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Duda Nagle diz que intensificou os treinos para entrar em "A Dona do Pedaço"

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Duda Nagle (Foto: Divulgação)

 

Depois de um tempo fora das novelas, Duda Nagle está cheio de energia para viver o lutador Paixão que promete dar trabalho para Rock, vivido por Caio Castro, em A Dona do Pedaço. O ator veio quase que do dia para a noite e ele começou a gravar em poucos dias, mas já estava com o treinamento nas artes marciais bem intensificados.

 

Eu já estava nesta pegada de treinar luta porque gosto muito de artes marciais. Aí eu vinha treinando muito boxe, estudando muay thai e gosto muito deste universo de ação e efeitos especiais. É como se fosse uma oportunidade de ter uma vida de atleta amador, uma extensão, um híbrido dos dois. Eu gosto muito deste universo, da coreografia, das cenas de dublês, dos atores que performam suas próprias cenas. Gosto muito de Rocky Balboa, Bruce Willis, [Jean Claude] Van Damme, Arnold Schwarzegger. Não é sempre que em novela a gente tem a oportunidade de fazer as duas técnicas: o drama e esta ação coreografada. Quando junta as duas coisas, fico muito feliz, viro criança”, brinca.

O lutador vai ter uma paixão tórrida por Kim, interpretada por Monica Iozzi, e vai começar a correr atrás dela, assim como ela mesma fez com Marcio (Anderson di Rizzi), mas o ator prefere não dar spoilers sobre esse o assunto.

“Eu li algumas matérias sobre isso, mas não sei o quanto posso falar sobre isso. Acho que é uma coisa de cada vez. Meu personagem entra com a missão de ser o primeiro oponente do Caio Castro no ringue e vão descobrir que ele é um boxeador que está se recuperando na carreira, vem de uma fase de derrotas, está se restabelecendo. Ao mesmo tempo, ele não é um cara discreto ou tímido. Ele é fanfarrão! Não posso dar muitos detalhes... senão eu tomo bronca”, ri.

Duda já é um veterano no quesito novelas das 9: esta já é a quinta vez que ele ganha um papel no horário, sendo que a última foi em 2012, como Caíque em Salve Jorge, e conta que a energia do público é bem diferente de Malhação, que fez em 2017.

É uma energia impressionante. São milhões de pessoas assistindo, algo muito contagiante, que você sente dentro do estúdio. Serve como um combustível para as artes dramáticas. Eu gosto muito disso, estava com saudade. Aos poucos você percebe que existem vários níveis: quando não é uma novela das nove, a pessoa chega perto de você e se questiona ‘eu não conheço você de algum lugar?’ o cara sempre se pergunta se não te conhece da faculdade ou se você é um vizinho. Depois ele diz ‘você não é aquele cara da TV?’ A pessoa interage com a história da semana e a gente vê que ela realmente está acompanhando, nada passa desapercebido. Do nada, você é surpreendido por uma senhora dentro do supermercado que opina sobre as cenas porque a história está bem fresca e o público se envolve com o personagem. É tudo muito efervescente”, comemora. 

Duda Nagle como Paixão em "A Dona do Pedaço" (Foto: Reprodução/TV Globo)

 

Vem com o papai

Duda se tornou pai de Zoe recentemente, fruto do relacionamento com Sabrina Sato, e contou em recente entrevista à Marie Claire que os homens também têm dificuldades como pais de primeira viagem. O ator contou que quando segurou sua filha pela primeira vez, hoje com 8 meses se sentiu levantando uma bola de boliche, tamanha a falta de experiência. 

Era muita tensão. O recém-nascido é tão frágil e tudo é muito novo. Ficava conferindo o tempo todo se a Zoe estava respirando. Minha mãe sempre me dizia que colocava um espelhinho próximo da minha boca para ver se eu estava respirando e eu achava aquilo paranoia. Hoje eu entendo e faço igual. Fico vendo se ela está quentinha, tenho medo de quebrar no meu colo e, depois, vai pegando as manhas. As primeiras fraldas eu demorava meia hora para trocar e agora estou muito mais rápido. É uma mudança muito grande de perspectiva, você se torna mais filosófico, começa a pensar no processo transgeracional e tudo tem mais força”, descreveu.

A maternidade é romantizada desde os livros aos depoimentos das mães, mas tem crescido o número de mulheres (inclusive famosas) que desmistificam essa magia. Com um pai, o processo é o mesmo. Ele comentou que tudo na vida tem vários lados, mas a realidade tem muito mais “megapixels” do que o romance.

A gente vê tudo com mais detalhes. Tem algumas coisas que você não previa, como dificuldades, mas acho que faz parte de um pacote. O pai e a mãe são o CEO da casa, está apaixonado por aquele ser novo e, quando aparecem os problemas, você nem pensa nisso. Vai direto para as soluções! Meu sono também piorou muito, ainda não consegui normalizar isso e até hoje não estou dormindo bem. Você está exausto, sabe que tem de acordar cedo e a Zoe acorda uma hora antes do normal. A gente pensa que aquela hora a mais seria tão bom para o corpo, mas quando ela abre um sorriso, aquilo te dá uma energia que você nem sabia que tinha antes de ela nascer. É uma dialética muito doida, são perspectivas novas que se abrem.”

Duda Nagle e Zoe (Foto: Reprodução/Instagram)
Duda Nagle (Foto: Divulgação)

 


Aline Weber posa coladinha com namorado indígena em defesa da Amazônia

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line Weber e namorado (Foto: Reprodução/ Instagram)

 

Recentemente, Aline Weber assumiu namoro com Pigma Amary ao comemorar um ano de relacionamento com o indígena. Nesta sexta-feira (23), o casal apareceu coladinho no Instagram da modelo em campanha em defesa da Amazônia.

"Somos todos um. O amor move o mundo, e a união faz a força. #togetherfortheamazon #juntospelaamazonia #togetherfortheworld #umcoracao", escreveu Aline na legenda da publicação. "Que linda meu amor", respondeu Pigma.

Em entrevista à Marie Claire, Aline contou que os dois driblam a distância como podem. Ela vive no Rio de Janeiro e ele em Mato Grosso e,em breve, eles passarão alguns dias juntos em São Paulo. "Sempre que dá um está atrás do outro".

Aline contou ainda que o namorado não gosta de balada, é bem caseiro e gosta muito de estudar. "Ele é técnico em enfermagem. Saiu da aldeia com 13 anos de idade e ama estudar, quer continuar estudando", contou. "Graças a Deus eu tenho uma carreira sólida, tem trabalhos que eu faço, outros que eu recuso. Ele trabalha 30 dias na aldeia e depois ele folga 15, então a gente está conseguindo adaptar bem".

Segundo Aline, o namoro fez ela entender melhor a cultura indígena. "Eu já sabia que nós, seres humanos, tínhamos que essa conexão tão próxima com espiritualidade, com os animais. A gente perde um pouco por conta da cidade, do estresse. Mas acho que essa vivência na aldeia que eu tive me fez relembrar que nós temos essa conexão".

Maiara comemora 2 meses sem álcool em dieta: "Mais lucidez"

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Maiara nos bastidores do Só Toca Top (Foto: Reprodução / Instagram)

Maiara, dupla sertaneja de Maraisa, contou em vídeo compartilhado nesta sexta-feira (23) que vai estender a dieta. As cantoras já perderam mais de 13 kg desde que iniciaram o programa de emagrecimento com a life coach Mayra Cardi.

"Completaram 2 meses no dia 21 agora e foi tão incrível o resultado que não quero mais sair da dieta. Quarta-feira ganhei um vale-night da Mayra Cardi. A gente ia fazer só dois meses, mas quero fazer para sempre", afirmou a artista, que teve uma noite de vinhos com o namorado Fernando Zor.

Fernando Zor e Maiara (Foto: Reprodução/Instagram)

 

Segundo a sertaneja, de agora em diante, ela terá uma alimentação menos restritiva. "Vamos entrar agora numa fase de aprender a comer com mais moderação, vai abrir minha dieta para comer carne vermelha, beber um vinhozinho de vez em quando", explicou a Maiara.

