Luiza Valdetaro, carioca da gema, ficou encantada com a paisagem de Fernando de Noronha, onde está passando alguns dias de férias com o namorado, Felipe Abad. A atriz ainda fez um um comparativo da natureza da ilha com sua cidade e compartilhou as conclusões em seu Instagram neste sábado (3).
"Sou muito carioca, mas sou sincera acima de tudo. Rio, esse ‘dois irmãos’ aqui no meio do mar estão mais maneiros, hein?! O paraíso é aqui. Noronha", escreveu.
Dê uma volta pela sua casa. Olhe seu ralo, travesseiro, chão, pente: você vê cabelo demais? A dermatologista e tricologista Kédima Nassif ajuda: o normal é perder de 60 a 100 fios de cabelo diariamente. Para saber se a sua queda supera os níveis comuns, ela dá a dica: “Una seus cabelos em uma pequena mecha de cerca de 60 fios e puxe, deslizando suas mãos até as pontas dos fios. Se nesse processo saírem mais de seis fios é sinal que você deveria buscar um tricologista ou dermatologista.”
Além de ir a uma consulta, outra boa ideia é entender o que desencadeou sua queda capilar. Para isso, eis aqui os sete principais fatores motivadores do quadro:
Genética
“Existe a chance de você ser geneticamente predisposto a sofrer com afinamento e queda capilar”, afirma Kédima Nassif. A calvície hereditária (alopecia androgenética) é uma manifestação fisiológica que pode vir do lado paterno ou materno. “A alopecia androgenética é resultado da estimulação dos folículos pilosos (estrutura da pele que produz os pelos) por hormônios masculinos que começam a ser produzidos na adolescência (testosterona). Ao atingir o couro cabeludo de pacientes com tendência genética para a calvície, a testosterona sofre a ação de uma enzima, a 5-alfa-redutase, e é transformada em di-hidrotestosterona (DHT). É a DHT que vai agir sobre os folículos pilosos, promovendo sua diminuição progressiva a cada ciclo de crescimento dos cabelos, que vão se tornando menores e mais finos. O resultado final deste processo de diminuição e afinamento dos fios de cabelo é a calvície”, detalha a dermatologista Claudia Marçal. Causa mais comum da queda capilar, ela atinge os homens na parte superior e frontal da cabeça, e nas mulheres leva à rarefação difusa e ao afinamento dos pelos.
Desequilíbrio hormonal
“Enquanto o estrogênios, hormônios femininos, ajudam a manter os cabelos na fase anágena, ou seja, de crescimento, pelo tempo necessário, os andrógenos, hormônios masculinos, podem encurtar o ciclo de crescimento capilar, fazendo com que os fios cheguem à fase de queda mais rapidamente. Dessa forma, o excesso de hormônios andrógenos pode causar a perda dos cabelos”, explica a dermatologista e tricologista Kédima Nassif.
Deficiência de ferro
O ferro é fundamental para a produção de proteína para as células capilares. “Quando o corpo apresenta deficiência nutricional, o organismo redireciona os nutrientes para órgãos e glândulas importantes, deixando cabelos e unhas sem aporte nutricional”, afirma Lucas Portilho, farmacêutico e pesquisador em Cosmetologia.
Deficiência de vitamina B12
“A deficiência de vitamina B12 está diretamente relacionada à queda capilar, pois o nutriente garante a saúde dos glóbulos vermelhos do sangue, responsáveis por carregar o oxigênio para nutrir os mais diferentes tecidos do corpo, incluindo os folículos capilares”, afirma Nassif.
Hipotireoidismo e hipertireoidismo
A glândula tireoide ajuda a regular o metabolismo do corpo, controlando a produção de proteínas e o uso de oxigênio pelos tecidos. “Logo, qualquer desequilíbrio nessa glândula pode afetar os folículos capilares. Além disso, o hipotireoidismo pode levar a um quadro anêmico do paciente - aí, a deficiência de ferro pode afetar o cabelo”, desenvolve a tricologista. “Quaisquer alterações hormonais modificam diretamente a saúde dos cabelos, mudando sua estrutura proteica, densidade, resistência e crescimento das hastes capilares”, complementa Claudia Marçal.
Estresse
O aumento dos níveis de cortisol pode causar, além de queda capilar, o aparecimento de problemas no couro cabeludo, como caspa.
Idade
Com o envelhecimento, os cabelos também envelhecem, ou seja, é um processo natural que fiquem mais finos e caiam. “Quando a mulher entra na menopausa, por exemplo, começam a ocorrer mudanças no organismo que também afetam os cabelos. Sendo assim, a queda de cabelo torna-se mais prevalente após este período”, afirma Nassif.
Ela ainda indica que os processos de queda capilar são lentos. “Ao notar queda excessiva dos fios, não se desespere. O ideal é acompanhar esse processo e consultar um tricologista sempre que houver a suspeita de uma queda aumentada.” Paola Pomerantzeff, dermatologista, assina embaixo: “Existem inúmeras causas para as alopecias, e cada causa responde a um tratamento diferente. Por isso, mais uma vez, o exame físico é fundamental para diagnóstico, estabelecimento da causa e, então, tratamento.” Os tratamentos incluem suplementação, aplicação de laser ou LED como Bulge Hair Restoration ou tratamentos em clínica como microagulhamento, drug delivery digital e mesoterapia.
