
Em clima de despedida de Bom Sucesso, que chega ao fim na próxima sexta-feira, 24, Giovanna Coimbra encerra sua estreia em novelas a certeza de que fez uma escolha certa. Nascida no Rio de Janeiro, ela, que já foi Miss, trocou a carreira como jogadora profissional de basquete pela vida artística e não se arrepende. Gabriela, sua personagem na trama das sete, foi apenas seu primeiro passo.
"A carreira de atriz deixou de ser uma opção na minha cabeça pra ser a única opção: a que mais me dava prazer, e a única que eu me via", diz ela.
Na trama ela vive a filha do meio de Paloma (Grazi Massafera), de quem ficou amiga. "Desde a preparação ela recebeu a gente - eu, o João Bravo e a Bruna Inocencio - com muito carinho. Ela é muito generosa e humilde. E acabou que a nossa relação gerou um carinho de família, que ultrapassa as cenas dentro do set", afirma.
Em bate-papo com Marie Claire, a atriz conta o início de sua trajetória profissional, seus sonhos daqui pra frente e conta que, aos 20 anos, é comum perguntarem se ela é adolescente. "As pessoas se espantam, é engraçado".
O início
"O desejo de estudar atuação veio desde pequena, eu amava interpretar os personagens dos filmes pra minha família, e sempre fui envolvida em atividades artísticas na escola como cantar e dançar também. Só que algumas oportunidades na vida me levaram pra caminhos distantes disso, como o esporte, que eu joguei profissionalmente por anos, e a faculdade que era super incentivada pelos meus pais e que eu acabei escolhendo engenharia pela afinidade com exatas. Mas parece que durante toda minha trajetória eu sempre arranjava um jeito de me inserir em atividades artísticas, que começou com Miss, modelo e por último atriz, que foi numa aula experimental com o Hamilton de Oliveira, que eu vi que era aquilo que eu realmente gostava. E acabou de a carreira de atriz deixou de ser uma opção na minha cabeça pra ser a única opção: a que mais me dava prazer, e a única que eu me via, e almejava trabalhar com isso na vida. E desde então é o que me faz feliz, é o que me desperta sonhos dentro da carreira, que apesar do pouco tempo de experiência, porque fiz aula por um ano mais ou menos, eu acho que a intensidade que eu me dedico poderia equivaler a mais. Fui parar na novela através de um teste que eu fiz com o produtor Fabio Zambroni, e o monólogo teste era de uma menina que sonhava em ser jogadora de basquete profissional, não necessariamente soubesse jogar, mas eu acho que o amor por esse esporte era algo que agregava muito."
Relação com Grazi Massafera
"Desde a preparação ela recebeu a gente - eu, o João Bravo e a Bruna Inocencio - com muito carinho. Ela é muito generosa e humilde. E acabou que a nossa relação gerou um carinho de família, que ultrapassa as cenas dentro do set, e é assim nos bastidores também. E com isso, nessas últimas semanas, em que gravei a Gabriela no hospital e à beira da morte, a relação de mãe e filha era muito intensa ali, e todo esse carinho e afeto já criado, acho que foi fundamental pra esse momento e pra toda verdade da cena."

Cenas intensas
"Para todas as cenas de uma forma geral eu estudo detalhadamente e especificamente, porque a vida é detalhada e específica, e como eu acredito que 'nunca é cena, sempre é a vida ali', eu tenho esse ritual com todas as cenas. Sempre chego mais cedo que o habitual, pra ter uns minutinhos de concentração, e isso eu uso pra tudo na vida, desde o período de quando era atleta profissional de basquete. E dependendo do nível de emoção da cena, antes de entrar faço uns exercícios, pra depois 'esquecer tudo' pra parecer que tudo que eu estudei, surgiu ali como pensamento naquele instante. Acho que isso é essencial."
Sonhos
"Eu não dou limites pros meus sonhos não, eu tenho sonhos bem altos, porque eu acredito que com dedicação e esforço, podemos chegar a realmente qualquer lugar que quisermos. Então eu tenho metas de continuar a fazer novelas mas também de fazer filmes e séries, tanto nacionais, como internacionais."
Adolescente?
"É muito bom parecer mais nova do que já é porque as pessoas sempre te dão idade a menos do que você já tem, e se espantam quando você diz sua idade real, é engraçado. Mas ao mesmo tempo, acho que eu consigo oscilar bem entre parecer mais nova ou mais madura, porque desde pequena sempre tive uma postura muito mais responsável que a minha idade, nos meus diálogos, assuntos, e aí cria essa dubiedade nas pessoas.
