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No SUS, Leanndru Sussmann trabalha com homens para prevenir violência de gênero

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A representação simbólica para a atividade que queria desenvolver com o público masculino, o psicólogo Leanndru Sussmann, 33 anos, encontrou em Campo de Flores, do poeta Carlos Drummond de Andrade: “Onde não há jardim, as flores nascem de um secreto investimento em formas improváveis”. Precisava investir nos homens, a quem se atribui apenas aridez e racionalidade, para prevenir a violência doméstica, um grave problema da saúde pública que todos os dias bate à porta das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do país. A conclusão de que eles estão embrutecidos e pouco se faz para humanizá-los está no 13º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado dia 10 de setembro pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Basta checar ali a quantidade de vítimas que os homens produziram em 2018: foram 180 casos de estupros diários, 66 mil no ano, a maioria contra esposas, filhas e irmãs. Com maior incidência sobre as meninas de 13 anos. Também mataram mais. Dentro de casa ocorreram 66% dos feminicídios, crime que atingiu um total de 1.206 brasileiras.

 

Leanndru Sussmann, finalista na categoria "Eles por Elas" (Foto: Marie Claire)

 

Quem pode conter o homem? Ele está infeliz, enciumado, sentindo-se menor, sem espaço, invejando o desenvolvimento da parceira. Talvez por isso aniquile a vida da mulher e a dele próprio. Leandro atua em UBSs da Vila Maria e Vila Guilherme, na Zona Norte paulistana, e vê como essa realidade impacta pesadamente as famílias. “Se empoderam a vítima para que saia do ciclo de violência e esquecem o agressor, ele repetirá o mesmo comportamento nocivo com outras mulheres com quem vai se relacionar”, explica. “A função da atenção básica é prevenção e promoção de saúde. Precisávamos começar a trabalhar com os homens nesta linha.”

Então, em 2015, iniciou o desenho de um projeto. Contou com a parceria do psicólogo Thiago Rodrigues de Paula, seu amigo e colega de trabalho, e um ano depois nascia o grupo Flor de Cacto – uma referência à planta que dá flores em chão seco e cujas folhas não passam de espinhos. “A proposta é desconstruir a masculinidade hegemônica para colocar no lugar formas mais alegres e leves de ser homem. Com a diminuição da violência como efeito”, explica Leanndru, finalista na categoria Eles por Elas.

Converso com o grupo sobre patriarcado, violência de gênero, assédio, amor, sexo, relacionamento com os filhos. Confesso aos homens que, às vezes, tenho atitudes machistas com a minha esposa. Mas, usando uma frase do sociólogo Sergio Barbosa, admito que sou um machista em recuperação
Leanndru Sussmann

O grupo, pioneiro no Sistema Único de Saúde (SUS), é frequentado por homens indicados pelas UBSs ou por ONGs que atendem suas mulheres (vítimas de algum tipo de agressão). Por não ter um acordo com a Justiça, dele não participam réus em processos de violência doméstica. Os encontros acontecem na Biblioteca Álvares de Azevedo, na Vila Maria, às segundas-feiras, das 17h30 às 19hs. Os integrantes voltam quantas vezes quiserem. “Nunca perguntamos se cometeram violência. Mas as histórias aparecem com o tempo. Não julgamos. Acolhemos. É diferente de concordar”, observa Leanndru, paulista de Osasco, diplomado pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP-Assis) e autor da dissertação de mestrado Violência Por Parceiro Íntimo e Sexualidade.

A sessão pode começar com um dos homens relatando algo da rotina ou com o debate sobre imagens que os psicólogos levam. Entre as fotos, a de uma mulher nua com o corpo marcado por mãos, um menino brincando de boneca, um copo vazio, correntes amarradas por cordas. Os homens olham e falam o que pensam. “São pessoas que não aprenderam a conversar, a refletir. Responsabilizam a mulher pelas brigas, dizem que ela é a louca da casa”, lembra. “Então, mostramos como a masculinidade tóxica está por trás de tudo.” Nas reuniões, também são exibidos filmes. O próximo será O Silêncio dos Homens, documentário de Guilherme Nascimento Valadares, que aborda assuntos que eles evitam. Por exemplo: impotência, vício em pornografia, abuso de álcool e drogas, desejo de ser bem-sucedido na profissão, não agir de modos femininos, não levar desaforo para casa, dar em cima das mulheres, esconder emoções. Temas recorrentes no grupo.

Mais conectados, os participantes revelam seus medos. Um deles é perder o amor dos filhos, que se afastam na adolescência. “Quando pergunto como se relacionaram com os próprios pais, eles descobrem que estão repetindo um velho modelo. Também tomaram distância do ‘chefe da casa’ porque ele dava limites, enquanto à mãe cabia o carinho e afeto. Sobre suas filhas, os homens relatam embates para que não saiam à noite, sozinhas ou com roupas ousadas. Os facilitadores provocam: “Por que?” A resposta aponta para a tentativa de proteger as meninas da sociedade que produz homens vorazes como eles. 

Leanndru conta que, sem o status de provedor, aposentados do grupo sentem-se desimportantes na família e no espaço público. Os homens que não se enquadram no estereótipo da masculinidade hegemônica, acreditam que não tiveram sucesso, são impotentes, e perguntam: “Quem vai amar um cara como eu?” A maioria tem na raiva a via usual de expressão. O psicólogo explica que, se está triste, o homem reage com agressividade, e no momento de alegria, a fúria e a raiva o acompanham. Ele dá um exemplo: “No estádio de futebol, feliz com o craque que enfiou a bola na rede, ele gesticula agressivamente e grita: ‘Pqp! Que golaço, caralho!’.”  

Nota-se que o processo começa a funcionar quando os homens passam a entender que a casa é do universo deles, assim como a maternagem e o afeto. “Contam como a esposa e os filhos percebem a mudança, e que eles já enxergam importância em outras coisas. Também admitem o erro, nomeando o que fizeram”, afirma. Isso ficou evidente em um dos grupos que Leanndru e Thiago estenderam para além da biblioteca. Convidados pelo Centro de Apoio e Pastoral do Imigrante (Cami), levaram as dinâmicas a cinco locais que reúnem imigrantes e refugiados na capital paulista. Terminado o trabalho em um deles, Leanndru ia fechando a sala quando um homem voltou, pediu para tirar uma foto, deu um abraço e pronunciou um “muito obrigado”, com os olhos rasos d’água. 

O impacto de Leanndru
Leanndru Sussmann deu palestra em um fórum de saúde mental para profissionais que devem implantar a metodologia do Flor de Cacto em UBSs e Centros de Apoio Psicossociais (CAPSs) do bairro de Casa Verde. Colegas que estudaram com ele na Unesp farão o mesmo nas cidades paulistas de Araraquara e Ourinhos.


Lenços Demaquilantes Tira Tudo, Dailus

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Lenços Demaquilantes Tira Tudo, Dailus (Foto: Acervo Pessoal)

 

 

 

 

 

 

 

 

A maquiadora Carol Romero colocou à prova os Lenços Demaquilantes Tira Tudo, da Dailus, e conta o que achou. "Gostei bastante desse produto, o resultado é bem positivo. Além da fragrância agradável, ele é ótimo para tirar a maquiagem do dia a dia sem machucar a pele. A textura é gostosa e o preço é justo. O único ponto negativo é que ele não tira bem maquiagem prova d'agua, por isso, recomendo deixar o uso para emergências ou em dias que a maquiagem esteja mais leve", avalia.

Lenços Demaquilantes Tira Tudo, Dailus (Foto: Acervo Pessoal)

 

Lenços Demaquilantes Tira Tudo, Dailus (Foto: Acervo Pessoal)

 

Carol Romero depois_Lenços Demaquilantes Tira Tudo, Dailus (Foto: Acervo Pessoal)

 

Ney Matogrosso: “Sempre fui um espinho atravessado na garganta do meu pai”

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Ney Matogrosso (Foto: Divulgação)

 

Era inverno de 1973. Durante 55 minutos, três homens com rostos pintados ocuparam o palco do Teatro Itália, em São Paulo, fazendo música de uma maneira que o Brasil nunca havia visto. No centro da cena, uma figura esguia ondulava o corpo praticamente nu desafiando o regime militar ditatorial vigente à época. À frente do Secos & Molhados, a imagem andrógina de Ney Matogrosso trazia a discussão de gênero a um país sem voz, massacrado pela censura. A história do grupo que durou um ano e bateu todos os recordes de venda da época está no livro Primavera nos dentes (Editora Três Estrelas, 376 págs., R$ 69,90), de Miguel de Almeida. Marie Claire conversou com o líder da banda sobre  sexualidade, política, OVNIs e arte.

Marie Claire: Sua figura, nos Secos & Molhados, colocou a androginia dentro de todos os lares do Brasil. Foi proposital?
Ney Matogrosso: Nem pensava nisso. Não estava preocupado com androginia ou não androginia. O que não queria era ser simplesmente um crooner de banda. Queria ser outra coisa, ter liberdade e, ao mesmo tempo, conseguir andar na rua. Porque ouvia falar que artista não podia na rua na rua e não queria isso para mim.

MC: Era então uma proteção?
NM: Sim! E, paradoxalmente, na hora em que tapei minha cara, fiquei nu. Adquiri uma coragem de exposição física que não sabia que existia em mim. Quando via as primeiras fotos do Secos & Molhados, pensava: “Mas esse não sou eu!”. Parecia que um outro tinha me ocupado. A psicanalise explica isso. No momento em que você não tem rosto, você não é ninguém.

MC: Você não tinha essa coragem?
NM: Eu era uma pessoa muito problemática com meu corpo. Naquela época já bem menos, mas fui uma criança enrustidinha, ficava ali no cantinho desenhando, com vergonha de tudo, de mim. Na adolescência, não havia hipótese de eu tirar a camisa na frente de alguém. Me achava um ser horroroso, vivia com a mão no bolso, porque tinha vergonha das minhas mãos, dos meus pés, das minhas pernas. Não queria que ninguém me visse.

