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Patrícia Marx sobre se assumir gay: "Fiquei com medo de falar sobre isso"

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Patrícia Marx  (Foto: reprodução/instagram)

 

Patrícia Marx correu para seu Instagram para agradecer o carinho dos seguidores. A cantora que recentemente assumiu um romance com uma mulher, disse que  considera o momento um divisor de águas em sua vida e confessa que ficou com medo da reação do público ao contar sobre seu relacionamento. 

Ela gravou alguns Stories em seu Instagram, ressaltando que foi acolhida pela comunidade e que esta é uma luta diária na vida dos homossexuais.

"Oi, gente! Tudo bem? Eu estou aqui para agradecer o carinho de tanta gente que eu tenho recebidos as mensagens aqui no Instgram, no feed, no inbox, WhatsApp, da comunidade LGBTQI+. Muito obrigada! Estou muito feliz e me sentindo muito acolhida carinhosamente por todos vocês. O meu abraço e o meu beijo e todo o meu amor. Eu nem esperava que fosse ter tanto carinho, sabia?", ressaltou.

 

Ela continua: "Eu fiquei com muito medo de falar sbre isso, mas eu precisava. É um divisor de águas e um momento muito especial para mim, na minha vida e na minha carreira. Um grande beijo. Amo vocês da comunidade. Estamos juntos nessa luta diária", finalizou.

No último domingo, quando se comemorou Dia do orgulho LGBT, Patrícia assumiu um romance com uma mulher ao publicar uma foto em que aparece ao lado dela. "Sou lésbica com muito orgulho! Estamos juntas, eu e o meu amor, Renata", escreveu a cantora na ocasião.

Patrícia Marx e Renata (Foto: reprodução/instagram)

 


As estampas que você vai ver e usar (sem parar) ainda este ano

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Estampas 2020: as apostas para os egundo semestre do ano (Foto: Getty)

 

Enquanto surfamos a onda do tie-dye - que parece estar onipresente e foi parar até na beleza --  já estamos de olho em outras estampas que tem potencial para substituí-la, principalmente quando as temperaturas começarem a subir. Algumas são conhecidas de longa data, como as "polka dots" (mais conhecidas como bolinhas) e o quadriculado da estampa vichy. Outras, como os florais com cara de estampa de cortina dos anos 70, estampa que pipocou em desfiles internacionais das temporadas de verão 2020 tanto quanto o tie-dye nos desfiles do final de 2018, prometem encher araras de lojas e colorir o feed do seu Instagram. 

A seguir, confira nossas apostas de estampas para o segundo semestre de 2020, com dicas e inspirações para adotá-las no dia a dia. 

Vichy

Conhecida de outras estações, a estampa vichy (o adrez quadradinho que parece toalha de piquenique) retorna - uma ótima oportunidade para desenterrar aquela peça antiga na estampa  que você já não usava mais. Se você ainda não tem uma, aposte principalmente em vestidos cheios de bossa retrô: com busto casinha de abelha ou com amarrações, mangas bufantes (sim, elas ainda continuam em alta). Camisas também são uma ótima opção, e podem ser casadas com jeans de cintura alta mais larguinhos. Não quer um full look na estampa vichy? Aposte nos scrunchies com a padronagem! 

Estampas 2020: padronagem vichy  (Foto: Getty)

 

Estampas 2020: padronagem vichy  (Foto: Getty)

 

Estampas 2020: padronagem vichy  (Foto: Reprodução/Aude Julie)

 

Anos 70

Direto da decoração dos anos 70, os florais de cara retrô e psicodélica foram uma das estampas dos desfiles de verão 2020. Fendi foi uma das marcas que se jogaram nesse print, que substitui as flores gráficas e com tom gótico da temporada anterior. Ultracoloridas e alegres, é a estampa que precisamos nesse momento.

Se quiser entrar a fundo na tendência, aposte nas camisas com colarinho triangular e bem pontudas -- preferidas de musas da década como Farah Fawcett. Minissais na estampa também trazdem o espírito da época. Para quem gosta apenas de um toque da estampa no look, pense em gravatas de seda, lenços -- que podem ser amarrados na cabeça como uma bandana -- para colorir a produção.

Estampas 2020: print floral nos anos 70  (Foto: Getty)

 

Estampas 2020: print floral nos anos 70  (Foto: Reprodução/Instagram)

 

Bolinhas

Vai estação, vem estação, a única certeza que existe é que a estampa de bolinha mais dia menos dia irá retornar. Seja em diferentes tamanhos ou em diferentes tecidos, as polka dots voltam de tempos em tempos e na próxima estação é a vez das bolas em tamanho grande. Ao invés do preto e branco, troque por combinações em tons pastel, em vestidos tipo camisola ou cheios de volume, numa referência ao maximalismo dos anos 80 (a referência são aqueles vestidos de formatura de filmes americanos, lembra?). 

 

Estampas 2020: estampa de bolinha (Foto: Getty)

 

Estampas 2020: estampa de bolinha (Foto: Reprodução/Instagram)

 

 

 

Carioca relata desafio de ser o único negro em renomado salão de beleza de Paris

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Hairstylist Amadeu Marins (Foto: Reprodução/ Instagram)

 

O hairstylist Amadeu Marins, de 27 anos, vive em Paris, na França, onde trabalha no salão de beleza do David Mallett, um dos mais renomados e considerado pelo ramo o melhor da cidade luz. Ele é o único brasileiro e negro no espaço e, devido ao reconhecimento que conquistou, integrou o time sem passar pelo tradicional programa de trainee. 

Nascido e criado em Manguinhos e morador de Pilares após o falecimento da mãe, ambos bairros da Zona Norte do Rio de Janeiro, Amadeu é expert em coloração e desenvolveu a tendência “afro ginger”, que caiu no gosto de famosas e anônimas. Em entrevista à Marie Claire, ele conta que se interessou pelo ramo da beleza "quase que sem querer".

Foi atleta de handball durante toda a adolescência, mas aos 22 anos, a convite de uma amiga, foi a uma de um instituto de beleza e descobriu sua paixão. A partir desse dia, se especializou com diversos cursos e sentiu que poderia conquistar o mundo. "Amei aquele mundo e de cara descobri que era aquilo que eu queria fazer, encantar pessoas através da transformação", diz. Consciente do desafio que foi seu caminho, Amadeu é também ativista do movimento negro e LGBTQIA+ e afirma que pretende "inspirar cada vez mais jovens de que é possível 'chegar lá'". Confira o papo: 

MARIE CLAIRE. Não podemos deixar de falar sobre à pandemia. Como ficou seu trabalho durante este período de isolamento?
AMADEU MARINS.
 Bem, aqui na França o vínculo empregatício dos salões é diferente, aqui sou empregado do salão, o que para nós no Brasil seria correspondente a um empregado “CLT”. Então, quando surgiu a pandemia todos do salão foram dispensados e ficamos de quarentena enquanto o governo pagou 84% dos nossos salários graças aos impostos que pagamos todos os meses.

MC. E faz pouco mais de um mês que reabriram os salões. Como tem funcionado?
AM.
Retomamos as atividades trabalhando intensamente, muitos agendamentos foram feitos imediatamente após o governo avisar sobre a reabertura dos salões. O salão foi reaberto com a premissa de seguir várias regras sanitárias, uso de mascaras para todos os profissionais e clientes respeito as distancias mínimas, de 2 metros, a instalação de barreiras de acrílico entre cada lavatório, um cliente por vez na sala de espera e o pagamento é feito direto na cadeira que o cliente foi atendido para evitar que a recepção fique cheia. Houve também uma mudança na distribuição de alimentos e bebidas, os clientes não podem mais comer nem beber, o que era oferecido bastante anteriormente no salão, apenas garrafas plásticas individuais são dadas caso o cliente realmente queira beber algo, uma medida para diminuir a contaminação.

Hairstylist Amadeu Marins (Foto: Reprodução/ Instagram)

 

MC. Qual é o “novo normal” pra você em sua profissão no pós-pandemia?
AM
. Entendo que o “novo normal” tenha a ver com a valorização dos pequenos profissionais, do atendimento individual, contrastando com o que sempre vimos, salões lotados, muitos clientes por vez e muita gente aglomerada ao mesmo tempo e no mesmo espaço. Acredito que haverá ainda mais respeito as medidas sanitárias, já que ainda não sabemos quando e como essa pandemia vai passar, teremos que redobrar nossos cuidados com a higiene e com a proteção contra o vírus. Acredito que no Brasil temos uma vantagem, somos um povo muito higiênico e nos adaptamos bem as regras higiênicas e sanitárias.

MC. Este período mudou algo em relação ao seu desejo de voltar ao Brasil?
AM. 
Não mudou nada, gosto de estar no exterior, mas vejo estar morando fora como uma fase, gosto muito do Brasil e entendo essa minha fase atual como uma espécie de intercambio tanto cultural quanto profissional. Tenho sim muita vontade de ser mais reconhecido internacionalmente, mas não penso em não voltar ao Brasil.

