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Boa de Copo: Gelo no vinho pode?

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Gelo no vinho pode? (Foto: Divulgação)

 

A moda de botar uma pedrinha de gelo no vinho começou nos verões europeus e, por conta do nosso verão escaldante, há tempos vem se estendendo para os lados de cá. Considerando que o gelo derrete e vira água, parece um sacrilégio fazer algo desse tipo de coisa com uma bebida tão cheia de complexidade como o vinho. Mas a verdade é que dá, sim, para fazer isso em determinados momentos sem pesar muito na consciência depois.

É claro que não vamos botar gelo num Montrachet, um dos brancos mais famosos e surpreendentes que existe no mundo. Mas uma pedrinha num rótulo mais simples, do dia a dia, não é um pecado tão grande assim -- desde que se faça consciente que isso vai deixar o vinho um pouco mais aguado e seus aromas automaticamente serão comprometidos. É uma questão de escolha.

No vinho tinto não recomendo em hipótese alguma, mas em brancos e rosés acho válido. Minha dica para a prática não ser muito danosa à bebida é deixar o gelo no copo por pouco tempo, só para refrescar mesmo, e retirá-lo em seguida para que ele não derreta por inteiro.

Há muitos vinhos sendo produzidos mundo afora já com essa intenção, geralmente mais adocicados e frutados do que os tradicionais. Duas das marcas de champagne mais famosas do mundo, a Veuve Clicquot e a Moët & Chandon, já lançaram bebidas especialmente para essa finalidade.

O grande aprendizado, no entanto, é: relaxa! Aproveite o verão e seja feliz com seu vinho geladinho e refrescante. Mesmo que para isso seja preciso apelar para uma pedrinha de gelo. 

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Vanessa Mesquita diz que não gastou o prêmio do BBB14: “A mais pão-dura”

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Vanessa Mesquita (Foto: Arquivo pessoal)

 

Há exatos cinco anos, Vanessa Mesquita entrou na 14ª edição do Big Brother Brasil, mas jamais esperava que fosse faturar o prêmio máximo de R$ 1,5 milhão. Ela conta à Marie Claire que até hoje não consegue acreditar que ganhou o reality show e era a única dos 20 confinados que nunca falava sobre ser vencedora.

“Tinha gente que dizia ‘quando eu ganhar o BBB...’ e eu nunca abri a boca pra falar isso. Inclusive eu achava que era uma falta de fé. Eu não conseguia imaginar isso. Somente quando cheguei à final, contei para as meninas [Clara e Angela] quais eram os meus sonhos e o público acreditou em mim”, lembra com carinho.

Surpreendentemente, a ex-sister diz que ainda não gastou um centavo de tudo o que ganhou. E olha que, neste período, ela já conseguiu dar uma vida mais confortável para sua mãe em São Paulo, onde moram, começou a cursar medicina veterinária e criou um projeto para ajudar animais de rua, mas tudo isso sem tocar no prêmio.

Dizem que eu sou a campeã mais pão-dura do Big Brother. Eu nunca gastei meu dinheiro. Optei por investi-lo em um fundo de aplicação para o meu tipo de necessidade, então consigo ajudar muitos bichinhos com o rendimento, pagar a faculdade, sustentar minha família e só fui comprar um carro em 2018. Fiquei todo este tempo sem. Esperei meu dinheiro render bastante porque esta nunca foi minha prioridade. Por conta da faculdade e de estágios, eu precisei muito de um carro para facilitar minha locomoção com meus bichos.”

Vanessa conta que os piores momentos dentro do programa eram as desavenças entre os próprios confinados e o estresse de toda semana ter de enfrentar um paredão. Já suas melhores lembranças, sem dúvida alguma, são as festas incríveis que aproveitou por lá quando tinha a oportunidade de comer tudo o que nunca tinha visto antes. Ela também comenta com muito carinho das amizades que fez principalmente com as meninas. 

“Ainda mantenho contato com várias delas, mas não diariamente por causa das agendas diferentes. Sempre falo com a Tatiele Poliana, a Amanda, a Clara e a Angela. Destas meninas eu gosto muito”, enumera.

Vanessa Mesquita (Foto: Arquivo pessoal)

 

Intercâmbio no Canadá

Também graças ao rendimento do prêmio, a campeã conseguiu realizar um sonho de morar e estudar fora do país. Ela está curtindo uma temporada de dois meses na cidade de Vancouver, ao sul do Canadá, bem próximo da fronteira com os Estados Unidos, para estudar inglês.

“O BBB me proporcionou aprimorar meus conhecimentos. Muita gente tem o sonho de ser ator, cantor, cada um com seu foco, mas o meu sonho era estudar. Escolhi o Canadá porque me recomendaram uma agência de intercâmbio daqui, a Boreal Trip, que me colocou para morar em uma casa de família que cumpriu minha única exigência de poder fazer minha própria comida para tentar manter a dieta. Então tenho uma cozinha que posso usar só para mim”, comenta ela que fica no país até o início do ano letivo da faculdade na capital paulista.

Adepta do fisiculturismo, Vanessa confessa que tem sido mais difícil manter a dieta equilibrada e os treinos no inverno rigoroso canadense. Ela diz que acorda às 5h da manhã para ir à academia e já foi reconhecida por brasileiros que malham no mesmo lugar.

“Várias pessoas me abordam lá e os comentários são que faço muito sucesso. Acho que por conta do corpo brasileiro. Só nós temos este corpo! Mas eu prefiro muito mais treinar no frio do que no calor. No tempo quente meu fôlego acaba mais rápido, então eu prefiro treinar no gelado. Com o frio também fica mais difícil manter a dieta. Todo dia eu tomo um café com cacau, que é um nutriente saudável para o corpo, e já comi uma pizza inteira sozinha aqui. Aos finais de semana eu faço duas refeições livres, mas não fico me privando muito. De qualquer modo, tento manter a dieta.”

Aliás, por falar em treinos intensos, Vanessa está focada nas competições de fisiculturismo que a aguardam para este ano.

“Estou muito, mas muito empolga com meus próximos campeonatos. Assim que eu voltar para o Brasil, eu tenho uma cirurgia no joelho para fazer e, em dois meses, voltarei ao meu treino para participar do máximo de campeonatos possível. Meu treinador, meu ortopedista e eu estamos com um longo planejamento em relação a isso. Vamos voltar com tudo”, comemora.

Vanessa Mesquita visita Whistler (Foto: Arquivo pessoal)

 

Vanessa Mesquita (Foto: Arquivo pessoal)

 

Vanessa Mesquita visita Whistler (Foto: Arquivo pessoal)

 

Vanessa Mesquita está encantada com o pôr do sol de Vancouver (Foto: Arquivo pessoal)

 

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Iogurtes proteicos: saiba porque incluir essa opção saudável na rotina

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Receita de mousse de iogurte com frutas e gelatina (Foto: Divulgação)

 

Os iogurtes proteicos são uma tendência atual quando os assuntos são corpo e saúde, e a cada dia, novas opções são encontradas nas prateleiras.  Eles são ótimas opções para café da manhã e refeições intermediárias e antes e depois da prática de atividades físicas. A nutricionista Renata Guirau, do Oba Hortifruti, explica seus benefícios e dá dicas de como incluir na rotina.

A maior vantagem desse tipo de produto é que ele favorece o consumo adequado e fracionado de proteínas ao longo do dia. Nas refeições no meio da manhã e da tarde, por exemplo, pode ser mais difícil atingir uma meta proteica mais alta e esses iogurtes podem ser grandes aliados para isso.

São também baixos em gorduras, o que favorece um baixo valor calórico. Já em relação aos tão falados carboidratos, encontramos apenas os açúcares naturais dos ingredientes, tanto do próprio leite, quanto das frutas, quando adicionadas para fornecer mais sabor ao iogurte. “Incluir frutas picadas, granola, aveia, castanhas picadas, sementes torradas são ótimas opções de acompanhamento para montar uma refeição rica em nutrientes e que forneça bastante saciedade nas refeições intermediárias”, explica Renata.

Receita de shake de iogurte proteico com frutas (Foto: Divulgação)

 

Outro ponto forte é que algumas marcas já trabalham com a versão sem lactose, indicada até mesmo para os intolerantes a esse nutriente. Se para qualquer pessoa, a pedida é ótima, para os atletas, ela é melhor ainda. Pra variar nas formas de consumo, você pode ainda apostar em sugestões, como:

Shake: Bata o iogurte com frutas vermelhas ou abacate congelado. Consuma em seguida.
Mousse: Bata 1 copo do iogurte com 1 copo de fruta e 1 envelope de gelatina sem sabor. Coloque em taças e leve para gelar.
Picolé de frutas: Bata 1 copo de iogurte + 1 copo de fruta de sua preferência + 2 col. de sopa de creme de leite ou óleo de coco. Coloque em forminhas de picolé e leve ao freezer.

Receita de picolé de iogurte proteico com frutas (Foto: Divulgação)

 

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Humberto Martins reclama do politicamente correto: “Não tinha esse mimimi”

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Humberto Martins (Foto: Reprodução/Instagram)

 

Humberto Martins se prepara para a estreia de seu novo personagem, Herculano, em Verão 90, que foi ator de filmes de pornochanchada na década de 80 e, 10 anos depois, se tornou um cineasta respeitado. O período que a nova novela das 7 é ambientada coincide com a época em que o galã estourou nas tramas da Globo, que ele mesmo chama de “doloroso”.  

“Foi uma dureza fazer os personagens [protagonistas] da forma como era feito antigamente. A TV Globo não era muito organizada. Naquela era muito doloroso para mim porque eu trabalhava muito. A compensação vinha com todo o sucesso, com a preferência do público, com todo o carinho nas apresentações de teatro e baile de debutantes. Sou muito grato àquela época em que tínhamos mais liberdade de expressão do que hoje”, comenta.

Ele também reclama que hoje a sociedade de hoje está mais politicamente correta, o que – na opinião dele – não é tão saudável como 20 ou 30 anos atrás.

“Não havia o politicamente correto que faz perder a esportiva. Naquela época eu era velejador e chamava alguém de negão, que era um termo usado na marinha. Chamava todo mundo de negão. Hoje em dia não posso chamar um negro de negão. As pessoas que nasceram depois dessa criação do politicamente correto acham incorreto. A gente podia se sacanear à vontade que não tinha esse mimimi todo. Tudo é um não-me-toque. Você não pode dar uma cantada que já é assédio. Como as pessoas poderão ficar com as outras? As mulheres que recebem um elogio ou uma expressão que o outro está com vontade de tê-la já acha uma agressão”, fala o ator que salienta que não faz mais isso porque já está mais maduro.

Ele ainda continua seu discurso e opina que a grande questão é que o homem precisa aprender a interpretar o “sinal verde” emitido pelas mulheres que querem ser paqueradas.

“A mulher sempre mandou nisso. Agora tem mulher que diz ‘fulano passou a mão no meu cabelo de tal forma’ e processa! Parece que as pessoas estão querendo ganhar dinheiro à revelia. Não é como passar a mão na bunda dela. Isso sim é uma indecência.”

Humberto Martins como Herculano de Verão 90 (Foto: TV Globo)

 

Nudez

Ainda na década de 90, Humberto Martins posou nu em duas publicações diferentes, uma falando de sua vida libertária, sem roupa no meio do mar, e outra como capa da primeira edição de uma revista de nudez masculina. O ator afirma com todas as letras que não se arrepende nem um pouco de ter feito as fotos que circulam pela internet até hoje.

“Nunca [me arrependeria]. Não foi para a G Magazine, nem nada assim. Tiveram dois contextos: o primeiro foi o texto feito por mim. Neste eu contava quando eu saía com o meu veleiro, que até hoje tenho, realmente ficava nu naquela imensidão do meio do mar e é óbvio que eu vou mergulhar nu. A história foi feita em cima deste contexto. Na segunda vez, depois de inúmeros pedidos, na época que eu fazia Uga Uga, fotografei em um nu frontal como índio, para a primeira edição da Íntima, que fez tudo com a maior naturalidade. Na época eu era um galã, fisicamente bem conceituado e por que não faria? Financeiramente foi muito bom também. Até hoje algumas pessoas contam que ainda têm minha revista”, conta.

Ele também salienta que tudo o que fez até hoje apenas agregou em seu sucesso com o público. “Sou muito grato à minha carreira até aqui porque me fez o que sou hoje. Agradeço aos espectadores porque foram que eles me fizeram ser quem eu sou”, pontua.

Humberto Martins em ensaio de nudez para a revista Íntima e hoje em dia (Foto: Reprodução e Reprodução/Instagram)

 

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Jovem denuncia ex-namorado por agressão: "Ele vinha com facas na mão para tentar me matar"

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As marcas das agressões que sofreu (Foto: Reprodução/Instagram)

 

A estudante Isabelle Sant'ana, de 21 anos, compartilhou a história do relacionamento abusivo que viveu com o ex-namorado, Daniel Tavares Gouvea, 24. "Muitas pessoas me enviaram mensagens perguntando o por quê do meu sumiço. Gostaria de me desculpar por não ter sido a mesma Isabelle que todos conheciam, mas sei que agora todos podem entender o verdadeiro motivo", escreveu ela. 

Isabelle e Daniel se conheceram em agosto de 2016 na faculdade, em Orlando, onde moravam, e começaram a namorar meses depois. "Ele me tratava tão bem que parecia até sonho. Atencioso, carinhoso, amoroso e estava sempre ao meu lado. Ele me disse que iria se mudar para a Califórnia com um amigo, e por isso queria assumir um compromisso mais sério; então, ficamos noivos com 2 meses de namoro. Ele pediu para ficar na minha casa por 15 dias, antes de se mudar para a Califórnia. Mas de lá, ele nunca mais saiu", conta. 

A estudante Isabelle Sant'ana Gonçalves (Foto: Reprodução/Instagram)

 

Segundo a jovem, o namorado começou a ficar agressivo com o passar do tempo e a culpá-la de tudo que acontecia. O pior momento do relacionamento, no entanto, aconteceu no início de 2018, quando Daniel a prendeu em casa por dois dias e a espancou, alega ela. "Até hoje me pergunto como estou viva", lamenta. "Ele escondeu meu celular e tinha um pau de madeira e inúmeras facas. Ele me bateu com o pau com tanta força nas minhas costas e no meu joelho ao ponto de eu não conseguir andar. Além disso, ele me chutou, bateu no meu rosto, pegou a minha cabeça e começou a bater no chão e na parede diversas vezes. Me puxou pelo cabelo por todo quarto. Me estrangulou diversas vezes até eu não conseguir mais respirar. Cuspiu no meu rosto enquanto me xingava. E socou meus dois ouvidos."

Isabelle denunciou Daniel à justiça americana e ele chegou a ser preso, mas pagou fiança e voltou ao Brasil. Depois, ele faltou às audiências do caso e não pode mais voltar ao país. A jovem segue morando na cidade com o irmão mais novo, mas teme voltar ao Brasil para visitar a família, pois o ex-namorado já a perseguiu uma vez enquanto estava aqui.

Os móveis da casa destruídos (Foto: Reprodução/Instagram)

 

Imagens da casa de Isabelle (Foto: Reprodução/Instagram)

 

Eu, Leitora: "Surda e com movimentos limitados, descobri minha autoconfiança depois de perder meus pais, meu namorado e minha irmã"

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Sissa está de mudança para os Estados Unidos (Foto: Acervo pessoal)

 

Nasci em Ibaiti, no interior do Paraná. Quando tinha um ano, meus pais biológicos morreram num acidente de carro que levava, além dos dois, eu, meu irmão e minha irmã. Como ninguém da família nos procurou, fomos parar num orfanato e, pouco depois, na capital, Curitiba. Eu e minha irmã fomos para um lar de meninas comandado por freiras e o meu irmão, para outro só de meninos.

Júlio Sansana, que era representante comercial, fazia atividades recreativas em orfanatos a vida toda e um belo dia me encontrou. Ele percebeu que eu ficava quieta, enquanto as outras crianças eram barulhentas. Então me pegou no colo, e a única coisa que eu disse foi: ‘Dindá!’. Para ele bastou. Foi para casa e disse para a família que eu iria morar lá. Já era pai de quatro.

Durante os 15 dias de espera, ele foi todos os dias me ver no orfanato. Até que, com um ano e meio, fui viver na casa dos Sansanas. Meus pais escolheram manter meu nome original e incluir mais um: era Clarina, ficou Silvia Clarina. Meus irmãos eram mais velhos, tinham 13, 16, 17 e 20 anos. Para eles, eu era a bonequinha.