No inverno, nada mais delicioso do que se alimentar de comidas bem quentinhas que aquecem o corpo e a alma. Além de gostosa, melhor ainda se a for uma comida fácil e rápida de preparar. Por isso, o Avenida Café Bistrô indica uma receita clássica, mas com um toque especial: nhoque de batata com cubos de filé mignon. Aprenda como fazer:
Ingredientes da massa
200g de batata Asterix
10g de amido
25g de parmesão ralado
1 gema
50g de farinha de trigo
sal a gosto
noz moscada a gosto
Ingredientes da carne
120g de filé mignon em cubos pequenos
2 colheres de sopa de molho de tomate
2 colheres de sopa de tomate pelado em cubos
20g de cogumelos shitake
20g de cogumelos paris
1 dente de alho picado
1\4 de cebola picada
folhas de manjericão fresco
sal a gosto
pimenta do reino a gosto
queijo parmesão para gratinar
Modo de preparo
Cozinhe as batatas até que estejam macias. Descasque-as e passe pelo espremedor ainda quentes. Vá acrescentando a farinha aos poucos, depois o queijo, a gema e o sal, amasse bem.
Coloque a massa sobre uma mesa enfarinhada e faça rolinhos. Corte cada rolinho em pedaços de mais ou menos 2 cm. Leve ao fogo, em uma panela com bastante água temperada com sal.
Quando a água levantar fervura, vá colocando os nhoques até eles começarem a subir. Coloque água fria em uma bacia com um escorredor dentro, retire os nhoques já cozidos da água fervente e coloque-os no escorredor para dar choque térmico. Repita o processo até toda massa estar cozida. Escorra bem e coloque o nhoque em um refratário, reserve.
Em uma panela, ferva a água com um fio de azeite. Aqueça bem uma frigideira, coloque azeite e aqueça. Junte a cebola, o alho e o filé mignon em cubos. Mexa por cerca de 2 ou 3 minutos. Acrescente os cogumelos e mexa. Junte o manjericão, o molho de tomate e o caldo de legumes. Deixe apurar bem até obter consistência. Coloque a carne sobre o nhoque, cubra com queijo parmesão ralado e leve ao forno para gratinar
Nesse verão, o segredo está na cesta. Originalmente um objeto de cestaria, a bolsa de palha é um acessório de influência campestres que faz seu retorno nas tendências da próxima primavera.
Segredos da história
Inicialmente um objeto prático para transportar frutas e verduras ou colher flores, a cesta está nas últimas tendências da estação. Ela une nosso amor pelas peças com cara da vovó à estética artesanal que temos resgatado com vigor. E o sucesso da peça se deve, principalmente, a um ícone da moda francesa que foi capaz de fazer dele um item chique. Estamos falando, é claro, de Jane Birkin.
Nesta temporada, os designers não hesitaram fazer seus modelos: Loewe, Chanel e Alberta Ferretti apresentaram em desfiles suas bolsas em versões atualizadas.
A palha vai com qualquer ocasião: no escritório, use com peças de alfaiataria em tons pastel; nas ruas, com as roupas mais básicas que encontrar; e, na praia, com um biquíni e voilà. Aqui, a lista das bolsas que vamos adotar nesta temporada:
O saco redondo
Bonito e retrô, tem uma aparência feminina e elegante. Perfeito para vestir um vestido leve, combina com um toque boêmio que amamos.
A bolsa de praia
A cesta de praia em sua versão palha ou ráfia é a melhor aliada das viagens de sol, do litoral ao mercado da esquina. Com seu tamanho extra, permite levar do essencial ao supérfluo. O desejo se instaurou com Jacquemus, vale lembrar.
A cesta com alça
Mais chique que a bolsa de praia, essa tem alças curtas.
A cesta de piquenique
De tamanho médio e vime, é sem dúvida a versão mais rural da bolsa de verão.
Tipo box
Retangular, tem fecho de metal ou botão magnético. Sua alça de couro que inegavelmente aprimora seu estilo.
Nesta segunda-feira, 5 de agosto, Janice Ferreira Silva, conhecida como Preta Ferreira, completa seu 39º dia detida, segundo ela, por um crime que não cometeu. “Estou na cadeia injustamente porque mulher preta e pobre neste país ou é alvo de 14 tiros como Marielle Franco ou acaba em um lugar assim. Estou presa pois a Justiça no Brasil é seletiva, racista e tem lado”, nos diz ela, que conversou a com a reportagem de Marie Claire em uma sala nas dependências da Penitenciária Feminina de Santana, em São Paulo, onde aguarda a resolução de seu processo.
Preta, que aos 35 anos é formada em publicidade, trabalha como cantora e agente cultural e ainda é uma das lideranças do Movimento dos Sem Teto do Centro (MSTC), foi intimada na própria casa no dia 24 de junho por suspeita de extorsão. Em outras palavras: suspeita de cobrar aluguéis indevidos de moradores de ocupações. O inquérito que levou a sua prisão temporária se baseia em denúncias de treze testemunhas anônimas e é um desdobramento da investigação do desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida, no Largo Paissandu, em maio de 2018. O prédio era ocupado pelo Movimento de Luta Social por Moradia (MLSM) e abrigava aproximadamente 150 famílias. Preta afirma que não tem ligação alguma com o edifício, que sequer já pisou no lugar.
Em entrevista coletiva, André Figueiredo, o delegado responsável pelo caso, afirmou: “as treze testemunhas dizem que pagavam R$ 200 a R$ 400 e esse valor não era usado em melhorias. Aqueles que não pagavam eram ameaçados e agredidos. Não estamos acusando os movimentos, mas pessoas que atuavam nos movimentos”.
Além da cantora, foi preso seu irmão, Sidney Ferreira Silva, também do MSTC, e Edinalva Silva Pereira e Angélica dos Santos Lima, ambas do movimento Moradia Para Todos. Outras cinco pessoas tiveram a prisão temporária autorizada, mas não foram localizadas. Entre elas, Carmen Silva, mãe de Preta e Sidney, que segundo a filha, “está foragida”.