MC. Agora, voltando ao início da sua carreira, como foi de atleta a profissional da beleza?
AM. 
Tive uma infância muito dura, perdi meus pais muito cedo e fui criado por diferentes famílias, o que me trouxe várias visões de mundo, experiencias positivas mais muito mais negativas. O esporte apareceu para mim através de uma paixão despertada nas aulas de educação física. Me apaixonei de cara pelo handebol e quando percebi já estava jogando profissionalmente. O esporte me ensinou a ter disciplina, me ajudou a viajar pelo Brasil, me permitiu ter bolsas de estudos em vários colégios particulares, que na época eram tão distantes da minha realidade financeira. Após um acidente no joelho, as vésperas de ser contratado por um clube na Suécia para jogar profissionalmente vi minha carreira no esporte desabar e não pude mais jogar durante muito tempo. Foi quando resolvi seguir uma vida muito mais “burocrática”. Fui de estagiário do Branco do Brasil a vendedor e gerente de lojas em shopping, e um dia trabalhando em uma loja, uma amiga me convidou para uma palestra no Instituto L’Oréal Professionnel da Tijuca. Eu amei aquele mundo e de cara descobri que era aquilo que eu queria fazer, encantar pessoas através da transformação.

MC. E como é ser um homem negro dentro deste mercado?
AM.
A maioria das pessoas da área são brancas, vendo isso eu procurei estudar e me especializar em excelentes formações tanto no Brasil quanto no exterior, para buscar ser uma referência, já que sempre fui um dos únicos profissionais negros dentro dos salões pelos quais eu passei. Buscando assim inspirar outros jovens negros a querer ocupar esses espaços com seus talentos, mostrando para eles do que somos capazes.

Hairstylist Amadeu Marins (Foto: Reprodução/ Instagram)

 

MC. Você acredita que fez uma revolução dentro do ramo ao ser um militante da causa racial e LGBTQIA+?
AM.
 Durante muito tempo eu percebi que havia a falta de profissionais que defendessem essas bandeiras então passei a estudar e pesquisar sobre os movimentos e convidei pessoas que são referencias para fazer cabelo comigo, fazendo assim com que pessoas negras e LGBTQIA+ ocupassem os salões de luxo pelos quais eu passei.

MC. Você sentiu medo ou boicote por ser ativista?
AM.
Eu não senti medo, mas senti uma pressão por parte das outras pessoas do ambiente por não estarem adaptadas, afinal tudo isso para eles era “estranho aos olhos”.

MC. Muitos de nós negros nos deparamos com a síndrome do impostor. Aconteceu/acontece com você?
AM.
Sim, por ter sido criado por uma família branca existia uma cobrança para que eu “desse certo na vida”. Já que normalmente as pessoas pretas em sua maioria não tinha acesso a boas escolas etc. Minha família dizia que eu tinha que ser sempre o melhor por ser negro. Hoje em dia, sinto ainda muita pressão, mas acredito que o autoconhecimento me ajudou muito a saber lidar com essa pressão.

 

MC. Cmo é ser o único negro e brasileiro no melhor salão de Paris?
AM.
Há um pouco de pressão pelo fato da maior parte da equipe ser formada por europeus e asiáticos, mas sigo mostrando o potencial do meu trabalho. Tenho aproveitado esse diferencial para reforçar e representar minha identidade afro-brasileira, é algo muito interessante para vários dos meus colegas de trabalho já que muitos não conhecem sobre a nossa cultura. Através do meu Instagram, tento mostrar ao máximo meu dia a dia no salão, buscando inspirar outras pessoas, principalmente jovens profissionais pretos.

MC. Tem feito sucesso a tendência afro ginger, não é? Pode me contar mais sobre ela?
AM.
 A cor ruiva sempre foi indicada para pessoas brancas e ao conversar com amigos resolvi buscar referencias de ruivos negros naturais, ao descobrir que existem de fato negros ruivos naturais desenvolvi uma técnica de coloração para aplicar em negros. Os resultados são incríveis, muitas pessoas negras não acreditam que podem ficar ruivas, mas quando veem o resultado ficam encantadas.

MC. Quais são seus sonhos pro futuro?
AM.
Quero poder levar meu nome e meu trabalho para as grandes cidades do mundo, inspirar cada vez mais jovens de que é possível “chegar lá”. Que com muita resiliência e muita, resistência e muito trabalho, podemos sim alcançar nossos objetivos mais almejados. Gostaria muito de ter uma academia, para através do ensino, possibilitar com que pessoas se profissionalizem, o Brasil tem muito potencial na área da beleza e temos profissionais únicos, que além do talento carregam consigo a arte de bem atender os clientes e de encantá-los.

Hairstylist Amadeu Marins (Foto: Reprodução/ Instagram)

 

Entregadoras de aplicativo trabalham na absoluta precarização e acompanhadas do medo

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O turno de Jaqueline* começou às 11h e ela ainda trabalhará até as 22h, com pausas de 20 minutos a cada turno de 4 horas. Quem não para é melhor pontuado pelo sistema do aplicativo em que ela está cadastrada como entregadora. "Só agora, às 18h30, consegui comer e usar o banheiro pela primeira vez. Os homens até podem se virar na rua, mas para as mulheres só nos resta segurar o xixi o dia inteiro. Quando estamos menstruadas é mais pesado ainda. Indigno", conta.

A rotina indigna e perigosa das entregadoras de aplicativo, que trabalham na absoluta precarização, em jornadas intensas e acompanhadas do medo (Foto: Mariana Simonetti)

 

Com 31 anos, virou entregadora após o bar em que trabalha em São Paulo praticamente fechar as portas durante a pandemia. Bartender com curso de mixologia e produção de ingredientes, ela passou a trabalhar apenas 2 dias por semana em horários reduzidos e viu seu salário de R$ 4 mil ser cortado para R$ 600. Cadastrou-se no aplicativo iFood para complementar a receita e recebeu o auxílio emergencial do governo, mas nem com as três rendas somadas consegue pagar o aluguel e está sob ameaça de despejo. O máximo que recebeu pelo aplicativo foi R$ 840 em duas semanas.

Jaqueline vive sozinha num apartamento na região central da cidade, uma imensa vantagem em relação à maioria dos entregadores, que vivem na periferia e trabalham no centro. Por morar perto de onde entrega, ela consegue fazer uma refeição e usar o banheiro em casa, além de não ter que pedalar longas distâncias para começar e terminar o dia.

"Meu medo de me infectar com Covid durou uma semana. Não tenho outra opção para me virar, então ignoro a pandemia e nem penso nisso", diz. O iFood fornece três máscaras e um frasco de álcool em gel de 500ml para os entregadores a cada mês, mas a maior parte desses profissionais não têm acesso a uma pia para lavar as mãos.

Não há número oficial do total de entregadores de aplicativo no Brasil, tampouco que mostre participação por gênero, mas um levantamento digital feito por uma equipe de pesquisadores que fazem parte da REMIR (Rede de Estudos e Monitoramento da Reforma Trabalhista) mostra que 94,6% da categoria é formada por homens. As mulheres são uma pequena minoria, com desafios próprios. Jaqueline cita alguns: além da falta de banheiro, o maior risco de sofrerem um assalto e o desgaste físico, principalmente para as ciclistas. Até comprar uma bicicleta motorizada, com a ajuda financeira da dona do bar em que trabalha e de um colega, não pedalava à noite por medo de ser roubada. Agora trabalha no mínimo dois turnos de quatro horas por dia.

"Um dos momentos de maior estalo para eu ficar esperta na rua foi um domingo à tarde, na Liberdade [bairro na região central de São Paulo]. Um casal me viu à distância, foi pro meio da pista e disse para eu descer da bike. Eu fiquei assustada e meti marcha, passando por eles correndo, porque pra voltar seria um subida e eu não tenho esse pulmão todo. Consegui passar a milhão, a menina tentou me puxar pela blusa para derrubar da bike e raspou a mão, mas não conseguiu pegar, então jogaram pedra em mim. Consegui escapar. Depois disso, comprei uma bike motorizada para conseguir fugir de ladrão. Detalhe que essa bike que eu estava trabalhando nem era minha, peguei emprestada de um colega do bar. Se me roubassem não conseguiria comprar outra", conta Jaqueline.

Tirza Ferreira, de 21 anos, é estudante de Pedagogia em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, e virou entregadora da Rappi há 4 meses, depois que teve a bolsa acadêmica cortada. Também trabalha como babá para complementar a renda e faz entregas para restaurantes por fora do aplicativo. Vive com a mãe, desempregada, que não recebe mais seguro desemprego. "Tenho muito medo de levar o vírus para dentro de casa. Minha mãe é hipertensa e tem receio por mim e por ela, que perdeu o pai por doenças respiratórias. Isso foi um baque. Não quero trazer qualquer sofrimento pra ela", relata.

Tirza Ferreira, de 21 anos, é estudante de Pedagogia em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, e virou entregadora da Rappi há 4 meses (Foto: Mariana Simonetti)

 

Segundo Tirza, a Rappi não disponibiliza nenhum EPI (equipamento de proteção individual) para os entregadores se protegerem do vírus. "Nem uma gota de álcool em gel. Nem capacete os caras disponibilizam. Eu consegui um capacete, que é algo caro, pra andar na bike esse final de semana com uma menina aqui de Porto Alegre. Fiz um tweet pedindo um emprestado um e aí ela vai me dar um. Vou pegar amanhã. A bag [mochila usada pelos entregadores], tive que comprar e é caro. Custa de 70 a 100 reais a usada."

A estudante faz entregas de bicicleta, seis dias por semana, 3 horas por dia. Consegue aproximadamente R$ 200 por mês do aplicativo. Diz que não pedala à noite por medo. "Recebemos muita cantada, de cliente, dos próprios colegas entregadores ou de quem passa na rua. Tenho medo de ser vítima da cultura do estupro. Recebemos xingamento também. Passo muito perrengue, gente de carro querendo me fechar".

