Membros do Estado Islâmico (EI) queimaram viva uma jovem que teria se recusado a participar de um "ato sexual extremo" no Oriente Médio, denunciou uma funcionária da ONU ao relatar a extensão dos crimes de guerra realizado pelo grupo contra mulheres.
De acordo com o site "The Huffington Post", Zainab Bangura ouviu de refugiados o tratamento terrível que vítimas de sequestro sofrem nas mãos dos jihadistas, com jovens virgens sendo leiloadas entre as atrocidades do grupo.
A jovem Zuhour Kati foi mais uma a ser morta de forma brutal por não ceder aos desejos do EI. "Nós ouvimos um caso de uma menina de 20 anos de idade que foi queimada viva porque ela se recusou a realizar um ato sexual extremo. Nós soubemos de muitos outros atos sexuais sádicos. Temos lutado para entender a mentalidade das pessoas que cometem tais crimes", contou.
A representante sobre violência sexual da ONU na área de conflito afimou que a minoria Yazidi está particularmente em risco, pois o grupo extremista acredita que esta população seja "adoradora do diabo" e "apóstata". "Eles cometem estupro, escravidão sexual, prostituição forçada e outros atos de extrema brutalidade", disse Bangura.
Depois de atacar uma comunidade, o Estado Islâmico executa homens com mais de 14 anos de idade e inicia a seleção de mulheres que serão sequestradas. "As meninas são despidas e têm a virgindade testada. A mais nova e aquelas consideradas mais belas são levadas para Raqqa", onde posteriormente serão leiloadas.
Os compradores levam consigo três ou quatro meninas para serem usadas como escravas sexuais até serem postas devolta no "mercado" depois que os jihadistas se cansam delas.
"Ouvimos sobre uma garota que foi negociada 22 vezes. Outra, que havia escapado, disse-nos que o xeique que a tinha capturado escreveu seu nome na parte traseira de sua mão para mostrar que ela era sua 'propriedade'", relatou Bangura.