"Quando meu processo se tornou público, fui alvo de diversas ofensas como vagabunda, irresponsável e assassina", conta Rebeca Moraes, estudante e mãe de dois filhos. "Ninguém perguntou pelo pai". O caso repercutiu nacionalmente quando solicitou à Justiça brasileira a permissão de realizar o procedimento na quinta semana de gestação. Com o pedido negado, contou com o apoio da Anis - Instituto de Bioética, ONG que milita pelos direitos reprodutivos no Brasil, e realizou o aborto na Colômbia, onde é legal dede 2006 para mulheres que alegam não ter condições para criar os filhos. "Sou mãe solteira, lutei para entrar na faculdade e dar uma vida melhor aos meus filhos. Não quis abrir mão disso porque poderíamos passar fome."
Oun! Bruno Gissoni está curtindo a terça-feira (06.03) de sol com a filha, Madalena, e compartilhou um registro no Instagram em que aparece num momento fofo com a pequena. Na legenda, ele se derreteu todo: "A garato da minha vida".
Madalena é a primeira filha do ator do relacionamento com a também atriz Yanna Lavigne.
O responsável por tirar fotos clandestinas de Paolla Oliveira e divulgá-las nas redes sociais se apresentou à polícia e confessou o crime, segundo informações do site F5. Sem ter sua identidade revelada, o homem é operador de câmera freelancer, que trabalhava para a produtora O2, responsável pela gravação da série Assédio, que ira ao ar na Rede Globo .
Na semana passada, o operador tirou fotos da atriz seminua e de lingerie enquanto ela se trocava no set da série, que estava sendo gravada em Avaré, no interior de São Paulo e em seguida as espalhou via Whatsapp. Na última quinta-feira (1), quando ficou sabendo que fotos íntimas suas estavam circulando pela internet, Paolla Oliveira fez no post no Instagram desabafando sobre o caso. "Até quando a invasão da privacidade de um ser humano, o desrespeito a um ambiente de trabalho e a atitude desonesta de trair a confiança de colegas de trabalho serão tratados como um ato de esperteza em nossa sociedade?", escreveu.
A Rede Globo, produtora da série junto com a O2, soltou nota de repúdio depois do vazamento das imagens. "A Globo repudia com veemência este tipo de abuso, que atenta contra os direitos da atriz e viola a privacidade de seus ambientes de trabalho. O ato, que configura crime previsto em lei, também foi informado às autoridades policiais". dizia o comunicado.
Em entrevista à revista Quem na última segunda-feira (5), Paolla disse que já seguiu em frente. "Está na mão das autoridades. É um ator errado que é sabidamente errado e que tem que ser punido. Não sou eu que faço isso, são as autoridades", afirmou a atriz que já voltou às gravações da série baseada no caso do médico estuprador, Roger Abdelmassih.
Uma das maiores torcidas futebol de São Paulo vai homenagear as mulheres na próxima rodada do campeonato paulista nesta quarta-feira (7), véspera do Dia das Mulheres. O Corinthians entra em campo contra o Mirassol de uniforme "novo". O elenco alvinegro jogará com a #RespeitaAsMinas escrito na camisa e distribuirá tatuagem "Não é Não!" na Arena Corinthians.
Claudia Ohana publicou uma foto no Instagram, nesta terça-feira (06.03), em que aparece aproveitando um dia na praia e se refrescando com um sorvete. No clique de biquíni a atriz impressiona pela boa forma aos 55 anos. "Recompondo as energias! Praia, sol, sorvete! #comoeuamoisso", disse na legenda.
A atriz recebeu chuva de elogios dos seus seguidores. "Continua maravilhosa", escreveu um. "Que corpo maravilhoso", comentou outra. "Uma linda sereia", disse um terceiro.
O verão está chegando ao fim, e é o momento de começar a tirar as roupas de inverno do armário para a troca de estação. Por aqui, dificilmente passamos tanto frio quanto em alguns lugares do mundo, mas isso não significa que a mudança no clima não tenha um efeito na forma como nos vestimos. Por isso, aproveitamos as semanas de moda internacionais, que acabaram de acontecer, para trazer algumas inspirações direto do street style.
