Maria Laura Neves, nossa editora-chefe, tem os fios oleosos na raiz e luzes no comprimento. Durante uma viagem à praia ela colocou à prova o shampoo (R$ 12,99) e o condicionador (R$ 10,99) da linha Detox Capilar, da TRESemmé, e conta o que achou. "Usei o xampu e condicionador na praia, quando meus cabelos, tingidos e com luzes, ficam ainda mais quebradiços. Logo na primeira aplicação, achei que eles ficaram sedosos, soltos e com aspecto encorpado. O volume, tão natural naquele ambiente, ficou controlado. Ao longo dos dias, não se mostrou capaz de proteger os fios dos danos do mar e do sol, mesmo porque não era essa sua função. De qualquer forma, gostei muito do resultado, do cheiro, da fácil aplicação e da embalagem. O preço é justo se comparado aos seus equivalentes no mercado", avalia.
A life-coach Guisela Rhein é nossa beauty expert em produtos menos agressivos ao meio ambiente e a nós. Desta vez ela testou o Batom Matte Call Me Maybe, da Face It e o conta o que achou. "Por ser um produto vegan, achei ele fabuloso! A textura é bem cremosa, mas a aparência nos lábios é mate. Ele dura, mas não resiste a qualquer coisa que a gente coloque nos lábios depois, por isso retoques podem ser necessários. A embalagem é bem discreta. Confesso que não tinha gostado da cor no ínicio, mas quando passei achei lindo. O produto me surpreendeu. E o preço achei bem justo por tudo que o produto oferece. Aprovado", diz.
Chegou ao fim o relacionamento do humorista Lucas Veloso e da bailarina do Domingão Faustão Nathalia Melo. A informação foi divulgada no programa de Sônia Abrão nesta terça-feira, 8, e confirmada pela assessoria do humorista. O motivo do término não foi revelado.
Lucas e Nathalia se conheceram em 2017 quando formaram par no quadro Dança dos Famosos, do Domingão. Ele pediu a bailarina em namoro ao vivo no palco do programa, em dezembro do mesmo ano.
Filho do humorista Shaolin, morto em 2016, Lucas ficou conhecido ao interpretar Didico na série Os Trapalhões, da TV Globo.
A estadunidense Sarah Grace Emily causou polêmica nas redes sociais, no sábado (06). Ela pediu ajuda no Twitter para encontrar um "crush" que saiu atrás das fotos que tirou, no estádio Tennesse Volunteers, enquanto assistia ao jogo de futebol americano do time da casa contra o Georgia Bulldogs.
"Me ajudem a encontrar este homem que vi em um jogo de futebol. Quero marcar um encontro com ele", escreveu Sarah nas redes sociais.
Com mais de 40,6 mil curtidas e 13,4 mil compartilhamentos, a postagem gerou um debate sobre o racismo. Primeiramente, Sarah acabou recebendo foram respostas de homens negros recusando o convite.
"Não, estou bem", afirmou um torcedor que foi confundido com o rapaz das imagens. "Sei lá, Sarah, geralmente não fazemos o seu tipo", ironizou um rapaz.
Os brasileiros foram até a timelime de Sarah para explicar o tema "palmitar". "Aqui no Brasil, chamamos de 'palmitar' quando um negro namora um branco", disse um seguidor. "Muitos comentários nojentos. A menina tem apenas uma atração maior por negros. Qual é o problema de gostar de certos homens? Eu amo homens brancos (infelizmente) e os prefiro em vez de outras etnias", questionou outra.
A jornalista Olívia Nicoletti tinha uma festa para ir e quis inovar na maquiagem. Para fazer um olho azul ela lançou mão da Sombra Aqua XL, da Make Up For Ever, na cor Torquoise. "Comprei essa sombra para ir a uma festa, então achei que a sua quantidade seria o suficiente. Ledo engano: mudei de ideia assim que passei a primeira camada na pálpebra e vi o quanto a sua cor, textura e efeito são belos. Super pigmentada, lembra uma pasta d'água, que seca, mas continua parecendo bem cremosa. A aplicação exige certa praticidade, porque ela pode borrar e fazer sujeira, mas adoro um visual orgânico, então não liguei muito para isso. Dois pontos negativos: vem muito pouca sombra e achei cara. No mais, queria usar todos os dias", avalia.
A atriz e colaboradora de Beauty Tudo, Michelle Batista, colocou à prova o Sérum Hidratante Corporal, da Riô e conta o que achou. "Eu sou completamente viciada em hidratantes corporais. Achei esse sérum gostoso, comabsorção rápida e eficiente, mas, para o meu gosto, ele é menos hidratante do que eu gostaria. A pele não fica com uma textura tão gostosa e macia como um hidratante normal. Ele também promete prevenir a pele do envelhecimento precoce - não tive tempo hábil para confirmar, mas se for real será muito legal", diz
Uma mulher usou sua conta no Twitter para fazer um desabafo sobre o sábado (05), no Rock in Rio. De acordo com uma série de postagem, ela se machucou na grade do evento ao tentar se distanciar de um homem armado.
"Quero relatar aqui a minha indignação com o evento Rock in Rio, ontem dia 5/10/2019. Quando estava caminhando em direção a saída,presenciei uma briga na qual um rapaz sacou uma arma. Sim, tinha um homem armado dentro do evento. Em um ato desesperador, com medo de levar um tiro, eu pulei a grade para ir para o outro lado, como outras pessoas estavam fazendo.