Com os joelhos lesionados, Tirza pedala com dor. Conseguiu comprar anti inflamatórios e pagar uma consulta médica com a ajuda financeira de donas de restaurantes para os quais trabalha como entregadora.

A estudante, que faz parte do movimento Entregadores Antifascistas, aderiu à greve, que acontece em diversas capitais brasileiras e inclusive em países da América Latina, nesta quarta-feira (1) e ajudou a organizá-la. "Não é só um protesto contra o descaso dos aplicativos, mas em defesa dos direitos da classe trabalhadora. Temos que construir modelos que contemplem as demandas da classe, totalmente precarizada, cada vez mais jogada no mercado do trabalho. Eu percorro 50km por dia em média para conseguir uma merreca. É absurdo, desolador".

Segundo Ana Claudia Cardoso, professora da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora) e uma das realizadoras da pesquisa da REMIR, citada acima, o fenômeno da "uberização" é global, mas no Brasil o quadro é especialmente preocupante. "Com o aprofundamento do neoliberalismo, tivemos uma ação do Estado no sentido de reduzir os direitos dos trabalhadores e destruir diversas instituições que os defendem. Com isso se deixou um espaço mais livre para as empresas agirem da forma como sempre agiram, na busca pelo lucro. A questão da uberização se insere nessa lógica. No Brasil é uma situação ainda mais complicada porque temos uma piora das condições de trabalho desde 2017, com o aumento do desemprego, da informalidade e da precarização no mercado de trabalho. A reforma trabalhista liberou a terceirização para diversas setores da economia e criou a figura do trabalho intermitente".

O termo "uberização" tem sido utilizado para se referir a toda forma de mediação de mão de obra a partir de aplicativos de tecnologia, explica Tainã Góis, advogada trabalhista, co-fundadora da Rede Feminista de Juristas e pesquisadora do Grupo de Pesquisa Trabalho e Capital (GPTC) da Universidade de São Paulo. "Existe uma falsa dicotomia que coloca de um lado as más condições, e por outro o aumento do número de postos de trabalho e os horários mais flexíveis. Mas essas duas coisas não são necessariamente excludentes. Como já vimos pelos números de empregos após a reforma trabalhista, não é menos proteção social que gera mais postos de trabalho. Ainda, as más condições de trabalho não têm a ver com a flexibilidade de horários, e sim com a total desresponsabilização das empresas com a situação na qual trabalham os empregados, não fornecendo, por exemplo, equipamentos e proteção, ou não oferecendo qualquer auxílio em caso de acidentes. Nesse sentido, o que se discute não é apenas um modelo mais flexível de trabalho, mas que nesse modelo específico a maior parte dos ônus ficam com os trabalhadores", diz a advogada.

Há duas modalidades em que os entregadores de aplicativo podem trabalhar: OL (operador logístico) e nuvem. Jaqueline optou pela primeira, já que por ela o cadastro é aceito em menor tempo. A diferença entre as duas opções é que os OLs têm prioridade nas corridas que chegam ao aplicativo e trabalham com uma escala de horários e dias determinados, controlados pelos operadores logísticos. Além disso, só podem entregar numa área limitada. Os nuvens não possuem chefe e decidem quando e onde vão trabalhar.

"Me disseram que pelo OL eu teria horário fixo, mas poderia escolher o turno no qual trabalharia. Não é bem assim. Se eu decidir folgar todo domingo, mas chegar no dia e já tiver gente demais folgando, tenho que deixar para próxima semana. E o mesmo vale para a escolha dos turnos. Temos algumas cobranças tipo CLT, com relação a rigor no horário de trabalho, mas sem suporte nenhum. Se tivermos a bike ou moto roubada em horário de trabalho, não será ressarcido. Nunca vi o meu operador logístico. Só nos falamos por WhatsApp. E quando temos algum imprevisto na rua e precisamos acionar o suporte, só conseguimos falar com robôs. Uma hora é o pneu que fura, o celular cai e quebra a tela, a chuva estraga o celular, o carro que bate na gente, uma dor de barriga porque comemos em qualquer lugar rápido. São muitas coisas que acontecem que só quem está na rua sabe. Quem está no conforto do sofá, na frente do computador, não sabe de nada ", diz Jaqueline. Ela já entrou com solicitação para migrar para a modalidade nuvem, mas o pedido ainda precisa ser aceito pelo OL, que então tem de descadastrá-la e transferi-la.

Para a pesquisadora Ana Claudia, a lua de mel que aparentava existir entre as plataformas digitais e os trabalhadores chegou ao fim. Segundo ela, não há reajuste das tarifas de entregas há 3 anos, apesar da inflação - o que significa que para comprar a mesma coisa o profissional é obrigado a trabalhar mais horas. "Na pesquisa que fizemos, apontamos que grande parte dos trabalhadores labora mais de 11 horas. Como ter flexibilidade de horário se a pessoa trabalha de 9 a 11 horas por dia? Quando perguntamos sobre a quantidade dias na semana que essas pessoas trabalham, 77% laboram entre 6 e 7 dias."

Apesar de apoiar a paralisação dos entregadores, Jaqueline tem medo de aderir à greve e ser expulsa da plataforma. Por ser OL, diz ela, perceberiam que não está trabalhando.

"Eles não querem vínculo mas cobram como se eu fosse funcionária. Se eu logo 10 minutos depois do início do meu turno, sou questionada. Tenho que comunicar ao meu OL se quero pausar mais de 20 minutos. E não temos ajuda para nada, trocar câmara de pneu, comprar capacete, capa de chuva. Já fui atropelada por um carro. Sofri o acidente, levantei e continuei andando. Se paro no meu turno, minha pontuação baixa. O aplicativo adora dizer que somos empreendedores, mas é pura mentira", diz ela.

Uma das principais reclamações dos entregadores são os bloqueios que sofrem pelos aplicativos sem explicações ou prazo de retorno ao trabalho. Jaqueline conta que uma moradora reclamou após ela se recusar a subir para entregar o pedido no apartamento, por medo de ter a bicicleta roubada caso a deixasse na rua. "Muitos prédios não deixam a gente entrar com a bike", diz a entregadora. Logo em seguida ela ficou bloqueada pelo resto da noite.

Em outro episódio, trabalhando no turno noturno, rejeitou duas corridas para bairros que considerou perigosos e foi bloqueada. "Então é mais uma mentira a de que a gente aceita a corrida que quiser, a hora que quiser. Porque se a gente rejeita a corrida, somos bloqueados, a pontuação cai. Como OL, não posso nem desligar o aplicativo porque tenho que cumprir horário, mesmo que não esteja chegando entrega para mim. Às vezes fico 2 ou 3 horas parada, mas preciso estar à disposição."

A categoria também reivindica controle do peso das entregas, principalmente para quem usa a bicicleta. "Já tive uma bag quebrada porque fui pegar uma compra no supermercado com galão de água, amaciante e estourou o isopor. Tive que comprar outra bag, que custa R$ 120. Para fazer uma entrega de taxa mínima, de 5 reais, eu posso ter que pedalar em média 4 km. Quanto que eu tenho que pedalar para comprar uma bag nova?", questiona Jaqueline.

A pontuação dos profissionais, nota que determina a quantidade de entregas direcionadas a eles, diminui se, por exemplo, o cliente reclamar que não recebeu o pedido. O problema, de acordo com Jaqueline, é que não há nenhuma ferramenta para garantir se de fato o produto chegou ou não. O único registro possível é o cliente mandar uma mensagem no chat do aplicativo confirmando que a entrega foi feita, o que muitas vezes não acontece. Se o entregador não recebe a confirmação e devolve o pedido, o aplicativo paga apenas a metade da rota.

"Um detalhe é que esse valor referente à metade nem aparece na minha tela. Diz o suporte que ele aparece no meu extrato no sistema do meu operador logístico. Nunca vi esse extrato. Até o momento nunca tive problema com datas e repasse de pagamento, porém não posso afirmar que recebi todas esses valores porque nunca tive acesso a esses extratos.  Apenas tenho acesso ao de rotas finalizadas e esses outros valores podem passar batido", diz Jaqueline.

Segundo Tainã, não existe uma regulamentação específica para a condição de trabalho "uberizado": "Em geral, os juristas se dividem entre aqueles que acreditam que é um modelo inovador e aqueles que entendem que é apenas uma nova forma de precarização e que, portanto, todos os trabalhos deveriam ser celetizados. Ainda existe um meio de campo de pessoas que acreditam que deva haver uma regulamentação mais clara sobre o tema, já que não temos nenhuma lei específica. Um caso interessante para entender como funciona é o do processo contra o aplicativo Loggi. O Ministério Público do Trabalho entrou com uma ação requerendo o reconhecimento de vínculo de todos os empregados. A primeira instância de São Paulo, no fim do ano passado, deu uma sentença reconhecendo o vínculo e obrigando a Loggi a contratar diretamente todos os entregadores. A Loggi recorreu e o Tribunal suspendeu a decisão liminarmente, mas o julgamento ainda está pendente. Não temos ainda consolidada jurisprudência favorável ao reconhecimento de vínculo. Em geral o Judiciário declara que são empregados autônomos, ou as empresas fazem um acordo antes do fim do processo".