Entre casacos muito pesados e cores vibrantes - afinal, nós já percebemos que o inverno será de muitas cores alegres -, o principal nos looks de outono em que nos inspiramos foi a combinação de saias ou vestidos com peças de mangas compridas.
Um moletom mais solto, brincando com a silhueta desestruturada quando combinado com uma saia mídi, um blazer mais acinturado e até jaquetas bomber foram os protagonistas dessas produções, que combinam peças mais leves com outras mais pesadas.
Aliás, esse é o principal truque para os looks de outono: já que os dias não são tão frios quanto no inverno, mas também não tão quentes quanto no verão, é possível você combinar alguns modelos que sejam leves, como um vestido solto no corpo, com uma outra peça mais com a cara do inverno - uma jaqueta ou um trench coat. É isso que torna uma produção em ‘meia-estação’.
Nos pés, vale a pena compensar a temperatura, dependendo das roupas que você está usando. Botas de cano médio vão bem com saias e vestidos, além de calças cropped, e sapatos mais abertos são uma boa pedida para mom jeans e calças de moletom ou esportivas. É tudo uma questão de você saber como equilibrar a produção para não passar calor durante o dia, ou frio à noite.
Na moda de rua internacional, brincar com texturas também foi um ponto alto, usando camisetas de algodão com conjuntinhos de veludo, malhas com saias de tule e botas vinilizadas com alfaiataria.
Precisa de energia para começar o dia? Essa é uma ótima opção para quem deseja uma receitinha rica em proteína e com baixo teor de carboidratos. “Além ser uma boa dica para o café da manhã, também é ideal antes do treino”, afirma nutricionista Sandra Wages dos Ovos Mantiqueira.
Ingredientes
2 ovos
½ xícara de aveia
½ xícara de queijo cottage
½ xícara de batata-doce cozida em purê
½ colher de chá de fermento em pó
Canela a gosto
Manteiga de amendoim para colocar por cima
Modo de preparo
Em um liquidificador, bata todos os ingredientes até que a massa fique homogênea. Despeje em uma frigideira em fogo médio e deixe por 3 a 4 minutos antes de virar. Vire até que fique dourado - isso deve demorar de dois a 3 minutos. Faça o mesmo do outro lado. Sirva com queijo cottage e pasta de amendoim.
Será o ínico da era de bonecas feministas? Neste Dia Internacional da Mulher (08.03), a Barbie lança coleções inspiradas em mulheres que fizeram e fazem história.
A linha "Barbie Mulheres Inspiradoras" traz a boneca da artista Frida Kahlo [chega no Brasil este mês por R$ 249,99]; da física, cientista espacial e matemática Katherine Johnson; e de Amelia Earhart, primeira aviadora feminina que atravessou o Oceano Atlântico. As Barbies vêm companhadas com informações sobre as contribuições de cada uma dessas mulheres para a sociedade.
Já o "Barbie Shero Program" destaca 14 mulheres que serão presenteadas com uma boneca única e exclusiva, feita a sua semelhança. Entre os nomes estão Chloe Kim, mulher mais jovem a ganhar uma medalha olímpica no Women’s Snowboard Halfpipe durante as Olimpíadas de Inverno de 2018; Hélène Darroze, chef de cozinha francesa com três restaurantes e duas estrelas Michelin; e Nicola Adams, que foi duas vezes medalhista de ouro e a única boxeadora feminina na história do esporte a ganhar títulos olímpicos mundiais e europeus.
De acordo com uma pesquisa encomendada pela Mattel, 86% das mães norte-americanas se preocupam com as referências a que suas filhas são expostas. Com isso, a marca quer motivar as meninas com histórias de mulheres que fazem a diferença ao redor do mundo.
Blush, sombras, pó... Você costuma utilizar esses produtos diariamente? A gente aposta que sim. Saiba, então, que é preciso higienizar os pincéis, coadjuvantes na hora de criar uma make incrível, constantemente – assim, o risco de alergia e outros probleminhas que o acumulo de sujeira causa cai drasticamente. Quer saber como fazer isso? Conversamos com o makeup artist Silvio Rocha, que nos deu três dicas de ouro para colocar essa limpeza em prática. E lembre-se: maquiadores devem fazer repetir o processo semanalmente; já pessoas comuns, que utilizam pinceis apenas uma vez ao dia, quinzenalmente ou de 20 em 20 dias.