Nesse momento, o meu braço se desfacelou na grade. Pedi ajuda aos seguranças e ele falaram para eu caminhar até a saída para conseguir ajuda, pois o pronto-socorro era do outro lado.
Caminhei bastante, perdendo muito sangue. Eu não aguentava mais andar, sentei no chão com muita dor, quando um grupo de pessoas chutou a grade e a jogaram no chão para que eu passasse e fosse socorrida. Aí sim, os seguranças me socorreram e me levaram para o ambulatório, onde tive os primeiros socorros.
Então, fui encaminhada ao hospital Lourenço Jorge. Quando cheguei ao hospital, tinha um rapaz dando entrada também. O mesmo chegou a óbito, segundo o médico que me atendeu. Chegou ao hospital também um rapaz com o dedo decepado, se feriu também no evento.
Estou até agora me perguntando como um evento desse porte permite que alguém entre armado? Como pode tanta negligência para prestar os primeiros socorros?".
Em nota, a assessoria do Rock in Rio informou que isso aconteceu do lado de fora do festival. "A organização do evento esclarece que é proibida a entrada de pessoas armadas no festival e que é feito o acautelamento de armas caso seja necessário. O episódio envolvendo jovens em uma briga não ocorreu dentro do parque, mas na área externa".
O Rock in Rio é um dos maiores eventos de cultura e entretenimento do planeta. Ao longo de suas 19 edições – considerando as internacionais – o festival historicamente envolve muito mais do que diversão. Desde Woodstock, em 1969, artistas se preocupam em trazer para os palcos os discursos políticos das ruas.
Marie Claire faz um exercício de memória e relembra dez momentos em que o festival de 2019 foi cenário de manifestações políticos-feministas.
LELLÊ & BLAYA
As cantoras Lellê e Blaya, brasileira radicada em Portugal, abriram o Palco Sunset no primeiro dia de Rock in Rio 2019, com um show repleto de referências à black music, às favelas e ao funk.
Lellê, antes conhecida como a Lellêzinha do Dream Team do Passinho, fez homenagem ao Dj Rennan da Penha e defendeu sua liberdade: idealizador do Baile da Gaiola, Rennan está preso desde abril, condenado por associação ao tráfico. "Eu tenho essa responsabilidade enquanto mulher preta e favelada... Liberdade ao Dj Rennan da Penha!"
Nos primeiros minutos de seu show, o telão mostrou o rosto da vereadora Marielle Franco, assassinada em março do ano passado em crime ainda não elucidado. Acompanhou a imagem o áudio de um dos últimos discursos de Marielle: “Não serei interrompida. Não aturo interrompimento dos vereadores dessa casa. Não aturarei o cidadão que veio aqui e não sabe ouvir a posição de uma mulher eleita”, disse Marielle no trecho do discurso que foi reproduzido no Palco Sunset. Pelas redes, a homenagem foi celebrada. Este é o primeiro Rock in Rio depois da morte de Marielle.
A cantora ainda pediu palmas para a menina Ágatha Félix, de oito anos, assassinada no último final na comunidade da Fazendinha, no Rio de Janeiro.
KAROL CONKA
Também no primeiro dia de festival, a cantora Karol Conka dividiu o Palco Sunset em um show de viés feminista com Linn da Quebrada e Glória Groove. O discurso predominante foi a liberdade e o empoderamento feminino, Karol Conka mandou o seu recado para o público e ainda aproveitou seu espetáculo para fazer críticas ao atual momento do Brasil.
Enquanto Linn pediu o fim do genocídio da população negra, "pelo fim do genocídio da população negra, parem de nos matar! E isso não é um pedido", Conka entoou “fogo nos racistas”, levando o público a repetir a mesma frase. “Quem tem mais atitude rock do que eu, Linn e Glória? A gente é foda”, vibrou Karol, que entoou coro e vibrações com o hino feminista de seu repertório Lalá.
IZA
Uma das vozes mais potentes da música brasileira contemporânea, Iza recebeu Alcione no Palco Sunset no terceiro dia de Rock in Rio e, ao emendar Bateu e Yoyo, ela dividiu o espaço com uma pequena sósia chamada Luara, de 9 anos. A menina impressionou dançando com a cantora e teve o nome gritado pelo público e viralizado na internet.
Um dos pontos altos do show foi antes de receber Alcione no palco, quando Iza cantou Maria Maria, de Milton Nascimento, junto a um coral, com o público ajudando nas palmas até o final e sem cansar. E o show virou samba com Alcione, presença magnética e histórica que apresentou Não deixe o Samba Morrer, Meu Ébano e Chain of Fools, sucesso de Aretha Franklin que foi regravado pelas duas cantoras brasileiras. "Se Deus quiser, no próximo Rock in Rio eu quero te ver no Palco Mundo", disse Alcione a Iza.
ELZA SOARES
No terceiro dia de Rock in Rio, a cantora Elza Soares comandou aquele que pode ser considerado o show com tom mais político da edição de 2019. O repertório de seu mais recente disco, Planeta Fome, carrega forte teor político ao falar de racismo, machismo e discursos de ódio no Brasil, e a cantora de 82 anos não poupou frases contra o racismo, a transfobia e a violência contra a mulher, pediu atenção para o povo nas ruas e disse que os brasileiros e cariocas precisam aprender a votar. Enquanto se apresentava no Palco Sunset com convidados como As Bahias da Cozinha Mineira, Kell Smith e Jessica Ellen, Elza fez intervenções com falas em defesa das mulheres, dos negros e contra os machistas.