Sempre soube que era adotiva. Meus pais falavam que eu era filha deles, já que os biológicos tinham virado estrelas. Sempre fui muito grudada com meu pai. Era o xodó da casa. Quando descobriram que eu era deficiente , foi um choque. Tenho perda auditiva total no ouvido esquerdo e parcial no direito, com tímpano rompido. Os médicos acreditam que eu tenha sido afetada por alguma doença da minha mãe biológica. Meu pai não fazia a mínima ideia de como lidar. E dizia o tempo todo que não queria que eu sofresse preconceito. Ele falava devagar, para que eu entendesse, e me ensinou a ler lábios. Como não me adaptei a aparelho, tive que aprender a usar outras ferramentas.

Até que um médico disse que isso afetaria minha fala, que eu não teria uma boa comunicação. E nisso meu pai ficou possesso, me colocou em curso de idiomas, tudo de forma alternativa: fiz inglês através da música, espanhol com dança flamenca, tudo para ‘despertar’ o ouvido. E fui me dedicando, percebendo que era possível. Até aula de canto eu fiz para aprender a usar a voz. Toda vez que eu chorava, com medo de não conseguir, meu pai dizia: ‘Vai, sim, filhota, você é capaz! O pai sabe e você também’. Virou nosso mantra.

Aos 9 anos, atravessei uma porta de vidro e cortei o braço direito, atingindo os tendões. O médico foi enfático: ‘Essa guria não vai mais usar essa mão, melhor aprender a fazer as coisas com a esquerda’. Meu pai, mais uma vez, ficou bravo, e disse que eu escreveria com o pé, se preciso. Mas que ninguém, em hipótese alguma, iria me limitar. Fiquei muitos meses com o gesso. Enquanto isso, ele me ensinou a escrever com a mão esquerda.

Quando finalmente tirei a tala, não controlava minha mão. Eu chorava muito, e meu pai só dizia: ‘Chora, mas não desiste!’. Comprou tintas e papéis, e foi me ensinando a voltar a usar a mão direita. Tive uma rede de apoio muito forte. Amigos do colégio se revezavam copiando as tarefas no meu caderno. Durante a fisioterapia, descobri a paixão pelo desenho. Era uma forma de me acalmar e, ao mesmo tempo, me desenvolver. Quando finalmente voltei a escrever de forma perfeita, fiz uma carta para o médico que tinha me operado. Agradeci por ele ter se enganado quanto a eu não usar mais a mão direita e, principalmente, por ele estar na emergência num domingo e me atender. Em 1991, ter um cirurgião de mão em uma emergência de hospital era muito sorte minha!

No fim daquele mesmo ano, meu pai infartou pela primeira vez. Estava comigo no mercado quando aconteceu. Até hoje lembro exatamente do medo que senti de perder o meu Dindá. Ele foi atendido, passou por cateterismo e angioplastia, e descobriu que tinha diabetes. Ali, nos aproximamos mais ainda. Eu só agradecia por cada dia a seu lado.

Sempre me sentei do lado esquerdo da sala de aula, na primeira carteira, para poder fazer leitura labial dos professores. Se eu ficasse no fundo, não conseguiria acompanhar nada. Aos 17 anos, comecei a trabalhar, fazendo traduções. Percebi que o mercado sempre iria me tratar de forma diferente. Ali entendi o medo do meu pai de que eu sofresse preconceito. Fiz questão de procurar emprego em empresas, ser CLT era algo que me dava segurança. Na época, não havia cotas nem o conhecimento que temos hoje sobre assédio moral, apesar disso acontecer com frequência.

Em 2006, me formei em Administração e Turismo. Trabalhei em grandes empresas, sempre em posições de estratégia e sistemas. Vivi muitas situações de discriminação no trabalho. Na última delas, de telefonia, sofri assédio moral por causa da minha deficiência. Eu trabalhava na área de marketing com projetos e processos. Batia todas as metas, era responsável, produzia bastante. E ainda fazia apresentações para a diretoria. Ou seja, era capaz. Mas, quando uma gestora nova veio para a minha área, teve acesso à minha ficha e soube que eu tinha deficiência, passou muitas tarefas querendo me humilhar. Por exemplo, uma delas era mapear a jornada do cliente via telefone. Eu tive que ficar meses ouvindo as mensagens para isso, sob pressão. Quando terminei, ela disse que não precisava mais.

Em alguns lugares, ser deficiente e ter condições para se qualificar é uma afronta. O mercado ainda quer que a pessoa com deficiência separe folhas de papel ou sirva café. Qualquer coisa diferente é considerada agressiva. Quando fui trabalhar na Renault, despertei para a igualdade, porque a empresa que respeita bastante as diferenças e dá condições iguais a todos.

Nunca mais tive contato com meus irmãos biológicos, cada um foi adotado por uma família. Quando abri meu processo de adoção, aos 19, tentei descobrir o paradeiro deles. Mas não tive autorização para encontrá-los porque envolve segredo de justiça.

Tive alguns namorados. A deficiência nunca foi barreira. Em geral, eles foram extremamente atenciosos em relação a isso. Cheguei a morar com um deles durante quatro anos interrompidos por uma traição. Até que, em 2010, depois de um ano solteira, minha prima Juliana, que morou a vida toda no Rio, engravidou, e eu fui passar o Natal na cidade para o chá de fraldas. Conheci a Mariana, cunhada dela, que me apresentou ao Rafael Gonzalez, seu melhor amigo, em um quiosque na Praia do Leme. Foi cena de filme. Amor à primeira vista: no exato momento em que olhamos um para o outro, nos apaixonamos e não nos separamos mais. Ele tinha 36 anos e eu, 29.

Foi incrível, ele não era nada do que eu imaginava de um carioca. O Rafa me ganhou nas sutilezas. Saímos do quiosque e dividimos um sanduíche no Cervantes [tradicional restaurante boêmio de Copacabana]. O programa virou um hábito nosso. Aí ele me convidou para ir a uma festa. Passamos no hotel onde estava hospedada para me arrumar. Quando ele me viu pronta, foi detalhista e reparou que a pedra da minha rasteira era da mesma cor do brinco. Ganhou dez pontos! 

Chorei durante toda a viagem de volta e, ali, entendi que era dor de amor o que eu senti. Tive que fazer uma escolha difícil. Ficar longe da minha família era um choque, nunca tinha pensado nisso. Além disso, teria que sair da Renault, onde eu gostava muito de trabalhar. Mas sabia que não tinha vivido o amor e merecia isso. Com a cara e a coragem, além de muita paixão, deixei Curitiba e se mudei para o Rio.

Todos os dias, era acordada pelo cheiro do café e pão na chapa que o Rafa preparava para mim. Me senti acolhida o tempo todo. Vivíamos grudados e música era a goma: passávamos horas falando do assunto, procurando nossas preferidas, colecionando vinil. Nunca senti ciúme dele, sempre confiei. Ele fez eu me sentir única e amada.

A lua de mel parecia que nunca acabaria até que, em agosto de 2013, o Rafa descobriu que estava com leucemia. Um ano antes, ele tinha quebrado o fêmur, fez exames e estava tudo bem. Mas, depois do diagnóstico de leucemia, foi bizarro. Os amigos doavam sangue e plaquetas, mas a doença evoluiu muito rápido. Ele fazia quimioterapia 24 horas por dia. Da descoberta para a morte, foram 20 dias.

Fiquei o tempo todo junto dele. Um dia, o Rafa chamou a mãe dele e eu, e me disse algumas palavras, com muita dificuldade, com auxílio de aparelho para respirar: ‘Sissa, não te levei para a igreja ou o cartório, mas a corda jamais roeu. Você sempre está comigo. Me faz rir quando penso em chorar. Enquanto meu coração bater, você é a mulher da minha vida’. Fez questão de pegar a minha mão e beijar. Tentando não chorar, agradeci muito por ele ter me permitido entrar em sua vida. E, por amar, aceitaria que ele estivesse longe para parar de sofrer.

Mas só realmente me dei conta de que o Rafa iria morrer quando meu pai veio para o Rio e o viu em coma. Ali, ele me pediu para ser forte mais uma vez. Dois dias depois de entrar em coma, o Rafa morreu. Quando o monitor desligou, não senti medo, mas um certo alívio de não vê-lo sofrer. Ele é luz. Jamais conheci um homem que me respeitasse como ele.