A cantora ainda listou o que viu de benefícios em sua rotina na dieta sem álcool. "Gostei muito dessa fase que a gente ficou dois meses sem beber. Para mim foi muito importante, me trouxe mais lucidez, tranquilidade, paz... Realmente, cachaça demais não faz bem para a saúde", afirmou, em tom divertido.

Maiara (Foto: Reprodução/ Instagram)

 

Camila Cabello fez desabafo e explica por que se afastou das redes sociais

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Camila Cabello  (Foto: Reprodução/ Instagram)

 

Camila Cabello usou seu perfil no Instagram na sexta-feira (23) para fazer um desabafo sobre como tem sido bom para ela ficar longe das redes sociais e comentou que faz meditação e como isso está a ajudando e pode ajudar outras pessoas também.

"Gostaria de mandar amor a todos que estão ai – Eu não entro em redes sociais tanto assim por que não é bom para mim, e eu não sei como não me afetar com o que as pessoas dizem aqui então eu simplesmente não leio – mas eu tenho total certeza que eu posso usar essa plataforma para ajudar pessoas mesmo da menor maneira! Então para todos ai que estão lutando, o que todos nós fazemos por que somos humanos!!! eu super recomendo tirar cinco minutos do seu dia para simplesmente respirar. Eu venho fazendo isso recentemente e isso me ajudou muito, eu não entendia meditação antes ou simplesmente o conceito de se concentrar na sua respiração apenas, mas eu venho fazendo isso pelos últimos meses e eu posso dizer que minha qualidade de vida melhorou muito – eu costumava viver presa em meus pensamentos, constantemente presa na minha imaginação ao invés de estar no presente – e recentemente somente me concentrando na minha respiração e no meu corpo e o trazendo de volta para o presente me ajuda muito. Tire cinco minutos do seu dia de hoje para simplesmente inalar por 5 segundos pelo seu nariz e exalar por 5 segundos pela boca – e totalmente focado na sua respiração e na sensação do ar entrando e saindo. Faça isso três vezes ao dia e sempre que você se sentir com a cabeça pesada. Eu sei que muitos de nós aqui estamos crescendo e aprendendo a ser humanos, e isso pode ser intenso e difícil algumas vezes – eu acho que alguns truques são para mudar nossa vida e ajudar como viver melhor, então eu pensei em compartilhar algo que me ajudou muito; e espero que ajude vocês pessoal!!!! Enfim, AMO VOCÊS!!!! Vejo vocês em breve", escreveu a cantora.

Fotógrafo compartilha clique de Bruna Marquezine de topless

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bruna Marquezine (Foto: Reprodução/ Instagram)

 

O fotógrafo Brunno Rangel compartilhou em seu perfil no Instagram neste sabado (24) um clique de Bruna Marquezine de topless. No clique preto e branco, atriz parece estar sem maquiagem e usa molhado para trás.

A imagem, com direção criativa de Ma Feitosa, recebeu várias elogios. "Magnífica'', escreveu uma seguidora. "Um amor por essa mulher", disse outra. "Rainha", comentou mais um. "Deusa", disse outro.

Bruna fez sua estreia como protagonista no cinema, no filme Vou nadar até você, exibido no 47º Festival de Gramado. A atriz aparece nua, em mais de uma cena, e fumando maconha. Mas, para ela, essas passagens não foram um problema. "Não são cenas gratuitas, fazem parte da história. Não foi uma preocupação. O foco era fazer arte, e o ambiente no set era de parceria e liberdade. Todo o resto vira pequeno", disse.

Marido de Carol Dantas relembra como contou para Davi Lucca que ele terá um irmão

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Carol Dantas grávida e Davi Lucca (Foto: Reprodução/ Instagram)

 

Vinicius Martinez, marido de Carol Dantas, usou seu perfil no Instagram neste sábado (24) para relembrar a conversa que teve com Davi Lucca, filho da empresário e Neymar Júnior, para contar que o menino, de 8 anos, completados hoje, teria um irmãozinho.

Carol está grávida de 35 semanas de Valentin. Em recente entrevista à Marie Claire, ela falou sobre o parto. "Tenho vontade de ter parto normal, mas se não der vou ter a cesárea super feliz. Quero que o bebê esteja bem, a saúde dele em primeiro lugar e a minha também, que saia saudável. O parto do Davi foi cesárea porque eu tive umas complicações", disse.

Vini escreveu em seu texto que a missão de contar do irmão para Davi Lucca era dele. "A Carol me ligou e disse que havia falado pro Davi que eu tinha um segredo pra contar pra ele. Gelei! Não é fácil contar um segredo desses pro meu pequeno amigo que tanto confia em mim e sabe que confio nele. Pensei rápido, subi o elevador e lá estava ele… - Tio, qual o segredo? Eu perguntei; Que segredo Davi?; Ele disse; Minha mãe falou que você tem um segredo pra me contar. Eu tava tentando enrolar uma criança extremamente inteligente, não consegui. Pedi para que ele se sentasse na mesa comigo e com a Carol e disse que o segredo que eu tinha pra falar seria descoberto por ele", começou.

"Eu falei, Davi, me fala alguma coisa que você quer muito! Ele respondeu; Uma cobra?; Não. Um lagarto? Não. Um playstation 5? Não…Ai eu disse; Davi, outra coisa, algo que você quer muito e fica pedindo pro seu pai e pra sua mãe (eles sabem o quanto ele pedia...).; Dinheiro? Um cartão de crédito? Não Davi…Eu ri muito nesse momento.Então ele nos perguntou como que era, e eu disse que não sabia, que ele nesse momento era do tamanho de uma castanha do pará e que iria crescer e eu não saberia como seria. Ele travou e falou; UM FILHOOOO???? E nós dissemos que sim!".

Vini contou que Davi ficou em estado de choque. "Até porquê nesse mesmo momento soube que seria um menino...fez questão de ligar para o pai dele, tios/tias, amigos do colégio. Enfim, assisti de perto sua empolgação até de madrugada, querendo gritar pro mundo que teria um irmão. Falando em alegria, a Carol me ligou agora a pouco dizendo que o quarto do nosso filho vai ser de dinossauro porque o Davi disse que ele vai amar. Então Davi, aqui vai algumas linhas pra você ler daqui uns anos. O quarto do seu irmão vai ser de dinossauro. Você, minha família e a sua mãe são meus melhores amigos, e você meu maior companheiro nessa jornada. Você vai cuidar muito e ensinar tudo pro seu irmão. Você nem imagina o quanto eu fico feliz de te ver radiante vivendo esse sonho conosco e pensando em tudo que vai ser melhor pra ele. Eu já até soube que você desistiu da cobra pois ficou com medo de achar seu irmão na barriga dela. Soube que não deixou sua mãe sair sozinha de carro e que protegeu seu irmão do cinto o tempo inteiro. Sei que você é especial", escreveu Vini.

Aline Riscado posa em lago em Tulum e ganha centenas de elogios

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Aline Riscado (Foto: Reprodução/ Instagram)

 

Aline Riscado tem se divertido muito em Tulum,no México. A modelo cmompartilhou com seus seguidores mais um clique em que aparece ao lado de uma lagoa e ganhou centenas de elogios.

"Que maravilhosa", disse uma fã. "Muito linda", comentou outra. "Passei mal", escreveu mais uma. "Você é linda", escreveu um seguidor.

Solteira há 9 meses, Aline contou à Marie Claire que já ficou com meninas. Mas, calma: isso não quer dizer que ela seja bissexual. A atriz confirma que já beijou duas mulheres, mas deixa bem claro que foi apenas por diversão.

"“Já beijei sim, mas não gosto. Eu curto a boca de um homem, o toque dele. Beijei duas meninas na vida, mas não é minha praia. Não tenho tesão por mulher e foi tudo na zoeira mesmo. Está completamente fora de cogitação namorar uma menina. Eu gosto de macho”, disse.