Thamyres Souza, 26 anos, trabalha como entregadora na modalidade nuvem dos aplicativos iFood e Ubereats em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Faz faculdade de Medicina Veterinária durante as manhãs e trabalha como auxiliar administrativa à tarde. De quinta a domingo, durante a noite, sai de moto para complementar a renda com entregas.

"É complicado trabalhar à noite. Ficamos vulneráveis. Temos que tomar cuidados para prezar pela segurança. Não costumo aceitar rotas em bairros muito distantes. Quando vejo que é bairro perigoso, costumo não ir, mas a Uber não avisa onde você tem que fazer entrega. Dá bastante medo, mas até agora nunca fui assaltada", conta.

Thamyres Souza, 26 anos, trabalha como entregadora na modalidade nuvem dos aplicativos iFood e Ubereats em Ribeirão Preto, interior de São Paulo (Foto: Mariana Simonetti)

 

Thamyres diz que o iFood disponibilizou máscaras e álcool em gel para os entregadores, mas que nunca recebeu a mensagem para ir buscá-los, e a Ubereats não forneceu nada. Ela então teve que comprar os equipamentos de proteção por conta própria. A estudante diz que toma todos os cuidados para não levar a Covid-19 para dentro de casa, já que mora com os pais e a mãe é do grupo de risco por ter contraído uma doença autoimune. O pai, encanador, tem trabalhado pouco desde o começo da pandemia e a mãe é dona de casa, então a renda extra como entregadora ficou ainda mais importante para a família. "Os ganhos são bem variáveis, depende muito da oferta na região, da quantidade de horas trabalhadas. Já consegui tirar uns R$ 400 reais por mês", diz.

A entregadora apoia a greve e não trabalhará nesta quarta-feira. "É o motoboy que paga pelo erro até do cliente. A corda sempre arrebenta pro lado mais fraco. Aumentou muito o número de motos na rua, com pessoas que perderam o emprego na crise e acabaram migrando para esses aplicativos. Também por causa da crise, diminuiu-se o número de pedidos, porque as pessoas estão cortando gastos. Então as taxas pagas aos entregadores estão muito baixas. Muitos motoboys para poucos pedidos. Os aplicativos fazem o que querem. Eu espero que a greve mude alguma coisa, cause algum impacto para o pessoal repensar como a categoria é desvalorizada pelo tanto de risco que a gente corre".

Procurada pela reportagem, a Uber respondeu que oferece reembolso para os profissionais do aplicativo que comprarem os próprios equipamentos de proteção individual, auxílio financeiro por 14 dias aos que contraírem Covid-19 e possui um centro de higienização para uso dos trabalhadores em São Paulo. Sobre a greve, a empresa afirma que não há penalidade aos profissionais que "se manifestam publicamente".

O iFood, por meio da assessoria, disse que "em nenhuma hipótese entregadores são desativados por participar de movimentos". Jaqueline afirma que o aplicativo usa o sistema de pontuação e enviou à reportagem prints de conversas em que o operador logístico da frota se refere a ele para justificar cortes na equipe.

O iFood alega que não possui um sistema de ranking e nem de pontuação: "O algoritmo de alocação de pedidos leva em consideração fatores como, por exemplo, a disponibilidade e localização do entregador e a distância entre restaurante e consumidor". Informou também não ter nenhuma ingerência entre o OL e o entregador e que o prazo de migração para a modalidade "nuvem" é de 90 dias.

A Rappi não se posicionou até o fechamento deste texto.
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Maisa Silva descreve sua transição capilar: "Quem mais colocava defeito era eu"

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Maisa Silva faz depoimento empoderador sobre sua transição capilar (Foto: Reprodução/Instagram)

 

Maisa Silva está passando pela transição capilar e comemora cada passo que supera em suas redes sociais. Na noite desta terça-feira (30), a apresentadora de 18 anos falou que sempre tentou seguir um padrão estético de cabelos lisos para que seus amigos não a achassem "esquisita", porém entendeu que quem mais se criticava era ela mesma.

 

"Antes de passar pelo processo de transição capilar, eu era muito 'noiada' com o cabelo. Eu ficava me limitando, não pintava e não cortava, não fazia nada de muito radical. Só cortava no ombro. Achava que todo mundo ia reparar, que eu precisava estar no padrão das meninas com cabelos escorridos até a bunda, morena e se eu não estivesse assim, todo mundo ia me achar horrível e esquisita. Na verdade, quem mais reparava no meu cabelo e colocava defeito era eu", desabafou.

Ela afirmou que sua relação com as madeixas mudou completamente e analisou que o benefício não foi só externo, mas causou mudanças internas. Ela declarou que se sente mais à vontade para falar sobre este assunto somente agora.

"Se hoje me sinto mais à vontade e pronta para falar sobre isso com vocês é porque o tempo passou. Dos 15 anos aos 18 tem uma grande diferença, minha cabeça mudou muito, meus conceitos se desconstruíram dentro de mim. Estou aprendendo coisas novas todos os dias. O fato de eu aceitar meu cabelo agora não significa que eu cheguei ao nível de aceitação extrema e que não tenha mais nada que eu queira mudar ou que nada mais afete minha autoestima. Tem! Acho impossível se achar 100% perfeita."

Ela ainda salientou que falar sobre a transição capilar ou autoestima não é algo fácil porque a característica do cabelo enrolado vem cheio de estigmas e preconceitos.

"Se não é fácil para mim, que tem um cabelo cacheado, imagina para meninas que têm cabelo crespo, que sofrem muito mais preconceitos e com estigmas por questões raciais, de serem chamadas de cabelo ruim. Não é fácil. Eu não venho falar sobre este assunto como se fosse algo lindo e perfeito, algo atingível. A partir do momento que a gente consegue expor processos que foram difíceis, a gente se fortalece. Outra pessoa pode estar passando pelo mesmo que eu", pontuou.

Resenha: Teint Couture City Balm, Givenchy

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Teint Couture City Balm, Givenchy  (Foto: acervo pessoal Giuliana Cury)

 

 

 

O Teint Couture City Balm foi uma  ótima surpresa! É uma base leve, com boa cobertura (dá para ir adicionando camadas se você quiser uma cobertura maior), luminosidade na medida e, ainda, proteção contra poulição, luz azul (computadores, celular, tv, abajur...) e raios UV (FPS 25). Como hoje a gente sabe o tanto que a luz fria também faz mal à pele, não dá pra não pensar em aplicar uma proteção mesmo se for para ficar em casa. E o Teint se mostrou uma opção ótima para mim, porque além de proteger, deixa a pele com um acabamento natural, fresco, iluminado -- perfeito para reuniões ou chats online.

 

Curti muito. E como tenho um pouco de melasma na testa, acrescentei uma camada nessa região na hora de espalhar, para cobrir um pouco mais. Ele não pesa nem deixa marcado. Outros pontos positivos que encontrei: tem um cheirinho muuuito gostoso, a embalagem é compacta e superprática de aplicar e rende muito: uma pequena quantidade (uma gotinha) é suficiente para cobrir o rosto todo e conseguir um efeito clean. Por isso, acho que o preço vale bem à pena, já que além de ser uma maquiagem, é tratamento também, porque protege e ainda hidratada e combate os radicais livres, causadores do envelhecimento precoce da pele.

Giuliana Cury resenha o Teint Couture City Balm, Givenchy  (Foto: acervo pessoal Giuliana Cury)

 

Covid-19: Pesquisa aponta que 58,6% das pessoas trans pertencem ao grupo de risco

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Covid-19: Pesquisa aponta que 58,6% das pessoas trans pertencem ao grupo de risco (Foto: Getty Images)

 

No primeiro semestre deste ano, 89 pessoas transgênero foram assassinadas no Brasil, quantidade que supera em 39% a registrada no mesmo período de 2019, de acordo com a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra). Para a entidade, os números escancaram como a omissão de autoridades governamentais tem contribuído para que estejam no centro de um contexto amplo de vulnerabilidade, que inclui agora efeitos da pandemia de Covid-19.

"Os dados não refletem exatamente a realidade da violência transfóbica em nosso país, uma vez que nossa metodologia de trabalho possui limitações de capturar apenas aquilo que de alguma maneira se torna visível. É provável que os números reais sejam bem superiores. Mesmo com essas limitações, os dados já demonstram que o Brasil vem passando por um processo de recrudescimento em relação à forma com que trata travestis, mulheres transexuais, homens trans, pessoas transmasculines e demais pessoas trans. O que reforça a importância do nosso trabalho de monitoramento, incidência política e denúncias a órgãos internacionais", escreve a Antra, que acrescenta que, em tentativa de suprir uma lacuna deixada pelo Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal decidiu, em junho de 2019, tratar os casos de transfobia com base na Lei nº 7.716/1989, na qual são tipificados os crimes de preconceito contra raça e cor.

Em nota, ao comentar os homicídios, a Antra antecipou respostas obtidas em entrevistas feitas para o projeto TransAção, de apoio a travestis e mulheres trans do Rio de Janeiro, a fim de elucidar como a suscetibilidade desse grupo populacional ocorre. A maioria (87,3%) das entrevistadas apontou como uma de suas principais necessidades a conquista de um emprego capaz de garantir seu próprio sustento. Além disso, 58,6% declararam pertencer ao grupo de risco de covid-19 e 94,8% que sofreram algum tipo de violência motivada por discriminação devido a sua identidade de gênero.

