Nesta terça-feira (01), o Papa Francisco deu mais um passo importante em direção a uma igreja mais inclusiva. Em um documento oficial publicado no site do Vaticano, o pontífice deu permissão aos sacerdotes para que perdoem as mulheres que praticaram aborto, durante o Jubileu da Misericórdia ou Ano Santo da Igreja Católica, que vai de dezembro de 2015 a novembro de 2016.
Na carta, ele disse abordou o “calvário existencial e moral” enfrentado por quem interrompe a gravidez e disse também ter conhecido “muitas mulheres que carregam em seus corações a cicatriz dessa decisão angustiante e dolorosa”.
Segundo ele, “o perdão de Deus não pode ser negado a quem quer que esteja arrependido, sobretudo quando com coração sincero se aproxima do Sacramento da Confissão para obter a reconciliação com o Pai”.
Na doutrina da Igreja Católica, o aborto é considerado um pecado gravíssimo, ou seja, motivo de excomunhão automática a quem o pratica. “Um dos graves problemas do nosso tempo é que claramente a relação mudou no que diz respeito à vida”, acrescentou.