O mercado de namoro online virou um negócio milionário no mundo todo. OkCupid, Match.com e Howaboutwe usam filtros e dados para ajudar as pessoas a encontrarem as pessoas que mais têm sintonias umas com as outras e até dão dicas do que fazer. Mas, o que fazer quando não se está em frente ao computador? Como lidar com encontros inesperados em mesas de bar, por exemplo?
Lauren McCarthy, artista e programadora que trabalhou em empresas como o Metropolitan Museum of Art e o IBM, parece ter a solução. A norte-americana foi idealizadora da página online Social Turkers. Tudo começa como qualquer outro encontro que passa do virtual para a vida real. Ao deparar-se com o (até então) desconhecido, Lauren coloca o iPhone em cima da mesa e aperta o botão de gravar áudio e vídeo e transmite em tempo real o que está acontecendo, para os colegas do site. O que deixa algum dos pretendentes confusos, sem saber o que está acontecendo.
"Uma curiosidade que eu queria levantar com isso foi: 'você está ciente de que quase todo mundo com um smartphone realmente está levando uma câmera do dispositivo sempre conectada?'. Meu telefone estava sempre à vista de todos, mas poucos pensaram duas vezes sobre isso", disse Lauren em entrevista para o site americano Fast Company. Com o desenrolar do encontro, a norte-americana aguarda o feedback dos “Tukers” (usuários do aplicativo), que são pagos para assistir a transmissão, interpretar e determinar o que ela tem de fazer em seguida, de acordo com o ritmo da conversa entre os dois. “É impressionante como alguns deles percebem quando eu estou nervosa, ou quando estou mais relaxada, e me aconselham a seguir em frente, ou não”, disse na entrevista.
Lauren atualmente trabalha numa versão de aplicativo do Social Turkers e se diz animada com o resultado. “É como se tivéssemos nosso feed do Twitter, sendo que em vídeo. Isso vai mudar a forma como interagimos. Estranhamente, saber que desconhecidos estão acompanhando o que acontece com você naquele encontro, dá sensação de segurança. Como se você não estivesse sozinha”, conclui Lauren. Será que isso funcionaria no Brasil?