Ainda segundo a entidade, estima-se que cerca de 60% da população trans não conseguiu ter acesso ao auxílio emergencial concedido pelo governo federal ou benefício semelhante. Desenha-se, portanto, uma situação preocupante, tendo em vista que 29,3% das participantes do TransAção afirmaram sobreviver com uma renda média de até R$ 200; 39,7% com uma de valor entre R$ 200 e R$500; 27,6% com até um salário mínimo (R$1.045) e 3,4% com renda entre R$ 1.045 e R$ 3.135. Nenhuma delas declarou receber acima de três salários mínimos. Ou seja, mesmo quando têm uma fonte de recursos, a quantia é, majoritariamente, baixa, o que faz com que parte delas busquem ajuda de familiares, que, em alguns casos, as subjugam a agressões dentro da própria residência.

No comunicado, a Antra também destaca que não há, até o momento, levantamentos abrangentes sobre as dificuldades enfrentadas pela comunidade LGBTI+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, intersexo e outros) durante a crise sanitária, produzidos por iniciativa das diferentes esferas de governo. Para a Organização das Nações Unidas (ONU), os LGBTI+ estão entre as parcelas populacionais mais expostas à pandemia, motivo pelo qual, defende, se deve reivindicar aos governos políticas específicas de proteção social.

Com informações da Agência Brasil

Silvero Pereira sobre sexualidade: “O lugar do homem nunca me representou em nada”

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Silvero Pereira (Foto: reprodução/instagram)

 


Silvero Pereira foi a convidado desta quarta-feira, 01, para uma live no Instagram da Marie Claire. O ator, diretor, autor e ativista começou o bate papo bem emocionado (literalmente). Ele tinha acabado de conversar com o cantor Edson Cordeiro, o qual confessou ter marcado sua adolescência. É que foi ouvindo um disco do artista que Silvero contou a um amigo que era gay.

“O Edson foi um dos primeiros CD’s que eu comprei e eu fui para um show dele com um amigo com o qual eu me abri sobre a minha sexualidade. Eu devia ter uns 17 anos... Isso foi há uns 20 anos atrás. Eu já estava em Fortaleza. Eu estava começando a entender sobre identidade de gênero. Estava ouvindo um disco dele com um amigo e ele olhou para mim e disse: "Acho que sou veado". E eu respondi: "Acho que eu também. Então, nós somos veados", revelou rindo.

 


Durante conversa com a editora de sociedade, Natacha Cortez, ele falou de alguns detalhes de sua infância e sobre sua sexualidade que começou a compreender anos mais tarde.

“Todas as minhas limitações eram diferentes. Elas tinham a ver com identidade de gênero. Eu olhava para masculino e feminino e não tinha identificação. Eu acho muito violento quando falam “este homem”. O lugar do homem nunca me representou absolutamente nada. Durante muito tempo, eu acreditei ser mulher. Nada do comportamento masculino que eu via no dia a dia, eu não me identificava com absolutamente nada. Eu olhava para minha irmã, minhas professoras e eu pensava: “Caramba, me pareço muito mais com elas”. Isso aos sete anos de idade”, disse.

Silvero ainda relembrou um momento de sua infância e contou pela primeira vez em uma entrevista. Ele revelou que aos oito anos de idade foi forçado a violentar uma menina para “provar sua masculinidade”. Além disso, falou que também foi violentado, no entanto, foi compreender a gravidade do que tinha acontecido, anos mais tarde.

Silvero Pereira (Foto: reprodução/instagram)

 


“Eu fui estuprado aos 8 anos de idade. O rapaz já sabia sobre essa minha diferença e o ele me levou para o matagal. A pessoa era muito mais velha que eu e eu o e ele me violentou. Eu não tenho nenhum problema em falar sobre isso. Eu não entendia nada sobre sexo e relação sexual. Eu só fui entender o que aconteceu comigo, uns dois anos depois quando a informação sobre sexo, chegou a mim”. Ele emendou: “Eu nunca falei sobre isso antes... Eu fui obrigado a violentar uma menina. Existiam cinco, seis garotos no espaço onde eu estava e se eu não violentasse aquela menina, eles iriam me agredir. Essas violências todas foram muito fortes na minha cabeça”, ressaltou.

 

 

 


FAMÍLIA

Atualmente sua família vive em sua cidade natal, Mombaça, no Ceará. Silvero conta que a relação com seu pai é uma “vitória”.  “Meu pai é um bolsonarista. Mesmo tendo todas as discussões dentro de casa, ele voltou nele. Mas ele, finalmente entendeu essas situações do Brasil”, comemorou.

Ele continua dizendo: “Meu pai é uma vitória para mim. No meu aniversário, ele estava numa mesa, participando de uma reunião virtual, comemorando meu aniversário com um bolo com as cores LGBTQI+, com foto minha de homem e de mulher e decorado com um monte de frases positivas. A minha grande missão é educar o meu pai. Imagina para o meu pai que não teve informação para entender isso? Eu levei 35 anos”, disse.

Silvero Pereira (Foto: reprodução/instagram)

 


RELACIONAMENTO

Atualmente, Pereira está solteiro. Ele assume que a companhia do gato, o Coral já é suficiente. Ele viveu um relacionamento de dez anos com o dramaturgo Rafael Barbosa com quem divide os cuidados do gato e do cachorro. “Eu estou sozinho. Estou com o meu gato, o Coral. Ele é a coisa mais fofa. Ele tem me feito companhia”.

Silvero ainda disse que durante a pandemia preferiu ficar sozinho e que desistiu de encontrar um amor nos aplicativos. “O sexo não é uma prioridade agora para mim e para as outras pessoas. Parei de usar os apps. As pessoas não acreditam eu sou eu, não rolava. Eu resolvi cancelar os aplicativos por questão de saúde. Eu me protejo, mas não sei qual é o lugar do outro. A gente não pode correr o risco de adoecer e não ter mais contato com as pessoas. O Instagram tem me ajudado bastante. Tem uma coisa muito interessante no Instagram... No meu aniversário, eu fiquei 4 horas online e vivendo o meu aniversário através disso. Foi muito afetuoso. Não foi do contato real, mas foi do virtual e eu fiquei muito feliz”, finalizou.

Você pode conferir a live completa no Instagram da Marie Claire Brasil.


Lais Souza celebra 3 anos ao lado da namorada: "Mulher excepcional"

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Lais Souza e Paula Alencar (Foto: reprodução/instagram)

 

Lais Souza correu para suas rede sociais para celebrar três anos ao lado de Paula Alencar. A palestrante e ex-ginasta compartilhou uma homenagem a mulher com uma mensagem fofa.

"Três anos juntas!* Você é uma mulher excepcional! que traz a felicidade pra dentro de casa, é um prazer tão grande te chamar de vida e vivê-la com você...* Você sempre me faz rir fazendo palhaçada, é a melhor companhia do mundo pra mim. * Obrigada pela parceria, pela paciência e pelo amor que tem por mim. você é inspiradora!", dizia a legenda.

 

Ela ainda continua: "Que nunca nos falte saúde, paz, amor, família, amigos e carinho. * Pode contar comigo - e assim que eu me recuperar, me comprometo em recompensar todo cuidado com massagem a vida inteira e muito carinho em você!", finalizou.

A publicação atraiu a atenção dos seguidores que encheram de elogios. "Vocês são lindas! Tão companheiras!", escreveu uma fã. "Muitoooooo Amor. Lindas!", disse outra. "Deus abençoe a vida de vocês", publicou outra admiradora.

Atualmente, elas vivem em Vila Velha, no Espírito Santo.

 

Carro com os filhos do cantor Leonardo capota em Goiás e cai em córrego

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Leonardo e filhos  (Foto: reprodução/instagram)

 

 

 

 

Leonardo tranquilizou os fãs ao compartilhar um vídeo, nesta quarta-feira, 01, contando aos seguidores que seus filhos João Guilherme, o filho mais novo de 20 anos, Matheus, de 22, e o motorista, Tita, sofreram um acidente de carro e estão bem.

"Proteção de Deus! Estão todos bem. Obrigado por todo carinho", escreveu na legeda do vídeo.

"Estamos aqui na fazenda Talismã e como vocês já viram o acidente que teve com o s meninos. O Zé Felipe não estava, estavam o Leandrinho, meu sobrinho, filho do Leandro, o João Gulherme e o Tita que é o motorista. Esles estavam vindo para a fazenda ontem a noite e como tem 50 quilômetros de estrada de terra, de barro, como o pessoal fala, a estrada estava muito boa, mas as pontes, são aquelas feitas de madeira, bem sem vergonha", disse.

Ele continua: "O motorista, por ser um cara de cidade, de asfalto, passou direto em um local que passa muito caminhão e escoa muito grão, então, deu poeira e ele não viu e caiu dentro do córrego. Para a felicidade de todos nós, ele estava com pouca água e eles caíram de uma altura de 10 metros, com as quatro rodas para cima. Graças a Deus, os caminhoneiros ajudaram eles a sair do carro. E só o Leandrinho que teve uma luxação no pulso, mas está tudo certo. Muito obrigado, Brasil", finalizou.

O carro era blindado e todos os passageiros estavam usando cinto de segurança.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Estão todos bem. Obrigado por todo carinho.

Uma publicação compartilhada por Leonardo

 

Depois de se casar, enfermeira socorre vítima de acidente ainda vestida de noiva

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Enfermeira deixa o próprio casamento e socorre vítima de acidente vestida de noiva (Foto: Reprodução/Facebook)

 

Uma enfermeira chamou a atenção por uma atitude inusitada. Rachel Taylor, de 22 anos, tinha acabado de sair da cerimonia de seu casamento com o seu marido Calvin, de 23 anos, em Minnesota, nos Estados Unidos.

