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Itália pode se tornar o primeiro país ocidental a adotar política de “licença menstrual” remunerada

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Segundo o parlamento italiano, a "lincença menstrual" deve permitir que as funcionárias se afastem por três dias, todo mês (Foto: Thinkstock)

A Itália pode se tornar, em breve, o primeiro país ocidental a oferecer “licença menstrual” remunerada às mulheres que passam por períodos dolorosos. O assunto ainda está sendo discutido pelo parlamento italiano, que pretende exigir das empresas três dias de afastamento pago a cada mês para as mulheres empregadas, durante a menstruação.

Apesar de ser novidade no ocidente, a medida já existe há anos em algumas nações orientais. A “licença menstrual” foi adotada pela primeira vez no Japão, em 1947. Desde então, passou a fazer parte também da legislação da Coreia do Sul, Taiwan e Indonésia. E quando os holofotes se voltam às empresas, a Nike sai à frente como a primeira companhia internacional a incluir o benefício em seu código de conduta.

Embora a proposta seja bastante progressista, ela vem suscitando algumas controvérsias no país. Enquanto a Marie Claire italiana se disse favorável, porta-vozes da revista feminina Donna Moderna declararam um certo temor em relação à aprovação. Segundo a CEO Lorenza Pleuteri, a mudança na legislação pode ser contraproducente às funcionárias e as empresas podem pensar duas vezes antes de contratar mulheres. Segundo a colunista Miriam Goi, da Vice italiana, a medida pode ainda reforçar o estereótipo de que as mulheres são mais emotivas em determinados momentos do ciclo menstrual.

Favorável à “licença-menstrual”, a jornalista Emma Barnett, da Radio 5 Live, disse à BBC, que se os homens menstruassem, as tarefas corporativas seriam certamente organizadas em torno de seus ciclos. “Eles tratariam isso como um ‘distintivo de honra’”, disse. Por conta disso, foi acusada de sexista.


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