Aline Riscado (Foto: Reprodução/Instagram)
Aline Riscado (Foto: Reprodução/ Instagram)

 

Felipe Dylon termina namoro para focar na carreira

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Felipe Dylon e Alana Marquez (Foto: Reprodução/ Instagram)

 

Felipe Dylon e a youtuber Alana Marquez não estão mais namorando. O casal havia assumido o romance em abril deste ano e em entrevista ao UOL,o cantor disse ter dado um tempo no relacionamento com o influenciadora para focar em sua carreira.

O cantor está em estúdio com Buchecha para gravar uma parceria, que fará parte de um novo EP dirigido pelo funkeiro. "Dei um tempo no meu relacionamento porque estava precisando me dedicar um pouco mais à minha carreira. Mas terminamos bem", disse Dylon.

Antes de assumir namoro com Alana, Felipe Dylon era casado com a atriz Aparecida Petrowky. A youtuber trancou o seu perfil no Instagram.


Flávia Pavanelli se pronuncia sobre acusação de estelionato no Instagram

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Flavia Pavanelli (Foto: Reprodução Instagram)

 

A influenciadora digital e atriz Flávia Pavanelli foi acusada, na sexta-feira (23), de estelionato. Segundo a colunista Fábia Oliveira, do jornal O Dia, uma mulher teria dito que pagou R$ 4 mil em um sorteio no qual não teve o nome incluso.

A assessoria de Flávia emitiu um comunicado oficial e negou o envolvimento da atriz no caso.
“Não procede a acusação de estelionato feita a respeito de um sorteio nas redes sociais da assessorada. A artista não tem nenhuma relação com Camilla Rodrigues e Patrícia Claudino, quem fez a acusação e desconhece o acordo feito entre elas. As devidas providências judiciais já estão sendo tomadas, uma vez que Flávia foi vítima e vem sendo muito lesada pelo uso de seu nome e imagem indevidamente. Ressaltamos que Flávia não tinha ciência de nenhum contrato feito com Camilla e Patrícia. Seu empresário é Flávio Pavanelli, pai da artista, o qual, em momento algum foi procurado por ambas as pessoas para qualquer contrato ou solicitação de dados”.

Em seu Stories do Instagram, Flávia também falou sobre o caso. "Uma pessoa que eu nunca ouvi falar na vida, não conheço e não trabalham comigo. Queria deixar esse alerta para vocês. Tomem muito cuidado", disse a influenciadora.

 

Marieta Severo e filha Helena Buarque de Hollanda chamam atenção por semelhança

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Marieta Severo e filha Helena Buarque de Hollanda (Foto: Reprodução)

 

Marieta Severo e a filha Helena Buarque de Hollanda floram flagradas passeando no Fashion Mall, na Zona Sul do Rio de Janeiro, na sexta-feira (23). Na ocasião, elas chamaram atenção pela semelhança entre mãe e filha.

Para o passeio, a artista apostou em um estilo básico com blazer de veludo e calça de alfaiataria e a filha de Chico Buarque elegeu um vestido longo estampado em tons de amarelo e preto.

Mulher chamada de "a mais gorda da escola" ganha R$ 50 mil ao ano com vídeos nus

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Mulher chamada de "a mais gorda da escola" ganha R$ 50 mil ao ano com vídeos nus (Foto: Reprodução/ Daily Mail )

 

Hazel, de 29 anos, de Nashville, EUA, pesa 282 quilos e já foi maltratada por ser a "garota mais gorda da escola", agora, ela ganha 12 mil dólares, cerca de R$ 50 mil, com seus vídeos em que aparece nua e se alimentando para seus leais fãs na internet.

A administradora é ativista pelo movimento do corpo livre e disse, em entrevista ao Daily Mail, que ela se sente "mais sexy do que nunca" e que se sente muito empoderada. 

"Sabendo que, depois de sentir que o mundo inteiro não me quer, há pessoas que fazem e que elas me cobiçam é ótimo. Eu tive pessoas que me disseram que deixariam suas esposas por mim", contou. 

Hazel ganha cerca de US$ 1.000 por mês compartilhando vídeos nus de si mesma comendo enormes quantidades de comida diante das câmeras para os fãs, conhecidos como 'feedee' - pessoas que veem a alimentação e o ganho de peso como sexy.

"Principalmente por causa da forma do meu corpo eu recebo muitos pedidos para mostrar a barriga, muita pegação, tapa e puxão. Isso é principalmente o que eu faço - mostro meu corpo e minhas curvas ”, explicou Hazel.

Mulher chamada de "a mais gorda da escola" ganha R$ 50 mil ao ano com vídeos nus (Foto: Reprodução/ Daily Mail )

 

 

Pai de Anitta publica montagem da filha como presidente do Brasil

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Anitta presidente Brasil (Foto: Reprodução/ Instagram    )

 

O Painitto, pai de Anitta, publicou uma montagem da foto da filha como presidente do Brasil neste sábado (24) em seu perfil no Instagram. Mas calma, tudo não passou de uma brincadeira. "Este cabelo está horrível. Mas a faixa, vocês ficam provocando. Ela estuda pra isso", escreveu na legenda da imagem.

A brincadeira começou pelas recentes manifestações e falas da cantora em relação as queimadas na Amazônia e sua defesa ao meio ambiente. Anitta também criticou o presidente Jair Bolsonaro.

Nos comentários da montagem de Mauro Machado, muitos fãs elogiaram e riram junto como pai da famosa, enquanto outros criticaram. Painitto respondeu alguns internautas. "Ela estuda pra isso e vive de bunda?", perguntou uma. "Alguns morrem pela boca", respondeu Mauro. "O país vai virar um puteiro real", disse outro e Painitto rebateu: "Pretérito perfeito, por favor". "Anitta 2022", escreveram alguns fãs.

Em entrevista à Marie Claire, Anitta falou que teme as políticas de Bolsonaro: "Não estão trabalhando em prol do meio ambiente".

Anitta - Blusa Michael Kors. Calça YES I AM. Brinco Montecarlo  (Foto: Vivi Bacco (THINKERS))

 

“Canudo de metal e roupa de brechó não vão salvar a Amazônia”, diz ativista

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Região na floresta amazônica após queimada (Foto: Getty)

 

Carregar sempre um canudo de metal, comprar roupas em brechós, levar uma sacola reutilizável ao mercado, ser adepto do movimento Segunda Sem Carne, que sugere que as pessoas interrompam o consumo de alimentos de origem animal às segundas-feiras: ações do tipo “faça sua parte”, que têm sido amplamente divulgadas e enaltecidas são positivas em tempos de crise, mas não só. Ainda faltam informações e cobrança sobre os impactos socioambientais das ações das indústrias e da atuação política.

Você já se deparou com dados atrelados à produção de alimentos, roupas e bens duráveis? Pensando no noticiamento massivo dos desmatamentos e queimadas na floresta amazônica, eis aqui dois deles: segundo um estudo da Organização das Nações Unidas de 2016, cerca de 80% do desmatamento da Amazônia está na conta da atividade pecuária; já o site Water Footprint, que mostra o gasto de água em litros na produção de mercadorias diversas, revela que, do gado ao consumo, um quilo de carne bovina envolve 15.500 litros d’água.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Inpe, que monitora o desmatamento por meio de imagens de satélite, divulgou que houve um aumento de 83% no número de incêndios na região amazônica entre janeiro e 19 de agosto de 2019, em comparação ao mesmo período de 2018. Estreitamente vinculadas à pecuária, as queimadas têm consequências tais como diminuição da biodiversidade, emissão de gases poluentes na atmosfera, diminuição da fertilidade do solo e expansão desordenada de terras cultiváveis no território nacional, o que reduz a quantidade de reservas ambientais e áreas verdes.

