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Fotógrafo retrata a rotina de pais suecos que conquistaram o direito à licença-paternidade

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Göran Sevelin, 27, estudante: “Ao ficar em casa, tenho mais tempo para me conectar com minha filha e isso é muito importante para nosso futuro juntos.” (Foto: Reprodução Johan Bävman)

Na busca pela igualdade de gêneros, a Suécia aprovou a licença parental. O sistema atual permite que os pais fiquem em casa com o filho recém-nascido durante 480 dias, enquanto recebem subsídio do Estado. Deste total, 60 dias devem ser obrigatoriamente tirados pelo pai e outros 60 pela mãe, o restante pode ser dividido como o casal desejar.

Por conta desta partilha mais equitativa, em alguns casos foi o pai quem decidiu passar mais tempo ao lado do filho. Apesar do benefício, apenas 12% dos homens compartilham a totalidade da licença com as esposas.

Essa porcentagem chamou a atenção do fotógrafo Johan Bävman, que decidiu documentar a rotina de homens que passaram quase um ano ao lado do filho. Chamado de “Swedish Dads” (“Pais Suecos”), a série fotográfica procura entender o motivo pelo qual decidiram ficar em casa e qual aprendizado tiraram disso.

Comecei o projeto quando estava em casa com meu filho. Passei bastante tempo procurando em livros, blogs ou qualquer outro tipo de publicação algo escrito para mim, como pai. Então, tive a ideia de documentar esses pais durante a licença parental”, escreveu em seu site.

Além das imagens, o trabalho traz ainda depoimento desses pais. E tende a servir de incentivo a outros homens para que essa porcentagem aumente.

URBAN NORTH COM O FILHO HOLGER DURANTE OS 10 MESES; E OLA LARSSON COM GUSTAV DURANTE OS 8 MESES (Foto: Reprodução Johan Bävman )



Urban North, 32, consultor de infraestrutura. “Minha esposa e eu tentamos ser o mais igual possível no nosso dia a dia.”

Ola Larsson, 41, comprador: “É uma verdadeira dádiva poder criar laços emocionais tão fortes com os filhos”

ANDREAS BERGSTRÖM ESTÁ EM CASA DESDE O NASCIMENTO DE SAM, QUE TEM UM ANO; E MARCUS PRANTER COM SEU PEQUENO (Foto: Reprodução Johan Bävman)



Andreas Bergström, 39, oficial de justiça: “Meus filhos confiam tanto em mim quanto na mãe. Saber que posso confortá-los é algo importante para mim.

Marcus Pranter, 29, comerciante de vinhos: “Minha parceira e eu somos igualmente responsáveis por colocar nosso filho no mundo, então dividimos a responsabilidade de criá-lo.


“Espero que, com ele, eu possa plantar uma semente nos pais suecos e de outros países para que eles pensem sobre o impacto que este tipo de experiência pode exercer sobre si mesmos, sobre as crianças e sobre o relacionamento deles durante um período de tempo mais longo. E mais: Que tipo de sociedade teríamos na Suécia se todos compartilhassem de uma licença parental equitativa? E esse sistema se tornaria realidade em outros países? Espero que minhas fotos estimule este tipo de pensamento.”

Lembrando que, no Brasil, a lei compreende que apenas as mães tenham o direito a tirar quatro meses de licença-maternidade. Aos pais são concedidos apenas cinco dias de folga.

 


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