MC: Quando isso começou a mudar?
NM: Quando fui para o quartel. Ali, eu tinha que tomar banho na frente de 20 homens e entendi que seria um problema com eles. Se não tirasse a roupa naquele lugar, minha vida ia virar um inferno.  Aí comecei a notar que tirava a camisa e ninguém me apontava como monstro...

MC: Como é hoje?
NM: Tenho a consciência de que eu não tenho um corpo perfeito, mas mostro como se fosse. E aí é muito louco porque as pessoas acreditam.

MC: Em que lugar está hoje essa insegurança?
NM: Não tenho mais. Eu tinha uma negação de pai que carreguei por muito tempo porque não tinha a consciência de que aquilo existia. Sempre fui um espinho atravessado em sua garganta sem eu nem saber por quê. Ele me perseguia.  Até que, na época em que tomava Daime, tive uma memória absurdamente reveladora. Lembrei que, quando tinha 6 anos, ele me chamou de viadinho. Não entendi nada, nem sabia o que isso queria dizer. Aos 13, fez isso de novo. Só que aí eu já sabia responder e disse: “Não sou, não. Mas quando for, o Brasil inteiro vai saber”. Por isso, passei muito tempo sem saber receber amor. Já era famosíssimo e ainda carregava isso comigo. Eu me fechava quando me aplaudiam. Eu não sabia receber. Transar tudo bem, mas nunca existia uma segunda vez. Agora, eu me abro. Eu já chego aberto.

MC: Seu pai assistiu o Secos & Molhados?
NM: Não. Ele me viu anos depois, quando fiz um show no Matogrosso. Tomou um remédio para o coração e foi me ver com a minha irmã. No fim do show, disse a ela: “Achava que era outra coisa, o Ney é um grande artista”. Quando chegou em casa, botou meu disco nas alturas para os vizinhos ouvirem. Mas nunca me disse nada, soube tudo isso pela minha irmã.

MC: O momento político foi determinante para vocês se apresentarem daquela maneira?
NM: Sim, porque eu odiava a ditadura. E, naquele momento, você tinha duas alternativas: ou pegava em armas ou se submetia. Como eu não tinha o menor talento pra pegar em armas, usei minha libido como arma.

MC: Que paralelo político faz daquele período com o que estamos vivendo hoje?
NM: Não digo que seja a mesma coisa, mas podemos estar caminhando para um momento tão severo como o da ditadura.

MC: Ainda hoje, o Secos & Molhados é muito mais transgressor do que a maioria das coisas que aparecem na cena artística. Na sua opinião, o que atrasou essa evolução?
NM: A Aids. Não sei onde estaríamos hoje se não houvesse a doença. Nós vínhamos numa evolução estonteante! E ouso dizer que essa doença pode ter sido manipulada pelos americanos. Porque, nessa época, os gays dos Estados Unidos já estavam elegendo governadores, o que era uma ameaça paro o status quo da América. Quem fez uma bomba atômica e jogou sobre duas cidades matando milhões de pessoas não vai criar um vírus? Só que eles achavam que a Aids matar mais rápido do que matou, então deixou de ser conveniente.

MC: Nunca pensou em voltar com o Secos & Molhados?
NM: Recebemos milhares de propostas, mas nunca aceitei. E me oferecerem muito dinheiro, tá? Uma vez, o governo de São Paulo me ofereceu 5 milhões para a gente fazer uma única apresentação. Eu disse: “Muito obrigado”. Não é o dinheiro que me move. Minha vida seguiu, por que voltaria para trás?

MC: Com o que se identifica na cena musical atual?
NM: Não sei, porque mudou muito. Venho de uma coisa mais consistente, a qualidade do que é feito é outra. Não estou falando mal, mas a música se enveredou para um outro rumo. Por exemplo, acho o funk como ritmo uma delícia, mas é tudo muito grosseiro. Me chocou ver as mulheres dançando em cima de uma garrafa, achava aquilo absurdo.

MC: Mas sua sexualidade também era explicita no palco.
NM: Só que ela nunca fui grosseira. Sempre ousei, mas sempre soube o limite da vulgaridade. E nunca dei esse passo.

MC: Você sempre foi bissexual assumido. Por que você nunca quis ser porta-voz da causa gay, como o David Bowie era nos Estados unidos na mesma época.
NM: Eu já era excessivo. Sempre defendi a causa, mas não acho que tenha que ser um porta-estandarte. Já sou o próprio estandarte! E não só disso. A situação dos negros é dramática no nosso país, a dos índios é assombrosa. Se eu assume isso naquela época, seria muito conveniente para o governo. Iam dizer: ele é gay e ponto. E eu sou mais, incomodo mais.

MC: No livro, sua figura é descrita como um ser que não era homem nem mulher nem bicho.
NM: Era mais para inseto. Porque eu botava antenas, me enchia de enfeites. Depois, no [show] Homem de Neanderthal botei chifres nos ombros como captadores de energias negativas.

MC: Acredita em disco voador?
NM: Não é questão de acreditar ou não. Eu já vi. Mais de uma vez.

MC: Como é?
NM: Uma vez, vi passar uma bola verde na frente do meu sítio. Era uma lua cheia cor de esmeralda, que passou e deixou um rastro no céu. E não sumiu no horizonte, mas dentro do próprio círculo. Foi para outra dimensão, atravessou.

MC: Você estava sóbrio?
NM: Totalmente. E tinha mais três pessoas comigo. Quando morei em Brasília, passava as noites nas ruas ficava procurando discos voadores. Porque lá eles desciam, se comunicavam. Uma vez, estava no camarim me arrumando, com 80 mil pessoas esperando pelo show, e vieram me chamar. Tinha uma lua cheia no meio do céu de onde saíam luzes azuis, vermelhas... Todo mundo viu. No dia seguinte, disseram nos jornais que se tratava de um balão meteorológico. Pra cima de mim?

MC: Que forma tem os extraterrestres que você viu?
NM: Tem vários tipos. Tem os das trevas, que não tem emoção. Os piores se alimentam das emoções negativas, olha que prato cheio esse planeta para eles. Agora, tem os maravilhosos, evoluídos... O ser humano acha que é o ápice da criação. Que ápice é esse que não respeita o seu planeta? O organismo vivo sobre qual vivemos! Que destrói o seu habitat, que não respeita o ambiente em que vive. Porque a natureza não tem ódio, mas ela se defende e já está dando indícios de que estão sendo sinais evidentes de que está sendo muito perturbada. E nós vamos pagar o preço. Infelizmente os inocentes pagarão pelos culpados.

MC: Usa drogas?
NM: Sempre experimentei tudo que me interessou. Cocaína não gostava, também não bebo. Tomei 20 LSDs antes do Secos & Molhados, depois não tomei mais droga nenhuma porque achava que não podia misturar. Meu vício era sexo e mandrix, que me deixava liberado, solto, carinhoso, tudo q eu não era.

MC: E hoje?
NM: Hoje não existe mais nada puro. Se tivesse, eu tomaria LSD. Para mim, abriu as portas da percepção mesmo. Tomei a primeira vez em uma praia em Búzios. Lembro de pegar a areia, olhar as flores azuis e falar: “Eu não sou mais do que isso!”. Aí entendi Deus, a criação. É a vida que se manifesta. A pedra está viva. Água, pedra, terra... Tive sessa percepção e não me perdi nela.

MC: De alguma maneira, ainda se sente hippie?
NM: Meu espírito é totalmente hippie. Sou paz e amor, não sou consumista... Piso no planeta com o maior respeito e a consciência de que ele nos transporta nesse universo, que ele é um organismo vivo. As águas... Nossa! Quer luxo maior?

MC: Mas aprendeu a guardar dinheiro?
NM: A poucos anos comecei a pensar nisso. Porque vou ter que parar em algum momento, e não vou pro retiro dos artistas porque eu não mereço. Trabalho demais pra isso.

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Luiza Possi volta aos palcos e confessa: "Nasce uma mãe, nasce uma culpa"

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Luiza Possi (Foto: @astrovisuall / Divulgação)

 

No próximo sábado, 28, um dia antes de Lucca completar três meses de vida, Luiza Possi retornará aos palcos para o início de sua nova turnê, intitulada Você Sorriu Pra Mim. Mãe de primeira viagem, ela conta como tem lidado com aquele que é o grande desafio de muitas mulheres: voltar ao trabalho após a maternidade.

"É difícil. Nasce uma mãe, nasce uma culpa. Então tenho culpa de levar ele comigo e de não levar", confessa a cantora. "Quando não levo dá muita saudade e quando levo fico pensando se ele está bem. Ele tem sido um bom companheiro. Tudo é pensado e modificado para as necessidades dele", continua.

Lucca, nascido no dia 29 de junho em São Paulo, é fruto do relacionamento da cantora com diretor Cris Gomes

Para a artista, voltar aos palcos é uma forma de retomar sua individualidade. "Com certeza bate um sentimento de culpa, mas ao mesmo tempo temos que fazer um esforço para recobrar a nossa individualidade, o que nos define como pessoas. Tentar unir todas as coisas, ser mulher, mãe e profissional. Mulher é um ser incrível exatamente por isso, por a gente conseguir equilibrar tudo isso", opina. "É difícil, dói, mas acho que vale o esforço, porque faz tudo entrar no eixo e faz nosso filho ter orgulho da gente e a gente também se orgulhar disso".

Sua estratégia para os dias em que Lucca não a acompanha no trabalho é deixar leite congelado ou amamentá-lo pouco antes de sair de casa. "Às vezes, se precisar, ele toma complemento. Ele tem muita fome, mama muito", conta.

"Tudo que eu pensava que não iria fazer, eu faço"

Luiza confessa que não imaginava muita coisa sobre a maternidade. Tudo tem sido uma surpresa - inclusive seu comportamento. Ela é do time de mães que "morderam a língua". "Tudo que eu pensava que não iria fazer, eu faço. Principalmente mostrar a foto dele para todo mundo, mesmo sem as pessoas pedirem para ver. Eu estou apaixonada, é o amor maior da vida realmente", derrete-se.