Sempre achei que os mais velhos morriam antes. Saindo do cemitério no enterro do Rafa, ouvi a música ‘Paciência’, do Lenine. Entendi que a vida segue. Tive que desmontar o apartamento às pressas para entregar à família dele. Vinte dias depois, perdi minha irmã Judith para um câncer. Entendi que a morte precisa ser vivida e aceita para que a gente se cure. Voltei do enterro dela e decidi continuar morando no Rio. Percebi que não tinha por que fugir de cheiros tão especiais. As lembranças do Rafa seguem vivas comigo. Volta e meia dou risada sozinha.

Comecei a peregrinação em busca de moradia. Copa e Olimpíadas deixaram a cidade cara demais para quem é de fora. De repente, me vi em um quarto na Rua Viúva Lacerda, no Humaitá, onde não tinha nada. Uma amiga muito especial fez uma muda de enxoval e, aos poucos, fui me recuperando financeiramente.

Morei em muitos lugares. De alguns gostei, outros odiei, por ter sido descaradamente roubada. Passado um tempo, comecei a me relacionar com um rapaz, por pura carência, que me chamou para viver com ele. Não achei ruim. Mas, com o tempo, sua mãe começou a me ameaçar. Ele morava sozinho, mas a mãe não queria, de forma alguma, vê-lo namorando. Volta e meia pedia para alguma amiga falar comigo pelo Facebook para xeretar minha vida.

O motivo da loucura dela era dinheiro. O avô o cara tinha deixado imóveis como herança, algo na casa dos milhões, e ela tinha pavor de que alguém engravidasse do filho. Soube isso depois pelo pai dele, que contou que a ex-mulher tinha dado o golpe da barriga nele e tinha pavor de que alguém fizesse o mesmo com o filho dela. Um dia cheguei do trabalho e minhas coisas estavam todas na portaria do prédio, e eu sem poder entrar. Foi humilhação demais. Peguei o que era meu e nunca mais quis saber dele. Depois soube que ela já tinha expulsado outras namoradas de suas namoradas.

Fui morar na Lapa (bairro boêmio do Rio), que era do lado do meu trabalho e uma região bem mais barata. Fui muito feliz ali, apesar da vizinhança maluca. Seis meses depois, conheci meu atual marido, Marcello. Fomos apresentados por uma amiga de Curitiba num show da Orquestra Voadora no Parque Madureira. Fomos de metrô da Cinelândia até Inhaúma e de lá ele daria carona até Madureira. No show, teve um momento em que o BNegão, que fazia uma participação, mandou todo mundo sentar no chão. Eu não tinha lugar, porque estava tudo cheio de cerveja onde estávamos. Nessa hora, o Marcello disse para eu me sentar no joelho dele. 

Diferentemente do que aconteceu com o Rafa, não foi amor à primeira vista: ele era desconfiado demais e estava numa fase de só curtir. Quando me contou que tinha filho, não vi nada de mais. Aí ele disse que eram dois. Ainda achei tranquilo. Mas, quando disse que era um de cada mãe, fui percebendo que o buraco era mais embaixo. Sua ex morava atrás da casa dele e eles não tinham limites saudáveis. Nessa fase, acabei me machucando para caramba.

De uma hora para outra, eu era madrasta, uma posição carregada de preconceitos. É um papel ingrato, porque você não recebe carinho, como no caso de um sobrinho ou dos filhos dos seus amigos. O mais novo não me olhava nem dizia meu nome. Eu só recebia ‘não’. Com o tempo, fomos quebrando o gelo. Sou tia há tanto tempo que não sei não me encantar com crianças. Fazendo brincadeira, ele foi se soltando. E fomos nos aproximando. Quando me dei conta, estávamos jogando pingue-pongue na mesa da sala e ele com um sorriso de orelha a orelha. Não é meu filho, mas eu o amo mais do que ele imagina.

Aos poucos, o Marcello também foi se abrindo, no ritmo dele, da maneira dele. Que, para mim, demorou bastante. Acho que a carga de experiências que vivi desde bebê me fez enxergar a vida de forma diferente. Não fico esperando determinadas fases: vivo e assumo esse risco. Tenho mais facilidade para me expressar, para amar e acolher. Ele não. Mas hoje já consegue dizer que ama.

Em agosto do ano passado, nos casamos no cartório. Agora, estamos de mudança para os Estados Unidos. Ele é americano e acredita que, no atual momento do Brasil, é melhor ir embora. A milícia na Zona Oeste do Rio, onde vivemos, está muito mais forte e agressiva. No ano passado, aconteceu uma execução na porta da nossa casa. Ele tem uma empresa de tecnologia e eu vou vender comida vegana.

Me sinto muito feliz. Todas as dificuldades e perdas que vivi me ensinaram a aceitação. Enfrentei de cara limpa — tinha medo de viver dopada para suportar. Eu acredito muito na transparência das relações. Espero que o mundo desperte para o coletivo, para a dor do outro e perceba que um abraço vale muito. Sou extremamente grata pela minha vida e por cada pessoa que entrou nela. Cada ciclo foi sentido, agradecido. Que venha o próximo!"

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Sônia Bridi: repórter especial do "Fantástico" se diz briguenta, bocuda e... burra. Burra?

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Mônica Salgado e Sônia Bridi (Foto: Arquivo pessoal)

 

Burra diante de pessoas muito inteligentes, mesquinha diante do Dalai Lama, vulnerável diante de crianças em campos de refugiados, corajosa ao subir o Kilimanjaro, frustrada ao ser escalada para mudar de país quatro meses após chegar, triste por deixar os filhos sem pai nem mãe num país estranho, impotente por estar ilhada na Antártica ao receber a notícia de um infarto grave do pai. Sônia Bridi, 55 anos, repórter do Fantástico, é bem esse high low de emoções. Na verdade, muito mais high que low. "O trabalho e a vida só fazem sentido se eu estiver fazendo coisas relevantes", resume a jornalista, natural de Caçador, em Santa Catarina.

Mas fazer coisas relevantes tem seu preço. Casada com seu parceiro de trabalho, o cinegrafista Paulo Zero, há 20 anos e mãe de dois filhos, Mariana Bridi Spinello, 34, e Pedro Zero, 18, Sônia viveu coisas relevantes na China comunista, em Londres, Nova York e Paris (lugares em que atuou como correspondente da Globo) e em matérias pelos quatro cantos do mundo. Mas perdeu coisas relevantes na vida dos filhos também. Muitas. "É uma realidade inescapável. Mas eu sofro mais que eles. Mariana e Pedro odeiam ser 'os coitadinhos'."

Aliás, coitadismo é coisa que não cabe aqui. Tem um monte de sentimento envolvido, do tipo que nem todo mundo admite - frustração, tristeza, dúvida, insegurança. Mas é o que a Sônia Bridi lá de Caçador faz com esses sentimentos que faz dela a Sônica Bridi fodástica mulher alfa cidadã do mundo. A saber.

"Sou briguenta, não nego. E pago o preço"

Tenho essa fama. E não é uma fama injusta, não. E minha voz já é alta porque eu sou de família italiana, então... Quando acredito em alguma coisa, acho que tenho obrigação de defender. Seja um assunto que considero relevante, seja uma maneira de contar uma história. Fora que, quando você joga limpo, é tão mais honesto. Não brigo por capricho. E quando digo briga, quero dizer colocar um ponto de vista. Agora... tem que saber os termos dessa discussão. Você não xinga as pessoas…O que você faz é não deixar passar uma coisa que não está certa, que considera injusta. Sem ficar de mimimi se a coisa é pequena. Isso é fundamental numa redação.

Certa vez, eu e o Erick Bretas, na época diretor de jornalismo aqui da editoria Rio, estávamos discutindo um assunto qualquer, eu falei exatamente o que pensava e finalizei assim: “Sabe o que que é? Sou avó, avó é velha. E velho sempre fala o que pensa". Aí ele olhou pra mim e disse: “Sônia, você nunca teve esse problema!” [risos!].

Fato. Nunca tive mesmo, em qualquer idade. Foi, aliás, com o próprio Erick que tive a discussão mais feia. Ele na condição de editor-chefe do Jornal da Globo, e eu, de correspondente em Paris. Foi tão sério que ficamos uns seis meses sem nos falar. Disse a ele: "Não quero mais falar com você!". Até que um dia fui fazer uma matéria sobre a digitalização do acervo do Museu do Prado, em Madri. Acredita que deixaram eu e o Paulo [o cinegrafista Paulo Zero é marido e parceiro de trabalho] entrarmos sozinhos? Sem ninguém para acompanhar? O museu estava fechado para o público, só a gente ali, ouvindo nada mais que nossos passos.