De acordo com a assessoria de imprensa do MSTC, nem Preta nem Sidney têm relação com a ocupação do Wilton Paes, “senão aquela estabelecida logo após o desabamento, quando comitês de ajuda organizados pelos movimentos de moradia prestaram auxílio às famílias desabrigadas”. A defesa dos irmãos chegou a entrar com um pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça, mas esse foi negado pela vice-presidente do órgão, a ministra Maria Thereza de Assis Moura.
Preta é a mais velha de oito irmãos. Na adolescência, veio da Bahia para São Paulo atrás da mãe e, desde então, assim como ela é envolvida com direito à moradia na capital. Nesta entrevista, fala de seus dias na Penitenciária Feminina de Santana, das denúncias anônimas que as colocou ali e explica as cobranças que os moradores costumam pagar aos movimentos.
MC. Nos conte sobre o dia da sua prisão. Onde você estava, com quem estava e o que sentiu quando soube que seria detida?
PT. Estava em casa, eram 6 da manhã. Entraram três policiais na minha casa, inclusive o delegado armado. Comigo estavam duas crianças, uma de 1 ano e outra de 5. Meus sobrinhos. Então, não existia essa necessidade de entrar com arma em punho, até porque sempre que me chamaram para depor eu fui de boa e espontânea vontade. Mas acho que fazem isso para se sentirem heróis, machos. Essa é a única resposta para os homens brancos serem violentos dessa forma. Quando se trata de mulher, não há respeito.
MC. E quando chegou à delegacia, ainda acreditou que seria presa?
PT. Não. Quando fui presa, entrei na delegacia de cabeça erguida e tinha certeza que sairia rápido dali. Porque não devo nada para ninguém. E continuo aqui de cabeça erguida porque sei que sou inocente. Estou presa por um processo que é baseado em fofocas. E que pena que esse processo não é aberto para a população. Tenho provas da minha inocência. Como uma pessoa é extorquida e recebe recibo? Isso não existe. Como posso extorquir alguém se também faço parte dessa demanda e tudo que pagaram eu também paguei?
MC. Fala-se em denúncias anônimas. Você sabe quem as fez?
PT. São pessoas que moravam nas ocupações, mentirosas e caluniadoras. Inclusive tem uma delas, que é inimiga de Carmen Silva, que já processou minha mãe e que já perdeu o processo. Prefiro não dizer o nome dela. O verdadeiros criminosos estão aí soltos. E os inocentes estão presos. Tá na hora da Justiça parar de ser seletiva.
MC. Qual é o seu papel dentro do MSTC?
PT. Trabalho com cultura. Sou formada em publicidade, sou cantora e atriz. Trabalho com muitos artistas do país inteiro. Meu papel então é, além de trazer projetos para a ocupação, além de lutar por vagas em escolas e universidade e buscar cursos gratuitos para os moradores, envolvê-los nos meu projetos. Arrumar trabalho para essas pessoas.
MC. Se dentro do movimento você é alguém envolvida em projetos culturais, por que foi uma das denunciadas?
PT. Na verdade, a parte que me cabe no processo diz que fiz ameaças, que ameacei algumas pessoas.
MC. Que cobranças são essas que os moradores de ocupações precisam pagar?
PT. Dentro do movimento existe um estatuto e um regimento. Todo mundo que entra nas ocupações é ciente que tem que pagar R$ 200 mensais. Quando a gente ocupa, não encontra um prédio com energia, com água, extintor, porteiro, câmera, advogado. Então a gente tem que contratar e fazer tudo isso. E isso é exigência da própria prefeitura, temos que trabalhar junto ao poder público. Então, o movimento é autossuficiente e autogestor. Quem arca com todas essas despesas são os próprios moradores. Quem é que mora de graça no Brasil? Quem é que mora de graça em qualquer lugar? Tem que pagar. Nada acontece de graça. R$ 200 não é aluguel, é o valor que cobramos para podermos manter o prédio em segurança.
MC. O MSTC administra quantas ocupações?
PT. 5 ocupações. Em uma delas pagamos diretamente ao proprietário, que é o prédio da José Bonifácio. É como se fosse um aluguel. Foi feito um acordo entre a Secretaria de Habitação de São Paulo, nós e o proprietário. As outras ocupações são o Hotel Cambridge, que agora está em reforma e será um projeto Minha Casa, Minha Vida, a Nove de Julho, a Casarão e a ocupação Rio Branco. Foram nove pessoas com mandado de prisão preventiva. Algumas delas eu nem conheço, só ouvi falar o nome na televisão. Essas pessoas estão relacionadas ao prédio que caiu. Aliás, dizem que o estopim da minha prisão foi esse prédio. Se esse foi mesmo o estopim, por que eu estou aqui presa? Meu movimento se chama MSTC, eu nunca pisei no prédio que caiu. Eu não tenho nada a ver com isso.
MC. E sobre a prisão do seu irmão. Como ela está sendo justificada e qual é o papel dele no movimento por moradia?
PT. Meu irmão não faz parte do movimento nem mora em ocupação. Mora em Diadema e não tem nada a ver com o MSTC. Está preso porque segundo o delegado do caso [André Figueiredo] isto aqui se trata de uma formação de quadrilha. Então minha família inteira é uma quadrilha?
MC. E as pessoas que tiveram o mandado de prisão expedido mas não estão presas? Sua mãe, por exemplo, está foragida. Certo?
PT. E que fique foragida para que possa provar sua inocência.
MC. Você teve acesso ao seu processo?
PT. Sim.
MC. E você estava nos dizendo que ele se trata "apenas de fofoca".