A maternidade também trouxe mudanças para a cantora no palco. E ela pretende mostrar essas novidades aos fãs no show que marca o lançamento de seu EP no próximo sábado, no Teatro Bradesco, em São Paulo. "Temos três músicas novas e mais Desejo Preferido, que eu lancei antes do Lucca nascer. Vai ter também muitas coisas emocionantes que eu nunca cantei e que marcam esse momento que eu estou vivendo", adianta.

 

Luiza Possi e Lucca (Foto: Reprodução / Instagram)

 

Luiza Possi e Cris Gomes com Lucca (Foto: Reprodução / Instagram)
Luiza Possi e Cris Gomes com Lucca (Foto: Reprodução / Instagram)

 

Zezé Motta: "Em uma sociedade que valoriza apenas o novo, envelhecer é desafio"

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Zezé Motta e Camila Pitanga (Foto: Divulgação)

 

Aos 75 anos, Zezé Motta fala sobre maturidadade, envelhecer e beleza com Camila Pitanga no Superbonita desta quarta-feira (25). A apresentadora recebe a atriz e cantora para uma conversa com o tema “A beleza do tempo” que vai ao ar no GNT, às 23h.

“Envelhecer é uma dádiva, mas em uma sociedade que valoriza apenas o que é novo, é também um desafio", diz Zezé Motta, que relembra como as mulheres mais velhas eram vistas no passado e conta um pouco de sua rotina de viagens e cuidados com corpo.

“Eu me lembro da época em que as pessoas da minha idade, principalmente se fossem avós como eu sou, tenho seis netos, pensavam muito nessas mulheres em casa, cuidando do lar e fazendo tricot.”

Além de Zezé, a atriz Vanja Freire, as jornalistas Rosane Serro e Leilane Neubarth, a empresária Negra Rosa e a aposentada Isa Santos compartilham suas experiências com o amadurecimento e dão dicas de beleza.

 Camila Pitanga e Zezé Motta (Foto: Divulgação)

 

Reencontre as tendências dos anos 90 que vão fazer a sua cabeça

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Cara leitora, é oficial: elas embarcaram em um túnel do tempo nos anos 90 e reapareceram agora, em 2019. Elas, no caso, são as tendências noventinha que perderam o bonde da moda - lembra quando só se falava em choker e grunge há algumas temporadas? - e estão aterrisando com força total hoje nas cabeças de Kim Kardashian, Cardi B, Duda Beat e outras celebridades.

Com o radar ligado, reunimos abaixo cinco penteados que foram grandes hits na época e que voltaram a ocupar status de visual descolado, com um twist mais moderno ou ao melhor estilo throwback. 

Kim Kardashian com seu meio rabo-de-cavalo alto (Foto: reprodução Instagram )

 

Para o alto e avante

O penteado é um marco da cantora Ariana Grande desde o seu boom há algum tempo, mas ganhou um ar mais nostálgico e cool com a socialite e empresária Kim Kardashian, que apostou na tendência dos anos 90 do meio rabo-de-cavalo alto à la Victoria Beckham no seu auge como a Posh Spice, com os fios morenos ultralisos e na altura dos ombros.

Bruna Marquezine em campanha publicitária com dois coques altos, presilhas coloridas e baby hair (Foto: reprodução Instagram )

 

Coque em dobro

Senta que lá vem mais uma referência direto dos anos 90, mais especificamente das Spice Girls. Dessa vez, quem pegou emprestada a tendência lançada pelas britânicas foi a Bruna Marquezine que, em uma campanha publicitária, surgiu com os famosos coques altos, um de cada lado, da Baby Spice. Para arrematar a produção, a atriz carioca ainda investiu em algumas presilhas coloridas e o baby hair milimetricamente arrumado.

Cardi B com seu penteado em zigue-zague e maria-chiquinha em metade do cabelo (Foto: reprodução Instagram )

 

Ziguezagueando

A rapper norte-americana Cardi B sempre desponta com um novo cabelo. E, de carona em uma das tendências mais quentes dos anos 90, postou essa foto com um penteado que mostra aquela célebre divisão zigue-zague com maria-chiquinhas feitas com apenas metade do cabelo. Em outras palavras, ela emendou mais de uma trend num estilo só e arrasou.

Duda Beat usa presilha colorida no cabelo (Foto: reprodução Instagram )

 

De lado com tic-tac 

Essa é mais uma tendência 90s que voltou à tona. As presilhas de diferentes formatos, cores e materiais também fazem as cabeças mais estilosas como a da cantora Duda Beat, que clipou seu cabelo, dividido de lado como muito se usava na época, com um tic-tac rosa.

A tiara, queridinha da vez, nos cabelos de Nathalia Medeiros (Foto: reprodução Instagram )

 

Solto pero no mucho

Foi a Prada colocar uma tiara na cabeça das modelos que cruzaram sua passarela de verão 2019 para todo mundo repensar o uso do acessório e a ideia de sair por aí com os cabelos simplesmente soltos.

O último penteado que entra na nossa lista vem ilustrado pela carioca Nathalia Medeiros, que deixou os fios livres pero no mucho com a adição desse hit noventinha para dar mais bossa ao visual, uma boa opção para aquele not so good hair day.

Celebração ou apropriação cultural: quais os limites para inspiração?

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Desfile de alta-costura verão 2003 da Dior, inspirado  na China e Japão (Foto: Imaxtree)

 

Não parece haver na moda uma única grife que não tenha passado incólume pela régua da cultura. Ou melhor, de todas as culturas. Porque se, até a virada do século, criar roupas era pescar referências ao redor do mundo para depois diluí-las em embalagem própria, captando o que os olhos viam com o intuito de encaixar a realidade dos outros dentro de cortes, estampas e formas reconhecíveis a um público-alvo, agora costurar é um exercício de entender os limites dessa apropriação.

Apropriação cultural, sabe-se, é o termo que balançou a indústria quando a tirou, na última década, das páginas de estilo para as de sociedade e geopolítica. Consiste basicamente na adoção de traços de culturas alheias por aqueles que os interpretam dentro de uma visão estética própria, geralmente eurocêntrica. Esse uso, para alguns grupos sociais, povos e etnias, descaracteriza seus valores e sua história. Trocando em miúdos, eles acreditam que grafismos, desenhos antigos, peças usadas em cerimônias religiosas e acessórios com simbolismo histórico não deveriam ser vistos como objetos quaisquer, ainda que seduzam quem julga tê-los – atenção à palavra-chave para entender a apropriação – “descoberto”.
O uso de formas e matéria-prima de comunidades indígenas, africanas e orientais, para citar os grupos que a moda mais tem olhado, era até pouco tempo tido como homenagem. Quando muito, esses elementos aparecem como criações originais nos textos das coleções. Agora, com a visibilidade da internet e das redes sociais, esses traços saíram da sombra para virar farpas em polêmicas próprias da história da moda.

Coleção resort 2020 de Carolina Herrera, inspirada no México (Foto: Imaxtree)

 

O caso mais recente dessa relação sem moeda de troca entre “criador” e “fonte de inspiração” é o da marca Carolina Herrera. Em uma coleção apresentada em fevereiro, a grife capitaneada pelo estilista Wes Gordon colocou em seu resort 2020 peças cujos bordados e padrões reproduziam elementos gráficos de povos indígenas nativos do México. Quatro meses depois, a secretária de cultura do governo, Alejandra Frausto, enviou uma carta pedindo explicações à grife. No texto, ao qual o jornal espanhol El País teve acesso, ela pede que o designer explique o que o levou a usar elementos cuja “origem está plenamente fundamentada” e esclareça se as comunidades serão beneficiadas com as vendas.

Entre as peças citadas por Alejandra, está o bordado de animais coloridos entrelaçados em ramos e flores, que, na coleção concebida pelo diretor criativo da marca, foi aplicado em um vestido branco. “O desenho provém da comunidade de Tenango de Doria […]. Nestes grafismos, encontra-se a própria história da comunidade, e cada elemento tem um significado pessoal, familiar e comunitário”, explica a secretária. Não há notícias sobre uma possível transferência de royalties por parte da Carolina Herrera pelo uso dos padrões das comunidades de Oaxaca e de Tenango de Doria, locais de onde partiram as padronagens.

Procurada por Marie Claire, a grife enviou uma nota na qual afirma que a coleção foi criada “devido ao amor e à apreciação da casa pela rica cultura do México”, e que ela “sempre se orgulhou, e continua a se orgulhar, de suas raízes latinas, enquanto se esforça para celebrar ‘a alegria de viver’” por meio das coleções. O texto denota um sinal de que a marca pode vir a discutir formas de recompensar as comunidades, visto que acredita “numa conversa aberta” sobre como pode,“respeitosamente, destacar e celebrar as culturas ao redor do mundo”.

Outros casos
Talvez pior tenha sido o caso da grife de Isabel Marant. Em 2015, a designer lançou uma blusa de US$ 290 com bordados típicos da mesma região de Oaxaca. Quem comprou nem sabia do que se tratava, porque a estilista não apontou a origem. O caso explodiu quando os próprios artesãos do lugar alegaram ter recebido uma carta do governo francês intimando-os a não usar o padrão, pois estaria protegido intelectualmente. A notificação teria chegado a eles porque Marant, supostamente, pediu registro do desenho. A prefeitura da cidade de Santa Maria Tlahuitoltepec, onde ficam esses artesãos, contradisse seus moradores negando a existência da carta do governo francês. Após o imbróglio, Marant chegou a dizer não ter pedido o registro dos padrões. A peça foi retirada do mercado.

Não parece coincidência que o México tenha virado alvo das grandes marcas num momento de euforia sobre a cultura do país, que culminou numa grande retrospectiva, a Mexique (1900-1950), em cartaz no Grand Palais no ano de 2017. Também não parece aleatório, nesse contexto, o fato de sua elite ter tomado do Brasil pós-crise o topo do consumo de luxo na América Latina.

