O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) reuniu na semana passada em Brasília advogados e juristas de vários países para analisar o dia a dia das prisões femininas brasileiras. No debate, ganhou força a ideia da prisão domiciliar para presas que têm filhos, para que o convívio familiar seja maior.
Segundo Silvia Martinez, defensora pública argentina que apresentou dados a favor da medida, manter mães em celas prejudica os filhos de maneira geral: atrasa o desenvolvimento do cérebro (principalmente o de menores de três anos), compromete a vida social e, por causa da distância da mãe, enfraquece também a noção de autoridade das crianças.
Os efeitos, segundo Silvia e outros especialistas ouvidos no encontro, começam dentro do ambiente da prisão, mas se estendem para fora dele. “A sociedade reage pior a mães presas do que a outras situações de perdas, como a morte, marginalizando e desprezando essas crianças”, disse a argentina, de acordo com informações do CNJ.
Você concorda com a prisão domiciliar de presas que são mães? Acha que a sociedade se beneficiaria com isso? Ou a medida, se adotada, aumentaria o risco de novos crimes? Deixe sua opinião na seção de comentários abaixo: