Fernanda Machado está vivendo a melhor fase de sua vida. Após interpretar a vilã Leila na novela "Amor à Vida", a atriz se casou em fevereiro com o empresário norte-americano Robert Riskin. E, além disso, estreou neste mês no fime "Confia em Mim", no qual faz par romântico com o ator Mateus Solano.
Com tantas realizações, Fernanda não esconde sua satisfação. Em entrevista exclusiva para a Marie Claire, ela diz que apesar de estar feliz, ainda tem muitos sonhos para concretizar. Confira o bate papo completo com a atriz, em que ela conta ainda como está a vida de casada, fala sobre seu novo filme e dos planos para o futuro.
Marie Claire: No longa "Confia em Mim" sua personagem, a Mari, é uma chefe de cozinha muito talentosa, porém insegura. Você já sentiu algo parecido?
Fernanda Machado: "Com certeza! Todos já sentiram essa insegurança que a Mari sente. Acho que na sociedade de hoje há uma pressão muito grande para sermos bem sucedidos profissionalmente. Essa pressão é forte para todos nós, homens e mulheres. Todos têm os seus momentos de insegurança em que você se pergunta: será que eu sou capaz? Será que eu sou boa o suficiente? Será que eu dou conta? Será que vai dar certo? ... Quem nunca se perguntou essas coisas? O que torna a Mari uma personagem tão real e fácil de se identificar é isso: ela tem uma insegurança que faz parte da humanidade.
M.C.: Em que momentos da sua vida você se sentiu insegura?
F.M.: Vira e mexe vou fazer testes em inglês e eu atuei pouco falando a língua. Em português, eu sou supersegura, faço programa ao vivo e sei improvisar. Agora em inglês já dá aquela insegurança dos 20 anos.
M.C.: Você disse que em alguns momentos sua insegurança de quando era mais jovem volta. Acha que a idade e a maturidade trazem a segurança para a mulher?
F.M.: A experiência te traz segurança. Quando mais você faz e mais tempo você está fazendo aquilo, você vai ficando mais experiente e menos insegura. Então eu acho que a maturidade traz, sim, segurança.
M.C.: Você se casou recentemente. Acredita que o parceiro tem um papel importante em ajudar a mulher nesse sentido. Por quê?
F.M.: Não só o parceiro, mas a família também. O parceiro é quem está vivendo com você e tem que te dar força, dizer que você é capaz e acreditar nisso. O Bob (marido dela) é americano e acredita demais na minha carreira no exterior. Às vezes, eu falo para ele: 'vou ter que começar do zero. É muito difícil. E ele diz: 'É claro que é possível!' Ele até briga comigo por causa disso (risos). Uma relação é parceria, né? Um dando força para o outro. Sem dúvida alguma isso faz toda a diferença.
M.C.: Já que está fazendo testes no exterior, pensa em se mudar de vez, contruir uma carreira lá e morar com o seu marido?
F.M.: É uma pergunta que nem eu sei te responder. Vou tentar ficar indo e voltando porque não quero perder nenhum laço com o Brasil, deixar de trabalhar aqui e de ter minha carreira no país. Tenho um agente lá e estou fazendo alguns testes. Se alguma coisa pintar e eu estiver disponível, eu vou fazer. E se isso começar a se repetir e eu tiver filhos, mais para frente, talvez eu fique mais lá do que aqui. Mas eu acho que vai ser sempre uma coisa meio lá e meio cá. O avião e a mala estarão sempre presentes, não tem jeito (risos).
M.C.: Como está a vida de casada, o que mudou?
F.M.: Eu já me sinto casada com o Bob desde o primeiro dia. Moramos juntos desde o começo do relacionamento. Então já dividíamos uma vida, sabe? O casamento não mudou muito. O que eu sinto agora é que é muito mais difícil de acabar, entende? Quero que seja para sempre e o casamento trouxe essa sensação. Eu tenho um pouco de medo de falar para sempre porque a gente sabe que na vida nada é eterno, mas eu acho muito bonita e especial a ideia de um casal dividir uma vida.
M.C.: Após alcançar sucesso proficional e pessoal, você se sente realizada ou ainda tem sonhos que não se concretizarem?
F.M.: Já realizei muitos dos meus sonhos, mas a gente nunca deve parar de sonhar, né? Ser mãe é um dos maiores sonhos e espero que eu possa realizá-lo. E tenho também o sonho de poder morar no mesmo lugar que o meu marido, agora ele está lá e eu estou aqui, e levou a cachorrinha também. Então, eu estou sem ninguém. Está terrível ficar sozinha (risos). E profissionalmente, me sinto realizada em poder viver como atriz, pagar minhas contas, comprar meu apartamento e ter uma situação financeira bacana."