Já as referências à cultura asiática deram uma tremenda dor de cabeça à Kim Kardashian West. Ela lançaria, no mês passado, uma marca de bodies modeladores com o nome Kimono, uma óbvia referência a seu primeiro nome, mas também ao traje tradicional do Japão. Uma celeuma virtual desencadeou críticas de internautas que a acusaram, entre outras coisas, “de estragar a cultura japonesa”. A hasthag #KimOhNo entrou nos tópicos mais comentados do Twitter, e, no final do mês, a estrela do programa de TV Keeping Up With The Kardashians concedeu entrevista ao jornal The New York Times para jurar que em nenhum momento pretendeu “desonrar” a cultura japonesa. Agora, Kim corre para cobrir o nome controverso nas mais de 2 milhões de peças confeccionadas.

imagem de divulgação da marca kimono, de kim kardashian west (Foto: Divulgação)

 

Navegar é preciso?
Tantos casos estridentes podem sugerir que a apropriação cultural é um fenômeno recente, mas ele é inerente à produção de moda ao longo dos séculos. Foi ela que fez muita gente achar, por exemplo, que o jeans é americano, quando na verdade tem origem na França, ou que a gravata é invenção francesa, quando é croata. Apoiadas sob a égide do multiculturalismo e pela ideia de globalização, que criou a fantasia de vivermos num mundo sem fronteiras, as marcas ocidentais estão tendo de rever neste século o que sagraram no passado: a colonização do estilo.

O que seria do argelino Yves Saint Laurent (1936-2008) se não tivesse destilado sua origem africana, criado o look safári e apresentado tantos elementos exóticos à cultura francesa do século 20? A diferença, contudo, é exatamente o fato de que, para ele, nada disso era exótico, porque manteve tanto os laços imagéticos quanto os econômicos com o continente. Essa relação baseou o último desfile mais comentado da temporada intermediária de “cruise” (“cruzeiro”, em inglês). A também francesa Christian Dior levou uma comitiva de clientes abastados e jornalistas de moda a Marrakech, no Marrocos, onde apresentou uma coleção feita em parceria com comunidades locais e pessoas-chave da moda na África. O alfaiate do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela (1918-2013), Monsieur Pathé’O, a estamparia Uniwax, da Costa do Marfim, e mulheres das montanhas Anti-Atlas marroquinas, que tingem tecidos artesanalmente, foram contratados para trabalhar junto à estilista Maria Grazia Chiuri.
Não está claro se essa troca será reverberada nas próximas coleções da grife, uma continuidade apontada por ativistas e historiadores como cabal para diferenciar a apropriação do mero esforço marqueteiro, mas é notória a preocupação da casa em gerar renda para o lugar e resgatar heranças de forma ética para além da caricatura. São essas as premissas básicas apontadas pelo designer e tecelão Renato Imbroisi para uma troca sadia entre culturas. Há quase 40 anos ele se dedica a tocar projetos de governos e entidades que se propõem a resgatar a identidade têxtil de lugares tão distantes quanto Muquém, em Minas Gerais, Moçambique e São Tomé e Príncipe.

Autor de Lá e Cá – Trocas Culturais Entre o Brasil e Países Africanos de Língua Portuguesa, Imbroisi acredita que o fascínio da moda pelos países africanos deveria estar acompanhado de impacto social. “Não adianta ir, absorver e não devolver. Essa devolutiva não pode ser só royalties de vendas, mas estrutura, como uma escola para os filhos das mulheres que trabalharam”, diz. Quanto ao uso de estampas nativas por marcas estrangeiras, ele não vê como problema, “até porque, a maioria dos tecidos vendidos em grande escala pelo continente africano são produzidos na Holanda”, ou seja, já cruzaram a fronteira da apropriação há muito tempo. Mas, segundo ele, é imprescindível que as marcas evitem usar padrões de cerimônias religiosas e festividades, “por respeito à cultura e à história de cada povo”.

Brasil miscigenado
Por aqui, há discussões semelhantes. A coleção de inverno 2019 da Animale foi em homenagem à “mulher nômade”, nesse caso, a da Namíbia, com traços gráficos, cores e formas da indumentária local. A campanha foi fotografada no país e a coleção ainda ganhou dois tênis. Os sapatos levaram os nomes Zebra e Onça, sendo forrados com desenhos dos bichos. O caso gerou polêmica. Procurados, porta-vozes da marca disseram que a coleção não poderia ser incluída no escopo da apropriação porque houve apenas inspiração por parte do time criativo, ou seja, uma leitura sobre o local.

Ainda no Brasil, a grife mineira Coven foi criticada, em 2017, por colocar na passarela da São Paulo Fashion Week apenas duas modelos negras no casting de um desfile composto por franjas, sandálias amarradas como turbantes e túnicas similares às do continente. A marca não comentou o episódio.

Mas como é possível falar de apropriação num país miscigenado como o Brasil, onde as culturas europeia, indígena, oriental e negra convergem num grande caldeirão de referências? Se a valorização da herança e o comércio justo são os temas centrais do problema, o que impede qualquer brasileiro de, por exemplo, querer usar estampas, acessórios ou outro símbolo de sua ancestralidade?

Para o estilista Isaac Silva, expoente da nova leva de designers que reinterpretam a cultura negra sob a ótica dos negros no país, não há nenhum, desde que se tenha o bom senso de discernir símbolos estéticos de religiosos. “Não é um problema vestir roupas que contem suas origens, o problema é maquiá-las dentro de uma estética europeizada e branca, muitas vezes transformando tudo em acessório para Carnaval”, explica Silva, citando o turbante e o cocar indígena como pontos de conflito.

Look do desfile Cruise 2020 da Dior, que celebrou, com sucesso, referências Africanas (Foto: Divulgação)

 

 

Yves Saint Laurent com as modelos  Betty Catroux e Loulou de La Falaise vestindo a jaqueta safari, desenhada pelo estilista (Foto: Getty Images)

 

 

O turbante carrega um significado de enaltecimento da negritude, então, segundo Silva, “não é algo que se use aleatoriamente se você não vivenciar aquela realidade”. Solução prática? “Por que não usar um lenço?” Para a artista visual e professora do Departamento de Estudos de Gênero e Feminismo da Universidade da Bahia, Carol Barreto, não é possível fazer um manual sobre o que pode ou não pode, porque a apropriação é o alicerce de todas as formas de expressão cultural da sociedade branca. “Desde o conceito sobre o que é elegante e deselegante até o sotaque passam por juízos de valor de quem colonizou. Quando não há uma ampla participação do povo apropriado na concepção de uma coleção ou de imagens de moda, há apropriação”, explica.

Prestes a lançar um doutorado sobre a relação entre moda e ativismo, fruto de vivências em mais de dez temporadas de moda focadas na questão racial, do Senegal a Paris, ela afirma que a apropriação não pode ser confundida com o multiculturalismo, porque apropriação é “a ideia de que uma determinada raça ou comunidade está apenas a favor de quem planeja desconstruí-la”. Estes, enfim, a reproduzem, tentando padronizá-la e, por consequência, “findá-la”.

E para quem vê patrulha nesses pormenores, ou não entende os limites do que é ou não plausível usar, basta compreender que o conceito de apropriação cultural está relacionado a dores e traumas dos povos apropriados. Na colonização, foram os indígenas, e no período escravocrata, africanos. “Deve-se sempre pensar como se sente quem usa determinado cabelo ou roupa, e o que esses símbolos representam em sua história, porque toda apropriação implica um processo de jugo de uma cultura minoritária por uma majoritária”, diz a antropóloga e historiadora Lilia Moritz Schwarcz. Ela cita como problemática no Brasil, por exemplo, a relação de brancos e, por conseguinte, da moda, com a cultura indígena. 

Principalmente em um momento de revisões por parte do governo federal das leis que tratam a demarcação das terras dos indígenas e do garimpo em áreas protegidas. “O Brasil não enfrentou sua história de maneira correta. Ainda aprendemos na escola que o país foi ‘descoberto’ pelos portugueses, e isso diz muito sobre a construção do olhar sobre os índios.” Autora do recém-lançado Sobre o Autoritarismo Brasileiro (Companhia das Letras), ela acredita que, para além da miscigenação, o debate da apropriação cultural no país “trata de hierarquia, porque a atitude da civilização ocidental foi sempre a de dominar sem culpa, acreditando que seu domínio era bom e não deveria nada ao dominado”, diz. “Estamos num tempo importante para os direitos civis. É momento de cobrar.”

 

A Ronda para Homens é a aposta do PM Djair Moura para mudar a masculinidade

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O carioca Djair Moura do Rosário era soldado, atuava no policiamento ostensivo contra o roubo de carros em Salvador, e ficava intrigado, nos plantões de fim de semana, com a quantidade de casos de violência doméstica que atendia. O número superava o de qualquer outro delito. Quando, em 2015, a Ronda Maria da Penha estava sendo criada por Denice Santiago, major da PM baiana, ele se inscreveu no processo de seleção e foi admitido. Queria entender melhor porque histórias de amor acabam em crime, e a polícia patinava diante dele, a ponto de as estatísticas colocarem a Bahia no segundo lugar do país em feminicídio.

Djair Moura do Rosário, finalista na categoria "Eles por Elas" (Foto: Marie Claire)

 

De rotina, fiscalizava o cumprimento das medidas protetivas de urgência. Descia da viatura na casa da vítima e perguntava se o agressor, impedido de se aproximar, havia voltado a importuná-la. Um dia, ouviu de uma mulher que se sentia perseguida por ligações e recados do ex no seu celular. Djair imaginou: “Se eu falar com o cara, ele vai deixar esta mulher em paz”. À comandante, pediu autorização para sair da sua função e procurar o cidadão. Recebeu sinal verde. Ao encontra-lo, notou que o agressor desconhecia as implicações da medida. Em geral, o oficial de justiça entrega o papel e não explica que aquela decisão do juiz poupa a vítima e protege o ex de cometer um crime maior. Então, convenceu Denice: “Major, a gente vai evitar muita dor de cabeça fazendo grupos de conversa só com homens”.