Água e shampoo
Molhe as cerdas na água (não molhe o cabo!), coloque uma gota de shampoo neutro na mão e faça movimentos circulares com o pincel sobre a gota.
Enxágue bem e, se achar necessário, repita o processo até tirar todos os resíduos que estão nas cerdas. Depois disso, estenda uma tolha na sombra em uma superfície plana e deixe o pincel em cima para secar. Mantenha o acessório sempre inclinado para baixo, pois com o tempo a umidade pode detonar com a cola que fica entre as cerdas e o cabo.
Solução higienizadora
Borrife a solução nas cerdas secas do pincel de maquiagem e esfregue levemente em um lenço, toalha ou papel toalha, até sair todo o produto. Deixe secar na sombra: pode demorar de 30 a 40 minutos, mas é uma opção mais rápida em comparação com a anterior.
Álcool isopropílico
Ele é uma ótima opção para quem trabalha com maquiagem e precisa usar constantemente os pincéis em diferentes clientes. O modo de usar é igual ao da solução higienizadora e a limpeza dele é bem profunda, além de secar rapidamente - mãs não pode ser usado sempre, já que o produto pode ser agressivo às cerdas do pincel de maquiagem.
Madonna e Kim Kardashian se encontraram durante um evento e fizeram questão de registrar o momento. A rainha do pop lançou sua linha de produtos de beleza, a MDNA Skin Care, na noite de terça-feira (06.03), em Beverly Hills, Nova York.
No Instagram, a popstar publicou algumas fotos do evento. "Somos fofas", escreveu durante a madrugada de quarta-feira (07.03). Kim também participou de um painel para falar de beleza. "No minuto seguinte, eu estava tendo uma conversa série com Kim sobre cuidados com a pele e beleza", comentou.
Isis Valverde acordou sentindo-se romântica e publicou uma foto ao lado do amado, André Resende, no Instagram. Na imagem, os dois aparecem abraçados e a atriz se derreteu: "Meu pequeno oceano", escreveu, em inglês.
Que linda! Mariana Rios começou a quarta-feira colocando o bronze em dia. A bela caprichou na selfie enquanto aproveitava piscina de hotel de luxo no Rio de Janeiro.
Chegou! Com exclusividade para a Marie Claire, a Netflix acaba de divulgar novo trailer da série "O Mecanismo", baseada na operação Lava Jato e dirigida por José Padilha (Tropa de ELite). O novo teaser foca na personagem de Verena - interpretada pela atriz Carol Abras - , uma ambiciosa agente da polícia federal e pupila de Marco Ruffo (Selton Mello), que se vê envolvida em um dos maiores escândalos de corrpução da história do país. Assista a seguir:
Estrela em ascenção
Aos 30 anos, Carol acumula prêmios no cinema e várias passagens pela TV. Com a estreia mundial de "O Mecanismo", a atriz lança sua carreira internacional. Em papo na edição de março da Marie Claire, a atriz - que foi escolhida a dedo pelo diretor - falou sobre o papel. "Não escolhi fazer imersão. Decidi seguir meu feeling", contou na entrevista acrescentando que não tem medo das polêmicas que a série pode gerar. "A arte é um lugar de reflexão. Se este assunto está sendo discutido, é porque há um insatisfação da sociedade".
A temporada internacional de moda finalmente chegou ao fim, e Paris foi a última cidade fashion a apresentar as suas coleções para o inverno deste ano. Marcando o fim do evento, nós fizemos uma seleção com 10 looks incríveis das passarelas francesa para inspirar você - além de mostrar um resumo do que teve de mais interessante no evento.
Transparências, mood anos 1980, muito brilho, volume e cores chamativas marcaram a semana de moda tanto quanto em Milão. Confira, na galeria acima, as nossas escolhas de Paris.
Em 2017, 4.473 mulheres foram assassinadas no Brasil. Isso equivale a doze mulheres por dia. Uma a cada duas horas. Mais de 21% dos casos (um total de 946 mortes) foram feminicídios, ou seja, crimes motivados pela condição de gênero. As informações são de um levantamento feito pelo G1. Os números do ano passado equivalem a um aumento de 6,5% em relação a 2016, quando foram registrados 4.201 homicídios (812 feminicídios). No entanto, a diferença pode ser ainda maior, já que alguns estados ainda não consolidaram os dados, de acordo com relatório feito pelo site de notícias.
