Quantcast
Channel: Marie Claire
Viewing all articles
Browse latest Browse all 305965

Grazi Massafera: “Cobre o que quiser de mim, não garanto que eu vá ouvir”

$
0
0
Grazi Massafera (Foto: Manuela Scarpa)

 

 

Grazi Massafera tem superado as expectativas do público e surpreendido cada dia mais como atriz. Hoje, no papel de Paloma de Bom Sucesso, a atriz cativou o público de tal forma que muitas mulheres se veem no lugar daquela costureira batalhadora do subúrbio do Rio de Janeiro. Apesar do sucesso, ela não consegue escapar das cobranças para ser eternamente jovem e linda, mas não se entrega às exigências.

 

Cobre o que quiser de mim, mas não garanto que eu vá ouvir ou obedecer porque o tempo passa para todos e eu acho ridículo quem não assimila esse tempo. Claro que a gente quer ficar bem, todo mundo quer envelhecer bem, mas se mutilar é uma coisa bem diferente de envelhecer bem, então eu fico tentando observar o que eu não quero ou o que eu quero. Eu amo esporte, não faço pelo meu corpo, mas pela minha mente. O benefício é pela saúde. Se eu vou viajar tem que ter esporte, eu não gosto de ir para algum lugar que não tenha uma caminhada ou alguma coisa pra fazer. Nas férias eu gosto mais ainda de fazer coisas diferentes”, explica.

A artista salienta que não é avessa às mudanças estéticas, tanto que já fez algumas antes mesmo de entrar no Big Brother Brasil 5, mas prefere uma beleza o mais natural possível.
Você já fez algum procedimento estético ou gostaria de fazer?

Já pus silicone, botox (porque eu tenho uma sobrancelha bem diferente uma da outra então eu dou uma levantadinha aqui), mas não sou de ficar em clínica de estética. De vez em quando eu faço um peeling. Não sou das máquinas, prefiro uma massagem, de vez em quando eu faço uma coisinha ou outra.”

Amante do Muai Thay e da yoga, Grazi já carregou convenceu Ingrid Guimarães dos benefícios e as duas treinam juntas quando as agendas de gravações permitem. Ela comenta que tem tentado dormir melhor e toma vitaminas para melhor o rendimento do organismo.

“Gosto de me exercitar e eu sou do dia, isso já ajuda muito. Eu estou levando 2 litros de água todo dia para o estúdio. E tem uma pessoa, meu maquiador que eu amo, que me fala a hora de comer porque às vezes esqueço, então estou fazendo essas coisas para ficar bem”, detalha.

Paloma (Grazi Massafera) se imagina como rainha de bateria da Unidos de Bonsucesso (Foto: João Cotta / TV Globo)

 

“Homenagem à minha mãe”

A atriz diz que sua personagem resgata seu lado mais popular e a simplicidade daquela menina lá de Jacarezinho, no interior do Paraná, uma garota muito espontânea. Além disso, Paloma é uma grande homenagem à sua mãe, Cleuza Soares, que tem a mesma profissão da protagonista.

É uma homenagem à minha mãe, que é costureira. Eu tenho ainda muita memória afetiva, o barulho da máquina de costura quando eu fecho os olhos. É muita lembrança então fazer uma personagem assim... Quando eu ia fazer uma costureira de novo para homenagear ela e tantas outras Palomas que tem por aí? Me lembrei de quanto minha mãe trabalhava, e o quanto isso me ajudou a me tornar uma mulher forte e batalhadora”, comemora.

Ao contrário da trama, Grazi não foi incentivada desde a infância a ter um amor incondicional pelos livros. Ela se recorda que em sua casa, quando pegava algum livro para ler, a mãe dizia “cê é vagabunda? Vai trabalhar”.

Livro era uma coisa que significava não ter o que fazer. Para a maioria do brasileiro infelizmente ainda é assim. Não julgo minha mãe, e minha família, mas é que tem uma conotação que não está fazendo nada, se está lendo. Mas é tão lindo. O hábito de ler tem que ser desenvolvido desde cedo. Hoje em dia eu leio com a minha filha, Sofia, a gente senta junto. Recentemente eu estava lendo o livro A Morte é Um Dia que Vale a Pena Viver, que é maravilhoso. É de uma das consultoras da novela. Ela me deu de presente e de início pensei ‘ai meu Deus, livro falando de morte’, mas quando você começa a ler, percebe que é sobre a vida, sobre a qualidade da vida, sobre como viver os seus dias aqui, porque a finitude existe para todos, mas seu tempo é diferente do outro. Se você tem uma doença, você entra em contato real com esse tempo”, descreve.

Outra característica fundamental de sua personagem é a paixão pelo Carnaval e pela escola Unidos de Bonsucesso. Na vida real, a artista já foi rainha de bateria da Grande Rio e da Imperatriz Leopoldinense e até gravou uma cena durante o desfile das escolas de samba na Marquês de Sapucaí.

A personagem tem muitos pontos que me fez reviver situações. É o lado popular, é o carnaval. Desde pequenininha eu saio na escola de samba da minha cidade, depois aqui no Rio de Janeiro. Ela está me fazendo entrar em contato maior com a leitura também. (Antonio) Fagundes é uma enciclopédia ambulante, uma biblioteca, e ele presenteia a gente com livros divinos e maravilhosos. Já estou com uma listinha que ele me deu, não estou conseguindo ler, mas vou ainda. É um presente estar com esse homem.”


Viewing all articles
Browse latest Browse all 305965