Em suma, as implicações das atividades agropecuárias são devastadoras. Não à toa, o agronegócio tornou-se uma indústria, e ela se beneficia de medidas como a flexibilização do código florestal brasileiro, que permite a intensificação da exploração econômica da Amazônia. E se o resultado das formas produtivas que se utilizam da floresta amazônica é tão destrutivo, surge um questionamento: qual a real alteração promovida a partir de atitudes individuais, principalmente se colocadas ao lado de intervenções de indústrias e medidas de organizações governamentais?

“Faça sua parte”: ideia limitada?

Para Sandra Guimarães, militante por direitos humanos e animais e autora à frente do site Papacapim, as referidas ações individuais “servem como anestesia e estão à serviço do capitalismo, cujo interesse é aliviar a culpa dos verdadeiros responsáveis e colocá-la sobre os indivíduos.” Para ela, trata-se de uma questão nível político, e “comprar canudo de metal ou roupa de brechó não vai salvar o planeta. Precisamos de mudanças estruturais.”

“Apesar de não serem tão efetivas, claro que não é um motivo para não fazer. Em nenhum contexto o desperdício é válido”, aponta Guimarães. Ela, que é vegana há 12 anos, conta que conseguiu atuar de maneira a promover uma mudança cultural em termos de consumo de carne, influenciando pessoas próximas a ela a buscar alternativas alimentares.

Isabella Romitelli, pesquisadora no campo da ecologia de florestas tropicais, explica que “é possível para o agronegócio produzir de maneira mais sustentável. Para isso, é necessário recuperar terras já desmatadas: a questão não é a quantidade de terra disponível, e sim a maneira como se produz”. Reduzir o consumo ajuda no fator sustentabilidade, afirma ela, mas enquanto não houver articulação com o restante da escala, a efetividade é limitada.

A pressão coletiva por mudanças

Para Guimarães, o que vai trazer transformações no cenário é “estar atento aos candidatos e eleger quem leva a sério as questões ambientais: dos povos indígenas e quilombolas a quem defende a Reforma Agrária e o Movimento Sem Terra, o maior agente dessa luta. Nesse sentido, tenho visto movimentações, e muito por causa da juventude. É hora de organização e mobilização”, analisa.

Romitelli aponta que, academicamente, comprovar o efeito econômico da destruição ambiental tem sido eficiente. “Divulgar dados que corroboram a tese de que a perda de diversidade afeta a produção alimentícia e fazer disso um produto conecta a comunidade à ciência, o que mobiliza para a saída do plano individual”, destaca.

“A abordagem que explora o bem que o ecossistema provê para a gente gera um  interesse na origem do que é consumido. O desmatamento choca, mas associá-lo à carne que cada um consome tem um resultado mais potente”, comenta. Assim, cria-se oportunidade para fiscalizar e pressionar o setor para que o alimento não esteja contaminado com o peso do desmatamento. “Quando cobramos a transparência da indústria, ilustramos mais categoricamente a importância dessa informação”, analisa a pesquisadora.

BB glow: conheça a técnica coreana que promete deixar a pele radiante

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As coreanas são conhecidas pela pele impecável (Foto: Thinkstock)

 

Você já ouviu falar em BB glow? A técnica coreana de base semi-permanete que promete uma pele uniforme e radiante tem gerado polêmica entre os dermatologistas ao redor do mundo. Isso porque ele é uma mistura de microagulhamento (em que é usado um roller superficial com agulhas de 0,25 milímetros) com pigmentos de extratos vegetais ou de maquiagem – basicamente uma tatuagem de base na pele do rosto.

Pensando em realizar o procedimento? A esteticista especializada em microagulhamento Raphaella Bahia, da FR Microcenter, esclarece algumas dúvidas sobre o assunto.

Qual é o objetivo da técnica BB Glow?

O objetivo da BB Glow é alcançar uma pele sem manchas e radiante. Além de ter efeito clareador, também estimula a produção de colágeno. A sensação é de estar com uma base permanente, já que a pele fica bastante uniforme.

Como funciona?

O procedimento é não invasivo e feito com o auxílio de uma caneta derma pen de microagulhamento. A profissional deve conhecer as manobras necessárias para garantir um resultado natural.

Existe alguma restrição ou contraindicação?

Sim. Ele não é indicado para gestantes, lactantes e pessoas que têm doenças de pele ou acne ativa.

Quais são as dicas para quem quer investir nesse procedimento?

Antes de mais nada, pesquise. Busque uma boa profissional e só faça quando sentir segurança. Atente-se às questões de biossegurança, que são indispensáveis em qualquer procedimento estético, como por exemplo a limpeza do ambiente e dos materiais utilizados.

Carne Louca: aprenda receita com sabor das Índias e rebolado brasileiro

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Carne Louca: aprenda receita com sabor das Índias e rebolado brasileiro (Foto: Divulgação)

 

A hora da carne louca nas festinhas é sempre um sucesso. O lanche é democrático ao paladar e pode ser adaptado a vários gostos. Nesta versão, chef Melchior Neto apostou nas especiarias na elaboração da carne e o resultado ficou uma explosão de sabores. A Carne louca ganhou um preparo das Índias, mas não perdeu o rebolado brasileiro.

Carne Louca
Por Melchior Neto
Ingredientes
1,5 kg de lagarto
1,5 litro de água
2 colheres (sopa) de azeite
1 cenoura
1 cebola
1 salsão
4 folhas de louro
2 cravos-da-índia
1 canela em pau
Sal a gosto
Pimenta do reino a gosto
Molho
3 colheres de azeite
1 cebola roxa picada
1 cenoura grande picada
3 xícaras (chá) de caldo
1 xícara (chá) de molho de tomate
Salsa picada
100g de manteiga
2 colheres (sopa) de farinha de trigo
Sal a gosto
Pimenta do reino a gosto

Modo de preparo
Comece picando o lagarto em cubos e tempere com sal e pimenta do reino.  Frite direto na panela de pressão com azeite até dourar. Feito isso, acrescente a cenoura, o salsão, a cebola cortada ao meio com o louro, o cravo, a canela e adicione a água. Tampe a panela e leve ao fogo alto. Quando começar a apitar, baixe o fogo para médio e deixe cozinhar por 40 minutos e desligue. Espere sair o vapor, abra a panela e retire a carne. Coe o caldo e guarde para futuras preparações (como, por exemplo, um arroz). Reserve apenas 3 xícaras do caldo para o molho. Desfie todo o lagarto cozido e reserve.

Molho
Refogue a cebola e a cenoura no azeite.  Em seguida, coloque a manteiga e quando derreter junte a farinha misturando. Coloque a carne desfiada, o molho de tomate, o caldo do cozimento e mexa bem. Junte a salsa e acerte o sal e pimenta.


Montagem
O ideal para montar lanchinhos em mini pães franceses, rechear torradas, rechear fatias de pão italiano ou até mesmo servir em potinhos. frio ou quente, no dia seguinte fica mais saboroso ainda.
Molho para pão
Misture mostarda amarela com mel a gosto.

Tempo de preparo: 1 hora
Grau de Dificuldade: Médio
Rendimento: 20 minilanches


Dúvida na hora de variar o look com camisa? Meghan Markle te ensina

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Meghan Markle te ensina a usar camisa (Foto: Getty)

 

A camisa é uma peça chave para muitos looks mais arrumadinhos, para trabalhar. Branca, listrada, preta, jeans… são várias as opções que, combinadas de maneiras diversas, garantem looks que equilibram sofisticação e casualidade. E parece que Meghan Markle, a Duquesa de Sussex, sabe muito bem disso e adora usar essa peça. Não à toa, uma camisa branca foi sua escolha para a primeira aparição oficial como namorada do Príncipe Harry.

