Convites de papel, enviados em envelopes decorados, são quase itens de museu. Hoje, o aviso de que vai rolar uma festa ou um aniversário chega, na maioria das vezes, via Facebook. E é comum confirmar presença, mesmo sem a certeza de que será possível ir. Um ato que garante o nome na lista e não decepciona o anfitrião. No entanto, a chegada de um novo aplicativo fará com que as pessoas pensem duas vezes antes de clicar no botão "participar" quando convidadas para um evento.
Com lançamento previsto para julho, o Winkli permitirá que convidados para o mesmo evento consigam visuzalizar informações uns dos outros, sem aviso prévio ou autorização. Status de relacionamento, amigos em comum, fotos, lugares visitados e interesses são alguns dos itens que poderão ser "stalkeados". Por meio de filtros, os usuários serão capazes de descobrir, por exemplo, quem são as pessoas entre 25 e 30 anos, que estarão no show de determinada banda e que gostam dos mesmos filmes.O objetivo é descobrir novos pretendentes para um romance antes mesmo de conhecê-los. E sem que eles saibam disso!
Considerado um novo dispositivo para namoros na web, o Winkli já está gerando polêmica antes mesmo de ser lançado oficialmente. Assim como o app "Lulu", que permitia às mulheres avaliarem perfis masculinos do Facebook sem autorização, no novo aplicativo o usuário não sabe que está sendo pesquisado. A única maneira de evitar a "investigação" é cancelar a participação em cada um dos eventos que, um dia, confirmou presença.
O CEO e co-fundador do Winkli, Alexis Dupont, defendeu o alicativo em entrevista ao site Buzzfeed: "Nós só disponibilizaremos o nome da pessoa, fotos, amigos e páginas em comum. É impossível se esconder completamente", afirmou.