Meses depois, estava criada a Ronda Para Homens (RPH). O objetivo inicial era prevenir a violência e sensibilizar homens nos bairros vulneráveis da capital e os profissionais de segurança pública. “Policiais são machistas; muitos batem na esposa. E quando lidam com ocorrências de violência doméstica fazem vista grossa, não têm um olhar para a gravidade dela”, afirma Djair, que hoje é sargento, tem 52 anos e disputa a categoria Eles Por Elas.

O Clube do Bolinha, com 30 inscritos, foi atingindo várias áreas da cidade. Os encontros passaram a ser quatro, depois seis. A repercussão rendeu a RPH, em 2017, o Selo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, um prêmio por práticas inovadoras no combate à violência de gênero. O sargento intensificou as viagens ao interior capacitando mais guardas municipais e PMs. Naquele mesmo ano, Denice implantou o projeto Ciranda Rural, aplicado em assentamento de reforma agrária, quilombos e comunidades de marisqueiras. O Ronda Para Homens foi junto. Em cada local, havia uma pequena rádio, onde Djair dava entrevistas. As mulheres ouviam, compareciam em massa. Algumas levavam os maridos, que eram reunidos num grupo a parte. “Um tempo depois, voltávamos. Elas descreviam como os parceiros passaram a agir após as palestras”, afirma.

Pouco depois, as juízas das Varas de Violência Doméstica solicitaram a major Denice uma ação específica com réus. O sargento fez adaptações na linguagem, incluiu o que chama de pós-crime. Também continuava falando para públicos mistos, lotando teatros, como um na capital do Acre. Assim, a Ronda virou referência nacional e recebeu convite para ir a Londres trocar experiência com estudiosos de lá.

O sucesso dos grupos está na empatia que Djair estabelece desde o início. Ele costuma perguntar quem cometeu violência contra a mulher. “Ninguém levanta a mão, eu digo, com a minha erguida: ‘Sou um homem que praticou violência. Nunca bati, mas chantageei e oprimi’.” Em seguida, comenta: “Eu pensava como vocês, agia igual a vocês. Isso dói, mas pude me transformar”. Ele discorre sobre a masculinidade tóxica, afirma que não acontece por acaso, que os homens estão doentes, foram criados daquela maneira e a sociedade os mantém como estão. Depois, quer saber o que os levou ao casamento. “Um forte sentimento pela companheira? Ou desejo de agredi-la?” Os homens vão deixando jorrando respostas, mas nunca se consideram culpados pelas agressões cometidas.

É difícil trabalhar com homens, agressores ou não. Algumas vezes sou duro. Noutras, o cara que descontrai o clima, trabalha o medo ou oferece o ombro. Com imposição não consigo alterar nada. E tenho pressa em mudar os homens. Se consigo tirar dez do abismo posso evitar dez feminicídios
Djair Moura

O PM diz que os compreende. “Cansei de ouvir de mulheres que elas tiveram culpa na surra que tomaram. “Ora, se elas se acham transgressoras, por que os homens assumiriam a responsabilidade?” Vai-se desenhando na reflexão a ideia de que as mulheres foram educadas para assumir seu lugar de submissão, servidão, complacência e entendem que, se algo deu errado, e o marido perdeu a cabeça, é porque elas não desempenharam bem esses papéis. Um psicólogo faz intervenções clareando as falas dos presentes. Aos poucos, vão liberando seus sentimentos.

Até aí, eles naturalizam as agressões verbais e psicológicas, consideram crime apenas o assassinato. Mas, em alguns encontros, Djair leva uma vítima, que de forma contundente, conta a história sob o ponto de vista dela – discurso que eles nunca ouviram. Os homens perguntam se os filhos presenciaram e se ela ficou com o algoz depois da violência. “As mulheres permanecem com o agressor por vários motivos”, explica o PM. Um deles é acreditar que o parceiro vai mudar. O outro é a existência dos filhos. Os homens questionam como é possível mudar. Djair responde com perguntas: “Vocês passaram por processo de ressocialização? Pelo atendimento psicológico?” Eles dizem que não, e o sargento afirma, categoricamente: “Então, o ciclo de violência continuará rodando. E isso remeterá vocês a serem um feminicida”.

Depois da primeira agressão, o homem reafirma a imposição das suas regras, manifesta um machismo cada vez mais sem rédeas. “Porém, algo o faz arrepender-se, ele promete não repetir a violência, que está ficando fora de controle. Mas, em uma semana, um mês, um ano, ocorrerá de novo. Se não passar pela ressocialização, não vai furar o ciclo”, diz.

Na linha mais pesada, relembra os episódios que atendeu. Como o de um homem que, insatisfeito com o bife que a esposa fritou, decepou a mão esquerda dela, mas deixou a direita para passar a carne como ele queria. Cita ainda uma bem-sucedida dona de salão de beleza que fez um megahair e apresentou-se bonita ao parceiro. Achando que se aprontara para outro, o bruto decepou as duas pernas dela. “Não espero a reação do grupo, continuo falando do estupro conjugal e do cárcere privado que acontece na casa do vizinho e a gente não sabe”. À esta altura, ouvintes estão boquiabertos, o silêncio incomoda. “É um homem que está falando com eles”, afirma o sargento.

O impacto de Djair
Pelos grupos do Ronda Para Homens passaram 932 baianos;125 respondiam a processos por agredir as companheiras. Em cada turma com 30, de três a dez tornaram-se multiplicadores do conteúdo aprendido. Djair ajudou a formar e a capacitar 15 unidades da Ronda Maria da Penha na Bahia.


Eau de Parfum Floral, Coach

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Eau de Parfum Floral, Coach (Foto: Acervo Pessoal)

Nossa repórter de Beauty Tudo, Larissa Nara, gosta de perfumes suaves e delicados. Ela experimentou o Eau de Parfum Floral, da Coach e conta o que achou. "Esse perfume é bem delicado: do cheiro à embalagem. A fragrância é floral, gostosa, boa para o dia a dia, especialmente no verão, mas, sinceramente não me marcou muito. A embalagem, apesar de linda, não é muito prática, o tamanho é grande para as mãos e o borrifador um pouquinho duro. A durabilidade é boa - apliquei duas borrifadas no começo da tarde e achei que ainda era perceptível no final do dia. Talvez não seja o perfume da balada, mas para trabalhar é super ok.", avalia.

Eau de Parfum Floral, Coach (Foto: Acervo Pessoal)

 

 

Bruno Bevan sobre 1º beijo em Natália do Vale: “Tem um viés muito romântico”

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Bruno Bevan (Foto: Guto Costa)

 

Finalmente chegou o grande momento em que Zé Hélio conseguiu flechar o coração de Beatriz em A Dona do Pedaço e o primeiro beijo do casal acontece nesta quarta-feira (25). Bruno Bevan, que está em seu primeiro grande papel na televisão, está muito feliz que seu personagem se acertou com a mãe de Vivi Guedes, vivida por Natália do Vale, e diz que se sentiu muito à vontade para gravar a cena da consagração da paixão deles.

 

O primeiro beijo no horário nobre a gente nunca esquece”, se diverte. “Fiquei muito feliz com a cena porque reforça o amor do dois e este casal tem um viés muito romântico. O Zé é um cara gentil com as mulheres, principalmente com aquela que ele ama. Toda a equipe e os diretores, Bernardo Sá e Augusto, fizeram com que eu me sentisse muito à vontade. A Natália é muito generosa, divertida e o clima entre nós é sempre ótimo! Espero que todos continuem acompanhando a história desse casal, que é muito bonita e desprendida de preconceitos”, diz.

Ele não poupa elogios para descrever a estrela que já é veterana em casos de amor em novelas e que é considerada uma das maiores estrelas da televisão. O artista novato descreve Natália como uma mulher bonita por dentro e por fora, cheia de vida e personalidade.

É uma atriz que traz um colorido para as nossas cenas, sempre aberta para uma conversa e buscando os melhores caminhos para o desenvolvimento das nossas gravações. Vejo muito a importância da sua trajetória e o marco que ela deixou quando as pessoas mais antigas da casa me puxam de canto para elogiar a minha parceira de cena e relembrar os papeis que ela já fez. Ela é o tipo de mulher que quando chega no set, todos param”, revela.

Zé Hélio começou meio “apagadinho” na trama, mas tem se desenvolvido cada vez mais e agora tem um destaque muito importante. Bruno credita esta evolução ao autor, Walcyr Carrasco, que nunca esquece de nenhum personagem e comenta que um dos pontos fortes de A Dona é que cada papel tem uma história por trás para ser contada.

O meu personagem agora está em uma fase romântica, em que aposta muito no amor com a Beatriz, e para mim, como ator, está sendo sensacional poder contracenar com a Natália do Vale, que tem uma história linda na teledramaturgia brasileira. Torço muito pela felicidade do casal. A criatividade no Walcyr não tem limites, ele consegue ir além da imaginação do telespectador”, opina.

Bruno Bevan (Foto: Guto Costa)

 

Os personagens tratam de um assunto que ainda é tabu mesmo em pleno século 21: o romance entre uma mulher mais velha e um homem mais novo. O ator acha que as pessoas têm medo de sair de um “padrão” estabelecido por um modelo de sociedade antigo.

Vivemos no país da diversidade e quanto mais livres de preconceitos e julgamentos. Ninguém se apaixona por uma idade, as pessoas se apaixonam por pessoas, por caráter, por personalidade e, principalmente, por um conforto emocional que o parceiro venha a trazer para a relação. Somos seres humanos preenchidos de sentimentos e é com eles que temos que buscar conviver e esquecer os rótulos.”

Bruno nunca passou por uma situação semelhante de se apaixonar por uma mulher mais velha, mas confessa que já teve um amor não correspondido e salienta que, às vezes, vale a pena insistir dentro da racionalidade até o ponto que não se torne um sentimento doentio.