"O empoderamento feminino causa violência. Nossa sociedade não está preparada as mulheres que peitam o comportamento imposto", comenta a promotora de Justiça Gabriela Mansur. A especialista ainda reforça que a maioria dos casos de feminicídio é motivado pela separação. "Quando ela se opões a um comportamento controlador ou submissivo, ela paga com a vida", afirma.
Legislação
Os números são um contrasenso quando olhamos para a legislação. "Alguma coisa está errada", fala Manssur, acrescentando que o Brasil tem forte ferramentas legislativas para o combate da violência contra a mulher.
"É importante sublinhar que quando as mulheres denunciam e têm a proteção da justiça, esses casos diminuem". Em casos de feminicídio, a especialista afirma que muitas das vítimas não tem medida protetiva pois não foram às autoridades denunciar o crime. "A lei Maria da Penha é um escudo para as mulheres; elas tem de fazer uso disso", reforça.
Preconceito
Desde março de 2015, a legislação brasileira reforçou a punição para casos que se enquadrem dentro do feminicídio, ou seja, que sejam motivados pela condição de gênero da mulher ou envolvam violência doméstica e/ou familiar. No entanto, quase três anos depois, muitos estados mostraram lentidão e dificuldades técnicas no registro e avaliação de casos de feminicídio. Há estados, como Rondônia, onde não há nem sequer distinção por gênero quando analisados os números de homicídios dolosos.
"É de extrema importância capacitar e sensibilizar todos os profissionais que atendem as vítimas, em todo o sistema de justiça. Existe um despreparo de muitos sobre a aplicação da lei e categorização dos casos", comenta Gabriela.
Outro fator importante é a sensibilização dos homens - principalmente dos agressores. "O fato de vermos poucas mulheres em cargos de liderança apenas reforça esse inconsciente coletivo no qual a mulher não é capaz de exercer funções relevantes para a sociedade, de que ela é menos importante. O menino que cresce vendo a mãe que não tem direito a uma carreira, que age como funcionária do pai, vai achar que a mulher tem naturalmente um papel diminuto". Gabriela afirma que a conscientização dos agressores é fundamental. "Acabo de sair de uma audiência na qual o homem deu uma paulada da esposa pois ela não quis cozinhar, porque ele a achava preguiçosa. Perguntei a ele se ele sabia que aquilo era um crime e ele disse que não", contou.
Criar uma rede de apoio e suporte às mulheres que denunciam, analisando cada caso com muito cuidado. "É importante que a vítima não se sinta e não seja julgada por estar denunciando. Muitas delas sentem vergonha, medo e culpa em denunciar e não se pode fechar as portas Justiça para estas mulheres", alerta. "O feminicídio nunca começa com a morte. Ele vem evoluindo, começa com um tapa, um soco, um cárcere privado", finaliza.
Dados do G1
- 4.473 foi o número de homicídios dolosos de mulheres registrados em 2017 (um aumento de 6,5% em relação a 2017)
- 946 são feminicídios (segundo o G1, o dado pode ser subnotificado)
- Rio Grande do Norte é o que tem o maior índice de homicídios contra mulheres: 8,4 a cada 100 mil mulheres
- Mato Grosso é o estado com a maior taxa de feminicídio: 4,6 a cada 100 mil
Pabllo Vittar está mais sensual do que nunca! Basta olhar as fotos de lingerie que a cantora tem postado no Instagram. Em bate-papo com a Marie Claire num evento da L'Oreal, que acontece nesta quarta-feira (07.03) no Rio, Pabllo disse: "Estou me sentindo mais sexy depois do Carnaval. Tem alguns motivos aí, mas não vou falar (risos)". Seria um boy? "Conheci sim uma pessoa, mas estou muito de boa. Estou focada no trabalho e muito feliz."
A cantora falou ainda sobre a peça íntima que gosta de usar. "Uso cueca. As pessoas ainda têm essa imagem que eu sou muito menina, mas uso cueca porque acho mais confortável", disse. Porém, Pabllo não dispensa uma boa lingerie. "Dá pra compor vários looks com uma lingerie, que é uma peça que você já tem que usar. Por que não mostrar ela de uma forma sexy e ousada?"
