Que pessoas queremos formar?” É essa a pergunta que direciona as escolhas pedagógicas da Escola Móbile. Mais do que ensinar Português, Matemática, Geografia e tantas outras disciplinas, a instituição, com mais de 40 anos de tradição, tem, entre suas metas, educar cidadãos que visem ao bem comum.
“A escola tem a responsabilidade de formar sujeitos que reconheçam a importância da pluralidade de ideias e do comportamento ético e moral em relação ao outro; portanto, ela deve promover, entre os alunos, reflexões constantes sobre os valores que sustentam uma sociedade democrática”, afirma Cleuza Vilas Boas Bourgogne, diretora pedagógica do Ensino Fundamental da Escola Móbile.
É na escola, ao relacionar-se com seus pares e com os adultos que lhes são referência, que crianças e adolescentes vivenciam, de forma mais sistemática, o processo de participação social. Por essa razão, faz parte do plano educacional da Escola Móbile engajar alunos em uma série de projetos em que todos têm a liberdade de expressar ideias e pontos de vista, sentindo-se respeitados e encorajados a contribuir de forma significativa para a realização de uma meta. Em uma concepção de trabalho colaborativo, os estudantes aprendem a valorizar a própria perspectiva e a do outro e constroem, cooperativamente, percursos de ação e de resolução de problemas. Nesse contexto de aprendizagem, crianças e adolescentes reconhecem-se corresponsáveis pelo gerenciamento das decisões e pela construção de regras e combinados coletivos, apropriando-se efetivamente do respeito mútuo e da cooperação. “A escola é responsável por promover ambientes de aprendizagem em que alunos experimentam o exercício da liderança colaborativa e se tornam coautores das tomadas de decisão. Só assim reconhecem suas potencialidades para gerenciar projetos, estabelecer metas e compromissos com os outros. Quanto mais confiantes se tornarem as crianças e os adolescentes, mais motivados a superar desafios eles estarão; quanto mais engajados eles forem, mais criativos, resilientes e perseverantes serão”, afirma Cleuza, que, com os professores, planeja sequências de atividades que visam ao desenvolvimento de capacidades socioemocionais importantes para os desafios futuros.
Conviver melhor
As relações interpessoais são sempre valorizadas nos diferentes contextos de aprendizagem da Escola Móbile. Em um projeto específico, o Conviver Melhor, já na primeira semana de aula uma pergunta-desafio é lançada a todos: “Como vamos conviver?”. Durante essa semana, os estudantes debatem inúmeras questões-problema elaboradas por eles mesmos e relacionadas ao cotidiano escolar. Os grupos de discussão são formados por integrantes de todas as faixas etárias e mediados por professores de todas as disciplinas. A decisão sobre o que será valorizado ou repudiado na convivência se dá no auditório da escola por meio de assembleias gerais. “O projeto Conviver Melhor promove a participação dos alunos em debates sobre a qualidade da convivência e considera a importância de cada sujeito para a dimensão coletiva dos acordos que serão estabelecidos. As discussões propostas pelos grupos ocorrem sempre numa perspectiva de solução de problemas e estimulam reflexões que conduzem à compreensão de que a valorização dos direitos coletivos garante os direitos individuais”, diz a diretora.
Cidadãos digitais
As crianças e os adolescentes do século XXI se comunicam em contextos digitais, o que acarreta mudanças significativas nas formas de interação entre as pessoas e o conhecimento. Por essa razão, a cidadania digital está entre os eixos que estruturam as escolhas educacionais e pedagógicas do Ensino Fundamental da Escola Móbile. Para favorecer as reflexões sobre a coexistência harmoniosa e segura no ambiente digital, a escola desenvolveu o projeto Conviver na Web, braço digital do Conviver Melhor, com o objetivo de provocar uma série de debates sobre comportamentos de risco na internet e nas mídias sociais. Os projetos interdisciplinares propostos pelos professores também visam ao desenvolvimento de habilidades tecnológicas de investigação, organização e comunicação de informações. Mais que o conhecimento técnico, as atividades propostas aprimoram as capacidades dos alunos de filtrar e avaliar criticamente informações disponibilizadas eletronicamente.
Ensinar e Aprender, Cultura em Cena e Vitrine
É possível aumentar a conexão entre os alunos, mesmo quando eles não têm interesses em comum. Os projetos Ensinar e Aprender, Cultura em Cena e Vitrine, outras vertentes do Conviver Melhor, estimulam a interação, o respeito e a troca de experiências entre os estudantes e mudam a maneira como os colegas se veem. Neles, os alunos fazem apresentações aos demais colegas. Os temas referem-se ao que sabem e gostam de fazer fora da escola, como culinária, ioga, dança, canto, pintura, música, parkour... “São projetos que visam à maior qualidade da comunicação entre os alunos, pois abrem espaço para a diversidade de interesses e de modos de ser”, diz Cleuza.
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