Foi em Top Model, novela-hit de 1989, que Flávia Alessandra fez seu début em uma trama de TV. Mas não foi essa sua primeira vez na telinha. Pelo contrário: sua trajetória profissional é cheia de “primeiras vezes” inusitadas. Para conquistar o papel de Tania, uma aspirante a modelo, ela participou de um concurso do Domingão do Faustão.
Aos 15 anos, desbancou ninguém menos que Adriana Esteves e Gabriela Duarte, que também estavam na disputa. A essa altura, entretanto, Flávia já era conhecida pelo público: sua estreia em comerciais havia acontecido quase uma década antes. Aos sete anos, começou a trabalhar como modelo em campanhas publicitárias. “Não tive uma história sofrida, mas percorri um longo e lento caminho até chegar onde estou”, diz. Lento porque, mesmo após tudo isso, Flávia decidiu dar um tempo na profissão de atriz. Cursou a Faculdade de Direito, formou-se e, quando estava no processo de abrir o próprio escritório de advocacia, foi chamada para "A Indomada", novela de 1997. A trama foi dirigida por outra “primeira vez” de Flávia: Marcos Paulo, que viria a se tornar seu marido e com quem teve a primeira filha, Giulia, hoje uma adolescente de 13 anos. Os dois foram casados por cinco anos e mantiveram uma relação harmoniosa até Marcos morrer, em 2012 (em decorrência de uma embolia pulmonar). O segundo casamento, com o apresentador Otaviano Costa, aconteceu em 2007 – os dois haviam se conhecido apenas meses antes, em um cruzeiro a trabalho.
Um encontro arrebatador, daqueles com atração à primeira vista. Com ele, teve a segunda filha, Olívia, de 3 anos. O segredo para um relacionamento longo e feliz, diz Flávia, é se permitir ser sincera, sempre. “Claro que o cotidiano é cheio de altos e baixos”, conta.
“Mas sou do tipo que gosta de ser honesta comigo mesma e com os outros. Quando amo, coloco os sentimentos para fora – basta falar do jeito certo e na hora certa”. Para ela, a rotina amorosa também não tem que seguir um padrão definido. “Há momentos que não estou a fim de ser tocada. Em outros, procuro romance. No dia seguinte, quero sexo”. No ar em "Além do Horizonte" como uma mãe independente que criou a filha sozinha, ela enxerga afinidades entre a personagem fictícia, Helóisa, com a real, Flávia: as duas foram mães superjovens e colocam a família em primeiro lugar. Prestes a completar 40 anos (ela faz aniversário em junho), feliz e bem-sucedida, Flávia também é dona de um corpo escultural – conquistado, segundo ela, com bastante esforço. “O único jeito que conheço para manter a forma é fechar a boca e praticar exercícios!”, diz. “Mesmo assim, há dias em que me sinto uma top model. Em outros, nem tanto”. Separamos algumas de suas revelações picantes. A entrevista completa com atriz e ainda um depoimento especial de Otaviano Costa você confere na edição de janeiro de Marie Claire, que chega às bancas nesta sexta-feira (3).
...Tomou um porre
“Depois de um almoço em família, minha avó paterna, Albertina, tomou uma dose de um licor de menta. Eu tinha 12 anos e não fazia ideia de que a bebida adocicada era alcoólica e acabei experimentando sem que a matriarca sequer notasse. Acabei vermelha e rindo além da conta – minha avó precisou cuidar de mim após o ocorrido. De vez em quando, isso acontece de novo. Quem nunca passou por isso?!”.
...Posou nua
“Eu namorava o Otaviano e já tinha me comprometido com a Playboy. Se ele sentiu ciúmes, nunca demonstrou. Tanto que o convoquei para me ajudar a selecionar as imagens. Em 2009, fiz outro ensaio e, mais uma vez, tive o apoio (e confiança) do meu marido”.
...Pintou o cabelo
“Aos 14 anos, virei ruiva. Achei incrível descobrir a possibilidade, como mulher, de me transformar. Atualmente, quem cuida do meu cabelo é o hairstylist Marcos Proença, meu padrinho de casamento”.
...Foi pedida em noivado
“Em 2006, Otaviano me pediu em noivado. Mas eu não gostei. Respondi para ele que não sou mulher de ficar noiva. Ou a gente namorava ou a gente casava! No mês seguinte, após cinco meses de namoro, subimos ao altar”.
...Usou sutiã
“Nunca gostei da peça e, até hoje, só uso sutiã por obrigação. Eu já era praticamente adolescente quando minha mãe insistiu para eu vesti-lo. Tinha 11 anos”.