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Mulher relata sexo com outros diante do marido: 'Me senti mais sexy do que nunca'

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Conheça a história da americana que decidiu fazer sexo com outros homens para realizar fetiche do marido (Foto: Reprodução)

Imagine uma pessoa em um relacionamento feliz com tudo dando certo. Conforme o tempo passa, o casal desenvolve a intimidade necessária para conversar sobre as fantasias sexuais que gostariam de realizar. Mas além das algemas ou das brincadeiras de paciente e enfermeira, o companheiro pede: "Quero ver você com outros homens". Foi o que aconteceu com Stacey, uma americana que contou sua experiência à Marie Claire dos Estados Unidos.

Seu então marido se propôs a organizar encontros sexuais para que ela fizesse o que desejasse com estranhos. Em algumas ocasiões, ele, inclusive, pediu para assistir a relação via Skype enquanto viajava a trabalho.

No início, Stacey aprovava o fetiche. "Agradá-lo me dava prazer, assim como ser centro das atenções", contou. Para a americana foi a época em que mais se sentiu sexy e confiante.

A prática de "cuckolding", que significa marido de uma adúltera, em inglês, é um fetiche prazeroso que representa, para alguns homens, um tipo complexo e erótico de humilhação.

Alguns deles anseiam pela submissão, outros se gabam por possuir o objeto de desejo de terceiros, enquanto há os que enxergam na prática uma forma de explorar a sexualidade masculina. Há ainda os que se excitam somente em ver suas esposas ou namoradas serem realizadas de formas novas.

O fetiche é quase sempre do homem e não da mulher, disse o médico David J. Ley, autor do livro "Insatiable Wives". Mas não significa que elas também não sintam prazer no ato. "A mulher também encontra emoção, satisfação e estimulação ao explorar o tabu sexualmente."

De acordo com a médica Susan Block, muitos praticantes do fetiche são voyeurs, enquanto suas mulheres são exibicionistas, formando uma combinação perfeita.

O cuckolding, se analisado genericamente, teria uma explicação biológica para excitação masculina. "Quando o marido sabe que sua esposa esteve com outros homens, sua paixão biológica aumenta, pois ele tenta competir fisiologicamente com o esperma  do outro", explicou Ley. "Seu pênis fica ereto mais rapidamente, ele penetra com mais força, ejacula mais espermatozoides e com maior distância. O homem fica ereto rapidamente após o sexo e quer ter relações com mais frequência". A médica Susan Block chama o fenômeno de "guerra de esperma."

No entanto, embora seja prazeroso, há um componente importante que pode complicar o relacionamento do casal: separar o fetiche do sexo regular, aquele que é feito no dia a dia.

A confusão entre os dois foi determinante para colocar um fim ao casamento de Stacey, de forma que a dominação e submissão se infiltraram em todos os aspectos de seu casamento, levando ao divórcio. "O que começou como a realização de uma fantasia rapidamente se tornou uma questão de controle e ressentimento".

Para Stacey, a mudança foi rápida e aconteceu praticamente do dia para a noite. "No início, você acha que é legal estar fazendo suas próprias regras, mas um dia eu acordei cheia de ressentimento, raiva e tristeza. Parte de mim não gostava do que estávamos fazendo, e ele não foi honesto quando disse que estaria tudo bem se eu quisesse parar". Desde então, a americana decidiu ter somente relações monogâmicas.

Ley já atendeu que passaram pelo mesmo problema. "Para a maioria continua a ser uma fantasia ocasional, uma atividade realizada de vez em quando. Mas já vi homens que se tornaram incrivelmente egoístas e exigentes [sobre a frequência] da fantasia. Isso não é uma dinâmica saudável, é uma forma egoísta de narcisismo."

"Se um casal quer explorar o cuckolding, eles devem começar devagar e com cuidado, brincando de interpretar papeis ou assistindo pornô juntos", aconselhou o médico Ley.  "Descubra quais partes da fantasia funcionam e quais são muito desafiadoras."


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