PT. Isso. É até uma vergonha que a Justiça aceite um processo como aquele. Da parte que me acabe, não tem nada que me incrimine. Fulano de tal falou para fulano de tal que eu ameacei alguém. E estou presa por isso? E tem mais, disseram que essa ameaça aconteceu no dia 25 de junho. Fui presa dia 24. Como teria acontecido essa ameaça? Por telepatia? O processo é todo baseado em falhas.
MC. Esta é a primeira vez que você é alvo de um processo criminal?
PT. Sim. E espero ser a última. Sempre fui tão caxias que paguei todas as minhas contas em dia para não ter nem meu nome sujo.
MC. Conta sobre a sua história com o movimento de moradia. Quando e como ela começa?
PT. Começa ainda criança e pela necessidade. Minha mãe saiu da Bahia deixando seus oito filhos para atrás para fugir do meu pai, porque ela sofria violência doméstica. Então, ao chegar em São Paulo em meados dos anos 90, dormiu na rua, morou em albergue... e depois conheceu o movimento de moradia. Aí sim pôde ter um lar e nos buscar. Fomos todos morar na ocupação Nove de Julho. No movimento de moradia eu aprendi a ter direitos, aprendi que podia estudar, aprendi a ter senso de coletividade. O movimento de moradia também me empoderou como mulher e cidadã. Mais tarde, comecei a empoderar outras mulheres para que não tolerem a violência doméstica que minha mãe sofreu e que consigam estudar como estudei.
MC. Hoje você mora em ocupação?
PT. Não. Mas porque tenho condições de morar em outro lugar. Pago aluguel, moro na Bela Vista junto com a minha mãe e as minhas irmãs. E também não quero tirar o lugar de quem de fato precisa morar na ocupação. No entanto, estou sempre presente na Nove de Julho, trabalhando e lutando.
MC. Até quando morou na Nove de Julho?
PT. Até 2002.
MC. Quero que nos conte como tem sido os seus dias aqui na penitenciária e se existe algo bom desta experiência.
PT. Estar aqui só reforça na minha cabeça que ninguém é melhor que ninguém. Eu já sabia disso, agora seu mais. Destes dias aqui dentro, tirei que a minha luta vale a pena sim. E que quando eu sair, sairei mais forte. Sei que a minha prisão ocasionou forças em outras pessoas e que está nos fortalecendo como movimento.
MC. Você tem medo de ficar muito mais tempo aqui?
PT. A minha prisão é política, isso me dá orgulho, não medo.
"Era uma noite muito quente no Rio, Natal de 2017, e eu sentia arrepios de frio. Medi a temperatura do meu corpo, que estava em cerca de 40 graus. Essa febre se arrastou por uns dois, três dias. Quando parou, pensei se tratar de uma virose. Estava muito estressada, mas tinha um ano novo previsto na Bahia, já com passagem comprada. Fui.
No avião, voltaram os calafrios. Durante todo a viagem, tive febre todo dia mas não dei bola. Até que, uma tarde, passamos cinco horas em barraca de praia e a febre aumentou muito. Mas não tinha nada além disso, nenhum outro sintoma.
Quando voltei, dia 3 de janeiro, estava muito fraca e fui direto para a casa dos meus pais. Lá, passei a ter também uma dor de cabeça lancinante. E não era só isso. As juntas começaram a doer e minha respiração ficou ofegante. Também percebi que não lembrava de palavras e confundia seus significados. Às vezes, não conseguia escrever, repetia a mesma frase várias vezes. Estava muito mal. E não era só uma coisa física, mas cerebral. Achei que estava em um processo de Alzheimer ou algo assim.
Como, por puro desleixo, estava sem plano de saúde, fui a uma UPA da Tijuca, na Zona Norte do Rio. Uma médica supernovinha me atendeu e disse que era melhor irmos a uma Clínica da Família. Depois de uma bateria de exames vimos que não era tuberculose, DST, nem nada. De ambulância, ela me mandou para o INI — Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz, instituição pública de pesquisa e desenvolvimento em ciências biológicas).
Lá, já me colocaram em uma sala toda fechada e recebi sedação profunda por oito dias. Durante esse período, testaram a bactéria que estava no meu corpo e descobriram que eu tinha um problema congênito no coração, que é assintomático e comum. E que isso havia me causado uma doença muito séria. Por causa da baixa da minha imunidade, havia contraido uma bactéria que se alojou nessa válvula. Isso gerou endocardite aguda, uma infecção rara no coração que afetou diversos órgãos.
Depois de muitos antibióticos, sedativos e alucinações, consegui acordar e soube que precisaria operar o coração. Foi quando tive noção da gravidade do meu caso. A essa altura, meus pais já estavam procurando vaga no Instituto Nacional de Cardiologia (INC). Depois de uns 15 dias na Fiocruz, finalmente fui transferida.
Estava cadavérica. Tinha perdido pelo menos 15 quilos: beirava os 40 quilos (tenho 1,67m de altura), não tinha nenhuma gordura e tomava duas injeção anticoagulantes na barriga todos os dias. Era horrível.
Lá, detectaram um aneurisma no meu cérebro que não resistiria à cirurgia cardíaca e precisei ser operada com urgência.
Voltei para o INC para fazer a cirurgia do coração. Marcaram para 16 de fevereiro. Mesmo sendo muita coisa, foi meio rápido, porque eu ainda era uma paciente de alto risco. No INC, um médico falou: ‘Você é o caso mais grave deste hospital’.
Depois da cirurgia, ainda tive que ficar 40 dias recebendo antibiótico na veia para zerar a infecção no sangue, acabar com a bactéria.
Fiquei três meses internada e passei mais um na casa dos meus pais. Era como se eu fosse um bebê. Tinha que fazer exercícios, andar passinho por passinho. Estava um palito. A ideia era eu ganhar peso para voltar à vida.
