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Cameron Diaz fala sobre seu novo livro e a (não) maternidade: “Se um dia quiser, posso adotar”

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A atriz Cameron Diaz que, aos 42 anos, decidiu compartilhar suas dicas de saúde em livro: "Não sigo nenhuma dieta. Como de tudo, meu cardápio é muito equilibrado e isso faz com que eu não sinta vontade de trapacear" (Foto: Justin Lloyd / Newspix / Glow Images)

Parece que foi ontem, mas já faz exatos 20 anos que Cameron Diaz estourou no cinema interpretando a estonteante cantora Tina Carlyle, em "O Máskara". O corpo esbelto, os olhos azul-turquesa e o sorriso largo fizeram dela uma das atrizes mais admiradas de Hollywood.

Agora, aos 42 anos, ela capitaliza a tão aclamada boa forma, conseguida à base de alimentação equilibrada e um estilo de vida saudável, em outra arte, fora do cinema. O resultado é o "The Body Book" ("O Livro do Corpo", Ed. Paralela, 304 págs., R$ 70), um manual sobre nutrição, fitness e bem-estar que mescla experiências pessoais da estrela com informações de especialistas. Com mais de 200 mil cópias vendidas nos Estados Unidos, a publicação chega ao Brasil no próximo dia 10.

Em entrevista à Marie Claire por telefone, Cameron falou de seus hábitos alimentares, sua relação com o envelhecimento e sobre a (não) maternidade.

MC - Como surgiu a ideia do livro? O que mais inspirou você nesse processo?
Cameron Diaz - Decidi escrever quando estava perto de completar 40 anos. Muitas mulheres da minha idade perguntavam o que eu fazia para manter a forma e percebi que elas não tinham noção de como o corpo realmente funciona. Isso é insano! Você tem que saber exatamente como seu organismo trabalha. A gente costuma ouvir “faça isso, não faça aquilo”, “coma isso, nunca coma aquilo”. Por que devemos seguir essas regras se nem sabemos como nosso corpo age? No livro, quis deixar claro que cada ser tem necessidades diferentes. Por isso é tão importante esse autoconhecimento para ter qualidade de vida e ser feliz.

MC - O livro relata experiências pessoais. O que fez você mudar hábitos?
CD -
Em muitos momentos da minha vida, pensei: “O que estou fazendo comigo?”. Até os 20 e poucos anos, comia muita gordura e fast food. Notei que algo estava fora de controle na minha pele, fiquei com muita acne. Como o peso nunca foi uma preocupação, foi o jeito de meu corpo alertar que havia algo errado. Mudei a alimentação e a transformação em meu corpo foi gradual.

Capa de "O Livro do Corpo", manual sobre nutrição, fitness e bem-estar que mescla experiências pessoais da estrela com informações de especialistas e vendeu mais de 200 mil cópias nos EUA (Foto: Divulgação)



MC - Você é muito disciplinada ou eventualmente escapa da dieta?
CD -
Não sigo nenhuma dieta. Como de tudo, meu cardápio é muito equilibrado e isso faz com que eu não sinta vontade de trapacear. Tenho a vantagem de gostar bastante de alimentos saudáveis e de não ligar para doces. Isso torna tudo mais fácil. Eu poderia até comer algo mais gorduroso, mas não me sinto bem depois, fico inchada. E alimentação para mim é o contrário disso. Tenho que ficar bem.

"Sou minha própria nutricionista. É meu corpo, minha responsabilidade, e hoje sei exatamente o que funciona para mim."
 

MC - Mas você segue algum tipo de orientação profissional?
CD -
Não, sou minha própria nutricionista. É meu corpo, minha responsabilidade, e hoje sei exatamente o que funciona para mim. Fora isso, também procuro me manter sempre ativa, surfo, vou à academia, corro. Somos feitos para descansar apenas oito horas por noite e não o dia todo.

MC - Qual sua relação com o processo de envelhecimento?
CD -
Acho que envelhecer é um privilégio. Se você não fica velho, só há outra alternativa, que não acho muito legal [risos]. Não sou contra cirurgia plástica ou tratamentos estéticos. O importante é cuidar do corpo, independentemente de quantos anos você viva.

MC - Você foi citada como uma das mulheres que não contemplam a maternidade. Como lida com isso?
CD -
As mulheres sabem o que é melhor para suas vidas. Eu nunca fui enfática em dizer “vou ter” ou “não vou ter” filhos. Encaro isso de maneira muito leve. Se um dia quiser, posso adotar uma criança. Sou muito ok com essa situação e não me preocupo com o que os outros pensam. Não é algo para o qual eu viva. Vivo para mim mesma.


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