Você já imaginou como teria sido sua vida se tivesse escolhido um parceiro diferente? Para a fotógrafa tcheca Dita Pepe, imaginar não é o bastante. Há 15 anos, ela recria retratos de família registrando a si mesma em diferentes cenários familiares na República Tcheca, Itália, Alemanha e África do Sul.
“Fazer auto-retratos com outros homens me fez perceber como os parceiros podem influenciar um ao outro”, contou Dita, que vive com o marido e duas filhas nas Montanhas Beskydy, ao site da revista “Slate”. O projeto “Self Portraits” (Auto-retratos) começou em 1999, com a artista posando como “sósia” de algumas mulheres que ela achava interessantes.
Aos poucos, homens foram sendo incluídos na série. A fotógrafa, que inicialmente retratava apenas famílias conhecidas, passou também a abordar estranhos a participar do projeto, o que ela diz ter ajudado a entender as diferentes dinâmicas familiares.
“Nós falamos sobre a relatividades dos acontecimentos, de como um simples acaso poderia ter feito você nascer numa família diferente, ter outros amigos e parentes... Trabalhar com isso me ajudou a entender as diferentes visões de mundo e a lidar com aspectos da vida, a importância de certos valores e a valorizar pequenos momentos de felicidade. Este projeto mudou minha percepção do mundo e de mim mesma”, diz a fotógrafa.
Para criar contextos familiares autênticos, Dita diz que é importante entender o papel de cada integrante da família. Ela também adota as roupas e os trejeitos de cada esposa. Especializada em retratos, a fotógrafa já recebeu diversos prêmios internacionais por trabalhos como "Misses", "Love Yourself" e "Intimacy", em parceria com a documentarista Barbora Baronová. Saiba mais sobre o trabalho de Dita Pepe no site oficial da fotógrafa.