininterruptos e promete que não houve prejuízo para os cílios.

Há muitos aspectos a serem considerados em se tratando de alongamento de cílios. Eles estão perto dos olhos, afinal. Faça perguntas, pesquise, escolha um lugar limpo e conhecido, e deixe nas mãos de um especialista treinado. Para te ajudar a entender se o alongamento de cílios é a escolha certa para você, Allen conversou com Andra Marin, diretora artística da boutique de cílios Courtney Akai, de Nova York, e com o oftalmologista Alberto Distefano, da Escola de Medicina da Universidade de Boston. Juntos, eles explicaram tudo o que você precisa saber sobre alongamento de cílios.

O checklist do alongamento de cílios

A primeira e coisa mais importante é determinar se você é uma boa candidata para o alongamento de cílios. Segundo Marin, as perguntas cruciais são:

Eu costumo dormir com o rosto voltado para baixo?
Eu mexo nos olhos com frequência?
Eu tenho tendência a puxar os cílios?
Eu tive alguma infecção no olho que me tornaria sensível à extensão?
Fiz algum procedimento nos olhos recentemente?

Há também perguntas para o especialista escolhido:

Qual o processo de esterilização das ferramentas utilizadas?
Quais são os requisitos em termos de qualificação para os profissionais do estúdio?

Dificuldades para responder as perguntas acima são indícios de inadequação, segundo Marin. Pode haver prejuízo devido à aplicação, infecções por pinças não esterilizadas, e reações alérgicas a colas abrasivas. “Os produtos usados na região dos olhos devem ser de boa qualidade e não podem criar desconforto durante a aplicação. Minimizar irritações, prevenir infecções e reações alérgicas são coisas pelas quais profissionais sérios prezam. Lavar as mãos, limpar tudo e usar escovas e pinças esterilizados é imprescindível. É realmente uma questão moral.”

Uma prioridade deve ser checar a saúde dos seus olhos. “Tenha certeza de que estão livres de infecções”, explica Marin. “Tenha o aval do seu médico antes de fazer alongamento de cílios se você fez alguma cirurgia ou procedimento na região.”

Material e origem dos cílios importam - e muito

“Anos atrás, os cílios naturais eram considerados superiores. Hoje em dia, a diferença entre os naturais e os sintéticos é quase imperceptível”, avalia Marin. As opções sintéticas são hipoalergênicas e, se você for alérgica a pelo animal, pode ter reações aos cílios naturais. De onde elas vêm também é importante: “Eu uso e recomendo produtos feitos nos Estados Unidos, onde há adesivos de qualidade médica à disposição, que são muito bem tolerados pelas pessoas, porque raramente causam irritações.”

Extensões longas e volumosas podem fazer mal

É sempre indicado consultar um especialista para determinar que tipo de cílios combinam com o comprimento dos seus fios naturais. “Usar cílios longos ou volumosos demais pode fazer mal a longo prazo; eles pesam mais do que cílios mais curtos e podem fazer mal ao folículo, alerta Marin. “Isso pode fazer seus cílios naturais caírem prematuramente, o que traz danos permanentes. Fique com um alongamento cujo comprimento seja até 2 milímetros maior que seus cílios naturais e de diâmetro igual. A curvatura e formato podem, claro, ser escolhidos de acordo com sua preferência.”

Saúde em primeiro lugar

O oftalmologista Alberto Distefano frisa a importância de escolher um profissional que te deixe à vontade e de garantir que o equipamento esteja seguro. Apesar de o alongamento de cílios oferecer poucos riscos, eles ainda existem. “Cílios postiços podem aumentar o risco de infecções nas pálpebras e olhos”, diz ele. “Pode haver bactérias na cola e nos próprios cílios quando estes forem usados por um extenso período. Com a extensão, é mais difícil limpar em volta dos olhos, o que permite às bactérias se desenvolverem.” Isso pode parecer assustador, mas fique tranquila: basta consultar um oftalmologista. “Isso pode ser tratado com antibióticos de uso tópico, oral ou intravenoso. Se tratado, o risco à visão é baixo, mas pode crescer se o tratamento for delegado.” Também há uma chance de ter uma reação alérgica à cola ou aos cílios. "Faça um teste para reação alérgica aplicando uma pequena quantiade de cola no seu pulso. Uma reação alérgica aparece com vermelhidão, inchaço e coceira", recomenda o especialista. 

Como cuidar de seu alongamento de cílios

Faça
Escovar diariamente e cuidar gentilmente de sseu alongamento. Ele é aplicado sobre seu próprios cílios, então seja cuidadosa.
Limpar sua extensão de cílios regularmente com um cleanser sem óleo. Ou lavar com uma fórmula própria.
Secar com um papel toalha ou toalha macia depois do banho ou de entrar na água.

