
Jhona Burjack é uma das apostas da Rede Globo. No ar como Lúcio, no remake de Pedro Peregrino de Éramos Seis, já tem um nome consolidado no mundo da moda desfilando e emprestando sua beleza para marcas internacionais, como Moschino e Dolce & Gabbana.
Em entrevista à Marie Claire, o brasiliense bateu um papo em que relembrou a infância humilde, o teste para interpretar Alladin, como concilia o namoro de dez anos e seu personagem na trama das 18h.
Confira:
Marie Claire: Você teve muitas profissões ao longo da vida, como ser peixeiro e flanelinha. Lembra de algum perrengue ou dificuldade que passou?
Jhona Burjack: Venho de uma família humilde, desde cedo precisei trabalhar para ajudar meus pais. Não tenho vergonha do meu passado, ao contrário, todas as experiências me fizeram amadurecer e formar o homem que sou hoje. Um perrengue que passei foi na época da peixaria. Eu vendia, tratava e cortava o peixe para os clientes. Trabalhava todo final de semana da 06h às 22h e quando voltava para casa ninguém queria chegar perto de mim devido ao cheiro dos peixes. Ficava impregnado, precisava tomar três banhos.
Você é um dos nomes brasileiros mais procurados da moda internacional. Consegue lembrar o que fez com seu primeiro salário?
O meu primeiro cachê levei meus pais para conhecer o mar. Eles nunca tinham visto e fomos para Alagoas passar uma semana. Era um sonho antigo deles.

Ser ator é um sonho seu? Você prefere modelar ou atuar?
A moda aconteceu na minha vida, não foi algo planejado. Claro que no momento quando me tornei modelo, passei a ter objetivos profissionais e um deles era o de ser ator. Fiz curso de interpretação, sou agenciado por um escritório de atores em Los Angeles e tenho gana em fazer algum filme fora do Brasil, quem sabe Hollywood...
Modelar e atuar são ações que se complementam, gosto das duas coisas. A moda me ajuda muito como ator em relação a postura, a lidar com o vídeo, e a atuação me dá noção de encarar novos personagens, novas perspectivas. Como modelo acontece de usar um lado ator que as vezes a gente nem sabe que tem.
Você fez teste para participar de Aladdin. Como surgiu o convite da Disney e como foi o teste?
Fiz o teste para o filme, mas não rolou. A produção gostou da minha performance, mas acabei não sendo selecionado. Valeu a experiência, saber como funciona o casting de uma grande produção como a de Aladdin. Acho que foi uma porta aberta, é bom saber que o meu nome é uma possibilidade em Hollywood. O convite veio pela minha agência que achava que eu tinha o perfil procurado para o filme. Sou moreno, me exercito e foi um pouco disso que mostrei no dia do teste. Falei de mim, fiz algumas acrobacias, interpretei uma cena curta... foi isso praticamente.
Você está em Éramos Seis. Qual a principal diferença que você sente ao entrar em uma história que se passa nos anos 1920?
Muitas diferenças, desde comportamentos e até corporais. Precisei estudar sobre a situação histórica da época e toda a efervescência cultural que ocorria. O Lúcio, meu personagem, é um jovem engajado politicamente, então assisti muitos filmes de advogados e políticos para me inspirar. Apesar da novela passar nos anos 1920, consigo enxergar alguns paralelos, por exemplo vejo uma juventude hoje em dia preocupada em batalhar por mudanças efetivas em nosso país.

Desde 2010, você namora a também modelo Gabriella Pires. Qual o segredo para manter um relacionamento duradouro no meio do show business?
Companheirismo, confiança e respeito. Gabriela e eu somos confidentes um do outro, não precisamos estar 24 horas fisicamente juntos para estarmos conectados. Aprendemos a respeitar as nossas individualidades e saber que estamos juntos para somar.