Aí eu paro, sozinha, na frente do "Jardim das Delícias", do Hieronymus Bosch. Era uma matéria sobre digitalização, então focamos no detalhinho do detalhinho do detalhinho. E eu descrevi essa emoção de estar ali sozinha, diante da obra que, naquelo momento, era só nossa. A matéria foi ao ar e, no dia seguinte, o Erick me ligou e disse assim, rindo: “Você é uma turrona, bocuda…fez eu me emocionar com uma matéria de tecnologia”.

Claro que chega uma hora em que, numa discussão, a palavra final é do chefe. Mas preciso de argumentos para aceitar essa palavra final. Uma vez, propus uma pauta num campo de refugiados do Sudão do Sul. Era perigoso, mas, naquele momento, eu sabia que estava tranquilo para ir. Recebi uma resposta assim: “Você não pode ir, e o chefe não aceita argumento”. E eu respondi: “E eu não aceito que não pode ter argumento”. A preocupação era legítima, porque existem riscos desnecessários. Porém, pesquisei e provei para ele que o risco era baixíssimo e que o resultado valeria a pena. Porque você tem que estar bem arrazoado. “Eu quero porque eu quero?” Nem meus filhos funcionam nessa vibe! Esse chefe argumentou com outro chefe e... "Tá bom", disse, por fim.

Já levei tanto "não" que achei que fosse enlouquecer

Morei na China por dois anos, entre 2004 e 2006. Eu, o Paulo e o Pedro, que chegou lá com 3 anos. Nos primeiros seis meses, achei que fosse enlouquecer de tanto tomar não, de tanto não conseguir fazer o que eu queria, de tudo ser proibido. Para você ter ideia, levamos dois meses para conseguir tirar o equipamento da alfândega. Estava há sessenta dias na China e não conseguia trabalhar! A frustração era gigantesca. Quando percebi que o que eu conseguia fazer já era bastante coisa, já era bastante revelação, comecei a pensar: bom, vamos continuar brigando para ter acesso, mas não vou gastar mais tanta energia emocional, com frustração e paralisia, se posso ir fazendo outras coisas interessantes... Então, a maturidade ensina que, se pinta um "não" aqui, ali na esquina posso achar algo diferente tão legal quanto.

Um bom exemplo: no início do ano passado, fui para Ciudad Juárez, no México, que era a cidade mais violenta do mundo há três, quatro anos. Era gente decapitada pendurada no viaduto, esse nível de violência. Hoje, Ciudad Juárez tem índices bem menores que os do Rio de Janeiro. Então queríamos entender como eles haviam revertido esse quadro. Uma das pautas era gravar numa espécie de Febem deles, um projeto que ajudou muito a tirar a garotada da mão do tráfico. Trata-se de uma casa de correção juvenil decente, que tem escola, recreação, trabalho, um bom acompanhamento psicológico... Estava tudo autorizado. Quem nos acompanharia seria um padre que trabalhava lá dentro. Um padre jovem, que fala português porque já morou em Minas Gerais, um cara inteligente, brilhante, apaixonado... Pensei: "Nossa, essa matéria vai ficar sensacional!". Na porta do presídio, o guarda fala que a câmera não pode entrar. Eu disse: "Mas já está autorizado...". E ele: "Sim, vocês podem entrar, mas a câmera não". 

Nossa, que balde de água fria! Tínhamos poucos dias. Precisava voltar com a matéria. O que poderia adiantar? O muro da fronteira. Seguimos para lá. No caminho, o pneu de um dos carros furou. Mais estresse e tempo perdido. Amontoamos todo mundo mais equipamento no outro carro. Quando chegamos, estava quase anoitecendo, eu pensando que tinha perdido um dia inteiro de gravação. Começamos a captar imagens. Carros da patrulha americana do outro lado, um pessoal jogando bola... percebo uns meninos fazendo grafite, pintando o muro. Puxei conversa. “Por que vocês estão aqui? Por que fazem grafite?”. E eles explicaram que era parte do projeto para combater a violência.“E você já sentiu de perto a violência?”, perguntei a um menino de uns 10, 11 anos. “Meu tio tinha 15 anos, mataram ele na frente da minha porta. Eu estava junto, o assassino apontou a arma pra mim e disse que ia me matar." Nisso, ele começou a chorar muito. E eu: “Desculpa por ter trazido essa memória ruim pra você". Ele olhou fundo nos meus olhos: “Hay que sacarla, hay que sacarla".

Fiz uma das entrevistas mais emocionantes da minha vida. Vinte anos atrás, eu teria ficado possessa e brigado com todo mundo. E não voltaria com a matéria mais emocionante da minha vida.

Fico muito mal emocionalmente depois de algumas matérias

Fico abalada e levo um tempo até me equilibrar de novo. Como quando fui gravar naquele campo de refugiados no Sudão. É tanta tristeza, tanta tristeza… Porque a gente conhece pobre no Brasil, mas a pobreza da África faz com que as nossas favelas pareçam bairros de classe média. Aliás, as nossas favelas caberiam facinho nos bairros de classe média da África. Por ali, vi muitas crianças sozinhas, que não sabiam onde estavam os pais, tendo que se virar num país estranho sem saber falar a língua. Uma delas me perguntou: “A senhora sabe se vai ter escola pra gente aqui?”. Com 12 anos de idade ter maturidade para saber que tudo aquilo iria passar um dia, e que ela precisaria estar preparada para quando o dia chegasse... É fogo!

Mas talvez a cobertura que mais tenha me deixado mal foi a tragédia aqui na serra [no fim de 2010, início de 2011, as chuvas na região serrana do Rio foram consideradas a maior tragédia climática do País, com quase mil mortos e cem desaparecidos]. Eu rodei todos aqueles bairros a pé com o barro até a cintura. E corpos sendo desenterrados, achados no meio dos escombros o tempo todo. Gente procurando família, casas totalmente destruídas... Quando você é correspondente, você cobre muita desgraça de gente que fala outra língua. Agora, quando fica a poucos quilômetros da sua casa, é uma paulada muito maior. 

Odiei ser transferida para Nova York. Não queria, mas tive que ir. E chorei até...

Em 1995, lá estava eu em Londres, o primeiro país no qual fui correspondente internacional. Fazia quatro meses. Estava num processo de separação do meu primeiro marido. Fui sozinha, mas a Mariana [filha mais velha, na época com 11 anos] ia morar comigo. Já tinha feito o depósito da casa, uma casinha linda, já estava me vendo morando ali. E queria muito cobrir Europa. Um dia, recebo uma ligação do Evandro Carlos de Andrade, então diretor de jornalismo. “Sônia, abriu uma vaga em Nova York, e acho que você tem o perfil de repórter que eu gostaria de ver lá”. Não tinha como dizer: “Ô, Evandro Carlos de Andrade, eu não quero ir!”. Fui. Nos primeiros dias, só chorava... Não queria morar lá, não estava preparada. E, olha só, Nova York é a cidade que mais amo hoje. Fora que foi lá que conheci meu marido, Paulo.

Todos os domingos desejei estar no Brasil

Uma parte chata de morar em outro país é receber uma foto do almoço de família aos domingos e pensar: “Ah, queria estar lá também!”. Porque às vezes pode ser duro... na China foi bem duro. O Pedrinho [filho mais novo, hoje com 18 anos] era pequeno. No segundo ano, a Mariana foi ficar seis meses com a gente. Com o tempo, a gente vai construindo uma família. Conhecendo gente, tanto brasileiros quanto estrangeiros. Alguns continuam sendo meus grandes amigos até hoje. Já em Paris, onde morei de 2007 a 2009, era o oposto. Sempre tinha visita. Nossa casa era como uma pousada. Mas os domingos...

