A visão de uma aurora boreal, fenômeno natural que pode ser observado em regiões próximas ao polos terrestres, em 2006,mudou a vida do carioca Daniel Japor. “As luzes são o fenômeno mais bonito e misterioso da Terra, e que só ocorrem em regiões extremas do globo, onde poucos habitam ou podem chegar por causa dos custos. Acredito que seja uma experiência que deve ser vivida ao menos uma vez na vida por todos os habitantes do planeta”, diz.
Desde então, o advogado de 40 anos transformou o turismo em atividade profissional e se tornou um “caçador” de aurora boreal. Já foram quase 30 expedições, que levaram cerca de 500 brasileiros para presenciar a “dança das luzes”, como também é conhecido o fenômeno provocado pela interação entre partículas solares carregadas de eletricidade e a atmosfera terrestre.
Em setembro, Japor embarca para a Noruega com 16 brasileiros para conhecer o que ele considera uma “experiência natural inigualável”. “Além de ser um destino totalmente inovador,as auroras são difíceis de prever, o que faz com que qualquer turista se torne um 'caçador'. Nós vamos atrás das luzes em locais quase desertos. E é uma grande emoção quando o céu nos brinda com um espetáculo incrível diante dos nossos olhos. Há quem chore, abrace, reze, comemore como se fosse um gol ou uma festa de réveillon.”
O trabalho do “caçador” de auroras boreais ficou mais conhecido em 2011, quando acompanhou, como consultor, a equipe de produção do quadro “Planeta Extremo”, do Fantástico. O espetáculo visual pode ser observado de países com regiões no Círculo Polar Ártico, como Noruega, Suécia, Dinamarca, Finlândia, Rússia, parte da América do Norte e na Escócia. As tempestades solares também são visíveis também próximas ao Polo Sul, onde recebe o nome de aurora austral.