Hije, só tomo remédio para taquicardia. Meu coração está normal, o cérebro também. Sei que sou uma sobrevivente. Fiquei oito dias sedada e entubada. Depois que saí do hospital, ouvi de pessoas da área da saúde que, com mais alguns dias, teria perdido a voz. Porque o tubo passa na laringe e alarga as pregas vocais. E, depois de metade de um mês fazendo isso, não tem volta.
Confesso que, depois de curada veio uma bad trip. Não cheguei a ficar deprimida, mas tive transtorno pós-traumático. Sentia uma falta de motivação, c omecei a questionar o sentido da vida... Tudo perdeu a cor.
Não tem um ano e meio que eu saí do hospital, falar sobre isso ainda mexe muito comigo. Mas essa fase passou. Ganhei um sentimento de urgência. Foi uma aventura de autoconhecimento e de conhecimento do mundo muito grande. Descobri a generosidade humana num nível que não imaginava. Soube que pessoas que eu nem conhecia oraram por mim. Levaram o meu nome para terreiro, para a paróquia… Nunca imaginei que pudesse existir imaginava uma rede de amor, cuidado e solidariedade como essa.”
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Sabemos que é segunda-feira, mas está liberado começar a semana comendo hambúrguer. Se você é adepta ao movimento Segunda Sem Carne, melhor ainda, pois a indicação da vez é uma receita deliciosa e fácil de fazer de hambúrguer vegetariano. Siga o passo a passo da receita do Chef Osvaldo Mencarini, do Menca Burger, localizado em São Paulo.
Vegas Burger
Rendimento: 15 hambúrgueres
Tempo de preparo: 30 minutos
Ingredientes:
• 400g de shimeji
• 2 abobrinhas
• 2 berinjelas
• 2 latas de 200g de grão de bico cozido e escorrido
• 1 colher de sobremesa de alho picado
• Sal e pimenta à gosto
• 1 Ovo
• 200g de farinha panko
Modo de Preparo:
Refogue o shimeji junto com a berinjela e a abobrinha picadas e acrescente ao grão de bico. Refogue com o alho picado, sal e pimenta. Em seguida, adicione a mistura ao triturador até que forme uma pasta. Molde os hambúrgueres no aro redondo de 150g e empane cada um no ovo e na farinha panko. Frite ou dore separadamente cada hambúrguer. Para finalizar, o Vegas Burger leva pão branco selado na manteiga, maionese verde, rúcula, rodelas de tomate e cream cheese.
O príncipe George completou seis anos em 22 de julho. Na ocasião, algumas fotos oficiais publicados no perfil do Instagram do Palácio deixaram pistas de como teria sido a festa de aniversário do primogênito de Kate Middleton e príncipe William. Nas imagens, ele aparece vestindo uma camiseta de time de futebol.
De acordo com o jornal Daily Mail, foi exatamente este o tema de sua festa: futebol. O príncipe adora o esporte e comemorou a data ao lado de amigos da escola, que foram até o Palácio de Kensington.
Depois da festinha, a família partiu para para as férias de verão na ilha caribenha de Mustique, onde permanecerão por duas semanas.
A cada clique que Pathy Dejesus compartilha do seu filho Rakim em suas redes sociais seus fãs (e nós) ficam ainda mais encantados. Na manhã desta segunda-feira (5), a artista postou o filho de 2 meses, fruto do relacionamento com o ator Alexandre Cioletti, vestido de tigrinho e deixou seus seguidores babando na fofura da criança.
"Olho pra você emocionada e ainda não acredito. Obrigada filho por ter me escolhido. Por encher meu coração de um amor que antes parecia não ser capaz de existir. Por me tornar tão sensível, mas tão forte e blindada ao mesmo tempo! 2 meses do melhor rolê da minha vida! (por favor tempo, pega leve vai) E lembrar que quase me fizeram acreditar ser impossível...", escreveu Pathy, que ainda revelou que o clique foi feito por Alexandre.
Nos comentários não faltaram elogios: "Que lindão", escreveu uma fã. "Que coisinhas mais linda", disse outra. "Lindos!!Essa foto transborda amor!!Deus abençoe vc, seu tigrinho e toda a sua família", comentou mais um. "Fofos, lindos e plenos!", disse outro.
Paolla Oliveira está tão feliz por interpretar Vivi Guedes que mal cabe dentro de si. A atriz diz que sua personagem é vibrante, fala da modernidade da internet e já tratou de assuntos mais densos como o machismo do ex-namorado que não a permitia usar roupas mais sexies porque estaria “vulgar”. Diante disso, ela opina que toda pessoa que está sob o olhar de outra sempre será julgada.
“Mulheres são julgadas, as pessoas são julgadas, os relacionamentos são julgados. Toda vez que a gente colocar alguém sob alguma perspectiva vai ter julgo, entendeu? Então eu acho que a Vivi tem a personalidade dela e é aí que acho que ela é muito libertária, não é só uma menina que está ali de biquíni. Ela está ali falando: ‘Posso fazer [o que eu quiser], se meu namorado não quer, vamos ver. Deixa eu colocar na balança, quero mais isso ou aquilo?’. Ela tem as escolhas dela também, então acho que mais que pensar em vulgaridade, eu penso numa mulher que faz o que ela quer”, salienta.
E Vivi não tem medo de ousar e ser sexy. Paolla afirma que a ousadia dos figurinos de sua personagem faz um combo com a personalidade desta digital influencer que tem encantado o público da novela das 9.