Se a pessoa não cedeu às primeiras investidas, pode ser que nem tudo esteja perdido. Às vezes há outras situações que a pessoa está passando e que precisam ser resolvidas para que ela se entregue emocionalmente para outra pessoa. As pessoas atravessam momentos diversos na vida. Acho que a conquista diária vai alimentando e torna tudo mais verdadeiro. Mas nós, homens, temos que saber que quando de fato é uma decisão final da pessoa. Um não é não e ponto”, crava.

Bruno Bevan (Foto: Guto Costa)

 

Mulher é vítima de racismo durante almoço no trabalho

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Eunice Oliveira  (Foto: Arquivo Pessoal )

 

Eunice Oliveira, 30 anos, foi vítima de racismo no escritório da Club Med, localizado em Botafogo, no Rio de Janeiro, no último dia 10.

 

Ela, que trabalha como agente de viagem e estava na copa terminando o almoço, foi agredida por um funcionário antigo da empresa. "O homem segurou meu braço e falou que queria que a escravidão voltasse, assim não teria conversa, que eu teria que fazer sexo com ele, enquanto fingia estar me chicoteando", afirmou em entrevista à Marie Claire.

"Ele, que deve ter mais de 40 anos de empresa, soltava piadinhas machistas e sexistas, então, as mulheres não gostavam de ficar perto dele. Quando me agrediu, disse que não queria ouvir isso. Ele falava como se fosse 'brincadeira', como se fosse normal". 

Eunice Oliveira  (Foto: Arquivo Pessoal )

 

Depois da agressão, Eunice tentou retomar o trabalho em sua mesa, porém não conseguiu. "Me bateu um desespero e uma vontade de chorar imensa. Chamei meu chefe direto para explicar o que tinha acontecido, que chamou um superior. Os dois queriam que eu fosse conversar com meu agressor, o que não queria fazer. Não queria que me visse nessa situação, não sabia como seria minha reação ao vê-lo. Então, os chefes foram conversar com o funcionário. O que ficou resolvido é que ele, quando me encontrasse pela empresa, pediria desculpas. E só".

Ela ainda conseguiu ir trabalhar na empresa mais dois dias seguidos, mesmo assustada e sem dormir. "Procurei uma psicóloga que me disse que estava com estresse pós-traumático e me encaminhou uma psiquiatra, que receitou remédios para que eu conseguisse dormir, além de um atestado que me deixou cinco dias longe do Club Med".  

De volta ao escritório, mais um choque. "Achei que podia confiar no meu chefe direito, até que descobri que ele me xingou e me chamou de chata. Nunca esperei passar por isso, era uma pessoa que confiava. Até o momento, não tive apoio da Club Med. O RH só entrou em contato comigo por causa do atestado, não tive amparo algum deles".

Eunice Oliveira  (Foto: Arquivo Pessoal )

 

Eunice entrou com processo contra o antigo funcionário que a agrediu no refeitório, na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, no Rio de Janeiro, e vai entrar com outro contra seu chefe direto.

Marie Claire Brasil procurou a Club Med. Em nota, afirmaram que o funcionário em questão foi afastado da empresa e que eles não compactuam com o racismo.

“Nós, do Club Med  repudiamos  de forma veemente o racismo bem como qualquer ato de razão discriminatória, seja com base em gênero, raça, credo ou qualquer outra natureza, tendo desligado o funcionário em questão assim que tomamos conhecimento do caso. Outras medidas com relação a este caso estão em andamento. Nos orgulhamos de ser uma companhia multicultural".

Taís Araújo: "Tento não repetir a educação machista que tive"

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Taís Araújo (Foto: Ale Virgílio)

 

Taís Araújo se prepara para estrelar a próxima novela das 21h, intitulada Amor de Mãe, da Rede Globo, assinada pela escritora Manuela Dias.

 

Entre um compromisso e outro, a atriz bateu um papo com a Marie Claire sobre o casamento com o ator Lázaro Ramos, como está educando os filhos Maria Antônia e João Vicente, e feminismo.

15 anos com Lázaro Ramos

"Não tem segredo ou uma fórmula certeira para um relacionamento. Mas, quando casamos, uma pessoa me disse algo que eu levo para a vida: focar na qualidade do outro. E é isso que estamos fazendo ao longo desses anos. Focamos na qualidade e não nos defeitos", disse no Hope Fashion Day.

Taís Araújo (Foto: Divulgação)

 

Educação dos filhos

"Pois é, tenho dois filhos, um menino e uma menina. Óbvio que me preocupo com a educação deles, mas o que me preocupa ainda mais sou eu, por causa da educação que tive. Preciso ficar atenta comigo mesma para não repetir a educação machista que tive. Presto bastante atenção como vou me relacionar com eles, para que eles entendam que uma sociedade bacana para os dois é uma que tenha equidade entre eles".

Rosangela Gomes cria lei que dá visibilidade às agredidas que têm deficiência

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Rosanegla Gomes, finalista na categoria Legislativo (Foto: Marie Claire)

 

O cotidiano violento de casa marcou a infância e a adolescência da deputada federal Rosangela Gomes, 53 anos, natural de Nova Iguaçu, cidade da Baixada Fluminense, onde cresceu e mora até hoje. Filha de mãe empregada doméstica e pai motorista, nos finais de semana ela via transformar em ringue o cômodo onde morava com os dois e a irmã mais velha. Alcoolizado, o chefe da casa batia na esposa e ela revidava. “Um dia, minha mãe chegou a feri-lo com uma tesoura”, lembra. O pai morreu quando ela tinha 12 anos, por complicações decorrentes da bebida. A irmã se casou, continuou morando na casa, e Rosangela assistiu à rotina de violências em reprise. “O marido bebia e a espancava diariamente”, diz a deputada. “Não via sentido na vida, e tentei me matar tomando comprimidos. Fiquei desenganada no Hospital Geral de Nova Iguaçu por duas semanas”, recorda. “Mas a fé me resgatou e mostrou que eu podia mudar minha história”, lembra ela, que se tornou evangélica.

Voltou a estudar e a batalhar pelo próprio dinheiro, como ambulante. Vendia doces nos faróis. Também fazia ponto na frente do hospital. “Os funcionários notaram o esforço e me ajudaram a conseguir um emprego lá”, conta. Com o salário, pagou um curso de auxiliar de enfermagem. Mais tarde, formou-se em Direito. Na igreja, dedicava-se aos trabalhos sociais voltados para os jovens sem perspectiva de futuro, como ela fora.

Seu bairro, Cobrex, é marcado por inúmeras carências e pouca assistência por parte do poder público. “As dificuldades das pessoas ao meu redor e a vontade de ajudá-las me levaram à política”, explica Rosangela, que conquistou o primeiro mandato de vereadora em 2000. “Eu era a única mulher na Câmara, entre 20 homens.” Seu primeiro projeto propunha a criação de uma comissão de direitos da mulher na casa legislativa e o segundo pretendia abrir mais vagas de creches para as moradoras de sua cidade, que fica a 37 quilômetros do Rio de Janeiro. A ideia era ajudar as mulheres a conquistar autonomia financeira como forma de deixar a dependência de companheiros violentos.

Sempre fui minoria e entendi rápido que devia incentivar outras mulheres a entrar na vida pública. Para mudar o cenário, precisamos ter representatividade. Do contrário, não atuaremos em questões que são tão nossas e, infelizmente, a violência doméstica é uma delas.
Autor

O empoderamento feminino segue sendo sua bandeira. Como secretária-geral da mulher no seu partido, o Republicanos, tem o papel de incentivar outras a participarem da vida política do país. “Precisamos de mais representatividade para atuar melhor em todas as instâncias que promovam a igualdade entre homens e mulheres”, acredita. Depois de três mandatos de vereadora, Rosangela foi eleita deputada estadual e exerce o segundo mandato de deputada federal.

No Congresso, conseguiu aprovar o projeto que considera um dos mais importantes da sua trajetória parlamentar, e que deu origem à lei 13.836, sancionada em junho passado. É um adendo à Lei Maria da Penha que tornou obrigatório registrar no Boletim de Ocorrência a informação sobre deficiência preexistente da mulher vítima de violência. Na delegacia, o agente tem o dever de registar se a agressão pode ter causado o surgimento da deficiência ou o agravamento daquela condição.

Sua iniciativa olha para um viés da violência contra a mulher que ainda não havia sido considerado, mesmo sendo um dos aspectos presentes na biografia da farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, que dá nome a esse importante marco da legislação contra violência doméstica e familiar. Vítima das agressões do marido, que tentou matá-la duas vezes, Maria da Penha enfrenta sequelas que a prendem a uma cadeira de rodas. A deputada inspirou-se também em outro caso para apresentar seu projeto: "Nas visitas que faço às comunidades uma mulher me impressionou muito. Ela ficou dependente de muletas de tanto apanhar do marido." Rosangela levou em conta o fato de que, muitas vezes, a deficiência é um obstáculo a mais para denunciar o agressor. “Com limitação para se locomover, como a mulher vai até uma delegacia? Se é deficiente auditiva, que usa a linguagem de sinais, de que maneira comunicará o abuso aos policiais?”

O impacto de Rosangela
Para as estatísticas, as vítimas que têm algum tipo de deficiência são invisíveis. Não existem registros oficiais sobre essa condição quando é feita a denúncia. Então, o primeiro impacto da nova lei é visibilizar os casos e fornecer dados para que o poder público possa estruturar serviços mais adequados para o atendimento. É preciso ainda criar condições de acessibilidade e treinar funcionários para a comunicação com essas mulheres.