No entanto, no caminho de sua nova casa, já a noite, eles se depararam com um acidente onde um carro e uma van bateram em uma ponte. Enquanto os ocupantes do acidente tentavam conversar, um terceiro veículo entrou em cena e colidiu com outros carros, aumentando a cena caótica e ferindo uma mulher chamada Tamara Peterson.

‘Vi algumas pessoas arrastando uma mulher para o lado da estrada. Pude ver um corte na perna direita. Acho que vi o osso dela '', contou Rachel em entrevita ao New York Times.

Calvin chegou a registrar o momento e compartilhou uma foto e a história do resgate em sua página no Facebook. Os instintos de enfermeira de Taylor entraram em ação e ainda usando seu vestido de noiva, ela correu para ajudar a mulher ferida. Ela arrastou para o lado da estrada e manteve calma até os paramédicos chegarem. Seu marido tirou uma foto da cena do resgate, onde um grupo de pessoas também é visto na calçada, cercando a mulher ferida.

"No nosso caminho de volta para nossa casa, depois de um dia incrível e bonito do casamento, literalmente a uma quadra da nossa nova casa, vimos um grande SUV colidir com outro acidente envolvendo outros três veículos. Quando paramos, vimos pessoas puxando uma mulher entre dois carros com um corte na perna que descia até o fêmur. Minha estrela do rock sai do carro, vestido de noiva e tudo, e corre para ajudar" , escreveu.

 

 

Ex-funcionária diz em rede social que empresa a demitiu por homofobia

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Ex-funcionária diz em rede social que empresa a demitiu por homofobia (Foto: Reprodução/Facebook)

 

Uiara Cavalcanti compartilhou um desabafo em suas redes sociais.  No texto, ela afirma que foi desligada do cargo de executiva de vendas internas, da Localiza Hertz, empresa de aluguéis de carros localizada em Belo Horizonte, depois que seu ex-chefe alegar que se relacionava com uma colega de trabalho.

Ela conta que foi chamada para ir à sede da Localiza trocar seu computador por um notebook, mas acabou surpreendida pela demissão.

"É com muito pesar que hoje (28/06) dia mundial do orgulho #LGBTQI, venho comunicar que fui demitida como Executiva de Vendas Internas, da maior locadora de veículos da América do Sul, a #LocalizaHertz, por um gerente completamente desinformado, homofóbico e injusto que demitiu duas funcionárias apenas para satisfazer seu preconceito. No último dia 06/05 ele me chamou na sede da #Localiza as 8:20h da manhã dizendo que eu precisaria trocar meu computador por um notebook que a empresa tinha comprado para mim, então eu fui", escreveu.

Ela continua: "Chegando lá não tinha nenhum notebook, ele apenas me pediu para assinar a minha rescisão contratual e devolver o meu crachá sob o argumento de que eu tinha um relacionamento “gay” (homoafetivo) com outra funcionária, que aliás, também foi demitida. Ele nos disse que não aceitaria esse tipo de coisa, segundo as palavras dele: “Poderia ser até o Neymar da equipe que esse tipo de coisa ele não toleraria”. Ele também nos disse que estávamos sendo vigiadas 24 horas dentro e fora da empresa, ele enviou uma outra funcionária na casa que eu dividia com a minha colega de trabalho, para saber onde dormíamos e verificar se realmente existiam dois quartos na casa. Ele disse ainda, que não poderíamos acusá-lo de preconceito porque ele é negro, o que para mim também é uma fala totalmente racista. A menção ao nome do jogador @Neymar é porque eu tinha excelentes resultados e era uma das melhores do time dele, mas isto não foi o suficiente para que eu continuasse fazendo parte da equipe #sangueverde", lamentou.

Ela ainda resaltou que o relacionamento não existe. "Esclareço que esse suposto relacionamento não existe, somos apenas amigas. Ainda que existisse não consigo admitir que a Localiza, que tanto se orgulha de ser uma das melhores empresas para se trabalhar no país, podia concordar com esse tratamento desigual por motivo desqualificante e injusto, que implicou nas nossas demissões", falou.

Uiaria ainda diz: "Diante disto, decidimos tornar o caso conhecido para a diretoria executiva da #Localiza, uma vez que este gerente fez tudo de forma bem discreta dentro da empresa, mesmo com orientação do diretor de não demitir nenhum Executivo de Vendas Interno porque são os profissionais que colocariam os carros de volta nas ruas durante e pós pandemia, inclusive o diretor nos disse para ficarmos despreocupados que não haveria demissões no setor e que até estava pensando em dobrar a equipe para acelerar este processo. O caso passou a ser auditado pelo Compliance, e nós queríamos que a Localiza como uma empresa inclusiva e cidadã pudesse reparar essas injustiças e que nos devolvesse nossos empregos, mas esta auditoria foi feita pelos próprios funcionários da empresa, demorando quase 40 dias. No último dia 16/06 tive um retorno do auditor juntamente com o gerente de RH de que não encontraram indícios de discriminação, mas não souberam justificar as demissões. Limitaram-se a dizer que eram solidários com a causa e se desculparam, disseram ainda que os nossos relatos serviriam para que o gerente fosse orientado sobre a sua conduta. Este retorno não me surpreendeu tanto porque este gerente é homem, hétero com 13 anos de casa e amigo de todos por lá", publicou.

 

Diretor revela dificuldade em fazer filme sobre herói gay por ser negro

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Diretor Lee Daniels  (Foto: Reprodução)

 

O diretor Lee Daniels revelou a dificuldade de tirar do papel um filme de super-herói gay. O cineasta, que foi indicado ao Oscar por Preciosa (2009) e fez sucesso na TV com a série Empire (2015-2020), disse em entrevista ao Insider que o fato de ser um diretor negro pode ter atrapalhado na hora de "vender" a proposta do filme para os estúdios de Hollywood.

"Eu estou tentando fazer um filme de super-heróis há um tempo. No auge de 'Empire', tentei fazer isso acontecer. Já falei com bastante gente sobre isso. Talvez um cineasta branco consiga fazer. Talvez eles peguem minha ideia e entreguem para um cara branco", disse Daniels.

As únicas super-heroínas da comunidade LGBTQ+ confirmadas nos filmes de super-heróis dos grandes estúdios até hoje apareceram em Deadpool 2 (2018), com o casal formado por Negasonic Teenage Warhead (Brianna Hildebrand) e Yukio (Shioli Katsune).

Segundo a Indie Wire, 80% dos diretores de cinema no estúdio são homens brancos, apesar dos homens brancos representarem apenas um terço da população dos EUA. No entanto, Daniels disse a Insider que ele não se intimida quando enfrenta resistência dos estúdios. Em vez disso, ele se concentra em fazer o trabalho sozinho.

"Qualquer coisa que eu queira fazer, eu mesmo faço. Não é como se eu confiasse em alguém para fazer um filme. Leva tempo. Eu aprendi. Nos meus 30 anos, eu estava frustrado, nos meus 40 anos. Mas o que quer que eu queira fazer, é será feito ", disse Daniels. "Essa é a jornada que eu tive como cineasta gay. Então, eu farei isso, mas do meu jeito e no meu tempo".

Em casa, Alan Frank detalha luta contra Covid-19: "Cheguei muito perto da morte"

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Alan Frank se recupera em casa (Foto: Arquivo Pessoal)

Quando soube que precisaria ser entubado por conta do agravamento da Covid-19, Alan Frank viu sua própria retrospectiva passar na sua mente. "Veio a minha vida inteira em frações de segundos", conta. Suas últimas palavras para o médico intensivista foram um pedido: "Você promete que vai fazer tudo que puder para me trazer de volta?". 

Nos momentos que antecederam a sedação, o ex-integrante do grupo Polegar e hoje médico oftalmologista teve outro "diálogo". "No momento de tanta preocupação e dor cheguei a pensar no meu amigo querido Gugu (Liberato), que perdemos em novembro. Será que vou encontrar com meu amigo tão cedo?", lembra. "Eu pensava e conversava com ele: Gugu, eu sinto saudades, mas não está na hora da gente se encontrar. Me ajuda, eu preciso ficar mais tempo aqui. Eu tenho filhos pequenos para criar, tenho muita coisa para fazer aqui nessa vida ainda".

A partir daí Alan foi sedado. Seus pulmões estavam 80% comprometidos e a doença, descoberta cinco dias antes, em estágio avançado. Após exatas quatro semanas no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, ele foi liberado no último domingo, 28. 

Em casa, ao lado da família, Alan detalhou à Marie Claire sua experiência, conta que recebeu um áudio de dona Maria do Céu (mãe de Gugu) ao acordar, e fala de seu maior medo: desamparar a família - ele é pai de Renan, de 23 anos, Nathan, de 21, e dos gêmeos Luca e Luigi, de sete - os caçulas frutos do relacionamento atual com a médica Fernanda Soglia. "Foram momentos muito difíceis, eu tinha muito medo de não rever a minha família, de não conseguir sair dali. Era um desespero muito grande".

Ele ainda faz um apelo a quem ainda não dá a devida importância à pandemia do coronavírus. "Pelo amor de Deus, não minimizem a Covid-19, a doença é gravíssima". 