 

A seguir, dez looks de Meghan Markle com camisa que mostram a versatilidade da peça:

Camisa e calça pretas e blazer branco

Meghan Markle (Foto: Getty)

 

 

Camisa por baixo de suéter com golinha aparecendo

Meghan Markle (Foto: Getty)

 

 

Camisa branca e saia fluída

Meghan Markle (Foto: Getty)

 

 

Camisa com listras azuis e pantalona branca

Meghan Markle (Foto: Getty)

 

 

Look monocromático com camisa e saia de couro verdes

Meghan Markle (Foto: Getty)

 

 

Gravidíssima, com camisa branca e saia longa preta

Meghan Markle com o marido, Príncipe Harry (Foto: Getty)

 

 

Camisa branca ou blazer cinza e calça preta

Meghan Markle (Foto: Getty)

 

 

Camisa branca com jeans e sapatilha marrom

Meghan Markle (Foto: Getty)

 

 

Terninho com blazer e short cinza e camisa branca

Meghan Markle (Foto: Getty)

 

 

Camisa e calça jeans com casaco caramelo

Meghan Markle (Foto: Reprodução/Pinterest)

 

 

Marina Silva: "Bolsonaro simboliza uma pulsão de morte"

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Marina Silva (Foto: Bob Wolfenson)

 

Em meio a maior crise ambiental das ultimas décadas, Marina Silva conversou com Marie Claire, da Colômbia, onde estava a convite de uma universidade. Na entrevista, responsabilizou o presidente Jair Bolsonaro e o ministro do meio ambiente Ricardo Salles pelas queimadas na Amazônia, diz que somente um esforço conjunto da sociedade pode evitar que as consequências da crise ameacem as exportações brasileiras, defendeu a participação de setores do agronegócio na criação de medidas para este fim e diz que Greta Thunberg é a antítese do presidente do Brasil.

Marie Claire Na sua opinião, qual é o motor da crise que ambiental que o Brasil está vivendo?
Marina Silva
O fato de o governo ter desconstruído o Fundo Amazônico, ter ganhado a eleição com o discurso antiambientalista de que acabaria com a indústria de multas está por trás do que está acontecendo. Tiraram a Agência Nacional de Águas do Ministério do Meio Ambiente, enfraqueceram os órgãos de fiscalização e de controle. Encaminharam um conjunto de propostas que dava um sinal positivo aos contraventores ao dizer que acabariam com o licenciamento ambiental. O presidente não acabou com o Ministério do Meio Ambiente do ponto de vista legal, mas dos ponto de vista prático. O presidente incitou o que está acontecendo. Este governo soltou todos os gênios do mal de dentro da garrafa, a situação atual é de descontrole.

MC Como a senhora vê a campanha pelo boicote de produtos brasileiros que se anuncia no exterior?
MS
A melhor forma de responder é resolvendo o problema. O Brasil era visto como vilão ambiental nos anos 80 e 90 e passamos de vilão à parte da solução. Isso aconteceu sobretudo com o plano de combate ao desmatamento, mais as políticas de redução da camada de ozonio, a participação que tivemos em grandes acordos como relação à questão da diversidade, da desertificação. O mais importante foi ter conseguido diminuir o desmatamento em 83%, durante dez anos, em função de políticas públicas, em uma dinâmica em que a economia crescia à 3% e o agronegócio a 12%. Isso tudo fez o Brasil ser um interlocutor respeitado. Em oito meses esse governo acaba com tudo. E a fotografia é a Amazônia virando cinzas. A melhor forma de responder a isso é recuperando o plano de combate ao desmatamento.

MC Como?
MS
Eu, ex-ministros do meio ambiente e a SBPC, acabo de ter a anuência de todos eles, graças a Deus, de uma proposta que vamos encaminhar para o Congresso, para que sejam suspensos todos os projetos antiambientais que estão tramitando, para dar uma sinalização forte de que não adianta grilar e derrubar porque as terras não serão legalizadas. E que a governança ambiental será recuperada do ponto de vista da legislação e das estruturas, dos recursos humanos e financeiros. E de uma ação que nos leve à criação de uma comissão especial que que nos leve a debater medidas para recuperar governança ambiental, fortalecendo o Ibama, Serviço Florestal Brasileiro, ações do Obama em conjunto com a Polícia Federal, reforçar o orçamento do Ministério do Meio Ambiente, sendo o principal órgão de combate e controle do desmatamento, tanto para a previsão do sistema de alerta quanto para o monotonamento do índice de desmatamento, que é o sistema Prodis. Ao mesmo tempo com essa comissão, mista, composta pela duas casas com o objetivo de chamar especialistas, agentes públicos, ambientalistas, comunidades locais, representantes da comunidade cientifica e do agronegócio para que possa debater medidas que nos leve a ter saídas para essa crise de forma estruturante, com capacidade e credibilidade.

MC O que isso representa na prática?
MS
Ressucitar o plano de combate ao desmatamento da Amazônia é fundamental. Retomar as operações conjuntas do Ibama e da Polícia Federal. Retomar o apoio ao trabalho Inpe que está sendo substitutivo por uma empresa privada. Recuperar o orçamento do Ministério. Essa comissão pode debater em um período curto a prevenção. O importante  de ter uma comissão especial é que ela faz as oitivas e depois ela conclui em relatório as propostas que foram apresentadas. E essas medidas podem ser apresentadas pelos presidentes das duas casas, juntamente com o relator. É um sinal forte de que estaremos no controle, recuperando as ações de combate ao desmatamento, a governança ambiental. Aí sim, com isso, você está dizendo que vai ter uma medida estruturante para reverter o processo. Não apenas discurso. Isso não se resolve da noite para o dia. Para recuperar isso, precisamos de muita capacidade e competência, coisa que o ministro não tem. Agora nós viramos uma espécie de pária ambiental, não sei quanto tempo levará para que com ações concrteas, revertendo esse processo, a gente recupere a imagem do Brasil. É uma perda o ponto de vista ambiental, social, diplomática, dos acordos que o Brasil tem na OCDE, do ponto de vista dos interesses comerciais, inclusive relacionado ao agronegócio. É preciso urgentemente separar nesse setor o joio do trio porque tem muita gente que não faz contravensão, não quer esse tipo de política que o Bolsonaro está implementando em detrimento do próprio agronegócio. Iniciar um processo para se ter a certificação da agricultura brasileira - nós tivemos a certificação da exploração florestal mediante manejo florestal. O processo de é demorado mas é um indício de que nós não queremos confundir os nossos produtos com qualquer tipo de politica que leve à destruição da Amazônia. A reunião com o presidente Rodrigo Maia está marcada para quarta feira. A ideia é que depois a gente possa abrir uma lista na internet para que todos aqueles (celebridades, personalidades) que querem apoiar a criação dessa comissão especial para apresentar em um prazo curto medidas estruturantes e suspender em uma moratória todos os projetos antiambientais. É assim que a gente vai mostrar para o mundo que a sociedade brasileira não compactua com essa visão atrasada que quer aumentar a produção por expansão predatória, mas por ganho de produtividade.

MC Como a senhora avalia o discurso do presidente Bolsonaro feito pela televisão?
MS
Alguém que está acuado porque soltou o gênio do mal de dentro da garrafa e tem que engolir suas próprias palavras, anunciando medidas pouco eficientes e se escondendo atrás dos governadores. Ele incitou tudo isso que está acontecendo. Ele botou um ministro que desmontou a política ambiental. E agora ele vai dar uma de magnânimo, dizendo que os governadores que quiserem ajuda de quem desmontou, de quem apoiou a contravenção,  ele pode mandar o exército.

MC A senhora avalia que o exército é o orgão competente para este trabalho?
MS
Eu sei que o exército brasileiro tem uma grande importância da Amazônia e que funciona muito bem em casos estruturais - no caso do combate aos incêndios em Roraima, o exército foi muito importante, mas desde que em um processo estrutural. Quando tínhamos o plano de combate ao desmatamento na Amazônia, o exército dava um suporte importante e estrutural, principalmente logistico. Mas o exército não pode ser usado como panaceia o tempo todo, para ações erráticas, sendo que as próprias autoridades suscitam a contravensão, depois querem usar o exército brasileiro como panacéia. A contribuição, neste momento, é paliativa. Mas não se trata de uma coisa dessa magnitude, com a importância que tem, com paliativos. Não foi por falta de aviso. Os ambientalistas, os ex-ministros se reuniram em carta.