Foi no momento do início do seu hino feminista Maria da Vila Matilde, acompanhada por Kell Smith, que Elza conclamou o público a denunciar a violência contra as mulheres no Brasil. "Mulheres, a história agora é outra. Gemer, só de prazer. Chega de sofrer calada! Denuncie, por favor. É 180 [telefone para a Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência] neles! Machistas não passarão! E não é não", disse a cantora, antes de puxar um coro incansável de "Não é não” em todo o Rock in Rio.
Em tom mais inflamado, Elza cobrou: “Vocês não sabem votar, nós não sabemos votar. Vamos para rua! Esse povo sofrido que sonha com um lugar melhor para viver. Sonha, mas é preciso acordar, minha gente! Lutar! Gritar, ir para as ruas, aprender a votar! Nós não sabemos. Vamos para as ruas, vamos buscar os nossos direitos. Esse Rio de Janeiro acabado, esse Rio de Janeiro completamente distorcido. Cadê o povo? Cadê a voz da gente? Cadê as mulheres? Somos faladeiras, vamos falar até não aguentar mais", declarou Elza Soares no palco e o público eufórico puxou gritos contra o presidente.
A cantora ainda comentou dois casos e fez um duro protesto: “Chega de perseguir os negros e pobres”. “Ágatha Félix tinha 8 anos, o músico Evaldo Rosa levou 80 tiros. Marielle lutava pelos pobres, pelos negros, pelos pretos, pelo nosso povo. Chega!”, gritou a cantora. “Chega de perseguir os negros, chega de perseguir os pobres. Mulher negra, coragem, pra frente!”, continuou, sendo ovacionada pela plateia.
EMICIDA E IBEYI
Emicida apresentou as irmãs franco-cubanas e feministas do Ibeyi para o público no quarto dia Palco Sunset do Rock in Rio 2019 em um show dançante e político. A apresentação foi mixada com sucessos do rapper, alguns singles das gêmeas e as duas músicas gravadas pela parceria, o trio botou a galera pra dançar e lembrou de casos de violência no Rio de Janeiro.
"We are all Ágatha Félix", mostrava o telão, em referência à menina de 8 anos, antes de Deathless, canção baseada no abuso sofrido por uma das cantoras com a polícia francesa.
Além dela, a apresentação também relembrou Marielle Franco durante No Man Is Big Enough For My Arms, maior hit das gêmeas, que leva no começo da música a fala de Michelle Obama. "A medida de qualquer sociedade é como ela trata suas mulheres e meninas", fala de Michelle em 2017, na campanha de Hillary Clinton. Ela estava respondendo ao então candidato americano Donald Trump se gabando de agredir sexualmente mulheres na fita do Access Hollywood, e sua completa falta de remorso depois. A dupla apresentou a música no Palco Sunset enquanto o telão mostrava diversas mulheres negras de destaque do Brasil e do mundo.
Perto do fim, Emicida ainda pediu novamente a liberdade do Dj Rennan da Penha.
MALÍA
A cantora de 20 anos da Cidade de Deus fez sua estreia no terceiro dia de Rock in Rio, no Espaço Favela. A jovem estrela abriu a apresentação com Escuta e foi acompanhada por um coro animado.
A cantora ainda apresentou uma releitura de Faz uma loucura por mim, de Alcione, que se apresentou no Palco Sunset ao lado de Iza no mesmo dia: “Só estou aqui hoje porque ela fez tudo que fez com outras divas maravilhosas”, declarou Malía ao referir-se à sambista.
SLAM DAS MINAS
No segundo dia de Rock in Rio 2019, o Espaço Favela recebeu pela primeira vez uma Batalha de Slam - competição de poesia onde um júri, formado por 5 espectadores escolhidos da plateia, pontua as performances autorais de poetas. As poetas do Slam das Minas RJ, que organizam uma batalha só pra mulheres e LGBTQIA+s, estiveram por lá. As integrantes eram Carol Dall Farra, do Coletivo Poetas Favelados e Slam das Minas do RJ, Rejane Barcelos do Slam das Minas do RJ também, Lisa Castro, finalista do Slam Jovelina (Arena Carioca Jovelina Pérola Negra) e representante carioca no Flup Slam BNDES, Márcio Rufino, Gênesis, de Nova Iguaçu, a poeta Valentine, a escritora Letícia Brito, do Morro do Pinto, a poetisa, slammer e produtora cultural Maria Duda, de Cordovil, o slamer SK, do Chapadão, e o MC, compositor e ator WJ, de Coelho Neto.
Na apresentação da banda Canto Cego também no Espaço Favela no quinto dia de festival, participou a MC Martina, a rapper e poeta jovem de 21 anos, do Slam da Laje, que em sua letra protestou contra a comercialização da favela: “Não confunda lugar de fala com seu amigo, mas para ficar mais bonito, pega tudo o que eu falei, mistura tudo num saco plástico e chama de Palco Favela do Rock in Rio.”