Na ocasião, a cantora está lançando sua primeira linha de esmaltes em parceria com a Colorama. "Vim para a reunião com os olhos marejados. É uma marca que me representa, tem cores vibrantes", disse. "Quis participar de tudo, de cada processo. Tudo tem minha cara". O seu tom preferido da linha é um roxo com fundo holográfico, chamado "Meiga e Decidida". Pabllo revelou o segredo das suas unhas supercompridas: "Faço unha de porcelena, dura mais". Se a unha quebar, sem problemas: "A gente é humano: minha unha quebrou, e eu vou assumi-la quebrada".
Vamos dar um basta à impunidade! Na véspera do Dia Internacional da Mulher, a Câmera dos Deputados aprovou um projeto de lei que aumenta a pena para o estupro coletivo e ainda torna crime a importunação sexual (ato libidinoso na presença de alguém sem concordância) e a divulgação de cena de estupro.
O projeto já havia sido aprovado pelo Senado, mas como os deputados modificaram o texto, os senadores deverão analisar a proposta novamente antes de ir à sanção presidencial.
Para os casos de ato libidinoso e divulgação de cena de estupro, as penas poderão variar de um a 5 anos de prisão. Em relação ao estupro coletivo, a pena previsa é de seis a 10 anos de prisão. Se for cometido por duas ou mais pessoas, aumenta em um quarto. Pelo projeto aprovado na Câmara, a pena para esse tipo de crime aumentará de um a dois terços. O texto prevê ainda aumento de pena em um terço caso o crime seja cometido em local público, transporte público ou se ocorrer durante a noite, em ambiente deserto, com arma ou qualquer coisa que dificulte a defesa da vítima.
Na manhã de janeiro em que recebeu Marie Claire na sede da Rede Sustentabilidade, o partido que ocupa três conjuntos de um prédio residencial em Brasília, Marina Silva, 60 anos, vestia uma camisa branca de gola e punhos rendados (que ela mesma passou), saia preta e o indefectível coque. Com o rosto maquiado e na companhia do assessor de imprensa, entrou na sala de reunião, onde a aguardávamos, falando ao celular. “Obrigada, obrigada”, dizia. “Ele era assim mesmo.” O telefonema era em solidariedade pela morte de seu pai, Pedro Augusto da Silva, que falecera dias antes, aos 90 anos, e motivo pelo qual chorou algumas vezes durante a entrevista. “Meu pai comemorou o nascimento de cada uma de suas sete filhas, ainda que ter meninas não fosse motivo de comemoração no seringal”, contou, emocionada.
Graças a essa postura dele, e à personalidade forte da mãe, Maria Augusta, a Nega, que morreu em decorrência de um aneurisma aos 37 anos, que Marina teve um destino diferente do da maioria das mulheres do seringal Bagaço, no interior do Acre, onde nasceu. “O casamento infantil era uma prática comum, mas esse tipo de proposta nem chegava em casa”, conta. Nesse caminho improvável, aos 16, decidiu aprender a ler e, quatro anos depois, cursou história em uma universidade em Rio Branco.
Depois disso, a trajetória já se tornou célebre: aprendeu a teologia da libertação, uniu-se a movimentos de esquerda, ajudou a fundar a CUT e o PT em seu estado. Foi vereadora, deputada, senadora e ministra, até que compôs a equipe do alto escalão do governo Lula. Foi quando rompeu com o partido que a projetou para alçar voo solo, agarrada ao discurso de que representa, ela própria, uma alternativa à polarização política brasileira. Filiou-se ao PV, concorreu à Presidência da República. Saiu outra vez de um partido, fundou a Rede e tentou de novo a presidência. Candidata novamente em 2018, aparece em terceiro lugar nas pesquisas – é a mulher mais bem colocada, à frente de Manuela d’Ávila (PCdoB). Leia, a seguir, trechos da conversa. A integra da entrevista está na edição de março de Marie Claire.