O baque do diagnóstico

No final da tarde do dia 25 de maio comecei a sentir uma leve dor de garganta, muita dor no corpo e uma tosse seca. No dia seguinte de manhã a dor de garganta tinha passado, a dor no corpo se intensificado e a tosse permanecido. Imaginei que poderia ser uma gripe, mas por prudência mandei cancelar meus atendimentos de consulta e cirurgia. Me dirigi ao Hospital Albert Einstein, onde eu faço parte do corpo clínico de oftalmologia e fiz o teste do coronavírus. No finalzinho da tarde já recebi o resultado positivo. Foi um baque pra mim, mas não imaginava que pudesse complicar tanto. Eu sou uma pessoa que se cuida bastante, tomo muitas vitaminas todos os dias, não tenho sobrepeso, diabetes ou pressão alta. Eu imaginava que seria um quadro leve como é pra muita gente. Procurei o meu pneumologista de confiança e comecei a me tratar em casa, mui piorando progressivamente. Eu sempre media a saturação em casa, até que no domingo estava bem abaixo do razoável e ele pediu para que eu fosse internado.

A ida à UTI

Fizeram a minha internação inicialmente na unidade semi-intensiva onde iniciei tratamento. Comecei a piorar muito tanto na parte respiratório como de tomografia. O doutor apareceu lá de madrugada muito preocupado com o protocolo para eu assinar a autorização para eu receber plasma de convalescente (o plasma com os anticorpos de pacientes que tiveram a doença). No modo que eu estava ali senti que estava quase morrendo, eu assinei, nem li o papel direito. Eu tive muita sorte, na mesma noite eu recebi duas bolsas de plasma, que eu acho que foi um grande diferencial no meu tratamento, porém o efeito máximo desse plasma  é em torno de 48 horas. Quando deu 24 horas eu precisei ser transferido para a UTI e ser entubado. Esse momento foi um dos mais difíceis da minha vida. Eu estava lúcido, orientado, entendendo tudo que estava acontecendo. Eu perguntei se havia risco de eu não voltar ele falou que havia, mas que era muito pequeno porque eu era jovem e eu estava em um dos melhores hospitais do mundo. Na hora veio a minha vida inteira, em frações de segundos pela minha mente. Pensei muito na minha família, principalmente nos meus filhos pequenos gêmeos que são os mais jovens e são os que mais dependem de mim. Eu falava 'Deus, eu estou tão jovem, não está no momento de eu ir embora'. Foi uma coisa realmente muito muito muito forte. No momento de tanta preocupação, de tanta dor, cheguei a pensar até no meu amigo querido Gugu, que nós perdemos em novembro. Será que vou encontrar com meu amigo tão cedo? Eu pensava e conversava com ele: 'Gugu, eu sinto saudades, mas não está na hora da gente se encontrar. Me ajuda, eu preciso ficar mais tempo aqui. Eu tenho filhos pequenos para criar, tenho muita coisa pra fazer aqui nessa vida ainda'. O médico perguntou se podia entubar e eu disse 'só te peço uma coisa. Você promete que vai fazer tudo que você puder para me trazer de volta e me manter vivo?'. E ele falou 'isso a gente te promete'. Nesse momento eles me sedaram, como é protocolo, e eu não lembro mais de nada.

Alan Frank no hospital (Foto: Reprodução / Instagram)

Reaprendendo a viver

Acordei depois de uma semana, minha garganta doía muito por causa do tubo. Parecia que eu estava meio no além, tinha umas luzes fortes na parede da UTI, uma TV grande com noticiários que só falavam de Covid. Pedi pra desligar. Lembro que as três primeiras noites lúcido depois que me desentubaram eu só chorava quase que o tempo todo, passei três noites acordado. Me sentia praticamente inválido, eu não tinha força nas pernas, não conseguia andar, não conseguia sequer escovar meus dentes, e me senti totalmente vulnerável. Eu precisava da ajuda de outras pessoas pra tudo. Aqueles funcionários pra mim eram os anjos que Deus colocou aqui na Terra pra cuidarem de mim. Depois de uns dias comecei a conseguir andar devagarinho apoiado em duas pessoas, depois eu fui evoluindo até o dia que eu conseguia ir quase sozinho ao banheiro. A fonoaudióloga começou a me ensinar a beber líquidos novamente, a comer. Foram momentos muito difíceis, eu tinha muito medo de não rever a minha família, de não rever meus filhos, de não conseguir sair dali, era um desespero muito grande. Quando eu acordei na UTI eu tinha furo em tudo que é canto. Foi muito doloroso. Chega num momento que você está tão vulnerável que você perde totalmente a vaidade, você perde o pudor, você não tem vergonha de ninguém. Qualquer um pode te dar banho, pode cuidar de você, você só pensa em sobreviver, em respirar novamente. Seu único desejo é respirar e viver. Você quer ficar bom e poder voltar para sua família e ficar perto das pessoas que você ama e que te amam.

Lições

Você começa a valorizar muito todos os funcionários, os da limpeza, os da enfermagem que me ajudavam, me davam banho no leito inicialmente com um paninho, os que faziam minha barba no leito, cuidavam de mim com tanto amor e carinho. Os médicos que fizeram de tudo para me manter vivo, os fisioterapeutas, a nutricionista. Todos foram muito importantes. desde o mais humilde até o PHD foram fundamentais na minha recuperação.
Outra grande lição é quanto nós somos frágeis, o quanto a vida é curta e o quanto as coisas materiais não valem nada. Eu estava ali naquele leito de hospital usando uma camisola cirúrgica. Quando eu pude voltar a usar uma roupa por mais simples que fosse, me senti uma pessoa tão abençoada. São pequenas coisas que você começa a dar mais valor. O primeiro dia que eu tomei um banho no chuveiro foi um banho sentado de chuveirinho, pra mim foi uma benção. Eu liguei pelo celular pra minha esposa para contar com um super sorriso, como se fosse a coisa mais preciosa do mundo. A gente percebe que a maior riqueza da nossa existência são os momentos. A vida passa muito rápido. Outra grande lição são os amigos. Muitos que se diziam amigos quando você está bem desaparecem nesse momento, e outros que você achava que nem eram tão amigos nos surpreendem e dão apoio fantástico para nossa família. 

Alan Frank com a mulher, Fernanda Soglia, e os gêmeos Luigi e Luca (Foto: Arquivo Pessoal)

 

A volta pra casa

Foi emocionante. Eles prepararam a casa toda para me receber, encheram de bexigas, colocaram parabéns na parede, fizeram uma super festa. Tive que sentar na sala e jogar vídeo game com os dois, está uma delícia ficar com eles. Agora continuo fazendo fisioterapia respiratória e motora em casa, continuo com minha dieta balanceada porque desenvolvi pancreatite (inflamação no pâncreas) medicamentosa por conta de tantos medicamentos que eu tomei. Estou com anemia por conta do quadro infeccioso, mas está tudo melhorando pouco a pouco. Aliás, estou melhorando em uma velocidade bem superior ao que as pessoas imaginavam. Tenho me cuidado bastante porque não estou 100% ainda, diria que estou 90%, embora não tenha mais risco de passar pras pessoas porque já testei negativo. 
Eu não tenho ideia de como contraí a doença, realmente acho que não foi no trabalho porque eu chegava a ser neurótico de tão cauteloso que eu era. Atendia com uma máscara que tem nível máximo de proteção, por cima colocava um face shield, que é aquela máscara transparente, usava touca cirúrgica, um jaleco comprido e fechado e trocava as luvas várias vezes durante a consulta. Uma suspeita minha é que tenha sido por comida delivery, nós tínhamos muito hábito de pedir comida em casa, mas não posso afirmar que foi assim.

"Sinal" de Gugu

Quando eu já estava lúcio, já na semi-intensiva de volta, eu recebi uma mensagem emocionante por whatsapp da mãe do Gugu, uma senhora com mais de 90 anos, que está passando uma das maiores dores que uma mãe pode passar que é a perda de um filho. A gente não mantinha contato há algum tempo. Ela me mandou um áudio dizendo que estava orando muito por mim, que estava ligando para avisar que eu ficaria bom, que eu voltaria pra casa. Foi uma coisa impressionante. Parece até que tem ligação uma coisa com a outra, né? Não sei se o fato de eu ter conversado com o Gugu pedindo pra ele, se ele intercedeu e fez com que a mãe me ligasse e desse esse recado... Para quem acredita, é uma passagem muito forte.

Apelo

Pelo amor de Deus, não minimizem a Covid-19, a doença é gravíssima. Realmente pra algumas pessoas de muita sorte ela vem de maneira suave, tenho colega médico que se contaminou e não teve nenhum sintoma, descobriu porque foi fazer o exame e viu que tinha os anticorpos. Meus filhos tiveram somente manchinhas na pele. Mas muitas pessoas complicam, e é muito grave, muitos morrem, muitos pais ficam sem filhos, muitos filhos ficam sem pais a doença com muitas pessoas é terrivelmente cruel. Eu cheguei muito pertinho da morte. Digo que não morri porque Deus não quis, porque tive muitas orações, muitas pessoas pedindo por mim, porque eu estava em um dos melhores hospitais do mundo, certamente fez a diferença. Mas cheguei muito próximo da morte, dá vontade de chorar de desespero, é uma doença muito triste. Tomem muito cuidado, ninguém tem bola de cristal, não tem como você saber se terá a forma leve ou se você vai ter a forma grave. O melhor que todos podem fazer é se cuidar, se prevenir ao máximo. Não brinquem, não achem que é coisa de política, ou coisa de mídia. É um milagre eu estar vivo, agradeço a Deus todos os dias, acredito que Ele tem um propósito maior pra mim e prometo fazer valer a pena essa nova chance que eu tive, considero que eu renasci, que eu tenho dois aniversários agora.