GABY AMARANTOS
No show Pará Pop, no quarto dia de Rock in Rio, em que dividiu o palco com Fafá de Belém, Dona Onete, Lucas Estrela e Jaloo, Gaby Amarantos fez o primeiro show da sua vida sem meia-calça. Se posicionando contra os padrões de beleza impostos pela sociedade, a cantora subiu ao Palco Sunset com discursos empoderados. "É a primeira vez que subo ao palco sem meia-calça. Porque amo meu corpo do jeito que ele é e eu queria passar essa mensagem para todas as mulheres que ainda são presas nessa porra desse padrão que querem colocar na gente. Vamos tirar salto, meia-calça, vamos tirar tudo, todas as amarras", disse ela, que usou um look-protesto inspirado no fogo das queimadas que tem atingido a Floresta Amazônica.
NERVOSA
O dia do metal no Rock in Rio teve no seu quinto dia de festival, pela primeira vez, a apresentação de uma banda formada apenas por mulheres, com o trio paulistano Nervosa tocando na abertura da programação do Palco Sunset em show com som pesado, feminismo e música dedicada a Marielle Franco.
"Essa próxima [música] fala sobre quando a gente faz essa mistura perigosa, que é religião com governo, que infelizmente está acontecendo bastante no Brasil. Cuidado, pode dar bosta!", afirmou a vocalista.
Fernanda lembrou do assassinato da vereadora Marielle Franco e a homenageou. "Essa música fala sobre acreditar em um ideal, lutar por um ideal e, às vezes, morrer por um ideal. E a gente está na terra de uma pessoa que morreu, infelizmente, por um ideal, simplesmente porque ela queria justiça social. O nome dela era Marielle Franco, e essa música é pra ela". Bandeira defendida pela banda, o feminismo também esteve presente, com a vocalista chamando pelo público feminino e ironizando quem achava que mulher não podia fazer som pesado. "Cadê a mulherada aí da plateia? Acharam que mulher não podia fazer metal pesado, mas quem achou estava errado. Mulher pode fazer o que ela quiser, hoje e sempre. Deve fazer o que ela quiser.”
PINK
Headline do dia pop no Rock in Rio e uma das atrações mais esperadas da edição de 2019, a cantora americana Pink cumprimentou o público com "Finalmente! Muito obrigado por nos trazer aqui. É tão lindo como me falaram que seria", disse, antes de cantar Who Knew. Ela começou o show gerando gritos e reações eufóricas do público ao surgir pendurada em um lustre cor-de-rosa e fazendo acrobacias aéreas, enquanto cantava a música Get The Party Started, sem perder a voz e nem o fôlego. Como de costume nos shows da turnê Beautiful Trauma World Tour, ela voou por cima do público em vários pontos da Cidade do Rock e fez acrobacias mil pelo ar.
Ela ainda tocou em assuntos como machismo, diversidade sexual, autoestima e causas sociais. Todos retratados em sua discografia, e também em vídeos com teor feminista apresentados durante a apresentação no telão.
Sabrina Petraglia usou as redes sociais para compartilhar um momento fofo de Gael, nesta segunda (07), através de sua conta no Instagram.
A atriz mostrou que o pequeno foi batizado na igreja, no último domingo (06), em São Paulo. "Quanta emoção! Batizamos o Gael na igreja e também com um ritual lindo cheinho de significados especiais, reverenciando esse sábio que chegou nos ensinando tanto! Bênçãos sobre bênçãos... foi assim nosso dia ontem", escreveu na legenda da imagem.
"Como ele está lindo. Deus abençoe", escreveu Camilla Camargo. "Que bonitos vocês juntos e Gael tão amado, feliz e simpático. Lindo mesmo, encheu meu coração", se derreteu a veterana Betty Faria.
Diretamente da Espanha, Rafaella Santos usou as redes sociais para compartilhar três cliques mostrando ainda mais de sua versão ruiva, nesta segunda (07).
Na série publicada no Instagram, a digital influencer aparece em selfies, de pijama de estrelinha, mostrando a língua e fazendo caras bocas.
Luana Piovani mandou mais uma indireta para o surfista Pedro Scooby em uma foto no Instagram, neste domingo (6). Após relembrar fotos de sua viagem para Fernando de Noronha com os filhos, Bem e Liz, de 4 anos, e Dom, de 7, em setembro, a apresentadora "revelou" como se mantém linda ao responder um seguidor.
O Rock in Rio chegou ao fim, mas foi ali que Rita, vivida por Alanis Guillen, reviu pela primeira vez seu ex-namorado, Rui. Romulo Arantes Neto chega à Malhação – Toda Forma de Amar para interpretar este novo personagem que promete abalar a estrutura da protagonista e marca o retorno do ator à série teen 12 anos depois de ter passado por ela.
“É muito legal voltar. Eu vejo essa energia deles [novos atores], a animação, e as inseguranças. Início de trabalho sempre dá um medinho, uma insegurança, ainda mais quando se está começando uma história na TV. É muito maneiro estar perto e poder se colocar disponível para ajudar de alguma forma sem querer invadir o espaço ou demonstrar a experiência. Estar de volta para um produto que você esteve há 12 anos, mas em outra perspectiva é bacana”, diz.
O convite para entrar na trama partiu do diretor Adriano Melo, com o qual ele já tinha trabalhado antes, pois já tinha feito uma participação no último capítulo de outra temporada também dirigida por ele. O ator afirma que está muito feliz de voltar à história na qual começou sua carreira.
“Estou descobrindo o Rui. Ele tem uma personalidade dúbia, é misterioso e quando coloca alguma coisa na cabeça faz de tudo para atingir seu objetivo. Só tenho recebido textos que demonstram esse lado dele, mas estou pronto para tudo. Tenho uma tendência de em todos os meus personagens deixar nas entrelinhas alguns mistérios, afinal as novelas são obras abertas, e ficam muitas possibilidades no ar e com isso você tem vários caminhos para chegar a algum lugar.”
