O romance entre a editora de moda Olívia e do fotógrafo José por oito cidades ao redor do mundo já é conhecida de parte do público, que acompanhou a trama em 2013 no canal pago TNT e também no Youtube. Agora, o projeto transmídia “Latitudes” ganha versão longa-metragem e será exibido nos cinemas de São Paulo a partir da próxima sexta-feira (28).
Alice Braga, produtora do projeto e protagonista da história de amor, está animadíssima com o lançamento do filme: "É como um filho meu que nasceu. E o fato de ser exibido em tantas plataformas, alcança muita gente e públicos diferentes. Estou muito feliz!", contou com exclusividade a Marie Claire. No bate-papo a atriz falou também sua relação com a beleza, privacidade e moda:
Marie Claire: “Latitudes” é um projeto transmídia inédito aqui no Brasil e talvez até lá fora. A trama foi exibida em mídias diferentes como televisão, internet e agora vai para o cinema. Como se sente em fazer parte dele?
Alice Braga: foi muito especial. Eu e o Felipe Braga, que criou o projeto junto comigo, sempre consumimos muito conteúdo de música online: shows, backstage de apresentações, clipe. Então começamos a pensar em um jeito de levar a ficção para esse formato também. Eu nunca tinha produzido nada e com o “Latitudes” participei de todos os processos, nós que corremos atrás de tudo. Era como um filho que estava nascendo e foi muito gratificante. Além disso, o fato de ser um projeto distribuído em tantos meios diferentes possibilitou exibir essa história de amor para um público muito grande. É um projeto inovador e que me inspirou para fazer outras coisas. Estou muito feliz!
M.C.: Você é bem ligada em internet. O que gosta de ver diariamente na web?
A.B.: sou viciada nesses serviços de filme online, sabe!? Que você pode assistir longas, documentários e séries em qualquer lugar. Também gosto de ver no Youtube vídeos de festivais de música internacionais. E notícias. Leio muito.
M.C.: Em tempos em que qualquer um pode te fotografar, filmar e postar na internet, como faz para proteger a sua privacidade?
A.B.: sempre preservei muito minha vida particular. Não tenho nada contra as pessoas que gostam de mostrar casa, de exibir a vida, mas fui criada de um jeito mais reservado. Nunca pensei muito sobre esse assunto, mas é claro que com a internet tem que tomar certos cuidados, prestar atenção em quem está te gravando.
M.C.: Senão acontece como a Grazi Massafera, que não foi avisada que estava sendo filmada por um paparazzo e deu declarações sobre a separação dela com o Cauã Reymond.
A.B.: Nossa, não sabia que tinha acontecido isso! Que maldade do cara! Eu estava falando com a Ingrid Guimarães outro dia sobre essa história de ter fotos nossas espalhadas em todos os lugares. E ela até brincou, disse que a gente não pode mais ir para o aeroporto sem maquiagem porque com um descuido você já está no Instagram, no Facebook, no Twitter (risos). Eu me preservo um pouco, mas não encano tanto. Tem gente que fica agoniada de tirar foto com fã, eu não. Se eu sair com olheira, tudo bem, todo mundo tem olheira! Sempre prezei ser muito natural para mostrar para o público que também tenho gordurinha, ruga, que não saio de casa sempre superarrumada. As pessoas vivem um ideal que é perigoso.
M.C.: Assim como a Olívia, sua personagem em “Latitudes”, você viaja muito, não tem um lugar fixo para ficar. Onde realmente se sente em casa?
A.B.: Definitivamente em São Paulo. Sou muito paulistana! É daqui que saio e para cá que volto. Até tomo altas broncas, que preciso conhecer outros lugares, sair mais daqui, mas não consigo (risos). Minha irmã está aqui, ela acabou de ter um filho, então quero ficar perto deles todos os dias, participar, acompanhar. Família, pra mim, é a coisa mais importante da vida, então amo estar onde eles estão, que é aqui.
M.C.: A Olívia também vive muitas situações de encontros e desencontros. O que você aprendeu com as suas relações pessoais de uniões e separações?
A.B.: a palavra que eu mais gosto é saudade, porque significa amor. Você só sente saudades de quem ama ou gosta muito. É um sentimento muito lindo! Nas minhas viagens, estou sempre sentindo falta de quem deixei, mas ao mesmo tempo fico feliz de encontrar pessoas novas pelo caminho. Tive que aprender a entender que a vida é assim, que uma hora você ganha ao estar com alguns amigos e perde de não estar com outros. Acredito que o importante é manter as conexões, mesmo estando longe.
M.C.: Sua personagem é uma editora de moda e styling, e em todas as cenas do filme, quando não está sem roupa, na cama com o Daniel de Oliveira, está superbem vestida. Aproveitou alguma coisa do guarda-roupa dela e levou para o seu?
A.B.: Sempre gostei muito de moda, mas com um olhar mais de fora, de participar e ver ensaios em revistas, essas coisas. Quando o Felipe criou a personagem ligada a esse universo, um novo mundo se abriu, porque ela é profissionalmente e emocionalmente diferente de mim.E eu sou hippie, né!? (risos) Então a gente precisou contar com parcerias como a do OQVestir para nos ajudar a desenvolver o perfil dela e também o figurino. Com a Olívia passei a ousar mais, a misturar formas e cores que antes tinha medo, tipo azul e vermelho (risos). Agora estou usando muito mais salto, mais camisa. Com certeza fiquei mais feminina.
VEJA O TRAILER DO FILME "LATITUDES":