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Norte-americana é condenada após escravizar jovem mexicana e tentar engravidá-la com o esperma do namorado

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Esthela Clark confessou o crime aos investigadores norte-americanos (Foto: Reprodução Facebook)

Esthela Clark, uma norte-americana de 47 anos, moradora da Flórida, foi condenada a 20 anos de prisão, nesta segunda (27.03), por ter desembolsado US$ 3 mil para ‘contrabandear’ uma jovem mexicana aos Estados Unidos, onde a manteve por dois anos sob regime de escravidão, enquanto tentava engravidá-la com injeções frequentes contendo o esperma de seu namorado. A história, que parece um enredo de filme, foi confirmada pela Corte dos EUA à revista People.

De acordo com os documentos obtidos pela publicação, Clark contratou coiotes em 2012 para que trouxessem uma mulher de 22 anos de idade ao seu país. O objetivo inicial era forçá-la a ser barriga de aluguel. Em seu depoimento, ela chegou a revelar que todo o processo seria supervisionado por especialistas.

A vítima, que não teve o seu nome revelado, disse aos agente federais que Clark a proibiu de deixar o condomínio onde passou a morar durante os dois anos, com a justificativa de que o bairro, Jacksonville, era perigoso e poderia oferecer riscos à sua vida. Durante seu depoimento, a menina, que dormia em um colchão colocado na sala de jantar da casa, contou que a norte-americana lia cartas de tarô e chegou a dizer ainda que qualquer atitude encoberta poderia ser descoberta por ela.

As injeções de esperma começaram já na primeira semana. De acordo com os registros do tribunal, Clark e seu namorado extraiam o sêmen acumulado no preservativo a cada transa e, posteriormente, o injetava na menina. A prática chegava a ser repetida até quatro vezes por dia. Depois de nove meses, quando todas as tentativas de gravidez falharam, Clark se tornou física e psicologicamente abusiva com a jovem, que foi forçada a realizar trabalhos domésticos.

Nos documentos, consta ainda o fato de Clark racionar a alimentação da vítima alegando que o seu sobrepeso era o impeditivo para que a gestação vingasse. Alimentada apenas com feijão, a jovem chegou a perder 65kg.

“Ela isolou a vítima de sua família e ainda tentou ‘recuperar’ o dinheiro gasto com os coiotes por meio de chantagens feitas aos familiares”, declararam os promotores federais. A jovem foi ainda obrigada a manter relações sexuais com dois desconhecidos e a trabalhar em restaurantes da região, desde que entregasse o salário ao casal de criminosos.

O crime só foi descoberto após uma denúncia anônima feita por um dos conhecidos da jovem mexicana. Clark foi acusada de cárcere privado de estrangeiros, tráfico sexual de adolescente, trabalho forçado e promoção de tráfico de pessoas.


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