Questionado sobre o que ele diria para aquele jovem de 20 anos que entrou na 14ª temporada de Malhação, em 2007, Romulo não tem dúvidas quando responde “comece a terapia mais cedo” porque foi assim que ele conseguiu superar traumas pessoais.
“Ajuda em tudo: disposição, saúde mental, preparo para a vida, te deixa mais inteligente e com mais autoconhecimento. Comecei a fazer tarde, mesmo tendo passado por muitas coisas na adolescência, como perder meu pai e meu avô que eram pessoas muito próximas. Eu era aquele tipo de garoto que achava que podia dar conta de tudo sem conversar com ninguém, e quando eu soltava, soltava tudo. E hoje também solto tudo no esporte, tanto no surfe como no jiu jitsu”, explica.
E por falar em na perda do pai, Rômulo Arantes, vítima de um acidente de ultraleve, o filho conta que que gosta muito de ouvir as histórias da época em que ele era galã das novelas da Globo na década de 1990.
“Várias vezes as pessoas vêm falar sobre isso comigo e é como se fosse ele mandando a mensagem, porque essas falam sobre ele com muito carinho. Todo tipo de gente, de tudo que é estado, para mim é um prazer ouvir falar dele. Perdi ele quando tinha 13 anos, e não tinha maturidade para ouvir certas coisas.”
Em 2014, o ator retirou Arantes do sobrenome porque estudou cabala e descobri que queria construir sua história sem ter um sobrenome conhecido por trás, mas pouco tempo depois voltou atrás na decisão e incorporou a herança do pai ao seu nome.
“Eu realmente meti na minha cabeça que queria me aprofundar muito nessa profissão, fazendo uma terapia bioenergética pesada, e tudo o que me amarrava ao mundo eu queria cortar. Então decidi tirar o Arantes para ficar só com o Neto, e voltei atrás. Fiz isso por causa da família, pensei ‘estou confundindo a cabeça das pessoas, e é o nome da minha família que não tenho como negar’. Tenho Arantes tatuado no braço em homenagem ao meu pai e meu avô, então voltei, para honrar meu sangue, a história deles. E minha família de Pernambuco, me cobrando.”
E por falar em família, o ator prestará uma homenagem ao avô na nova temporada de Filhos da Pátria, que estreia nesta terça-feira, 8, na qual interpretará um remador chamado Romulo.
“Quis fazer com esse nome que é uma homenagem ao meu avô que era remador. Eu adorei fazer, foi a primeira série que fiz aqui dentro da Globo”, finaliza.
Chay Suede publicou nesta segunda-feira (7) uma foto com o visual de seu personagem na próxima novela das nove, Amor de Mãe, com estreia prevista para novembro. O ator será Danilo, filho único de Thelma, interpretada por Adriana Esteves.
"Danilo, meu personagem. Essa foto tirei no meu primeiro dia de gravação para a próxima novela da @redeglobo, "Amor de Mãe"", escreveu ele na legenda da imagem. Na trama, escrita por Manuela Dias e com direção artística de José Villamarim.
Danilo trabalha com a mãe no restaurante da família e namora Amanda (Camila Márdila). Ele é superprotegido desde o dia em que sua mãe o salvou, ainda criança, do incêndio que matou seu pai. Thelma faz tudo pelo filho, desde arrumar sua roupa até opinar em seu relacionamento.
Simony acordou inspirada nesta segunda-feira (7). A cantora postou uma foto usando body e um terninho que evidenciava seu decote. Na legenda, ela mandou seu recado:
"Antes eu gritava,falava, gesticulava. Hoje eu apenas observo". Simony arrancou elogios de seus seguidores: "Poderosa! Você é exemplo de mãe", disse um fã.
Desde que o meio ambiente e Greta Thunberg ganharam notoriedade nas manchetes, muitas pessoas estão usando a pauta racial para desvalidar a pauta ambiental, por isso nesse texto vou tratar sobre racismo ambiental, e mostrar como as coisas se relacionam. Afinal, mesmo que há anos ativistas negros venham mostrando como as pautas de gênero, classe e raça afetam toda a estrutura em que estamos inseridos, ainda é complexo entender como isso se dá associado ao meio ambiente. Então, o que é racismo ambiental?
É um termo cunhado por uma pessoa negra, para que ninguém tenha dúvidas da importância de sua origem na luta racial, no caso pelo Dr. Benjamin Franklin Chavis Jr. Ele, que é um líder negro pelos direitos civis, chegando em sua juventude a ser assistente de Martin Luther King Jr., no ano de 1981 cunhou o termo a partir de suas investigações e pesquisas entre a relação de resíduos tóxicos e a população negra norte-americana.
Segundo sua própria fala,"racismo ambiental é a discriminação racial no direcionamento deliberado de comunidades étnicas e minoritárias para exposição a locais e instalações de resíduos tóxicos e perigosos, juntamente com a exclusão sistemática de minorias na formulação, aplicação e remediação de políticas ambientais."
Vamos entender que existe toda uma lógica de poder na escolha de áreas que serão exploradas e como essas áreas serão exploradas, danificando a vida e saúde de povos marcados por sua identidade racial, como negros, indígenas, latinos e asiáticos. Dado que o conceito se ampliou em seu entendimento sobre afetados, mesmo que tenha surgido com um homem negro focado nas questões envolvendo a comunidade negra norte-americana, hoje o conceito e suas aplicações são mais diversas, inclusive no que diz respeito à identidade racial das vítimas, como explica o texto de Maíra Mathias O que é racismo ambiental.