“É um case como eles adoram falar, a personalidade, essa interação da dramaturgia e internet. Os visuais realmente são pensados. Agora vamos colocar no Instagram dicas de moda da Vivi e tudo é pensado para que a roupa seja um evento, para fazer as pessoas gostarem”, explica.
Para se entregar completamente a este trabalho, a atriz tem de dar duro fora das câmeras para cuidar do corpo e estar cada dia mais bonita. Para isso, ela tem de ajustar a agenda para ter tempo de malhar e tomar um sol na piscina de casa.
“Tempo a gente cria praticamente. Na verdade, não tenho, é uma vida agitada e isso não serve mais só para nós atores: é um dizer de todos, que andamos correndo. Temos opções, e a minha para esse momento de muito trabalho é fazer o tempo render, então malho às 7h da manhã, deixo de comer uma coisinha para poder ter outro prazer como tomar um vinho ou uma coisa assim. Só tendo um equilíbrio para conseguir, manter o ritmo e a saúde em ordem porque aqui ela também fica um pouco prejudicada. E acho que tudo é a busca do equilíbrio para estar tudo certo”, esclarece.
Outro ponto forte desta personagem, é a química perfeita entre Vivi e Chiclete, interpretado por Sergio Guizé. Os dois têm conquistado o público e a artista justifica que o casal veio bem construído das mãos de Walcyr Carrasco.
“A princípio tinha uma relação mais morna, com um andamento mais conhecido com o Camilo [Lee Taylor], e aí chega essa pessoa que é errada - é um romance fora dos padrões. Sempre que é inusitado, as pessoas compram. Vim também de outro casal que deu muito certo, porque era inusitado, que era a lutadora Jeiza e o caminhoneiro Zeca [Marco Pigossi] de A Força do Querer. Essa coisa diferente que pode dar certo ou não, as pessoas costumam acreditar.”
Agora a grande expectativa é que ela descubra que Maria da Paz [Juliana Paes] é sua tia, mas a própria Paolla acha que isso vá demorar um pouco mais para acontecer.
“Os jornalistas sempre sabem antes da gente. Às vezes eu não abri o bloco ainda, mas vejo tudo na internet. Foi ao ar recentemente uma cena que a Vivi dá uma maltratada na Maria, diz para ela não se meter mais na sua vida. A gente fica na expectativa porque tem uma sinopse, a gente sabe que vão acontecer coisas. A gente fica ansioso por esses grandes momentos dos personagens, e essa descoberta do parentesco será um grande momento. Eu acho que ainda leva um tempinho.”
Existe um segmento restrito da população mundial que tem acesso a diferentes – e caríssimas! – experiências. São os chamados ultra-ricos, pessoas com patrimônio líquido de US$ 30 milhões, que têm investido parte do dinheiro em atividades como tomar café da manhã na Muralha da China e degustar drinks com ouro. O Valor Investe listou algumas das excentricidades desfrutadas por essa classe social e mostrou que o Brasil aparece entre as dez maiores potências do mercado de luxo, de acordo com o estudo de consumo de luxo da Boston Consulting Group, “BCG-Altagamma True-Luxury Global Consumer Insight 2019”.
De acordo com a consultoria, o mercado de luxo faturou cerca de US$ 1,03 trilhão em 2018. Entre os gastos, viagens e gastronomia aparecem no topo da lista de preferências dos ultra-ricos.
"Cada vez mais, é uma tendência passar as férias em locais inusitados e exóticos, longe de tumulto. Quem pode pagar, está em busca de experiências que não seja apenas ir para o destino como turista. Eles querem fazer parte daquilo, experimentar algo único e que seja inesquecível", diz Walter Perfeito Jr., um dos sócios da plataforma brasileira de Turismo PerfecTrip.
Veja abaixo a lista de experiências que apenas os ultra-ricos podem aproveitar. Para mais detalhes, consulte a reportagem no site do Valor Investe:
- Participar de uma degustação de água;
- Ir a uma festa de gala exclusiva para usar joias que custam milhões;
- Conhecer a Antártica em voo privativo;
- Sobreviver sozinho numa ilha deserta;
- Mergulhar nos destroços do Titanic;
- Dar a volta ao mundo em avião particular;
- Contratar especialistas e acadêmicos como guias;
- Tirar um ano sabático de luxo;
- Degustar drinks com ouro;
- Tomar café da manhã na Muralha da China;
- Alugar o Batmóvel e outros meios de transporte exóticos;
- Degustar uísques raros numa feira de jatinho particular.
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Um fã de Anitta sugerir que a cantora arrumasse um emprego para Pedro Scooby para, segundo ela, ele "parar de andar na aba dos outros". Além da defesa da artista, Marília Mendonça também decidiu tomar partido em seu perfil no Twitter.
"Será que essa pessoa que tá mandando os outros arrumar emprego, tem um?", escreveu a sertaneja. Fãs da cantora se divertiram com o recado e deixaram mensagens parabenizando a artista.
Anitta já havia explicado que o namorado é surfista, mas que escolheu não participar mais de competições para viver mais a vida. E completou: "Nunca precisei pagar nada pra ele. Além de se bancar, me dá presentes incríveis e pros filhos também. Mas não me importaria se precisasse pagar algo algum dia".
Podemos dizer que Claudio Heinrich foi um dos maiores galãs brasileiros das telinhas da década de 1990 até meados dos anos 2000.
Com a primeira temporada de Malhação (1995) no currículo, além de outros sucessos como o índio em Uga-Uga (2000), relembrou o sucesso da trama assinada por Wolf Maia, na qual as personagens de Mariana Ximenes e Nivea Stealmann brigavam por seu amor.
Nesta segunda (05), o ator - que virou professor de jiu jitsu - relembrou os tempos de sucesso com a novela ilustrando o post saudosista com uma capa de revista do Paraguai.