Deixar meus filhos sozinhos num país estranho sempre foi o mais dolorido

Você leva seu filho para outro país e aí, na sequência, tem que viajar para longe para gravar. Lembro de deixar a Mariana em Nova York e ir lá pro meio do Ártico. Tinha sempre quem cuidasse dela, claro, mas eram 15 dias sem pai nem mãe. Nos primeiros tempos nos EUA, minha irmã mais nova foi comigo. Tinha terminado o ensino médio, queria aprender inglês. Foi ótimo. Depois,  já namorando com o Paulo, a irmã dele mora lá... então sabíamos que sempre tinha alguém. Na China, deixei o Pedro com 3 anos e fui passar um mês no Japão! Tínhamos levado uma ajudante do Brasil, que ficou o primeiro ano. No segundo, uma sobrinha minha resolveu fazer mandarim e ficou um ano lá com a gente. Em Paris, três sobrinhas foram... É a vantagem de vir de uma família de oito irmãos: tem sobrinho pra todo lado.

Outra coisa legal é que você acaba formando uma rede de apoio entre os amigos. Um ajuda o outro nas viagens, nas ausências. Acho que as mulheres se ajudam muito.

Perder aniversários e momentos preciosos era quase rotina

Ah, inescapável... Teve um dia, em 2012, o Pedro com 11 anos, um domingo de Páscoa. A Mariana foi lá pra casa, no Rio, e fez um almoço todo caprichado, com coelhinho e tudo. Eu e Paulo em Mumbai, trabalhando. Aí recebo uma ligação do Pedro por Skype. “Mamãe, a Mariana está fazendo o almoço, e eu não quero incomodar. Mas não estou conseguindo fazer esse dever de matemática.” Ele me mostrou, ajudei. Ele no Rio, eu em Mumbai.
Essas cenas você carrega over and over.

Quando subi o Kilimanjaro [ponto mais alto da África, ao norte da Tanzânia], Pedro ficou preocupadíssimo. No dia em que a gente atingiu o cume, minha única preocupação era não atrasar, porque eu não poderia perder o voo. Chegaria no Brasil às 15h e era aniversário dele.

Mas, olha, eu sofro mais que eles. Eles me sacaneiam muito. Falam: "Ah, para, não vem com essa história de coitadinhos...".  No fim, essas experiências todas também trouxeram coisas muito boas para eles. Ambos têm um repertório vasto de arte, música, cultura em geral. E são muito solidários, têm uma facilidade de se colocar em público. Eles sempre tiveram que se virar. Quando você vive em lugares diferentes, tem que aprender a chegar e dizer: “Oi, meu nome é Pedro, quer brincar comigo?”. Tem que ficar "safo".

Quando por pouco não consegui me despedir do meu pai, repensei tudo

Em 2013, meu pai sofreu um infarto gravíssimo quando eu estava dentro de um navio, na Antártica. Recebi a notícia e, em seguida, começou uma tempestade que quebrou o satélite. Ficamos chacoalhando durante quatro dias, passando mal. E eu sem saber se meu pai estava vivo ou morto. Você não chama um Uber para ir embora da Antártica. Tinha que esperar. Que angústia! Bem, a tempestade passou, arrumaram a antena, e eu tive a notícia de que a situação continuava gravíssima, mas que ele estava consciente. Consegui voltar a tempo de vê-lo [Sônia chora, muito emocionada].

A ironia é que somos em oito irmãos. Todos já tinham estado lá com ele. Mas eu acabei ficando para dormir na noite em que cheguei de viagem. Foi quando ele faleceu. Justamente comigo, a filha menos presente fisicamente. Fiquei dez dias na casa da minha mãe, no sul, sem coragem de ir embora. Me questionei muito sobre tudo. Exatamente porque, àquela altura, eu já não queria mais morar fora para estar perto deles. Os pais vão envelhecendo...

Me sinto burra o tempo todo

Fato é que, quanto mais velha você vai ficando, menos burra você se sente porque a bagagem aumenta, né? E não é só uma questão de inteligência, e sim de percepção das coisas. Por exemplo, no dia em que eu entrevistei o Dalai Lama, me senti uma pessoa mesquinha. Porque as respostas dele eram tão nobres, a visão do mundo e das coisas era tão generosa e cheia de compaixão...

Ele fala muito da necessidade de multiplicidade de religiões, de fé, porque as culturas são diferentes. As pessoas precisam ter religiões diferentes porque precisam de respostas dentro do ambiente que elas entendem. Assim, você não tira um brasileiro daqui, joga no meio da Índia e acha que ele vai encontrar a resposta para o anseio espiritual dele numa cultura completamente diferente, que tem cem mil deuses...

Diante dele, falei: "Tá, mas e quem não tem religião? Só a religião salva? Só a fé te torna uma pessoa digna de respeito?”. Ele: “ Não precisa ter uma religião. Basta ser uma boa pessoa”. É muita generosidade. E não é todo líder religioso que é assim. Em situações como essa, me sinto burra. Ainda tenho muito a aprender.

Maria Sharapova é vaiada ao deixar jogo de tênis por quase oito minutos

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Maria Sharapova (Foto: Instagram / Maria Sharapova)

 

Foi um fim de semana difícil para a tenista Maria Sharapova. Ela, que participou do Australia Open, foi acusada de não ter espírito esportivo depois de tirar uma pausa maior do que esperado para ir ao banheiro durante uma partida.

Segundo o Daily Mail, a russa foi vaiada pelo público da Rod Laver Arena após deixar a quadra por sete minutos, aparentemente para segurar o seu momentum no jogo. Na partida contra Ash Barty, Maria ganhou o primeiro set, mas perdeu o segundo, e a pausa seria uma forma de segurar as jogadas e tentar adiar o fim da partida.

A tenista deixou a quadra antes do terceiro set e manteve o jogo em espera por quase oito minutos. Muitos dos presentes entenderam a atitude como uma manobra para desestabilizar o adversário - e assim tentar ganhar a partida mais facilmente.

Aliás, com o fim do jogo, que acabou em derrota para a russa, ela pareceu não aceitar muito bem as perguntas dos jornalistas na coletiva de imprensa pós-jogo, inclusive sobre a pausa polêmica.

"O que você quer que eu diga para essa pergunta?", disse ela, quando questionada se a vaia do público teve algum efeito no seu emocional. "Eu acho que essa é uma pergunta boba", continuou.

Ash, por sua vez, não se mostrou afetada pela ação da tenista, explicando que todo jogador tem direito a uma pausa para o banheiro durante o jogo. "Eu acho apenas que ela foi até o vestiário ao invés de ir no mais próximo da quadra. Não há muito o que eu possa fazer sobre isso", disse.

Maria também evitou responder perguntas sobre dopping durante a coletiva. Questionada sobre o uso do meldonium, um medicamento que usou por 10 anos antes de ser banido - e que ela continuou usando mesmo com a proibição, ela preferiu não entrar no assunto. "Alguma outra pergunta?", disse.


Lady Gaga interrompe show para criticar o governo norte-americano

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Lady Gaga (Foto: Instagram / Lady Gaga)

 

Lady Gaga tem tentado ao máximo demonstrar a sua insatisfação com o atual governo norte-americano. A cantora tirou uma pausa durante a performance da música Million Reasons, no último sábado (19), para criticar a crise atual.

Se você não sabe, o governo norte-americano passa por um momento complicado por conta da aprovação do orçamento para o ano. Enquanto o presidente Donald Trump não chega a um acordo com os demais representantes, as principais instituições públicas estão fechadas.

Durante a apresentação na sua residência em Las Vegas, ela aproveitou a atenção do público para falar sobre as notícias do momento, principalmente sobre como a esposa do vice-presidente Mike Pence decidiu voltar a dar aulas em uma escola cristã de Springfield que conhecidamente barra alunos e professores LGBTQ+ de frequentarem o ambiente acadêmico.

Após Lady Gaga retirar música com R.Kelly de plataforma digital, Christina Aguilera mostra apoio

"E se o presidente puder colocar o governo de volta nos eixos… têm pessoas que vivem salário a salário e precisam do dinheiro", começou ela. "E para o Mike Pence, que acha que é ok a sua esposa trabalhar em uma escola que barra pessoas LGBTQ, você está errado. Você diz que nós não deveríamos discriminar o cristianismo, mas você é a pior representação do que é ser cristão. Eu sou uma mulher cristã e o que eu sei sobre sobre isso é que nós não temos preconceitos e aceitamos a todos. Então, você pode pegar toda essa desgraça e olhar no espelho - você vai encontrá-la lá".

Lady Gaga depois pediu desculpas por ter perdido a calma por um minuto e continuou com a apresentação. Ela tem sido bastante vocal sobre a forma como o atual governo tem lidado com a comunidade LGBTQ, fechando parcerias com organizações que ajudam jovens sem-teto da comunidade, assim como usado a sua visibilidade para chamar atenção para a importância do cuidado com a saúde mental.

