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“Não faço da sensualidade o foco da minha carreira”, diz Rebecca da Costa

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REBECCA É A ESTRELA DO FILME "PROFISSÃO DE RISCO", QUE ACABA DE ESTREAR NO BRASIL (Foto: Divulgação)

Se o nome Rebecca da Costa ainda não lhe soa familiar, pode ter certeza que não vai demorar para você ouvir falar muito desta atriz brasileira e que ganha cada vez mais espaço em Hollywood. Nascida em Recife e morando nos Estados Unidos há quase cinco anos, Rebecca já tem no currículo participações em séries de TV e sete filmes. O mais recente dele, "Profissão de Risco", em que atua ao lado de Robert de Niro e John Cusack, estreia nesta quinta-feira (24) em salas de cinema de todo o país.

Em entrevista exclusiva para Marie Claire, Rebecca conta como foi o começo da carreira, estereótipos e a vida em Hollywood.

Marie Claire: Antes de se tornar atriz, você trabalhou como modelo. Como foi esse começo?
Rebecca da Costa:
Fui modelo durante dez anos. Quando tinha 14, me inscrevi em um concurso de beleza em Recife, cidade onde nasci, e de lá saí com um contrato para trabalhar em São Paulo, em uma das principais agências do país. Aos 16, fiz minha primeira viagem internacional, para participar da Semana de Moda de Milão. Depois fiz trabalhos em Paris, Nova York e outros lugares do mundo.

M.C.: E como deixou a carreira de modelo para se tornar atriz?
R.C.
: Antes de ser modelo, fiz aulas de teatro em Recife. Tive que parar por conta das viagens, mas nunca deixei de escrever roteiros e exercitar essa veia. Em 2008, me mudei para Nova York por conta dos meus trabalhos como modelo e lá que decidi começar um curso de teatro, na HB Studio NY de Uta Hagen. Passei a me dedicar 100% para essa nova direção.

M.C.: Tem medo de ser enquadrada pelo público naquele velho estereótipo de modelo-apresentadora-atriz?
R.C.:
As pessoas tem necessidade de rotular, me veem alta e magra e acham que só posso ser modelo. Mas nunca tive medo, sempre pensei que só precisava de uma oportunidade para mostrar do que era capaz. Podem achar o que quiserem de mim, contando que me deixem mostrar o meu potencial.

"NÃO ENCARO A SENSUALIDADE COMO UM PROBLEMA E NÃO FAÇO DELA O FOCO DA MINHA CARREIRA"  (Foto: Divulgação)

M.C.: Foi difícil conquistar um espaço em Hollywood?
R.C.:
Eu estudei seis horas por dia durante seis meses antes de me arriscar para qualquer papel. Queria me sentir segura. Quando estava preparada, fiz um teste para uma pequena participação na série “Entourage” e passei. Aquilo me deu uma alegria tão grande que logo consegui outro papel, aí no cinema, no filme “Trick of the Witch” e em seguida conquistei meu primeiro papel como protagonista no filme “L.A. I hate you”. Aí eu fiquei nervosa! (risos) Em uma das cenas com William Forsythe, estava tremendo tanto que acho que ele percebeu. Aí disse: “você é muito boa!” Sei que ele só falou aquilo para me ajudar. Então relaxei e a partir de então me soltei mais nas cenas, improvisei mais também.

M.C.: Depois de fazer sete filmes, é reconhecida nas ruas dos Estados Unidos?
R.C.:
Sim, e essa é a parte mais gostosa desse trabalho, porque muitos brasileiros que moram nos Estados Unidos me param para conversar e me cumprimentar. Até agora tenho adorado esse assédio, porque esse carinho é muito bom. Vamos ver mais para frente.

M.C.: Você acaba de lançar um novo trabalho, o filme “Profissão de Risco”, ao lado de Robert De Niro e John Cusack. Como foi a experiência?
R.C.:
Foi ótima! Robert De Niro é uma pessoa muito simples, de poucas palavras, mas que me deixou muito à vontade. Ficamos amigos e até o acompenhei, junto de sua mulher, na festa do Oscar 2014. Esse é um filme misterioso, um pouco ao estilo de David Lynch, que fala muito de lealdade e confiança. A história acontece em um motel, no meio do nada, e minha personagem, a Rivka, é quem vai fazer o público questionar o tempo todo qual é o grande segredo por trás dos acontecimentos. Tentei interpretá-la o mais distante possível do clichê, apesar de ela ser uma femme fatale.

M.C.: Muitas atrizes de Hollywood como Cate Blachett e Olivia Wilde, e mais recentemente Heather Graham, já deram declarações sobre o machismo que ainda impera na indústria do cinema e quase sempre coloca a mulher em papéis sensuais. Como você encara esse assunto?
R.C.:
Não encaro a sensualidade como um problema e não faço dela o foco da minha carreira. O mundo é machista, mas acho que tem melhorado. É claro que ainda falta muito para o mundo perfeito, mas vejo atrizes como Meryl Streep, por exemplo, que tem mais de 60 anos e faz personagens incríveis. Já fiz sete filmes em Hollywood e essa é a primeira vez que tenho que explorar esse lado sensual, da beleza.

M.C.: Se pintasse uma proposta para posar nua, toparia?
R.C.:
Nossa! Deixa eu pensar...Acho que não, sou tímida! Se for para uma personagem, eu faço, mesmo que seja difícil. Cena de nudez é igual cena de sexo, é muito íntimo. Tem que estar muito focada.

 

 


 


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