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“Já traí e fui traída. Hoje só seduzo meu marido”, afirma Dira Paes

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"Temi não ser aceita, eu não combinava comos padrões de beleza da TV”, conta Dira Paes em entrevista exclusiva à Marie Claire (Foto: Jorge Bispo)

Você com certeza a conhece por um dos papéis de mulher fogosa e hipersensual, como Celeste, de "Amores Roubados" (2014), ou Norminha, de "Caminho das Índias" (2009). Mas Dira Paes começou sua carreira há exatos 30 anos, ainda adolescente, em "A Floresta das Esmeraldas", filme de John Boorman. Foi no cinema, aliás, que ela se consolidou como atriz, majoritariamente em papéis dramáticos (são cerca de 30 longas e mais de 20 prêmios). Só que pouca gente sabe disso. Levou mais de duas décadas até Dira conquistar o reconhecimento do grande público. “Era como se eu não tivesse a possibilidade de ser aceita por estar fora dos padrões estéticos”. Sua beleza mestiça, de pele morena e olhos puxados, ironicamente, foi o que a fez se tornar um sex symbol da TV. Detalhe: depois dos 40 (ela tem 44). Apesar disso, a sucessão de papéis sensuais não a assusta. “Não tenho medo de envelhecer. A mulher não tem prazo de validade”, afirma.

Dira, de fato, é hoje um dos nomes mais quentes nos bastidores da TV Globo. Em 2015, irá interpretar sua primeira protagonista em horário nobre. O escritor João Emanuel Carneiro, do sucesso "Avenida Brasil", fez questão de reservá-la para sua próxima trama, que será dirigida por Amora Mautner. No cinema, também continua a todo vapor. Só este ano serão quatro estreias, incluindo "Saias", em faz o papel de uma política corrupta [o lançamento será antes das Eleições Presidenciais]. Casada com Pablo Baião, cinegrafista que conheceu no set de "Amarelo Manga", pai do seu filho Inácio, de 5 anos, ela confessa que gostaria de ser mãe mais uma vez – a primeira gravidez, complicada, resultou em parto prematuro. “Minhas possibilidades naturais estão se esgotando. Penso em adotar duas crianças.” Simpática e articulada, ela se emocionou outras duas vezes durante a entrevista, quando lembrou de suas perdas (do pai e da sobrinha adolescente). Nas animadas três horas de bate-papo, citou o pensador alemão Friedrich Nietzsche em muitos momentos. Falou de amor, sexo, casamento, carreira e militância. Como ela mesmo diz, é tudo isso que a “potencializa”. A entrevista completa está na edição de fevereiro de Marie Claire, que chega às bancas nesta sexta-feira (31).

MARIE CLAIRE Suas cenas com Cauã Raymond em Amores Roubados eletrizaram o país.
O que acha que faz as pessoas associarem você ao erotismo?
DIRA PAES
Com a maturidade, fiquei mais dona de mim. Nessa fase da vida, a mulher deixa de ser uma folha ao vento, porque se conhece muito mais. Mas eu acho que o que potencializa a libido é o fato de eu ser cidadã, dona de casa e mulher. Acho que nós, mulheres, temos de lidar com tudo isso sem perder a delicadeza.

MC Mas, e esse corpão? Como você se cuida no dia a dia?
DP
Não faço dieta. Vou a um endocrinologista bacana. Ele é atleta também e me protege de modismos da área estética. Malho três vezes por semana com o mesmo personal trainer há 12 anos. Sempre fiz atividade física. Já estudei jazz, balé clássico, capoeira. Quando filmo ou gravo na TV, os horários mudam, mas me exercito ao menos duas vezes por semana e corro por 40 minutos.

MC Teve medo de se restringir apenas a tipos populares na TV, por causa de seu biotipo?
DP
Sim. Achei que a TV não era o meu meio, por estar fora dos padrões e ter essa brasilidade nos traços. Só que os padrões vêm mudando coma ascensão de artistas latinas e negras como Rihanna, Jennifer Lopez. Nunca tive que pedir trabalho na Globo. O público se sente valorizado com esse outro olhar, que reconhece a beleza brasileira. E justamente hoje [a entrevista foi feita em 13 de janeiro no Copacabana Palace] estou completando 30 anos de cinema!

MC Como se apaixonou pelo cinegrafista Pablo Baião?
DP
Eu o conheci no set de Amarelo Manga. Cinco anos depois, fizemos um novo filme, Os Incuráveis, de Gustavo Acioli. Era 2005, eu tinha me separado, estava solteira. Num determinado momento da filmagem, tivemos o nosso coup d’oeil, o golpe de olhar. Foi fatal para nós dois.

Dira Paes: "Não acho que sexo sempre tem que ter amor, mas se tiver é melhor” (Foto: Jorge Bispo)

MC Quem tomou a iniciativa?
DP
Eu, claro.Tenho ímpeto mas não sou direta, sou romântica. Então, no último dia de filmagem, quando vi que não podia ficar sem aquele menino, enviei uma mensagem: ‘Peguei o telefone de todo mundo, menos o seu. Aqui vai o meu’. Ele respondeu: ‘Espera’. A troca de mensagens parou. Tinha ido ao banheiro e, quando saí, ele estava na porta e me deu um beijo. Estamos juntos há oito anos.

MC Como perdeu a virgindade?
DP
Amorosamente, aos 16 anos, com meu primeiro namorado, com quem fiquei oito anos. Não acho que sexo sempre tem que ter amor, mas é melhor quando tem.

MC Qual a importância do sexo na sua vida, de zero a 10?
DP
Dez! Não pode deixar a peteca cair. Sexo é também carinho, estímulo. Se eu me gostar, meu marido vai gostar de mim.

MC Você virou um sex symbol e ele é nove anos mais novo. São muito ciumentos um com o outro ou tiram de letra?
DP
Não, não temos ciúme. A maturidade faz muito bem aos amantes! Além disso, nós dois trabalhamos com cinema, entendemos os meandros. Nessa profissão, é muito frequente o ciúme adoecer as pessoas.

MC Parece tão segura. Será que nunca sofreu por amor?
DP
Claro que sim. Já traí e já fui traída, mas em outros tempos, nunca com o Pablo. Já paquerei e fui muito paquerada. Hoje, os jogos de sedução que me interessam são com meu marido.

MC Já pensou em posar nua?
DP
Fui sondada algumas vezes, mas foto não é para qualquer um.


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