Outro ponto trazido das discussões sobre o tema é a ausência de negros ou outras identidades raciais que não a branca - e masculina e burguesa em grupos de discussão de ambientalistas, nos comitês, nas comissões, nos espaços de disputa de discussão da temática ambiental. Não há dúvidas que existam pessoas capacitadas para isso, contudo, muitas vezes seu conhecimento é colocado na chave da vivência e apenas isso. É preciso ampliar essa visão, inclusive com compreensão sobre a origem do termo “racismo ambiental” e como ele abriu margens para várias discussões ambientais atuais. E nisso entramos nas discussões que hoje circulam nas redes nas grandes mídias: afinal, o que está acontecendo atualmente, que faz com que a pauta ambiental esteja sendo tão comentada?
Inúmeros cientistas sérios estão alertando para uma série de mudanças climáticas com impactos diretos na vida e sobrevivência humana, o que chamam de colapso climático e que são frutos do superaquecimento do planeta pelas ações humanas de imprudente devastação e exploração. Algumas das possíveis consequências segundo esse artigo são:
• Ondas de calor pelo mundo; • Secas e incêndios; • Ciclones devastadores e simultâneos; •Chuvas e enchentes; • Um milhão de espécies em risco de extinção.
Considerando todas essas implicações previstas por uma série de especialistas de universidades renomadas, de diferentes países e até da própria ONU, estaremos num colapso também social. É importante ressaltar que são perspectivas de futuro que, se você não pesquisa esse tema, não pode colocar juízo de valor sobre sua importância/veracidade, estamos falando de dados e não do que achamos. Eu realmente gostaria de achar que tudo seria lindo e melhor, contudo não é isso que alertam para o nosso futuro próximo. E é diante disso que especialistas da ONU já usam termos como:
Apartheid climático: Imaginando uma realidade escassa, seca, cheia de conflitos, ausência de comida e com muito calor, as regiões do planeta serão diferentemente afetadas conforme sua posição física, econômica e social. Países com mais recursos, mesmo que muito afetados, poderão lidar melhor com os danos disso, diferente de países que ainda enfrentam dívidas e economia instável. Outro ponto é que as áreas menos afetadas ou com clima mais agradável serão de disputa. Com isso, os mais ricos vão se sobressair no acesso a esses territórios. O que nos leva para o segundo ponto:
Gentrificação climática: Hoje em dia já usamos o termo gentrificação para nos referir a áreas que passam a se tornar interessantes para a classe média e/ou elite e geram a expulsão de antigos moradores com o aumento do preço da terra. Imagine isso numa escala global, com a mudança de clima e aumento do calor, ricos vão mudar para áreas mais frescas, menos inóspitas e com menores impactos de desastres. Isso irá aumentar o valor da terra nesses territórios, expulsando nativos e impedindo o acesso de pessoas mais pobres.
Refugiados climáticos: Vão se ampliar os casos de pessoas tendo que fugir de seus países, de sua origem e cultura visando sobreviver diante de suas terras devastadas ou improdutivas por conta das mudanças climáticas advindas desse processo do colapso ambiental.
E como isso se transforma numa questão racial? Não preciso nem lembrar que os mais ricos e os mais pobres possuem identidades raciais muito bem definidas num sistema como o nosso. E aí entra novamente a questão do racismo: seremos alvos fáceis. Conseguir asilo será mais difícil para aqueles que já são “marcados” (já vemos isso acontecendo na Europa em relação a africanos e árabes). Pela ausência de recursos, não teremos chance de escolher como e onde viver, seremos expulsos de nossas terras caso elas se tornem mais interessantes para quem tem mais dinheiro. Populações serão extintas. Ao pensar em mulheres, já se sabe que em catástrofes ambientais, elas são afetadas de forma diferente: se tornam alvos mais vulneráveis para violência sexual e tem seu fazer mais afetado, já que muitas são camponesas, assim como negros, pobres, indígenas, asiáticos e latinos.
Pensar sobre racismo ambiental então é importante para considerar essas e tantas outras questões, antes de achar que pautas de meio ambiente são "coisa de branco". Crianças negras levam tiro da polícia, sim. Assim como morrem de toxoplasmose em áreas insalubres, contaminadas em áreas que são lixões industriais e vão morrer ainda mais nas secas, fome e processos de imigração. Por isso, é e sempre será uma pauta racial a discussão sobre meio ambiente, bem viver e território. Genocídio não é só a morte por tiro, é toda a lógica de exclusão baseada na nossa identidade racial que faz com que nossas vidas sejam descartadas dentro do sistema. Seja no tiro direto, seja pelo não acesso a tratamentos de saúde, por contaminação do meio, pelo não cuidado com doenças psicológicas, etc, nós somos e continuamos alvos fáceis desse jogo em que alguns são vistos como dignos do direito à vida e outros como descartáveis para manutenção do sistema.
Cacau Macedo usou as redes sociais para mostrar dois cliques aproveitando Praia do Pontal, no litoral do Rio de Janeiro, nesta segunda (07).
Mesmo com o clima fechado, a ex-BBB escreveu na legenda das imagens um texto filosófico sobre as expectitivas com a vida.