Giulia Costa investe em maiô recortado para posar em cima de barco

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Giulia Costa (Foto: Reprodução/Instagram)

 

Giulia Costa decidiu exibir a boa forma em sua página no Instagram. A filha de Flávia Alessandra impressionou com a boa forma ao publicar um clique em cima de um barco, com um maiô cavado preto e branco.

Sorridente, a jovem aproveitou o espaço o da legenda para falar sobre recomeços, principalmente por conta do eclipse lunar que aconteceu na madrugada desta segunda-feira (21):

"Hoje é dia de eclipse lunar total. 'Os eclipses são os canais mais potentes que o universo tem para afetar a mudança, a transformação e o crescimento. Eles trazem à luz informações ocultas e fornecem os insights de que você precisa para continuar sua jornada de cura, crescimento e evolução. Eclipses solares abrem novos caminhos e trazem novas oportunidades. Enquanto os Eclipses Lunares são muito mais emocionais e trazem finais, o que abre o caminho para novos começos. Assim como a Lua se torna cheia e diminui, assim, também, a vida. Cada ciclo da Lua o eleva a um nível da grande espiral da vida e a cada ciclo a sua sabedoria, compreensão e autoconhecimento aumentam'.", escreveu ela.

Nos comentários, os seguidores de Giulia eram só elogios: "Além de linda é muito inteligente", escreveu um deles.

Giulia Costa (Foto: Reprodução/Instagram)

 

Giulia Costa (Foto: Reprodução/Instagram)

 

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Grávida e recém-casada, Gabi Brandt antecipa lua de mel com Saulo Poncio: "Fevereiro"

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Saulo Poncio e Gabi Brandt (Foto: Reprodução / Instagram)

 

Grávida de quatro meses e recém-casada com Saulo Poncio, Gabi Brandt contou atráves dos seus Stories do Instagram que vai antecepar a lua de mel com o marido. A data da lua de mel estava escolhida para o meio do ano, próximo ao nascimento do bebê, mas devido ao tempo de gravidez, o casal antecipou os planos: "Lua de mel em fevereiro. Ansiosa demais", contou a influenciadora.

O casal subiu ao altar na sexta-feira (19) em uma cerimônia luxuosa no Copacabana Palace no Rio de Janeiro. Para o grande dia, a noiva escolheu uma produção criada pela estilista Lethicia Bronstein. Um vestido com cristais 3D e cauda de quatro metros. "Até agora estamos em êxtase por tudo. Foi o melhor dia das nossas vidas. Nem nos meus melhores sonhos, eu consegui imaginar tanta coisa boa de uma vez", disse Gabi.

Gabi Brandt (Foto: Reprodução / Instagram)

 

A influenciadora também contou que já se vê como mãe e que pretende ter muitos filhos com Saulo. Ao ser questionada se ela iria filmar o parto ela disse: "Com certeza". E sobre parto normal ou cesárea, Gabi explicou: "Pretendo deixar o Davi escolher".

Saulo Poncio e Gabi Brandt (Foto: Reprodução / Instagram)

 


 

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Herdeira é condenada depois de vender bonés de píton ilegalmente no Reino Unido

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Stephanie Scolaro (Foto: Reprodução/Instagram)

 

Uma jovem herdeira recebeu uma sentença para fazer serviço comunitário depois de ter contrabandeado para o Reino Unido bonés e uma bolsa de píton e vendê-los.

Stephanie Scolaro, de 26 anos, vendeu as peças pelo seu site, chamado SS Phyton, e por meio de sua conta no Instagram, que tem mais de 85 mil seguidores, até o momento.

A também modelo, filha de um magnata da mineração italiano e mãe inglesa, também vendeu alguns dos bonés, no valor de 450 libras, para uma loja em Mayfair. Ela, que vive em um apartamento de luxo em Marylebone, pediu as peças da Indonésia, que ela então vendeu para a sua rede de amigos.

Porém, nesta segunda-feira, 21, ela foi sentenciada a fazer serviço comunitário em Southwark Crown Court por importação de bens com a intenção de evitar uma proibição, vender produtos de um material raro adquirido ilegalmente e também por importar produtos de um material raro ilegalmente entre os anos de 2016 e 2017.

O juiz Michael Gledhill criticou o estilo de vida de Stephanie, explicando que ela só pensa em si mesma e que a única forma que ela encontrou de lidar com as suas questões era "jogar mais dinheiro no problema que ela ficaria bem".

"Essa é uma jovem que, por vários os motivos diferentes, é muito auto-centrada - a vida toda dela é focada em si mesma", explicou. O juiz ainda disse sobre como o píton é uma espécie ameaçada e que os animais sofrem muito para a produção desses produtos de moda. "Tudo o que ela pensa é em como conseguir alguns acessórios para vender depois".

O juiz disse ainda que a decisão vem por conta da avaliação psicológica de Stephanie, que foi diagnosticada com mais de uma doença mental durante o processo de acusação.

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Jéssica Rodrigues diz que tem frequentado cultos evangélicos: "Me identificando"

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Jéssica Rodrigues (Foto: Arquivo pessoal)

 

Além de estar sempre atenta aos cuidados do corpo, Jéssica Rodrigues não deixa por menos com o seu lado espiritual. A  personal trainer tem frequentado cultos evangélicos com o seu noivo, o cantor Latino, em uma uma igreja no Recreio, zona oeste do Rio de Janeiro, e diz que é uma mulher que acredita muito em Deus.

"Creio nEle e em tudo o que nos leva até Ele. Frequento igrejas, mas ultimamente tenho ido bastante em células de oração e em cultos também. Estou me identificando e gostando muito desses encontros", comenta.

Em dezembro, Latino doou um piano de cauda para esta mesma igreja avaliado em R$ 60 mil. Em um vídeo postado no Instagram, o cantor discursou sobre o presente.

"Não sou profeta, mas vejo na próxima igreja um piano de cauda. Esse é meu presente de Natal. Tenho um piano de cauda em casa e essa é a minha doação, no valor de R$ 60 mil. Tenho certeza que Deus vai abençoar ainda mais."

Os dois chegaram a ficar separados por um período em 2018 e o término do noivado foi muito comentado nas redes sociais. Agora, de bem com a vida, Jéssica explica que o distanciamento aconteceu por conta do ciúme dele. 

"Encaramos esse término com um período de aprendizagem e amadurecimento para nossa relação", limita-se a dizer.

Em entrevista à Marie Claire, a personal trainer também fala sobre o empoderamento feminino e acredita que seja muito importante uma mulher tomar poder de si mesma para ser vista do mesmo modo que qualquer homem.

"É no empoderamento que a mulher busca igualdade, reconhece seu poder e consegue ajudar as outras também a reconhecerem. As mulheres precisam acreditar que são capazes para então começar a fazer mudanças", afirma.

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Feliz da vida, Sabrina Sato amamenta Zoe

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Sabrina Sato e Zoe (Foto: Reprodução/Instagram)

 

Sabrina Sato está aproveitando o máximo que pode a presença da filha, Zoe. Em um clique belíssimo publicado pela fotógrafa Thalita Castanha, a apresentadora aparece com a neném no colo, enquanto amamenta.

"A alegria de @sabrinasato quando sente que Zoe está mamando direitinho!
Quem é mãe sabe, dá uma alegria tão grande quando esse momento acontece!", escreveu a profissional como legenda da imagem.

Nos comentários, os fãs de Sabrina caíram de amores pelo clique da mamãe de primeira viagem: "Que foto linda!".

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Larissa Manoela rebate fã que perguntou sobre gravidez

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Larissa Manoela e Leo Cidade (Foto: Reprodução / Instagram)

 

A atriz Larissa Manoela, que completou 18 anos recentemente, deu uma resposta debochada para um fã que perguntou sobre uma possível gravidez. Namorando o também ator Leo Cidade, ela resolveu usar do bom humor para falar do tema em seu Stories do Instagram

"Amor, você tá muito desatualizado. Inclusive eu já ganhei, é um casal e eles estão estudando na Suíça", brincou Larissa Manoela.

Nas redes sociais, ela também compartilhou com os fãs o convite do festa que vai realizar para comemorar seu aniversário. A festa acontece só no final da mês.

"Eu sei que tá todo mundo já curioso pra saber tudo que vai rolar e como faltam só 15 dias eu resolvi dar um spoiler máximo da primeira coisa que chega antes da festa pra já dar um gostinho, óbvio que é o convite", disse Larissa.