MC A senhora se considera feminista? MS Defendo os valores do feminino e entendo que isso é uma contribuição civilizatória, não uma contraposição ao masculino. Pensando sobre o machismo, não encontro uma situação em que tenha sido agredida por ser mulher. A não ser quando olho para o processo eleitoral de 2014, quando fui alvo de mentiras para diluir minha identidade e transformada em uma pessoa de elite, totalmente insensível ao sofrimento das pessoas em extrema pobreza. Será que isso seria feito da mesma forma e com a mesma intensidade se eu fosse homem? Até minha compleição física foi usada, por eu ser magra. Mas ainda é uma pergunta.
MC O impeachment de Dilma Rousseff teve um componente misógino? MS Alguns levantam isso, no entanto nós tivemos um impeachment feito contra um homem, também fruto de grandes mobilizações. Ter um impeachment contra uma mulher em situação de grandes mobilizações cria um espaço de equidade.
MC Já sofreu algum tipo de violência sexual? MS Nunca. Quando éramos crianças, tínhamos uma espingarda. Eu e minhas irmãs a levávamos para cortar a seringa. Só uma delas sabia atirar e a gente se dividia na estrada para fazer o serviço mais rápido. Ou seja... não adiantava muita coisa. Mas havia esse medo porque éramos ali talvez as únicas mulheres que cortavam seringa. Minha mãe tinha medo por ser um espaço dos homens. As meninas casavam muito cedo. Havia, inclusive, uma cultura de encomendar casamentos. Como pertenço a uma família de matriarcas, esse tipo de proposta nem chegava perto. Minha mãe era uma tigresa na defesa do feminino e, pelo lado do meu pai, minha avó era a matriarca forte.
MC Como essas mulheres te influenciaram? MS O feminino, na minha vida, é uma composição de firmeza e leveza. A firmeza da minha mãe, que morreu aos 37 anos [vítima de um aneurisma]. Ela tinha muita força emocional e física – era capaz de pegar um pandeiro de mandioca cheio e jogar nas costas em um único movimento com cinco meses de gravidez – e autoridade moral. A governança de casa era dela. Minha avó era leve. Tínhamos uma ligação muito forte, morei com ela. Era parteira e fazia partos a qualquer hora da noite. Fosse chovendo, fosse na friagem, botava o pé no caminho do varadouro, andava horas para fazer um parto. Depois, ficava uma semana cuidando do bebê. Foi ela quem me deu os rudimentos do cristianismo e por causa dela quis ser freira.
MC Um caminho que não seguiu. Por quê? MS Fiz o pré-noviciado no fim da adolescência e, nesse período, descobri a teologia da libertação e me encontrei. Era uma visão de fé e de Deus que incluía a defesa dos seringueiros e dos índios, um engajamento com o qual me identificava. Meu pai era seringueiro. Quando chegou o momento de fazer os primeiros votos e virar noviça, aos 19 anos, optei por não seguir essa carreira.
MC Sua formação política se deu pela teoria marxista. Chegou a questionar a própria fé? MS Quando entrei em contato com o marxismo-leninismo na universidade, sim, problematizei minha fé. Olhando para tudo aquilo, agradeço profundamente a Deus porque mesmo as obras que não têm cunho religioso acabaram fortalecendo minha fé. Depois desse “encontro de contas” com o marxismo-leninismo e com a psicanálise, que é de uma influência muito grande, saí dos dogmas, das caixinhas fechadas, da dualidade opositiva para olhar melhor para a complexidade e verificar paradoxos. Por exemplo, não consigo deixar de perceber lampejos do amor e do brilho de Deus na filosofia de Hannah Arendt. Quando ela fala sobre o poder do irreversível e do imprevisível na condição humana é algo que me emociona, filosófica, intelectual, mas também espiritualmente.
MC Você estudou psicanálise e suponho que tenha se submetido a um divã... MS Fiz análise durante um bom tempo da minha vida e me dei alta [risos]. Minha experiência com a psicanálise foi interessante. Eu era estudante de história, estava grávida do segundo filho e fui ao banheiro da universidade, quando minhas amigas entraram e começaram a conversar sem saber que eu estava ali. Foi um papo muito estranho: “Mas a Marina se envolve com muita coisa: movimento estudantil, Chico Mendes, sindicato, centro acadêmico, partido... Acho que ela não gosta do marido e dos filhos”. Comecei a chorar ali mesmo. Fui direto para a biblioteca, numa angústia enorme. Abri um livro em uma página que dizia: “O amor por uma pessoa que não é acompanhado de um profundo amor pela humanidade pode ser chamado de tudo, menos de amor”. Fui psicanalisada no mesmo momento e consegui transformar em palavras o que sentia mas não tinha repertório para falar para as minhas amigas.