"Sempre fui aquela menina cheia de positividade e as coisas aconteciam, eu acreditava tanto que o olho brilhava e a intuição gritava: VAI EM FRENTE! Eu seguia.
Difícil pensar que em um momento onde tanta coisa boa aconteceu, onde tanta gente dizia que me amava, soltei minha mão e me perdi de mim, não via mais sentido em nada, não me sentia capaz de nada, preferia ignorar quando me perguntavam quais os meus sonhos, porque não os tinha mais.
Desde que comecei falar abertamente o que tava acontecendo comigo e como estava me sentindo, tudo vem tomando seu lugar e dando espaço pra Maria Cláudia cheia de si, confiante, que quer viver pra ser sua melhor versão e isso só tem a ver com as suas próprias descobertas, gostos e jeitos de ser feliz. Não importa o que pensam ou acham de você, seja! Mude, viva, mude de novo, vá encontrando o seu caminho, escolhas erradas são parte do processo, cultive aprendizados!
Quando larguei mão de tudo que era meu, meus sonhos, meus pontos fortes, minha essência, positividade e amor próprio, olhei pra menina do Senta Lá, Cláudia que lutou pra ser YouTuber sem recurso nem apoio nenhum pq sabia o que queria e disse pra mim: DE VOLTA AOS SONHOS, AS NUVENS E BALÕES COLORIDOS!
O fantástico mundo Cacau de ser, sonho leve, sonho alto. Hoje eu só consigo agradecer por estar viva e sonhando mais que nunca! Grata por onde a vida tem me levado e confiante que tudo isso é só o começo! Obrigada por fazerem parte disso tudo comigo, sei que tem gente aqui que lembra da menina de 15 anos do céu azul.
Minha meta não é ser super famosa, quero que minhas vivências alcancem e transformem vocês assim como tem me transformado!
A estudante Nadine Hinterholzer, 19 anos, foi assassinada pelo ex-namorado, Andreas E, 25 anos, na cidade austríaca Kitzbuhel, conhecida como colônia de esqui, na madrugada de domingo (06).
De acordo com reportagem do jornal The Sun, o homem encontrou com a ex-namorada e o novo parceiro, o atleta de hóquei Florian Janny, 24 anos, jantando em um restaurante, dois meses depois do término.
Com ciúmes, Andreas invadiu a casa em que a estudante morava com sua família, querendo conversar com ela, o que foi negado pelo pai. Enlouquecido, voltou a sua casa e pegou um revólver, que pertence ao seu irmão, e retornou para matar a família de Nadine.
O homem atirou no pai da ex-namorada assim que ele abriu a porta da casa novamente, subiu as escadas e matou a mãe dela, Andrea, e o irmão Kevin, que estavam dormindo.
Para chegar no quarto em que o casal estava hospedado, precisou subir por uma varanda, do lado de fora de casa, matando os dois.
Horas depois, Andreas E se dirigiu a uma delegacia local e confessou os crimes. "Ele colocou uma arma e uma faca no balcão e afirmou que havia acabado de matar cinco pessoas", disse o promotor Walter Pupp.
Dentinho, que atua pelo time ucraniano Shakhtar Donetsk, usou as redes sociais para escalar seu time dos sonhos, nesta segunda (07).
Enquanto a seleção brasileira treina para os próximos amistosos contra Senegal e Nigéria, o jogador escalou sua família, usando pijamas, como time principal.
"Seleção escalada BR: Goleira, Nina. Zagueiras Rafaella e Sophia. Meia Dani Souza. Atacantes Prince e Papai. Amo vocês", escreveu na legenda.
Pela primeira vez em uma série da Globo, Carol Duarte mergulhou de cabeça em sua nova personagem, Solange, que estreia nesta terça-feira (8) em Segunda Chamada. Na trama, ela interpreta uma mulher jovem, que tem um filho recém nascido e toma coragem de voltar a estudar no ensino voltado para adultos.
“Ela é uma menina de 20 e poucos anos, bem mais nova do que eu, que já é mãe, com uma filha e um companheiro que não dá o suporte que deveria. É uma pessoa muito sozinha, com uma situação socioeconômica mais precária, vende balas no trem e minha construção da Solange vai para o lado da maternidade. É uma mulher que volta a estudar, mas tem uma criança que fica com ela o tempo todo, afinal é recém nascida. Assisti um filme recentemente chamado Cafarnaum, que conta a história de uma criança que cuida de outra e, às vezes, eu achava que tinha a ver com a história da Solange. Nem sei se ela queria ser mãe, nem sei se foi perguntado a ela, mas ela tem uma criança para cuidar. O mais forte da minha relação com a Solange foi este cuidado com meu próprio corpo e de outro que não é o meu, mas depende absolutamente de mim. É quase como se fosse uma extensão do meu corpo”, explica.
Por falar em maternidade, esta foi a primeira vez que ela experimentou este sentimento materno por uma criança durante a cena. A atriz afirma que foi o que mais a balançou em cena porque, sem romantizar, ela acredita que seja algo muito forte para o ser humano.
“É alguém que sai de dentro de você ou que adota. É uma ligação muito forte. O sentimento mais impressionante que experimentei foi a dependência. Eu não posso desistir sendo que tem uma criança que depende de mim. Se eu desisto, essa criança vai se ferrar junto. Tudo é compartilhado porque minhas escolhas serão refletidas nesta criança que não teve a opção de escolher nada ainda. É mais cruel neste sentido”, opina.
