Marie Claire mostrou recentemente casos de mulheres que sofreram crimes virtuais. Como, por exemplo, a história de Júlia Rebeca, de 17 anos, que após ter um vídeo íntimo compartilhado pelo celular, caiu em depressão e se suicidou. E Thamiris Mayumi Sato, de 21 anos, que teve fotos suas divulgadas na web pelo namorado e além disso, foi ameaçada de morte por ele. Para falar sobre como as vítimas podem reagir, conversamos com o delegado Emerson Wendt, diretor do Gabinete de Inteligência da PCRS, a advogada Lisiane Pratti, especialista em propriedade intelectual e o advogado Alexandre Atheniense, especialista em direito virtual pela universidade de Harvard. Confira as dicas:
1. Verifique em que sites as fotos ou vídeos estão publicados. Imprima e guarde esses dados.
2. Registre o ocorrido na delegacia de polícia mais próxima à sua casa. Com a ajuda de um advogado, registre o fato de ter sido exposta sem consentimento em um cartório.
3. Entre em contato com os sites que usaram as imagens. Diga quem é você e explique que foi vítima de um crime. Peça para que os administradores retirem as fotos do ar.
4. Faça o mesmo com mecanismos de busca, como o Google, para que retirem (o verbo é 'desindexar') seu nome das buscas. Se os sites não forem rápidos nessa limpeza, o advogado pode obter medida cautelar para garantir que ela seja feita.
5. Na justiça, o advogado pode abrir dois tipos de processos: o criminal e o cível. No primeiro, trata-se de provar a autoria do crime e algumas penas podem chegar a tempo de cadeia. No segundo, pode-se pedir indenização em dinheiro pelos danos causados.