MC Seu primeiro casamento, com o técnico elétrico Raimundo Souza e que durou cinco anos, acabou por causa do ativismo... MS Sim. Eu era muito jovem quando me casei e me dedicava muito aos meus ideais. Os conflitos se tornaram inconciliáveis.
MC Ele foi seu primeiro amor? MS [risos] Ele foi meu primeiro namorado. Meu primeiro amor foi a religião.
MC Seu atual marido, Fábio Vaz, também trabalha com política. Como ele lida com seu protagonismo e exposição? MS Ele tem uma atuação política mas não eleitoral. Ele sempre me deu suporte com os filhos, apoio. Minha família, aliás, é bem tribal. Minhas duas sogras sempre me ajudaram muito. A mãe do Fábio, dona Neide, é uma segunda mãe. Mas ele não se preocupa com meu protagonismo político. Pelo contrário. Torce e muitas vezes paga um preço alto pelo fato de ser meu marido, como quando inventaram que ele tinha envolvimento com madeireiros.
MC E como isso afeta seus filhos? MS O fato de eu ter me engajado criou uma falta na vida deles, claro, mas me sinto melhor tendo conquistado meus sonhos essenciais, de não ter aberto mão deles. Meus filhos são incentivados a fazer o mesmo, não por palavras, mas porque têm o exemplo em casa. Também sempre me preocupei que tivessem uma vida dentro dos padrões do que éramos, de filhos de professora. Nunca teve essa coisa de “sabe de quem sou filho?”. Pelo contrário. Nunca usaram isso para nada.
MC Falando agora sobre política e a reforma da Previdência, a senhora costuma dizer que é contra a proposta apresentada pelo presidente Michel Temer porque ele não foi eleito e, logo, não tem representatividade. Por outro lado, orientou os parlamentares da Rede a apoiar o impeachment de Dilma Rousseff. Isso não é uma contradição? MS Quando digo que não tem legitimidade é porque ele não debateu isso com a sociedade. Nem ele, nem a Dilma. Não vamos nos esquecer, eles são uma unidade. Ninguém elege vice-presidente. O impeachment não foi golpe. Foi feito com base na lei de crime de responsabilidade. Existem aqueles que advogam, dentro da própria Rede, que não deveria haver o impeachment. Isso foi inteiramente acolhido e trabalhado. Dois parlamentares votaram a favor, dois contra e eu firmei meu convencimento favorável.
MC Uma das críticas mais recorrentes à senhora é a de que só participa ativamente do jogo político durante o período eleitoral. Como responde a isso? MS Obviamente quando não se está na tribuna há uma diferença de holofote, de exposição. Em 2015, por exemplo, trabalhei o ano como professora convidada da Fundação Dom Cabral e tinha que ir quase todas as semanas para Nova Lima dar as aulas. Além disso, acredito que as pessoas não consideram o discurso que não é o da maioria, o da polarização, como um discurso. Quem vem dizendo desde sempre que é a favor da Lava Jato? Que o melhor caminho era caçar a chapa Dilma-Temer e convocar uma eleição? Que não se deve ter foro privilegiado, nem apoiar e aprovar caixa 2? Isso não é uma fala? Não são propostas? Omissão é ver a situação em que o país está e defender que se continue do mesmo jeito. Quem foi que sugeriu que se levasse o caso do Aécio Neves ao Conselho de Ética para que pudesse ser avaliado do mesmo jeito que o do Delcídio do Amaral? Quem foi que entrou no Supremo para que quem está sendo investigado não fique na linha sucessória?
MC Um ponto sensível, que sempre é abordado em tempos de eleição, é a legalização do aborto. Hoje, uma mulher morre a cada dois dias no Brasil em decorrência de um procedimento malfeito. Como vê isso? MS Sou contra o aborto por uma convicção filosófica e de fé, e a mulher que o pratica com certeza sofre marcas no corpo e na alma. Não é algo que devemos desejar para ninguém, mas, infelizmente, o que temos é uma prática feita com prejuízos para a vida da mulher. Desde 2010, defendo que se faça um debate sobre essa questão.