Não faça
Esfregar seus olhos com frequência. Evite friccionar, encostar e puxar seu alongamento de cílios.
Aplicar produtos com óleo nos cílios.
Usar produtos de maquiagem à prova d’água ou de longa duração.
Usar curvex ou produtos aquecidos.

Infelizmente, não há nada que se possa fazer para evitar: seu alongamento de cílios vai cair

Caso você esteja se perguntando se há algum produto mágico para preservar o alongamento com o qual você gastou seu suado dinheirinho, não há, infelizmente. “Nada vai realmente fazer as extensões durarem mais do que o ciclo natural delas”, confirma Marin. “Cílios naturais crescem e caem em ciclos, assim como cabelo, que geralmente duram entre 60 e 90 dias, a depender de aspectos individuais, então não há produtos ou técnicas que possam modificar isso. Cada um perde, normalmente, entre um e cinco cílios todos os dias.”

Tenha cuidado: não há regulamentação específica

“Não é comum que seja requisitado algum certificado para aplicar cílios. Enquanto muitos recebem treinamento adequado de estúdios de cílios, outros são mal treinados por profissionais não certificados ou, pior, aprendem assistindo a vídeos do YouTube”, explica Marin. “Ainda há uma necessidade de boa educação nessa indústria relativamente jovem, e uma necessidade de mais informações para profissionais, bem como para clientes de extensões de cílios.”

Nubia Olliver fala sobre os dois abortos que fez: “Não me arrependo”

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Nubia Oliiver (Foto: Reprodução/Instagram)

 

Nubia Oliiver passou por momentos intensos em sua vida que, muitas vezes, prefere guardar em uma caixinha, mas aceitou compartilhar um pouco de sua história com a Marie Claire. A modelo conta que já realizou dois abortos, o primeiro em 1991 e outro, mais recente, em 2005, pouco antes de sua única filha, Anne Abate, de 15 anos nascer.

 

Não me arrependo de nenhum deles. Não tinha condições financeiras e nem psicológicas para colocar um filho no mundo. Sabemos que o aborto é um problema de saúde pública no nosso país. O direito fundamental deveria ser da mulher. Acredito que a mulher tem o direito de decidir, a sociedade respeita, o Estado garante e cuida e ninguém deve se meter", pontua.

Pouco antes do segundo procedimento, em 2004, ela foi diagnosticada com depressão e síndrome do pânico, depois de um acidente que sofreu. A partir daí, ela descobriu que tem pré-disposição genética para desenvolver a doença.

Minha carreira começou muito rápida em 1993 e eu não estava preparada. No ano seguinte, tive um acidente de moto, não me machuquei gravemente, porém isso desencadeou a síndrome do pânico e de lá para cá vieram algumas crises. A depressão também veio logo em seguida, mas não teve um fato ocasional, foi uma soma de fatores. Descobri que também está no meu DNA porque algumas pessoas da minha família têm a mesma doença. Estou bem hoje, sou acompanhada pelos meus médicos, psiquiatras e faço uso dos medicamentos conforme prescrição deles”, explica.

Nubia Oliiver e a filha, Anne, de 15 anos (Foto: Reprodução/Instagram)

 

Pessoas que sofrem deste mal têm de ficar com os olhos bem atentos aos sintomas de recaídas. Ela conta que passou por isso quando perdeu o então namorado, Paulo Santana, morreu, em 2016, vítima de uma insuficiência renal.

Claro que tive sim uma recaída devido ao que aconteceu! Me lembro também que no começo da adolescência, passei por uma tentativa de suicídio quando eu tinha 13 anos”, revela.

Hoje em dia, aos 45 anos, a modelo se vê muito feliz e realizada profissionalmente e, por isso, prefere viver a vida sem neuras principalmente com relação ao seu corpo.

Não me comparo a ninguém e isso faz com que eu não faça loucuras com ele. Gosto de comer, beber e uso a lei da compensação: ‘exagerou um dia, fica dois de castigo’. Malho o necessário para manter o corpo saudável e harmônico. Minha autoestima é muito bem resolvida, me aceito e me amo”, declara.

Outro motivo que a deixa com a mente muito tranquila é a vida em sua fazenda, em Uberaba, no interior de Minas Gerais, onde ela relaxa ao lado de sua criação de cabeças de gado.

“Amo fazenda, amo terra e tudo que ela nos dá. Adoro criar gado, cavalos, bichos e sou muito ligada nos agronegócios. O contato com a natureza é vida, um renascimento para mim. Tenho uma fazenda, mas a estrutura é pequena ainda. Temos gado de corte, cria, recria, engorda e gado leiteiro. Isso é investimento. Cavalos é prazer”, detalha.

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