Alan Frank com a mulher, Fernanda Soglia, e os gêmeos Luigi e Luca (Foto: Arquivo Pessoal)

 

 

 

Karol Conka fala sobre racismo: "Vamos falar para unificar"

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Karol Conka em live com Marie Claire (Foto: Reprodução )

 

Karol Conka foi a convidada da live da tarde desta terça (30) de Marie Claire Brasil. Em entrevista à repórter à Priscilla Geremias, a rapper contou que estreia uma música na próxima sexta (3), intitulada Tempos Insanos. "No começo achei que ficaríamos em quarentena por um e tentei encarar como uma férias. E, olha só, estamos indo para o quarto mês. Precisava aflorar o que estava acontecendo".

Como uma das principais rappers nacionais, Karol afirmou que vê que o mercado já está avançando na hora de contratar artistas negros. "Teve um pequeno avanço, principalmente na parte das marcas de pessoas que reconhecem seus privilégios, mas querem abrir as portas para os outros, Pode demorar o tempo que for, mas vamos falar disso para unificar".

Karol Conka em live com Marie Claire (Foto: Reprodução Instagram)

 

E continuou."Espero que o Black Lives Matter não seja uma chuva de verão, seja uma tempestade. Para que isso aconteça, precisamos continuar falando. Não apenas os pretos, mas os brancos também. Eles que trouxeram o racismo".

A live completa você confere no Instagram de Marie Claire Brasil.


A força dos cachos de Sheron Menezzes

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Sheron Menezzes, cachos (Foto: Reprodução Instagram)

 

"Eu sou um cabelo". Não tem frase mais perfeita para definir Sheron Menezzes, que nunca, jamais alisou o cabelo - fato muito raro no Brasil. Ainda mais para uma atriz, que vive à sorte do perfil dos personagens que interpreta. Como parte do restrito hall de atrizes negras da sua geração, era ainda a única crespa, com cabelo volumoso. Com quase 20 novelas no currículo, Sheron afirma que também nunca sofreu saia justa com pedidos para alisar. "Só em 'Duas Caras' a personagem tinha cabelo liso porque ela não se assumia como negra. Mas eu não alisei com química, fazia escova todos os dias. Acordava cedo, ia direto para o salão e depois ia pro Projac de bobs. Isso destruiu o meu cabelo, quebrou quase a metade do comprimento", conta em entrevista exclusiva à Marie Claire.
Sheron, que é embaixadora da Pantene, diz que seu cabelo é sua marca registrada, e que mesmo na infância, quando a moda era ter fios lisos e retos, ela já amava sua juba - como ela mesmo chama. "Se alguém falasse algo sobre o meu cabelo, eu sempre revidava. Sempre achei lindo. A minha mãe sempre teve cabelos cacheados, com volume, penteava com garfo para ficar mais alto ainda, e eu amava", lembra.
Também ama cuidar sozinha dos cabelos. Quando vai ao salão ou está em algum trabalho, é ela quem finaliza sozinha seus cachos. Conhece as melhores texturas, a quantidade certa para não pesar, o produto que produz o formato de cacho específico, o tratamento que dá para a parte da frente e para a parte de trás dos cabelos, enfim… especialista em si mesma!

Sheron Menezzes, cachos (Foto: Reprodução Instagram)

 

Dicas
"Lavo o cabelo uma vez por semana. Então eu lavo com shampoo, coloco condicionador e desembaraço no banho. Depois que eu saio do chuveiro nunca mais eu vejo a escova!"

"Depois eu divido o cabelo em 4 partes e aplico o finalizador (óleo, geléia, creme de pentear) em cada quarto do cabelo, desembaraçando com os dedos. A quantidade é importante aqui - não pode ser muito para não pesar e não pode ser pouco, porque não dá efeito".

"Eu nunca seco o cabelo natural. Sempre uso secador com difusor, para formar o cacho redondinho, mais cilíndrico. Se eu estou viajando e o cabelo vai secar natural, uso o creme de tratamento, que é mais pesado, e fica um pouco mais definido".

"Se ainda falta muito para eu lavar e preciso dar uma arrumadinha nos fios, recorro a um óleo que estou apaixonada: Óleo Poderoso Anti-Frizz, da Pantene. Eu passo e o cacho retoma a forma que eu gosto".

Influencer tem máscara de proteção furada junto com brinco na orelha

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Influencer tem máscara de proteção furada junto com brinco na orelha (Foto: reprodução/TikTok)

 

A adolescente de Virgínia, nos Estados Unidos, Sissy Sheridan, de 16 anos, só queria acrescentar mais um furo na orelha. No entanto, não esperava que fosse passar por um drama. Ela contou ao Today Show, que foi a uma loja, em um shopping com sua mãe e a melhor amiga para furar a orelha.

Para evitar qualquer tipo de contaminação, Sissy manteve sua máscara de proteção no rosto e luvas nas mãos, uma vez que durante o atendimento teria que ficar próxima da atendente. Ela não tirou os acessórios nem mesmo para furar as orelhas como desejava. Mas sentiu que algo não estava bem. Uma orelha doía mais que a outra. O momento foi registrado em vídeo pela amiga e viralizou nas redes sociais.

"Doeu muito. Eu fiquei apertando a mão da minha mãe no vídeo. Realmente, doeu, e ela fez a próxima, e não doeu tanto, foi bom. Mas a orelha estava muito quente", disse ao Today Show.

Apesar da dor, só percebeu que a funcionária do local teria furado a máscara junto com o brinco em sua orelha mais tarde, quando estava no carro.

"Estamos saindo do shopping e eu estava morrendo de dor. Entramos no carro e percebemos que minha máscara está presa na minha orelha. Fiquei completamente chocada. Nunca me passou pela cabeça que minha máscara acabasse sendo perfurada. Eu não conseguia acreditar, estava em estado de choque. Eu estava chorando muito," contou.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Uma publicação compartilhada por Maria Clara Neide (@mariaclaraneide) em

 

Thelma Assis surge poderosa em ensaio preto e branco: "Gostaram?"

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Thelma Assis (Foto: reprodução/instagram)

 

Thelma Assis escolheu a combinação chapéu e colete felpudo para compor uma sessão de fotos em preto e branco.

A vencedora do BBB 20 compartilhou alguns cliques nas redes sociais na noite desta terça-feira, 30. "Amo foto em preto e branco. Vcs gostam?", escreveu na legenda.

Os cliques chamaram a atenção dos seguidores que a encheram de elogios. "Poderosa", escreveu uma delas. "Sempre linda!", disse outra. "Maravilhosa", publicou a admiradora.

 

 

 

Beth Goulart posta foto dos pais e faz homenagem: "Meus amores"

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Nicette Bruno e Paulo Goulart  (Foto: reprodução/instagram)

 

Beth Goulart recorreu a suas redes sociais nesta terça-feira, 30, para compartilhar uma homenagem aos pais. Ela postou uma foto romântica de Nicette Bruno e Paulo Goulart e escreveu uma mensagem carinhosa.

"Gratidão por receber tanto amor, por ter este exemplo tão lindo de cumplicidade, aprendizado mútuo, de confiança, encantamento, amizade, afeto, admiração, generosidade, entrega, dedicação ao outro e a arte. Vocês meus amores são minha referência de felicidade. #teamomãe #teamopai #saudade #gratidão", dizia a legenda da imagem.

A foto emocionou os seguidores que tembém escreveram comentários fofos. "Exemplo p todos nós", disse uma delas. "Exemplo de casal que construiu uma família do bem", publicou outra. "Que casal lindo", comentou a admiradora.

Paulo Goulart morreu em 2014, aos 81 anos. Ele lutava há seis anos contra um câncer que começou nos rins.

Resenha: Teint Couture City Balm, Givenchy

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Teint Couture City Balm, Givenchy  (Foto: acervo pessoal Giuliana Cury)

 

 

 

O Teint Couture City Balm foi uma  ótima surpresa! É uma base leve, com boa cobertura (dá para ir adicionando camadas se você quiser uma cobertura maior), luminosidade na medida e, ainda, proteção contra poulição, luz azul (computadores, celular, tv, abajur...) e raios UV (FPS 25). Como hoje a gente sabe o tanto que a luz fria também faz mal à pele, não dá pra não pensar em aplicar uma proteção mesmo se for para ficar em casa. E o Teint se mostrou uma opção ótima para mim, porque além de proteger, deixa a pele com um acabamento natural, fresco, iluminado -- perfeito para reuniões ou chats online.

 

Curti muito. E como tenho um pouco de melasma na testa, acrescentei uma camada nessa região na hora de espalhar, para cobrir um pouco mais. Ele não pesa nem deixa marcado. Outros pontos positivos que encontrei: tem um cheirinho muuuito gostoso, a embalagem é compacta e superprática de aplicar e rende muito: uma pequena quantidade (uma gotinha) é suficiente para cobrir o rosto todo e conseguir um efeito clean. Por isso, acho que o preço vale bem à pena, já que além de ser uma maquiagem, é tratamento também, porque protege e ainda hidratada e combate os radicais livres, causadores do envelhecimento precoce da pele.

Giuliana Cury resenha o Teint Couture City Balm, Givenchy  (Foto: acervo pessoal Giuliana Cury)

 

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