MC Um plebiscito? MS Sim, mas é preciso haver um debate mesmo, não uma satanização de ambos os lados. Sou contra o aborto, mas não advogo que uma mulher que pratique aborto deva ser presa. Pelo contrário. Deve ser acolhida porque já está vivendo as dores e as marcas de um recurso extremo. Devemos ter um debate no âmbito da saúde pública.
MC Então é a favor da descriminalização? MS A criminalização, como vem sendo feita, não ajuda a diminuir o número de abortos. Sou a favor de um debate que nos leve ao resultado que queremos: que as mulheres não precisem abortar.
MC Outro ponto sensível abordado na sua candidatura é o ensino do criacionismo [teoria segundo a qual todos os seres foram criados por Deus] nas escolas. Continua a favor? MS Nunca advoguei que as escolas ensinassem o criacionismo. Dei uma entrevista para um estudante de comunicação de uma escola confessional, que me perguntou o que achava do ensino do criacionismo dentro da escola. Minha resposta foi exatamente esta: desde que ensinem também a teoria da evolução, não vejo problema”. Estudei no Instituto Imaculada Conceição, que me ensinou tanto a visão bíblica da criação quanto a teoria da evolução. Aliás, Darwin também tinha origem religiosa.
MC E com qual a senhora ficou? MS Consigo manejar adequadamente as duas. Edgard Morin me ajudou muito porque essa realidade que as pessoas querem impor, de que você é uma coisa ou outra, é muito pobre. Quando olha para mim, você vê um corpo biológico, mas também sou um corpo afetivo, emocional, cognitivo, ético, estético. Nada disso você vê.
Modelo, apresentadora esportiva, Miss Brasil, dona de pousada. Luize Altenhofen já fez e faz de tudo! Aos 38 anos e mãe de uma menina - Greta, de 8 - ela afirma estar em uma de suas melhores fases e da vida e pronta para encarar um novo desafio na carreira: estreia no cinema! Depois da participação no filme 4x100 - ainda sem data de estreia - Luize se diz animada para essa fase da carreira.
"Confesso que adorei minha participação no filme 4x100 da Globo filmes e quero dar continuidade", contou. Além da carreira de modelo e atriz, desde 1997, Luize - que é formada em jornalismo e Educação Física - toca a House da Lui, uma guesthouse de mais de 3 mil metros quadrados na praia de Itamambuca, Ubatuba (litoral norte de São Paulo). Aos 38 anos, Luize não pretende desacelerar o ritmo tão cedo. "Por 4 anos apresentei um programa de esporte e turismo, mas confesso que tenho muitos lugares que quero desbravar e levar Greta comigo, para ser minha parceira em visitas a lugares incríveis e inóspitos!", contou.
Boca fechada
Com 7 tatuagens - dentre elas um dragão e o nome da filha - Luize ostenta um corpo invejável em seus posts nas redes sociais. A loira, que já posou nua no passado, mostra a silhueta sequinha com orgulho em posts em sua conta do Instagram. "É fundamental fechar a boca pra besteiras, comer pouco carboidrato e malhar", afirma acrescentando que o único segredo do corpão é a dedicação. "Mas às vezes escorrego na alimentação", confessou.
E quem estiver passeando por Ubatuba, corre o risco de cruzar com Luize malhando à beira mar. "Gosto muito dos esportes aquáticos, tento surfar sempre que consigo e correr na praia". E quem motiva a bela a manter a agenda restrita de exercícios é a filha, que também adora esportes. É lá onde Luize também faz as fotos para o seu perfil do Instagram. "Quero mostrar para as pessoas meu lifestyle, o sossego praiano", conta.
Comprometida
Namorando o piloto Caio Mazza, Luize está curtindo a vida comprometida. O que a mais atrai em um homem? "Bom humor, a inteligência, a leveza que a pessoa leva a vida. Na paquera vale sempre um bom papo, trocar ideias e experiências. Daí em diante é só ir fluindo a química e deixar rolar!", finaliza.