É de Vanessa Grazziotin a lei que pune abuso em ônibus e divulgação de estupro

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Quase todos os avanços conquistados pelas brasileiras nos últimos 20 anos tiveram o dedo da farmacêutica Vanessa Grazziotin, 58 anos, filiada ao PCdoB do Amazonas. Ela contribuiu fortemente pela aprovação de um conjunto de leis que pode ser considerado um marco civilizatório no país. Quando deputada federal votou “sim” pela criação da Lei Maria da Penha, em 2006, um passo gigantesco para o enfrentamento à violência doméstica e familiar. Com mandato de senadora deu aval ao surgimento da Lei do Feminicídio, em 2015, que incluiu os assassinatos motivados pela condição de gênero no rol dos crimes hediondos, com penas mais duras.

Vanessa Grazziotin, finalista do Pêmio Viva 2019 na categoria Legislativo (Foto: Marie Claire)

 

No ano passado, colocou a limpo delitos que ficavam na zona cinzenta. A ex-senadora é autora da lei de importunação sexual, que manda para a cadeia o homem que, em lugar público (metrô, ônibus, praça), ejacula enquanto olha as mulheres ou se esfrega nelas. Antes da Lei 13.718, esses atos abusivos eram considerados apenas contravenção penal, com pena de multa, que às vezes nem era aplicada. A mesma lei de Vanessa, em vigor desde o ano passado, não deixa mais dúvidas sobre a exibição de cenas de estupro por meio de fotografia, vídeo ou qualquer outro registro audiovisual: é crime e ponto final.

Nos dois casos, o autor pega de 1 a 5 anos de prisão. No estupro, a pena será maior se o agressor mantém relação íntima de afeto, parentesco ou ascendência com a vítima; se o estupro é coletivo ou corretivo (para controlar o comportamento social ou sexual da mulher); se resulta em gravidez ou contágio de vírus sexualmente transmissível; e se a vítima é idosa ou com deficiência. “A violência de gênero é a mácula mais perversa da sociedade machista em que vivemos”, afirma. “Está claro que, para nos proteger desse mal, precisamos contar com uma legislação forte e que acompanhe as transformações que vão ocorrendo na contemporaneidade”, observa.

No mandato, Vanessa se preocupava com a banalização e a multiplicação de crimes como o ocorrido no Rio de Janeiro, em 2016. “Fiquei chocada ao saber daquela garota de 16 anos, vítima de estupro, segundo ela, cometido por 30 homens”, recorda. Logo em seguida, as imagens da barbárie entulharam a internet. “Estão aí dois crimes gravíssimos. Uma menina abusada, utilizada de forma coletiva, e depois exibida em vídeo, que viralizou nas redes sociais.” Outro drama emblemático aconteceu em São Paulo, em 2017. Um rapaz agitava o pênis e ejaculava em passageiras nos coletivos. O episódio, flagrado mais de uma vez, não rendeu prisão ao agressor. Ele era detido, depois solto e voltava a perturbar. Um juiz chegou a liberá-lo por não considerar que ele havia usado de violência. “Na época, a polêmica era como enquadrá-lo, e em que tipo de crime. Porque estupro, no sentido clássico, não era”, lembra. “Conversando com delegados, vi a necessidade de cobrir essas lacunas”, diz Vanessa, finalista na categoria Legislativo.

Andei pelos lugares mais remotos do país, ouvi queixas, presenciei inaceitáveis situações de dor e de violência. Saber que ajudei a diminuir o sofrimento que abate milhares de brasileiras é muito gratificante
Vanessa Grazziotin

Foi líder da bancada do seu partido e, durante cinco anos, exerceu o cargo de procuradora especial da mulher no Senado. Com isso, aumentou seu poder de negociação com os colegas das demais legendas. Deu destaque às pautas femininas e ao meio ambiente. Promoveu audiências públicas, editou cartilhas para explicar as novas leis e publicou cinquenta edições do jornal que refletia debates entre as mulheres, a sociedade e o legislativo. Nas últimas eleições, não conseguiu reeleger-se senadora, mas está de volta a Brasília como assessora parlamentar da deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) e empresta ao mandato dela a experiência acumulada. Vanessa tem notado mudanças no perfil das mulheres na política. Antes, entre as colegas, a maioria era filha, esposa ou neta de políticos, homens influentes em seus currais eleitorais. Hoje predominam parlamentares que construíram carreira própria, impulsionadas pela militância em diferentes trincheiras do ativismo civil, como a própria Vanessa.

Nascida em Videira (SC), mudou-se para Manaus aos 15 anos e iniciou a vida política no movimento estudantil, enquanto cursava Farmácia na Universidade Federal do Amazonas. Elegeu-se vereadora em 1989 e dez anos depois chegava ao Congresso Nacional. “No parlamento, a tentativa de dominação masculina se repete. Quando a gente luta pela igualdade na política é uma dureza.”

O impacto de Vanessa
O fato de existir uma lei que torna a importunação sexual um crime passível de prisão leva as pessoas a refletirem a respeito desse comportamento que culturalmente é naturalizado. “E isso acaba contribuindo para inibir outras práticas machistas de dominação”, pondera Vanessa. Contar com uma legislação a seu favor também encoraja a mulher a denunciar seu algoz. E para além da punição dos agressores, as leis conquistadas pelas mulheres podem atuar na prevenção da violência e na humanização da sociedade.

Grazi relembra compra de primeiro diamante: "Depois de Verdades Secretas"

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Grazi Massafera (Foto: Giselle Galvão)

 

Sucesso de público e crítica, Grazi Massafera é a protagonista da trama Bom Sucesso, exibido na faixa das 19h pela Rede Globo. No ar como a Paloma, que é a diagnosticada com apenas mais seis meses de vida e resolve fazer coisas que tinha vontade, porém não tinha atitude para a realizar. 

Marie Claire bateu um papo descontraído com a atriz, durante o making of da sessão de fotos da marca de joias Monte Carlo, da qual é empresta seu rosto como garota-propaganda. 

Marie Claire: Você está fotografando a campanha da Monte Carlo. Qual joia você aconselha a pessoa a investir?

Grazi Massafera: Uma joia que que seja ‘usável’ no dia a dia. Acho tão bonito brilhante, ter um pontinho que brilhe em você. Que seja no pescoço ou brinco. Uma pérola também é linda.

Joias marcam momentos especiais. Qual foi a peça que mais te marcou?

Meu primeiro brilhante, quando acabei o trabalho em Verdades Secretas (2015).

Na hora de fotografar uma campanha, o que leva da Grazi atriz para o set?

Minha atenção e disposição. Vontade de sempre fazer bem o que me disponho a fazer, que é agradar o cliente. Gosto de fazer uma campanha bonita e de ter um ambiente bom, com humor no trabalho. 

Grazi Massafera (Foto: Giselle Galvão)

 

No começo da novela, a Paloma é diagnostica com o exame errado, na qual ela teria apenas mais seis meses de vida. Se fosse com você, o que gostaria de fazer nesse tempo?

Pegar minha família e viajar para um lugar bem gostoso. Só viajar, aqui e ali. Apresentar o mundo para eles e estar junto deles. E rir muito.

Você tem algum look, joias ou pedras em especial que costuma escolher na hora de se arrumar para festas de final de ano?

Depende da roupa, do dia, do humor. Eu coloquei na Sofia [filha de seu ex-casamento com o Cauã Reymond] uma esmeralda. Dizem que é uma pedra protetora, né? Mandei fazer um brinquinho para ela. Como não pode usar tarraxa, mandei fazer uma argolinha que tem uma esmeralda na ponta. Ela ama, não tira por nada e eu sempre falo para ela que ‘é da cor do seu olho’.

Tem alguma joia que você não tira?

Gosto de crucifixo ou algum tipo de medalhinha, sempre tenho alguma.

Falando sobre a Paloma: como está sendo interpretar uma personagem que já tem uma relação de empatia com o público pela história que a cerca? Ficou surpresa com a recepção das pessoas?

É um personagem que eu não fiz construção porque já tenho isso muito em mim. Eu aceitei por ela ser costureira, em homenagem a minha mãe e sigo homenageando minha mãe, avó, minhas tias, minhas primas, mulheres que eu encontro pelo caminho. Com ela, estou sempre homenageando alguém. Às vezes, vejo a Aline, que trabalha lá em casa comigo, que é meu anjo da guarda, cozinhando. Vejo o jeitinho que ela faz, o jeito que ela fala do filho. Então, hoje é a Aline. Aí amanhã é a Raquel, tem a Marcia, tem todo mundo. É uma homenagem às mulheres que passaram pela minha vida e as que eu admiro, especialmente minha mãe.

Grazi Massafera (Foto: Giselle Galvão)

 

Meu irmão assistiu esses dias e falou assim: ‘Bah’, ele me chama de Bah, ‘Esses dias eu assisti à novela, você estava igualzinha a mãe’. Falei pra ele que essa é a ideia.

Tem a ver com se identificar nessa mulher que trabalha, que dá conta dos filhos. Hoje em dia, a mulher não está atrás de amor, está atrás de ser mulher, sabe? De realizar os desejos, os sonhos, criar seus filhos bem. Eu acho que a Paloma mostra muito isso, uma mulher batalhadora, guerreira, que tem humor, que não se abate com as tristezas da vida. Elas estão ali, são obstáculos, porém aprendizados também. Acho que as pessoas se identificam com a possibilidade de ter leveza, de conseguir seguir em frente. São muitos sonhos que não deram certo, mas nem por isso deixou de viver.

Com o ritmo frenético de gravações, como consegue tempo para relaxar e se reconectar com agenda intensa?

Nada, não consigo. Estou dormindo achando que que meu microfone está caindo, que tem gente me chamando na porta. Quando a personagem não é a protagonista, dá para malhar e fazer outras coisas. Mas como protagonista, não. É dificílimo. Eu relaxo quando vejo minha filha sorrindo para mim. Acho hoje em dia está mais assim.


Ultracolorida e brilhante, Bvlgari renova sua linha de acessórios

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Novos modelos da coleção Glam Rebel da Bulgari  (Foto: Divulgação)

 

 

Depois de convocar a collab mais cool do ano com o estilista americano Alexander Wang, a Bulgari acaba de lançar nova fornada de acessórios em couro e óculos. Pode esperar todas as tendências que estão no radar fashion global: cores vibrantes, brilho e acessórios em tamanho ultramini.