"Capa da revista Teveo do Paraguai . Neste época era só autografar e bater uma foto que almoçava de graça no Paraguai hahaha", escreveu na legenda.
Com quase 6,4 mil seguidores no Instagran, Nadja Winitskowski compartilha com seus fãs um pouco de sua rotina.
Com "Carioca, modelo, empreendedora, diretora da Winits Produções, precursora do Power Yoga no Brasil,Life Coach. Persegue um estilo de vida saudável" em sua descrição nas redes sociais, a mãe da atriz Dani Winits faz sucesso mostrando seu lifestyle aos 64 anos.
Posando de maiô branco com decote em uma piscina com fundo de uma praia paradisíaca, escreveu na legenda da imagem:
"A chuva é necessária mas vamos combinar que Sol é Vida! Sou Solar e ponto final. A chuvinha fina e o friozinho que cariocas não gostam continuam no Rio que eu".
Gleici Damasceno está curtindo dias de férias no Peru. A campeã do Big Brother Brasil 18 compartilhou alguns cliquem em suas redes sociais para celebrar a viagem. "Quanta energia boa por aqui. Somos um grão de areia perdido na imensidão. Muita agradecida por viver tanta coisa linda!", escreveu.
De visual novo, Gleici adotou tranças, ela recebeu centenas de elogios dos seus seguidores. "Cada dia mais bonita!", comentou uma fã. "Gleici você é incrível", disse outro. "Que gata", escreveu Luísa Sonza.
Depois de fazer sua estreia como atriz no filme Resistir para começar, Gleici já tem um outro trabalho no cinema no filme Noites Alienígenas, que fala de resistência, esperança, juventude, do slam, poesia falada e sobre o universo da cultura periférica. O longa, dirigido por Sérgio de Carvalho e rodado em Rio Branco, no Acre, estado natal da artista, mostra a luta de jovens em busca de condições melhores de sobrevivência no estado, que a própria atriz protagonista já passou na vida real.
"Eu acho que a Sandra e eu temos a mesma vontade de vencer, de mostrar para as pessoas que podemos mudar as coisas ao nosso redor. Que com conhecimento somos capazes de ir além do que nos disseram que poderíamos", explicou Gleici em entrevista recenta para a Marie Claire.
Depois de surgir um boato de que o aniversário de 20 anos das dançarinas Gêmeas Lacração, Mariely e Mirella Santos, teria entradas à venda por R$ 600, as irmãs e MC Loma negaram que haverá cobrança de ingressos na festa.
Em seus perfis no Instagram, as três afirmaram que a comemoração, realizada no dia 20 de agosto, será apenas para convidados e que qualquer pessoa vendendo convites estaria aplicando “golpes”.
“Minha gente, eu e as meninas vimos um boato que está rolando de que estamos vendendo convites de R$ 600 para a festa das meninas. Isso é mentira”, disse MC Loma. “As pessoas que vão estar lá são as que eu e Mirella colocamos na lista, com todo mundo que a gente gosta”, acrescentou Mariely. “Na nossa festa só vão entrar nossos convidados. Queremos tudo perfeito”, finalizou Mirella.
Segundo as irmãs, esta será a primeira festa de aniversário das duas. As fiéis parceiras de MC Loma vão festejar seus 20 anos em São Bernardo do Campo, interior de São Paulo.
O youtuber Felipe Neto, que chegou a ser listado entre os convidados, usou as redes sociais para negar sua presença. “Não estarei na festa. Todo respeito às meninas e desejo todo sucesso do mundo pra elas, mas isso é sério. Nunca confirmei nada”, afirmou no Twitter.
Um homem apaixonado viajou por mais de 2.400 km para conhecer sua webnamorada, na China.
O plano era pegá-la de surpresa, já que estava comemorando aniversário com amigos. Então, o rapaz se fantasiou de urso de pelúcia gigante e foi ao seu encontro.
Chegando lá, teve uma decepção: a encontrou abraçada com outro. Assim que tirou a máscara, chorando, ela saiu correndo atrás dele e pedindo desculpas.
Danielle Suzuki é mesmo daquelas que apostam que um corpo e mente sã andam lado a lado.
De acordo com postagem nas redes sociais, nesta segunda (05), a atriz e roteirista aparece realizando uma difícil posição de ioga, de biquíni cortininha, em meio a pedras de uma cachoreira.
"Quando você se permitir o que merece, irá atrair o que precisa", escreveu na legenda.
Os seguidores de Dani nas redes sociais não perderam tempo e elogiaram a flexibilidade e coragem dela.
Nasci em Santana do Livramento, no interior do Rio Grande do Sul, cidade que faz fronteira com o Uruguai. Meus pais se separaram - quando eu era menina, e me mudei com a minha mãe para a casa da minha avó, na mesma cidade. Ela era costureira, autodidata, então cresci brincando embaixo da máquina de costura. Minha avó me ensinou a passar a linha na agulha. Eu gostava de vê-la medir e cortar os tecidos na mesa da cozinha e ficava tentando entender a mágica que ela fazia com aqueles panos, tendo como base as revistas de molde da época. Por influência da minha avó, minha mãe também aprendeu a costurar, assim como eu.
Aos 16 anos estava me descobrindo como lésbica, e a minha casa não era um ambiente aberto à diversidade ou ao diálogo. Foi nessa época que fugi para morar no Rio de Janeiro. Nos anos 1990, qualquer jovem tinha o sonho de conhecer a cidade porque a víamos na TV, era cenário de todas as novelas da época. Eu estava passando por uma fase difícil, então, pensava: ‘já que tenho que sofrer, melhor se for à beira da praia’.