Outro detalhe muito importante de Solange é ser vendedora de bala nos trens de São Paulo, alguém quase que invisível porque essas pessoas estão ali, mas muitos passageiros ignoram. Carol afirma que sempre reparou nestes vendedores e diz que a pobreza incomoda.
“Cara, eu sempre reparei nessas pessoas porque sempre peguei muito trem e metrô e tinha muita gente vendendo neste tipo de transporte. Às vezes a reação das pessoas é fingir que não tem alguém ali tentando vender bala ou pedindo dinheiro. É algo que incomoda, né? É meio ruim ver uma pessoa em situação precária. Eu acho que na nossa sociedade isso acontece em todos os lugares, inclusive com o cara que pede uma esmola na rua. O ambiente da Solange é mais duro e ela se torna mais invisível. É bala, criança, mala, um ambiente fisicamente duro, o braço fica dolorido, não tem leite e tudo fica muito difícil”, contabiliza.
Marie Claire: Teve alguma mulher que você se inspirou para conduzir a Solange?
Carol Duarte: Sim, uma mulher que conheci em uma ocupação, que é muito jovem, tem mais de um filho, não estudou, gostaria de voltar, é manicure e fiquei com ela no meu imaginário.
MC: Fazer cenas em uma sala de aula te fez relembrar a época de escola e vontade de voltar?
CD: Relembrei muito, mas vontade de estudar, não senti muito (risos). É uma época muito boa de descoberta, mas difícil. A adolescência, para mim, foi uma época de muitas descobertas, mas de vários conflitos internos, de se entender e descobrir o mundo. A gente recebe muita informação do que deve ou não ser feito. De se enquadrar ou não... Bateu uma saudade, mas pensei "estou bem com meus 28 anos"...
MC: Quais eram os seus conflitos de adolescente?
CD: Tinha aquela pergunta que eu sempre ouvia "o que você vai ser quando crescer?" Eu sei lá! Não sabia o que eu queria ser, me questionava o porquê eu deveria saber, girava em torno disso e das minhas expectativas de quando eu tivesse 30 anos. O que eu esperava é muito diferente do que eu sou hoje.
MC: Você não tinha nenhum sonho profissional?
CD: Sim, eu tinha! Quando fui fazer teatro, eu queria ser atriz. Antes eu sonhava em trabalhar na Nasa, quis ser advogada para entender melhor as injustiças do mundo. Hoje estou com 28 anos, mas se eu voltar no tempo, verei que não estou tão longe daquilo que eu imaginava.
MC: Hoje você é muito batalhadora para dar de frente com as injustiças do mundo. Isso surgiu nessa época?
CD: Acho que sim! Com 15 anos, eu entrei na Prefeitura de São Bernardo do Campo para fazer teatro, era um ambiente público, eu me relacionava com pessoas de todas as idades, classes sociais e o teatro traz um sentimento de empatia, de olhar o outro, de ver além do seu umbigo. Foi aí que eu entendi o mundo, entrei em uma escola de teatro, tomando meus pontos de vista com relação ao mundo... Acho que tem tudo a ver com minha formação os meus posicionamentos políticos.
MC: Por falar na vida invisível da Solange, como foi para você a notícia que o filme A Vida Invisível pode concorrer a uma vaga no Oscar?
CD:Fiquei feliz demais, cara. Acho que estamos vivendo um momento muito importante do cinema brasileiro. É algo esquizofrênico, difícil por conta dos boicotes da cultura, mas ao mesmo tempo com uma força descomunal. Bacurau também foi muito bem recebido em Cannes, também tem viajado o mundo. Também temos o Pacarrete e outros trabalhos incríveis. Acho que o A Vida Invisível vai representar bem o Brasil porque é um filme atual, ao mesmo tempo que fala sobre a vida invisível de uma mulher da década de 1980, um filme que escancara o patriarcado, o machismo e as estruturas que afogam a nós, mulheres, e aos homens. Fiquei feliz demais. Tomara que a gente consiga essa vaga. Vai ser muito bom para o nosso próprio ego, claro, mas será ainda melhor para o Brasil.”
MC: Faz tempo que a gente não está lá, né?
CD: É, faz tempo! E agora com um filme que mostra a resistência, sobre a mulher e o Karim [Ainouz, diretor] é muito corajoso neste sentido, um gênio que escancara mesmo. O filme é muito bonito em tudo: desde a escolha do elenco até a fotografia. Tudo é muito bem feito. Estaremos muito bem representados. Não é um filme só para o Brasil, mas para o mundo.”
MC: O que você acha sobre a educação atual no país?
CD: De todas as pastas, acho que ela é o que mais tem sofrido nos últimos tempos, a começar pelos cortes ocorridos nas pesquisas, dos doutores, dos mestrandos... O mundo está muito louco! O Brasil tem ido em um sentido enquanto que o mundo vai em outro. Enquanto os países estão investindo em pesquisas e tecnologias, o Brasil está desmatando a Amazônia para criar gado. A gente vai acabar ficando muito para trás em poucos anos. O que o governo está fazendo, este plano absurdo tem feito a gente andar muito para trás. Me preocupo em saber se não tivermos pesquisadores para apresentar para o mundo, no futuro vamos fazer o quê? Vamos vender o quê? Carne? Já estão nos boicotando no exterior e não compram mais nosso couro porque estamos desmatando a Amazônia. É muito triste. Existe um boicote à educação e ao Brasil.