Novos modelos da coleção Glam Rebel da Bulgari  (Foto: Divulgação)

 

Para o verão 2020, modelos clássicos da marca como a Serpenti Diamond, em formato retangular e ares vintage ganha novas texturas sobre o couro e combinação de cores em blocos -- o vermelho é o tom favorito. O savoir-faire da joalheria e a cabeça de serpente, símbolo da marca, aparecem em detalhes de hardwear minuciosos e nas correntes que imitam escamas de uma píton. O modelo acima, por exemplo, ganha brilho com correntes costuradas sobre couro como no trabalho de pavé de uma joia -- com cada seção da bolsa levando mais de 12 horas para ser finalizada. 

Modelo Cabochon em formato de mochila (Foto: Divulgação)

 

As grandes nvoidades ficam por conta do modelo cabochon que nesta estação aparece em formato de mochila, e da Serpenti Micro Cabochon, marcando a entrada da marca italiana na tendência global das microbolsas. O novo modelo, superprático, pode ser usado inclusive como pochete. Outra aposta no ramod as it-bags fica por conta das versões delicadas da Serpenti com aplicações de borboletas, em uma paleta de cores ultradoce. Adoramos!

Modelo micro é novidade da coleção de verão 2020 da Bulgari (Foto: Divulgação)

 

As bolsas butterfly, com aplicações sobre o couro (Foto: Divulgação)

 

Assista ao desfile da Dior em tempo real, direto da semana de moda de Paris

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O outono/inverno 2020 da Dior (Foto: Getty Images)

 

Se você não vai até a semana de moda de Paris, a semana de moda de Paris vem até você. Nesta terça-feira rola a apresentação da Dior, que desfilará sua primavera 2020 para um público seleto de convidados, diretamente do Museu Rodin, na capital francesa, onde tradicionalmente acontecem as apresentações da marca. 

Sempre com coleções pautadas pelo feminismo e empoderamento, todos aguardam qual será a próxima fonte de inspiração de Maria Grazia Chiuri, diretora criativa da marca que já trabalhou com Chimamanda N'gozi Adichie e Tomaso Binga em seus desfiles. Depois de um inverno 2019 inspirado nas teddy girls, subcultura pré-rock de meninas feministas no pós-Guerra, em Londres, fique ligada para descobrir o que vem por aí! Dê o play!

 

 

Mãe afirma que filha adotiva de 10 anos na verdade é sociopata de 22 que tentou matá-la

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Natalia Grace (Foto: The Sun / Reprodução)

 

Uma mãe acusada de abandonar a filha adotiva de 10 anos afirma que a menina era um sociopata de 22 anos que tentou matar sua família, tal qual o enredo do filme de terror americano A Órfã, de 2009.

Kristine Barnett, de 45 anos, e Michael Barnett, de 43, supostamente abandonaram a filha  Natalia Grace, que tem nanismo, em um apartamento nos Estados Unidos e se mudaram para o Canadá. Para isso eles mudaram legalmente a idade da menina, de 10 para 22 anos. 

O caso ocorreu em 2013 mas veio à tona somente agora, quando o casal foi acusado de negliência e ganhou as manchetes dos jornais.

De acordo com o The Sun, uma médica que examinou Natalia em 2010, o ano em que a garota ucraniana foi adotada, afirmou que ela tinha oito anos. Os Barnetts, agora divorciados, mudaram legalmente a idade da filha para 22 em 2012, pouco antes de mudarem de país.

Depois de ser acusada de negligência, Kristine alegou que Natalia era uma impostora que fingia ser criança e tentou matá-la. Ela alega que a filha ameaçou esfaqueá-la e a seu marido durante o sono, empurrou-a para uma cerca elétrica e derramou alvejante em seu café.

"Ela fazia declarações e fazia desenhos dizendo que queria matar membros da família, enrolá-los em um cobertor e colocá-los no quintal. Ela ficava de pé sobre as pessoas no meio da noite. Você não conseguia dormir. Tivemos que esconder todos os objetos afiados", disse ao Daily Mail.

"Eu a vi colocando produtos químicos, como água sanitária, no meu café e perguntei: 'o que você está fazendo?' Ela disse: 'Estou tentando envenenar você'.", afirma Kristine.

Em uma entrevista à WISH-TV, ela afirmou que Natalia foi diagnosticada como psicopata e sociopata. Kristine afirma que Natalia era adulta e não era criança quando foi adotada - que a menina escondeu que já menstruava, tinha dentes adultos e pelos pubianos completos.

Ela também afirma que os médicos examinaram Natalia e concluíram que ela estava sofrendo uma doença psicológica grave, diagnosticada apenas em adultos. Kristine alega também que a doença levou Natalia a pular de carros em movimento e a espalhar sangue por espelhos.

Ela afirma que o casal resolveu "corrigir" a idade da filha após um médico afirmar que o ano de nascimento (2003) estava errado e que a filha apenas fingia ser uma criança pequena.

Natalia sofre de uma forma rara de nanismo, o que significa que ela tem um metro e meio de altura e tem problemas para caminhar. Por causa de sua condição, os médicos não conseguiram determinar sua idade.

No filme A Órfã, um casal adota uma menina de nove anos, e mais tarde descobre que tratava-se de uma adulta que assassinou seus outros pais adotivos e que tenta matar também a nova família.

A atriz Isabelle Fuhrman protagonista do filme A Órfã (Foto: Reprodução)

 

 

André Marques completa 40 anos e ganha festa surpresa da namorada

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André Marques ganha festa da namorada (Foto: Reprodução/Instagram)

 

André Marques completa 40 anos nesta terça-feira (24). Para comemorar data, o apresentador ganhou uma festa surpresa da namorada, Sofia Starling.

No Instagram, ela mostrou que preparou tudo em uma suíte de hotel, que decorou com corações e fotos dos dois.

A atriz também providenciou um jantar para o namorado. 

Monique Alfradique entra em “A Dona do Pedaço” como investigadora da polícia

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Monique Alfradique (Foto: Mucio Ricardo / ODMGT)

 

 

Monique Alfradique está se preparando muito para encarar seu novo desafio na TV: ela viverá Yohana, uma investigadora da polícia que vai trabalhar lado a lado com Camilo, vivido por Lee Taylor, e promete incomodar o policial. Por enquanto, a atriz não pode dar muitos detalhes sobre sua personagem, mas confessa que está muito feliz com o convite. 

 

“Estou animada! Ainda não tenho todos os detalhes porque eu soube de tudo há pouquinho tempo, então ainda estou entendendo como serão as coisas, mas Yohana será uma policial e não vai poupar esforços em suas investigações. Pelo que sei, neste primeiro momento a personagem não vai fazer uso de armas, ela estará mais focada na investigação. Mas estou vendo algumas séries, buscando referências e até conversei com um amigo policial para pegar algumas dicas”, conta.

Yohana vai mexer com o núcleo de Vivi Guedes (Paolla Oliveira) e de Camilo, com quem ela nunca trabalhou anteriormente. Existe a possibilidade (ainda não confirmada) que o investigador vá ficar interessado na nova policial, mas Monique só afirma que ela vai transitar por diversos núcleos de A Dona do Pedaço.

Como ela vai revisar testemunhos, vai passar por outros núcleos também e eu Começo a gravar essa semana, mas ainda não sei quando deve ir ao ar. Estou muito feliz por entrar nesta trama”, diz.

Outro trabalho que tem feito os olhos da atriz brilharem, é o espetáculo Como Ter Uma Vida Quase Normal, que estreou na última sexta-feira (20), no Teatro Folha. O monólogo, produzido sem a ajuda da lei de incentivo à cultura, é inspirado no livro de Camila Fremder e Jana Rosa, com texto adaptado e dirigido por Rafael Primot.

Está sendo incrível fazer parte de toda idealização desse projeto. É algo que eu quis muito fazer, é a concretização de um desejo. Não é fácil produzir, principalmente quando nós optamos (eu, Rafael e minhas produtoras associadas Celia Forte e Selma Morente) por produzir sem a lei de incentivo, mas contamos com alguns apoiadores. O espetáculo narra a história de uma mulher moderna, que depois de passar por decepções amorosas, fracassos profissionais, experiências nada convencionais na vida virtual, permanece incansável tentando lidar e sobreviver com seus dilemas contemporâneos”, explica.

Aproveitando o título da peça, Monique diz que considera sua vida “quase normal” porque tudo se torna ainda mais instigante.

Todos nós temos aqueles momentos de quase enlouquecer com alguma coisa, seja no trabalho, na cobrança da sociedade por padrões, ou nas relações. Na peça, abordo um pouco disso, mas de uma forma leve e divertida”, comenta.

A experiência de fazer um monólogo tem sido uma grande realização para a artista que tem uma vasta experiência na televisão e nos cinemas. Ela fala que sempre quis fazer um espetáculo solo e foram anos pensando no projeto.

“Busquei vários textos até chegar neste formato e tenho muito a agradecer aos parceiros que abraçaram o projeto comigo. Esse primeiro fim de semana foi lindo demais. Casa cheia todos os dias e o retorno do público no final me deu aquela sensação de que a peça realmente tocou a todos de alguma forma. Muito bom fazer refletir através do humor.

Como Ter Uma Vida Quase Normal conta com uma equipe de apoiadores formada por Daniel Maia na trilha; Carol Bertier como cenógrafa; Karen Brustolin no figurino e Aline Santini na luz. Além do preparador vocal e corporal Rodrigo Frampton e assistência de direção de Haroldo Miklos.

“Todos fazendo com muito amor à arte e acreditando nessa história que estou contando”, finaliza.

Monique Alfradique (Foto: Mucio Ricardo / ODMGT)

 

Monique Alfradique (Foto: Mucio Ricardo / ODMGT)

 

Monique Alfradique (Foto: Mucio Ricardo / ODMGT)

 

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