MC Como a senhora avalia o ambiente político em que acontece uma catástrofe como essa?
MS
Estamos vivendo uma crise civilizatória no mundo e o Brasil talvez manifeste o pior dos sintomas. É como se a pulsão de morte [termo da teoria psicanalítica freudiana que define uma força que instiga a auto-destruição, contrária aos instintos básicos de vida] estivesse em atividade. É preciso que a gente ative a pulsão de vida. Nesse momento a Greta Thunberg é o símbolo da pulsão de vida. Bolsonaro simboliza, no mesmo entendimento, uma espécie de pulsão de morte. Porque não se preocupar com a questão do clima, com o acordo de Paris, os objetivos do desenvolvimento sustentável, com a Floresta Amazônica, com uma mudança no processo de desenvolvimento é quase que estar aliado com essa pulsão de morte que está no país. E a Greta simboliza a pulsão de vida. É a primeira vez na história da humanidade que as crianças é que estão vindo para proteger os adultos. Sempre são os adultos que protegem, as crianças. Em todos os momentos da história nós é que nos jogamos para proteger as nossas crianças, agora são elas é que estão se jogando na nossa frente.

MC O Acre decretou estado de ermgência esta semana. Esteve lá?
MS
A situação do Acre é grave. O governador do Acre incitou, igual ao Bolsonaro. Há uns 20 dias ele disse que quem estava fazendo atos ilegais não precisava ter medo de multas nem dos fiscais. Agora ele corretamente decretou estado de calamidade, de emergência. É isso que dá quando se desautoriza os funcionários da Secretaria do Meio Ambiente, o Ibama, quando ridiculariza um símbolo da luta sócio-ambiental que é o Chico Mendes, dá um sinal de que até mesmo as reservas extrativistas deveriam ser usadas para a pecuária. Agora não sou agente publica, não tenho as instituições, não posso fazer mais do que estou fazendo.

Retiro de silêncio: maquiadora conta a sua experiência

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Rafaella Crepaldi durante o retiro de silêncio  (Foto: reprodução Instagram )

 

Não foi por acaso que cheguei ao Centro de Meditação Vipassana Dhamma Sarana, em São Paulo. Há dois anos meu professor de yoga, Pedro Moreno, comentou sobre um retiro de silêncio que mudaria a minha vida, mas eu precisava ter 10 dias disponíveis.

Em março deste ano, quando planejava uma viagem a trabalho para a Ásia, que emendaria numas férias em Bangkok e Nova York, me dei conta que sobrariam exatos dez dias. Não hesitei e procurei meu professor, que me encaminhou o link das inscrições para o tal retiro e foi categórico: “Não faça menos que dez dias”.

Depois de algumas tentativas frustradas de inscrição (os cursos são bastante concorridos), consegui me cadastrar para o que começaria logo após minha volta de Hong Kong – que foi a experiência profissional mais desafiadora da minha carreira.

O retiro

O nome Vipassana é dado a uma das técnicas de meditação mais antigas da Índia. Ao redor do mundo, a prática é aliada a retiros de total silêncio, que podem durar de três a dez dias. Lutando contra meu lado controlador, antes de me meter nessa não pesquisei nada sobre, apenas fui: let it be!

Na estrada a caminho, quanto mais nos aproximávamos do retiro, maior se tornava o tempo de silêncio já dentro do carro. Na entrada do centro havia um rapaz com as mãos em prece e dizia calmamente: “Bem-vindas ao Centro de Meditação Vipassana”. Como tive experiências com retiros na infância, quando cheguei e me deparei com a natureza, alojamentos, a luz natural do sol, não apenas silenciei meu medo, como senti felicidade por chegar a um lugar que me parecia seguro.

Isso até ter que me despedir do celular, livros, cadernos, canetas e até incensos. Pois é, o intuito é realmente uma imersão em si mesmo, com pouquíssimas intervenções externas. Senti vazio e vontade de reagir com histeria, mas controlei. Ouvi as instruções e as últimas palavras do guia: “A partir de agora, nobre silêncio”.

A maior dificuldade além do silêncio foi a falta de estímulos de distração; do visual, leitura e escrita. Conforme os dias passavam, tomei consciência de que havia uma intenção por trás de cada detalhe: a comida sem tempero, a cama desconfortável, as placas colocando limites em todos os lugares. No segundo dia perdi toda a segurança que havia sentido de cara e, em seu lugar, senti medo e opressão.

Rafa e o grupo que a acompanhou durante o retiro (Foto: reprodução Instagram )

 

Todos os dias, a professora de meditação, Yohanna, oferecia três minutos para tirar dúvidas dos alunos – eram os únicos instantes em que falar era permitido. Durante 11 horas por dia, meditávamos. No tempo que restava, me pegava chorando. A mistura de sentimentos era tão intensa que eu não conseguia trabalha-los conscientemente. Mas, foi no terceiro dia que, em prantos, usei meu momento com a professora. Em um desabafo de alívio e dor, disse que estava angustiada, com medo e sentia que o lugar me oprimia. Sua devolutiva foi sutil e clara: “Você está sendo muito dura com você mesma. Observe. Não precisa fazer nada além disso”. Então, me acalentei: “Fique tranquila. Você chegou aqui, vai conseguir. Aproveite a oportunidade de estar completamente sozinha e aprenda a se observar”.

Além das meditações, todos os dias tínhamos palestras do mestre de Vipassana, Goenka, e uma de suas falas passava como um filme em minha cabeça: “Com essa técnica você não aprende a controlar a sua mente, mas a purifica-la e alcançar iluminação”. Ok, mas, que lugar de iluminação é esse? Lá é perene? Uma vez que eu conquista-lo, será uma constância? Essas e outras milhões de questões me perturbavam.

Os exercícios diários com intuito de criar maior consciência em partes separadas do corpo me ajudaram a chegar no quarto dia: um dos mais difíceis. Foi aí que realmente adentramos a técnica Vipassana. Os dias pareciam ter mais de 24 horas. Mesmo sem me comunicar com a fala, sentia o sofrimento unânime. A partir daí um simples colar parecia pesar quilos, a aliança na mão esquerda me fazia desequilibrar, a manta usada para me aquecer não funcionava e o seu tecido me arranhava como uma bucha.

E então minha dor ultrapassou os limites físicos e passou a ser emocional, colada na minha mente. O formigamento que se estendia dolorosamente por um período, de repente não incomodava mais. A dor na lombar sessou. Em um lugar obscuro do meu corpo que custei identificar, sentia minhas veias pulsarem mais fortemente. No sexto dia, em uma tentativa de dissipar um pensamento trivial, consegui trazer o foco de atenção de volta para dentro de mim e me surpreendi com a grande energia que fluía pelo meu corpo; um fluxo energético capaz de gerar calor e suor.

Com esse intenso processo de observação, me tornei consciente das sensações mais sutis e grosseiras do meu corpo e, num nascer do sol, compreendi que tudo é impermanente. Nada adiantaria me apegar a deliciosa sensação de fluxo livre de energia passando pelo meu corpo, pois ela era passageira, bem como a dor nas costas. Passei a me perguntar o que levaria dessa experiência.

A conclusão é que existe em nós uma capacidade de auto-observação profunda, de entender de onde vem nossos apegos – seja no campo físico, mental ou emocional. E a compreensão dos nossos apegos ajuda a não nos causarmos sofrimento.

Afirmar que num momento tudo se encaixou e cheguei ao final em plena harmonia e equilíbrio seria mentira. Mas, a solidão extrema me trouxe um novo olhar sobre mim mesma. Foi através dela que pude perceber que todas as respostas que sempre busquei fora, estão dentro de mim.

Ao final da jornada, a angústia que me atormentou, se dissipou e deu espaço para a paz, tranquilidade e um novo questionamento: o que de fato me faz feliz?