Larissa Manoela (Foto: Reprodução / Instagram)

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Giovanna Ewbank posa com cabelo novo e ganha milhares de likes em segundos

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Giovanna Ewbank (Foto: Reprodução / Instagram)

 

Giovanna Ewbank mostrou em mais uma foto o resultado do seu novo visual: "Bom dia com foto do cabelitcho novo!", escreveu a apresentadora na legenda da publicação no seu perfil do Instagram desta segunda-feira (21).

O clique feito pelo fotógrafo Thiago Bruno recebeu milhares de likes nos primeiros segundos no ar. Até o momento são 6,5 mil "gostei" em quatro minutos. Além disso, Giovanna recebeu vários elogios ao cabelo curto. O novo corte foi apresentado pela atriz na sexta-feira (18).

"Que lindo!!! Prefiro você de curto Gioh! Mais cool", comentou uma seguidora. "Sério! O teu cabelo assim fica perfeito", disse outra. "Gioh, faz um vídeo mostrando como faz esse cabelo lindo. Amo seu cabelo curto", escreveu mais um.

Giovanna Ewbank (Foto: Reprodução / Instagram)

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José Loreto mostra fim de semana na piscina com Débora Nascimento e amigos

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José Loreto e Débora Nascimento (Foto: Reprodução / Instagram)

 

José Loreto mostrou em seu Instagram como foi o fim de semana na piscina ao lado da sua mulher Débora Nascimento e dos amigos Ícaro Silva, Ivan Mendes e Rael Barja. "Domingo subaquático subsistente de amor!!!", escreveu o ator na legenda das fotos.

Nas imagens, o grupo aparece se divertindo e fazendo várias poses. Um dos cliques que encantou os seguidores do ator foi de Débora dando um beijinho na filha, Bella.

Débora Nascimento e sua filha Bella (Foto: Reprodução / Instagram)

 

José Loreto, Débora Nascimento e Ícaro Silva (Foto: Reprodução / Instagram)

 

Mulher é agredida por diretor da Vai-Vai durante ensaio

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Mulher é agredida por diretor da Vai Vai (Foto: Reprodução)

 

Na madrugada do último domingo (20), uma mulher foi agredida por um dos diretores da Vai-Vai, uma das maiores escolas de samba do país. Durante o evento, que aconteceu no Sambódromo do Anhembi, imagens captaram o momento em que a agressão aconteceu.

Nas imagens, inclusive, é possível ver o público presente entoando "Maria da Penha", em referência à lei anti-violência contra a mulher vigente no país. É possível ver o homem, de camiseta preta, puxando a mulher pelos cabelos e a empurrando, mesmo quando ela parece parar para se apoiar no alambrado.

Em nota oficial publicada no Facebook, o presidente da escola, Darly Silva, conhecido como Neguitão, diz que repudia as ações do diretor, não identificado pelo nome, e que vai tomar as medidas cabíveis diante do acontecido.

"Nós não aceitamos o que o ocorreu com a nossa componente ontem no ensaio. Quero dizer que providências já foram tomadas em relação a ele, o agressor, que fazia parte do nosso quadro de diretores, e que já está excluído de toda as atividades da escola", escreveu.

"Por outro lado, vou requerer, junto ao conselho deliberativo, a sua expulsão dos quadros de componentes escola, pois o que ele fez fere totalmente a nossa ética, a nossa disciplina, a nossa honra e principalmente a honra e a integridade da componente que foi agredida. Estou do lado dela. Já entrei em contato com a mesma e não medirei esforços pra que a justiça seja feita. Que isso sirva de exemplo e que fique bem claro que nós não aceitamos covardia com ninguém, muito menos com uma mulher!", diz o comunicado.

Darly ainda explica que fará o possível para ajudar a vítima e sua família diante da agressão e pede desculpas a todos que acompanham a escola de perto. "Seremos submetidos a críticas, mas deixo claro que isso foi um ato isolado e pessoal. Informo a toda a comunidade do Vai-Vai e também ao mundo do samba em geral que essa atitude mexeu demais conosco, porém essa pessoa será cobrada pelo erro cometido".

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Para a Alta Costura, Dior arma circo feminista com contorcionistas, pierrôs mulheres e muito glitter

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No circo da Dior, as mulheres são protagonistas. A (feminista) e diretora criativa da maison francesa, Maria Grazia Chiuri, apresentou na tarde desta segunda-feira, em Paris, a coleção de verão 2019 da alta costura da marca francesa. Entre contorcionistas mulheres, as modelos desfilaram a quinta coleção de alta moda assinada pela designer. 

Inspirada no universo circense, Chiuri desfilou pierrôs femininas, com uma coleção marcada por brilhos, transparências em organza e silhuetas alongadas. As marcas registradas que a estilista tem imprimido nesta nova fase na Dior -- o corset justo de alças finas que lembram lingerie, as saias transparente e amplas de cintura alta e a alfaiataria fina -- também permearam a coleção de alta moda. Na beleza, o brilho apareceu também com toucas de glitter que foram combinadas com finas toiles sobre os rostos das modelo e a maquiagem melancólica típica do personagem pierrô -- assinada pelo diretor criativa de beleza da Dior, Peter Phillips. 

 

Após defender Nego do Borel, fãs pedem para Madonna cancelar feat com Anitta

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Anitta e Madonna (Foto: Reprodução / Instagram)

 

 

A polêmica envolvendo Nego do Borel em relação aos seus comentários transmofóbicos no seu perfil do Instagram chegou a Madonna. Isto porque, Anitta, que fará um dueto com a rainha do pop, defendeu o cantor brasileiro em um show no domingo (20).

Anitta tem sido criticada e acusada de apoiar artistas transfóbicos e homofóbicos.Na foto que a cantora publicou no Instagram, em que aparece ao lado de Madonna, há vários comentários pedindo que Madonna que não trabalhe com a intérprete de "Solo".

Já na última publicação de Madonna, o que não faltam são comentários em português e inglês pedindo o cancelamento da parceria. O dueto entre as duas nunca foi confirmado, apesar de, na descrição da fotografia, Anitta ter escrito que estar ao lado da rainha do pop “é um aprendizado para a vida inteira”.

Após defender Nego do Borel, fãs pedem para Madonna cancelar feat com Anitta (Foto: Reprodução / Instagram)

 

 

 

Após defender Nego do Borel, fãs pedem para Madonna cancelar feat com Anitta (Foto: Reprodução / Instagram)
Após defender Nego do Borel, fãs pedem para Madonna cancelar feat com Anitta (Foto: Reprodução / Instagram)

Anitta fez uma publicação no Instagram nesta segunda-feira (21) para explicar a polêmica envolvendo o amigo, Nego do Borel. O cantor, que subiu ao palco junto com a cantora foi vaiado pelo público recebeu que, segundo relatos na internet era majoritariamente LGBTQI. O protesto ocorreu porque, há uma semana, ele fez um comentário considerado transfóbico em resposta à Luísa Marilac.

"Gente, bom dia. Acordei e vi um monte de coisa que todo mundo tá falando sobre o Nego do Borel no ensaio de ontem. (...) Nós tivemos uma longa conversa sobre isso, porque eu expliquei que as coisas que ele está fazendo não têm a ver com quem eu sou e ele não tem me escutado ultimamente", disse Anitta.

E continuou: "Ele inclusive me chamou para perguntar se eu estava bolada, puta com ele. Expliquei: 'Não estou de mal de você, continuo gostando de você, você é meu amigo, eu te amo, não vou deixar de te amar por uma coisa ou outra, eu conheço o seu caráter. Ele não é uma pessoa de mal, que tem feito eu acreditar que ele tem esses pensamentos ruins, que eu realmente não curto. Mas ele toma umas atitudes muito loucas, sem noção. Que eu já tentei várias vezes alertar, mas que não adiantou. Eu falei: 'Olha, Nego, o que está acontecendo é que você tem tomado atitudes que eu não concordo'. Ele me perguntou e eu falei que jamais vou virar as costas para ele, ele sempre será bem-vindo como meu amigo para curtir meu evento, meu show, o que quer que seja. Mas que o que aconteceu comigo como pessoa é que eu me cansei um pouco de ficar avisando tantas coisas como o beijo do clipe dele e outras atitudes que ele não estava me escutando. Só isso".

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