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Jovem sobrevive a ataque após levar dois tiros, ser colocada em um saco e ser jogada em um rio pela família

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FAMÍLIAS CONSERVADORAS DO PAQUISTÃO NÃO ADMITEM QUE MULHER ESCOLHA SEU MARIDO (Foto: GETTY IMAGES)

Uma jovem paquistanesa de 18 anos sobreviveu a um ataque cruel por se casar com o homem que ama. Saba Maqsood levou dois tiros, foi colocada dentro de um saco plástico e, depois, jogada em um canal como pena pelo matrimônio. O crime foi cometido por membros de sua própria família com a justificativa de limpar a honra de seus parentes, informou o jornal "Daily Mail". A notícia da brutalidade foi dada uma semana depois que outra jovem foi assassinada no país pelo mesmo motivo.

"A vítima se casou com o vizinho Muhammad Qaiser há cinco dias contra a vontade de sua família. Eles a levaram [para a cidade de] Hafizabad, atiraram duas vezes e a jogaram em um canal após colocarem-na num saco, presumindo que estava morta", contou o porta-voz da polícia Ali Akbar para a agência de notícias Reuters. Akbar afirmou que a jovem também foi ferida na bochecha e na mão direita.

Apesar de todos os ferimentos, Saba Maqsood recuperou a consciência e conseguiu sair do canal depois que parentes deixaram o local. "Ela é uma garota corajosa. Saiu do canal e se se aproximou de um posto de gasolina nas proximidades e foi ajudada por algumas pessoas, que a levaram imediatamente ao hospital", contou. Saba permanece internada, mas não corre risco de morte.

De acordo com o jornal, muitas famílias conservadoras consideram como desonra uma mulher se apaixonar e escolher o próprio marido. Segundo a tradição, a mulher deveria concordar em se casar com o  homem escolhido por seus parentes, mas caso se recuse, pode ser morta para limpar a honra da família.

No mês passado, uma mulher chamada Farzana Iqbal foi atacada e morta por membros de sua família por também ter se unido ao homem que amava. O caso repercutiu internacionalmente e ganhou condenação das Nações Unidas.

Em 2013, 869 casos semelhantes foram registrados no Paquistão, de acordo com a ONG Human Rights Watch, mas acredita-se que o número real seja maior.


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