“Fui presa no lugar da minha irmã e hoje estou proibida de visitá-la na cadeia”

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Daniela está proibida de ver a irmã (Foto: Acervo pessoal)

 

"Nasci em Magé, no região metropolitana do Rio de Janeiro. Sou a mais velha de 11 filhos, seis dos mesmos pais. Até os 21 anos, quando saí de casa e fui viver com uma namorada, fui meio mãe de todos. Costumo dizer que, como precisava cuidar deles, os transformei em meus brinquedos. Assim, salvei a infância que não teria de outra forma. Mesmo morando longe, nunca deixamos de ter mantivemos contato. Sempre fui muito unida com meus irmãos, entre eles, a Daniela, a terceira filha, cinco anos mais nova que eu, que viveu comigo e minha então mulher durante um ano. Estava em casa quando, no dia 17 de maio, tocou o telefone e era uma prima minha avisando à minha mãe que meu irmão Luiz André Estevão Fortes, de 18 anos, havia sido morto. Minha mãe desmaiou quatro vezes. Eu acalmei ela, fui para a praia de Mauá onde o corpo havia sido achado e constatei: era mesmo ele. Foi um choque muito grande, mas não chorei em nenhum momento. Só pensava que aquilo que estava no chão era apenas um corpo. Sabia que sua alma já não estava mais ali, havia subido para o céu. Daniela era a mais desesperada, abraçada junto ao corpo. Pedi calma. Ali só havia matéria. Mas o baque foi muito grande. Meu irmão era ótimo filho, bom aluno... Não tínhamos (e ainda não temos) ideia do que podia ter acontecido.

Na semana seguinte ao crime, comecei a receber mensagens de um policial via WhatsApp. Ele não se identificou, só disse que eu precisava comparecer à delegacia para prestar esclarecimentos sobre a morte do meu irmão. Fiquei com medo por ele não ter dito o nome, pensando que podia o assassino ou alguém que tivesse relação com o assassinato. Não achava que precisava de mais aquele sofrimento. Afinal, nada traria meu irmão de volta. Mas conversei com a minha mãe e minha namorada, e ambas me aconselharam a ir à delegacia.
Chamei um amigo para me acompanhar e, no dia 7 de junho, me apresentei na DHBF (Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense) para dar meu depoimento. Na sala, quatro policiais faziam perguntas que eu não sabia responder. Queriam saber como ele era e se eu suspeitava de alguém. Disse que Luiz André era uma pessoa boa, que ajudava todo mundo e que, pelo que eu sabia, não tinha inimigos, tampouco estava envolvido com nada ilegal ou algo que representasse risco de vida. Era tudo que eu sabia. Trabalhava muito e não convivia mais tanto com o meu irmão havia muito tempo, não tinha como conhecer os hábitos dele. Mas eles seguiam fazendo as mesmas perguntas.

De repente, um policial olhou para o computador e me perguntou se eu já havia estado em uma delegacia. Eu disse que sim, na de Itaipu para dar parte de um assalto, dois meses antes, e também na Polícia Federal para tirar passaporte, sete meses antes. As perguntas continuaram, durante quatro, cinco horas.

Comecei a ficar aflita. Precisava trabalhar e aquilo não acabava. Até que um deles perguntou os nomes e idades de todos os meus dez irmãos. Respondi, e dois policiais pediram que eu os acompanhasse até o segundo andar. Na subida, eles já começaram a me enquadrar, um de cada lado, como se houvesse o risco de eu fugir. Achei aquilo estranho, mas na minha cabeça, estava só indo assinar um papel do meu depoimento para ir embora.

Quando cheguei lá em cima, me pediram minha identidade, meu CPF, e vi em cima de uma mesa um mandado de prisão. Estava escrito Daniele Esteves Fortes -- grafia diferente do meu nome, que tem dois ‘l’s e é Estevão, não Esteves. Sem entender, perguntei: ‘Esse mandado é para mim?’. Eles disseram que, segundo o sistema, eu estava foragida há um ano e meio. ‘Por quê?’ Aí me mostraram a foto de um cara e questionaram se eu o conhecia. Neguei. ‘Conhece, sim’, falaram. ‘Ele participou de um roubo ao seu lado.’ Fiquei em estado de choque. ‘Vocês estão equivocados! Como teria tirado passaporte e feito boletim de ocorrência? Esse não é o meu nome!’ Eles disseram que minha filiação batia, e que provavelmente havia um erro de digitação, porque era eu mesma. Fiquei desesperada. Não conseguia entender o que estava acontecendo.

Impacientes e grosseiros, falavam que era melhor eu dizer a verdade e que eles tinham as imagens do tal roubo. Pedi para ver o vídeo, mas eles não deixaram. Comecei a chorar muito, e avisaram que eu ficaria detida. Depois, me levaram para uma sala com somente uma mesa e uma cadeira, onde entraram duas mulheres. Mandaram eu tirar a roupa toda e abaixar. Segui depois para tirar aquela foto clássica de presidiária na régua. Era tudo inacreditável. 

Na descida, escutei quando disseram para o meu amigo comprar um short e um chinelo. Ficaria presa ali e, no dia seguinte, seria transferida para o presídio de Benfica. Um único cara da delegacia, que acho que sacou que eu não era mesmo culpada, me deixou carregar meu telefone e telefonar para casa. Liguei para Carmen, minha mulher e, aos prantos, implorei que me tirasse de lá. Apesar de desesperada, ela me pediu para ficar calma e disse que chamaria um advogado e resolveria a questão. Segui para uma cela na DHBF. Em seguida, telefonei para a minha tia que logo apareceu na delegacia com roupas, um ovo cozido e biscoitos. Passei a noite sozinha, horrível. 

Fiquei ali sem comer, até às 15h do dia seguinte, quando dois policiais abriram a cela e me mandaram sair com a cabeça baixa. Fui algemada e me jogaram em uma viatura que me levou até o IML, para fazer o exame de corpo de delito. Entrando lá, tive outra crise de choro. Dias antes estava ali com o cadáver do meu irmão e agora isso. Não gosto nem de falar sobre esse assunto. Dói demais. 

De lá até o presídio foi um terror. Lembro do barulho da sirene e do carro correndo muito. Chegando em Benfica, um policial me levou até um agente que me perguntou qual era o meu artigo. Como não sabia responder, ele perguntou o que eu havia feito. ‘Fui confundida’, disse. O cara me mandou ler o que estava escrito. ‘Artigo 157’, falei, sem saber que aquilo significava roubo. ‘Leva essa merda, deve ser mulher de bandido’, exclamou como frieza.
Junto a duas moradoras de rua, me levaram então para um quarto úmido e com paredes muito sujas. Sem roupa, tive que abaixar de costas, de frente, abrir as pernas e colocar a mão no chão. Depois, me sentei em um banco que tem um sensor para ver se não havia nada dentro de mim. Aí cadastrei minhas digitais e, como era apenas suspeita, me botaram em uma cela sem viciadas, mas também em péssimo estado.

As detentas foram as únicas pessoas que me trataram com dignidade. Contei meu caso e elas me acalmaram. Disseram que eu ia sair, me emprestaram roupas e objetos pessoais, como pente e toalha, de outras que já haviam sido soltas. No jantar, comi arroz cru, um feijão quase sem grãos e uma salsicha – vieram duas, mas as meninas sugeriram guardar uma para o pão do dia seguinte. Como lá não existe talher, me ensinaram a dobrar a tampa da quentinha em formato de concha. Na hora de dormir, juntamos os seis colchões e cobertores disponíveis para 12 pessoas.

Fiquei em Benfica sábado e domingo e, na segunda-feira, dia 10 de junho, fui transferida para o complexo penitenciário de Bangu. Não fui antes porque eles estavam esperando chegar mais presas para encher o carro. Fui transferida com duas detentas, uma por tráfico internacional de drogas e outra por associação criminosa. Nos jogaram algemadas em um camburão com outras 19 mulheres e 23 homens. Durante o trajeto, estava muito quente e o cheiro de suor naquele ambiente sem ventilação me deixou com falta de ar. Mas nos ameaçaram dizendo que, se alguém passasse mal, seria pior. Nem sei como consegui segurar a vontade de vomitar, mas o medo era mais forte.