Passei pelo que muitas meninas e meninos vivem quando se descobrem homossexuais. As famílias têm difculdade de acolher, de aceitar e, na minha, não foi diferente. Mas nem eu mesma sabia o que estava vivendo; era muito jovem, e as questões, complexas.
Tive que encarar o mundo sozinha, e foi um processo doloroso. De um dia para o outro, precisei arrumar um trabalho e um lugar para dormir. Não sabia me proteger de uma sociedade extremamente machista, que desvalorizava meu trabalho, que me tratava como um objeto sexual e era agressiva por eu ser lésbica. Por não estar disponível aos homens, eles se achavam no direito de invadir a minha intimidade.
Trabalhei como auxiliar de serviços gerais, fui caixa, estoquista e outras coisas em um restaurante onde ganhava pouco e não tinha carteira assinada. Assédio moral, sexual e exploração eram comuns em minha rotina. Em 2001, com 22 anos, me mudei para Brasília porque me sentia ameaçada por um ex-chefe. Cansada de tanta injustiça e violências, e querendo entender sobre direitos humanos e trabalhistas para me defender, soube, por meio de conhecidas, de um grupo LGBT chamado Estruturação. Comecei a frequentar as reuniões e me tornei voluntária, auxiliando na limpeza. Aos poucos, fui construindo uma rede de apoio, conversando com pessoas, tendo acesso a informações. Lá, me sentia segura.
Certo dia, um dos ativistas do grupo me pediu uma ideia de um projeto voltado para os jovens. Ele me perguntou: ‘se você pudesse ser remunerada por uma atividade, o que gostaria de fazer?’. Respondi que queria conversar com quem trabalhava no governo, o que significava a política, queria entender como as coisas funcionavam, saber por que a polícia corria atrás dos homossexuais. Não aceitava tanta injustiça, o mundo não podia ser tão ruim. Esse papo deu origem a um projeto que foi aprovado pelo Ministério da Saúde.
Aos poucos fui me fortalecendo, me sentindo empoderada. Ali, me tornei cidadã. Achei que poderia contribuir com a sociedade e, junto com outras amigas, criamos um grupo de lésbicas feministas, o Coturno de Vênus, e segui atuando.
Em 2008, fomos selecionadas por um edital focado em diversidade sexual, do Fundo Elas, organização que há 20 anos apoia o avanço dos direitos das mulheres no Brasil. Foi incrível o suporte que deram ao fortalecimento do Coturno de Vênus. Passado um tempo, fui convidada a fazer parte do conselho do Fundo Elas, com o objetivo de propagar a existência do Elas no movimento LGBT e ajudar a selecionar propostas. Em 2010, já de volta ao Rio de Janeiro, onde vivo atualmente, me tornei gerente de programas do Fundo Elas, trabalhando com os movimentos sociais e desenvolvendo diálogos entre as organizações. Após quatro anos nessa função, passei para a coordenação executiva do Elas, onde sigo até hoje. Me formei em Gestão Pública e fiz mestrado e doutorado em Ciências Sociais.
Grande parte do meu trabalho é sensibilizar parceiros e mobilizar recursos no Brasil e no mundo para fortalecer projetos que invistam na prevenção da violência contra as mulheres, no desenvolvimento da autonomia econômica e na promoção da equidade étnica e racial. Uma das iniciativas, por exemplo, amplia o conhecimento de jovens da Bahia sobre saúde, por meio de projetos pensados por elas próprias. Em outra frente, possibilitamos o acesso de meninas ao esporte, para desenvolverem seus potenciais coletivos, disciplina, conhecimento de seus próprios corpos. Em outra iniciativa, apoiamos a cidadania da população LGBT.
O Brasil é um dos países com o mais alto índice de violência contra os LGBT do mundo. Não é justo uma mulher ser violentada e morta porque o agressor tem ódio de lésbicas. E não é apenas esse agressor que tem preconceito. Uma família que expulsa o filho homossexual, uma escola que se recusa a lidar com uma aluna trans, o Estado, que não soluciona os crimes de ódio contra homossexuais, bissexuais e trans – estão todos também contribuindo para a naturalização dessa violência.
No mês passado, fizemos uma parceria com o Instituto C&A para o I Diálogo Elas na Moda e Sem Violência, onde reunimos mulheres envolvidas na cadeia da moda: ativistas, agricultoras, costureiras, empreendedoras. Elas enfrentam desigualdades, exploração, muitas vezes são submetidas a péssimas condições de trabalho, em processos sem transparência, e almejam uma moda mais justa, sustentável e diversa. Esse encontro foi o ponto de partida para a elaboração do edital Elas na Moda sem Violência, que será lançado em agosto (fundosocialelas.org/elasnamoda/).
O edital vai apoiar iniciativas que rompem com os estereótipos que contribuem para a subordinação da mulher. Serão selecionados 20 projetos pelo País (destinando cerca de R$ 50 mil para cada), liderados por mulheres, que estimulem ideias inovadoras, melhorem suas condições de vida e, paralelamente, colaborem para que todos assumam sua parte e pratiquem o consumo consciente.
Como meio de sobrevivência de muitas mulheres, a moda pode representar a luta por direitos iguais, pela valorização da mão de obra, pela não objetifcação de seus corpos, pela sua dignidade. Para elas, a moda é uma forma de ativismo e resistência.
Meu propósito de vida continua sendo lutar por justiça e ver uma sociedade cada vez mais justa. Agosto, que é o mês da visibilidade lésbica, me inspira a afrmar nossa existência, mostrar as dificuldades que vivemos e buscar soluções. É uma oportunidade de vivermos um dia, um mês, um ano ou, talvez, quem sabe, uma vida inteira sem violência.