Os pais de uma americana que morreu de câncer de pele aos 26 anos após anos fazendo bronzeamento artificial estão encabeçando uma campanha por mudanças na lei que permite a atividade no país.
Glenna Kohl, que segundo os pais era viciada em bronzeamento, foi diagnosticada com melanoma em 2005, logo após a formatura do segundo grau. Ela trabalhou anos como salva-vidas e, além das horas embaixo do sol, ainda se submetia a constantes sessões de bronzeamento artificial.
Três anos depois de iniciar o tratamento, a jovem não resistiu à doença e morreu aos 26 anos. Agora, os pais de Glenna se engajaram na luta para alertar jovens sobre os riscos do bronzeamento.
“Ninguém em nossa família sabia o que era melanoma”, disse Colleen Kohl, mãe da jovem, à revista Cosmopolitan. Segundo ela, Glenna tinha apenas 22 anos quando descobriu uma ferida na virilha, do tamanho de uma bola de golfe, quando estava na academia.
A jovem foi a um médico e fez uma biópsia. O hematoma foi diagnosticado como um câncer reincidente, resultado de um outro nódulo que Glenna tinha removido anos antes sem que os médicos diagnosticassem se tratar de um melanoma.
O câncer já estava no estágio 3, mas segundo os pais, a jovem não se deixou abater e estava preparada para enfrentar a doença. “O que eu tiver de fazer para me livrar do câncer, eu farei”, disse ela segundo o pai, Bob.
Os médicos removeram 13 nódulos de Glenna, mas a doença já tinha se espalhado para o sistema linfático. A jovem teve de tomar medicamentos muito fortes e se submeteu a tratamentos experimentais com terríveis efeitos colaterais, mas que não surtiram efeito. Ela morreu em novembro de 2008.
Desde então, os pais lançaram uma fundação chamada Glenna Kohl para ajudar a “aumentar a conscientização da sociedade para a mportância da prevenção e diagnóstico precoce da doença”, além de apoiar pacientes do câncer de pele.
Graças ao trabalho de Collenn e Bob, o estado de Massachusetts aprovou uma lei, em 2014, proibindo as câmeras de bronzeamento artificial para menores de 16 anos e exigindo o autorização pro escrito dos pais para jovens com 16 e 17 anos. Mas eles querem mais conscientização sobre o perigo da doença.
“Mesmo Glenna tendo sida uma jovem que cuidava muito da saúde, ela não sabia que o bronzeamento poderia causar câncer. A morte dela é um alerta ao perigo dessa doença, por isso vamos continuar o trabalho”, diz a mãe.
O melanoma é a forma mais mortal do câncer de pele, com mais de 9 mil mortes por ano nos EUA. A Fundação de Pesquisa do Melanoma afirma que fazer sessões de bronzeamento artificial antes dos 30 anos aumenta em até 75% o risco de desenvolver a doença.