Ao chegar em Bangu, fiquei nua pela terceira vez – mão pra trás e cara na parede, na sala de revista aberta. Depois, nos levaram para um culto em um pátio, me deram um absorvente, um sabonete e só. Uma das detentas que também haviam vindo de Benfica, dividiu sua escova de dentes, a toalha e o shampoo comigo.

O advogado apareceu no sábado seguinte e desvendou o mistério: haviam mostrado uma foto minha para uma vítima de roubo que me reconheceu. Só aí fiquei sabendo que, na verdade, a pessoa flagrada pelas câmeras, por quem eu estava pagando pelos crimes, era minha irmã Daniela. Fiquei arrasada de saber que estava envolvida com isso. Perguntava onde ela estava, se alguém a tinha encontrado... Mas, por incrível que pareça, Daniela não tem celular e não sabia que eu havia sido presa no lugar dela. Por fim, o advogado me mostrou que meu caso havia saído no jornal e na TV e garantiu que eu sairia de lá em poucos dias. Até hoje a polícia não esclareceu muito bem como se deu esse erro.

Na segunda-feira, saiu o alvará com o nome errado, o mesmo que constava no mandado de prisão, e permaneci presa até a manhã seguinte – ao todo, foram onze dias detida. Andei uns três ou quatro quilômetros até a saída e, quando cheguei lá fora, vi toda a minha família me esperando. A imprensa também compareceu em peso. Fiquei superemocionada. Quando cheguei em Magé, a cidade me esperava com festa. Desfilei em um carro pelas ruas do bairro, com as pessoas comemorando minha soltura. Me senti muito querida, um presente.

Daniela e Danielle (Foto: Acervo pessoal)

Oito dias depois, minha irmã foi presa em Rio das Ostras, cidade litorânea do Rio de Janeiro. Não consegui ver ou falar com Daniela até hoje, mas recebi uma carta que ela escreveu para mim e para seu filho, Iohan Gael, de 2 anos. No texto, faz citações bíblicas e diz estar arrependida, mas feliz de pagar pelos erros. Também me pede perdão. Eu, minha mãe e a madrinha dele estamos nos revezando nos cuidados com o meu sobrinho enquanto minha irmã está presa.

Não tenho nenhuma raiva dela. Independentemente de qualquer coisa, é minha irmã e estarei sempre a seu lado. Recentemente, fui fazer a carteirinha para poder vê-la e recebi a notícia de que não posso entrar no presídio pelos próximos 12 meses. Consta no sistema que estou respondendo ao processo em liberdade. A pergunta é: a quê? Se fui presa por engano e minha irmã está lá agora pagando pelo que fez?  Por mais inacreditável que pareça, a juíza incluiu o nome de Daniela no sistema e não tirou o meu. Agora, estou esperando a ação passar por outro juiz que dê um parecer favorável à minha visita – e tenho fé de que, em pouco tempo, estarei a seu lado. A única certeza que tenho no momento é que não da minha irmã. Nem hoje, nem nunca."

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É preciso coragem para dizer que você decidiu não ser mãe

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Obra de Kaj Osteroth e Lydia Hamann (Foto: divulgação )

 

Há uns meses, durante um jantar com uma amiga com quem eu não conversava há alguns anos, o papo fluiu do trabalho para o casamento, até surgir o tema filhos. Aos 44, como eu, ela foi categórica: “Decidi que não vou ter”. Ser mãe nunca foi um sonho, mas também nunca disse que não seria. Com mais de 40, sei das dificuldades que poderei enfrentar caso decida encarar uma gravidez tardia, mas nunca descartei totalmente a maternidade, e muito disso é por falta de coragem. E por que falta coragem? Porque, ainda hoje, falar "não vou ter filhos" provoca nas pessoas a mesma reação de dizer: "Tenho lepra" (ou sarampo, para ser mais contemporâneo).

Sou filha de uma mulher que se tornou mãe muito jovem. Com menos de 30, dona Neuza já tinha duas, ficou em casa até minha irmã e eu chegarmos à adolescência (com uma diferença de seis anos entre uma e outra), quando, finalmente, pode estudar, trabalhar _obviamente, por trás, disso, existe um contexto machista, com meu pai dizendo que era melhor ela "cuidar das meninas", uma família tradicional, que a preparou para ser dona de casa etc. Em contraponto, minha mãe me educou para ser uma “mulher independente”. Estudo e trabalho deveriam ser prioridade sempre. Engravidar tinha como consequência “estragar tudo”. E assim foi. Acredito que muitas das mulheres da minha idade viveram algo semelhante. Entre minhas amigas de longa data, todas as que são mães engravidaram depois dos 30 _e muitas, muitas mesmo, próximo ou após os 40. Aos 20 poucos, o pior pesadelo que poderia nos acontecer era a gravidez. Eu, pelo menos, era paranóica. Nunca engravidei mas, se tivesse acontecido, não tenho dúvidas de que teria feito o mesmo que muitas amigas na época: aborto clandestino.

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Ainda hoje, falar 'não vou ter filhos' provoca nas pessoas a mesma reação de dizer: 'Tenho lepra' (ou sarampo, para ser mais contemporâneo)

O contraponto é que, ao mesmo tempo em que a família temia a gravidez precoce, bastava aparecer o primeiro namorado mais longevo para começarem as cobranças. O meu relacionamento “sério” teve início aos 31. Quando perceberam que tínhamos futuro, começou. A cada almoço, jantar, Natal, Réveillon vinha a pergunta: “E aí, quando vão ter um filho?”, “Ah, ia ser tão lindo ter crianças correndo pela sala!”. Em quase 14 anos de casamento, já ouvi de tudo, de chantagens (“ah, você não vai dar um netinho para sua mãe?”) ao clássico fora da tia na ceia de Natal (“E essa barriga? Tá grávida né?”).

Esse cronograma social, determinando o status “namorou, casou, engravidou” está tão impregnado em nosso inconsciente que essas mesmas amigas da minha geração vez ou outra embarcam nessa expectativa. A partir de uma certa idade, quando você diz que tem uma novidade, a exclamação imediata é: "Tá grávida?!". Quando estava prestes à mudar para Paris, todas as vezes que eu ia dar a notícia, ouvia esse clássico de volta, e respondia: “Não, acho que é bem melhor”. E ríamos a valer, cientes do clichê envolto na pergunta. Faço o possível para ser compreensiva com o tal "ciclo natural da vida" em que as pessoas se conhecem, se amam, deste amor nasce um lindo bebê e todos vivem felizes para sempre. Mas, na prática, esse modelo imposto por uma sociedade patriarcal, religiosa e machista se transforma em tortura para quem não tem nenhuma vocação ou vontade de ter filhos _ou não pode, não consegue, ou quer esperar, whatever!. Eu, muitas vezes, fiquei irritada, não porque não queira ser mãe _como disse, não sou convicta disso_, mas porque a vida não se resume à maternidade. Há muitas realizações maravilhosas que não envolvem ser mãe e quem não tem vontade de procriar tem de ter a liberdade de decidir por isso em paz, sem constrangimento.

Por isso, quando minha amiga falou sobre a decisão de não ser mãe, eu a parabenizei. É preciso ter muita coragem para assumir isso para si mesma e falar sobre o tema com tanta convicção e serenidade. Até por pensar com muito carinho na ideia de adotar uma criança, mantenho o discurso de que “tudo pode acontecer”. E, confesso, ao contrário dessa brava companheira, me falta coragem.

Esse modelo imposto por uma sociedade patriarcal, religiosa e machista se transforma em tortura para quem não tem nenhuma vocação ou vontade de ter filhos _ou não pode, não consegue, ou quer esperar, whatever!"
 

 

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