“Alguém pode ficar com meu anel na hora das fotos? Só não pode ser mulher, que dá azar!” O pedido de Ana Beatriz Barros, 33, pegou de surpresa a equipe de Marie Claire, que estava a postos para o início do ensaio com a top model em Los Cabos, no México. Ninguém ali queria se responsabilizar pela joia, com um diamante que cobria metade do anelar direito da dona. Ainda mais pelo valor sentimental da peça. Aquela era a aliança de noivado que Ana havia ganhado do empresário Karim El Chiaty, 32, com quem se casará em maio do ano que vem. “Ele fez o pedido na manhã do último Ano Novo, em Trancoso. Estava tão emocionada que invadi um boteco ali perto, gritando que estava noiva. Ganhamos várias rodadas de cerveja.”
O anel foi trancado em um cofre por decisão geral. Mas o assunto “casamento” não saiu de cena. A modelo estava aflita por ainda não ter decidido se para “o grande dia” reservará uma ilha na Grécia, ou se fará uma cerimônia tradicional, no Egito. A dúvida entre os dois cenários deve-se à dupla cidadania do noivo – El Chiaty é filho de mãe grega e pai egípcio. Nasceu no Cairo, mas, assim como a top, “mora no mundo” em função da agenda cosmopolita. “Ele ajuda o pai a cuidar dos negócios. A família tem uma empresa de turismo. Tipo CVC, sabe?”, mal compara Ana, referindo-se ao Travco Group, um dos maiores conglomerados de hotelaria e aviação do Oriente Médio. O casal se conheceu há quatro anos, em uma boate de Nova York. “Vi o Karim no bar e pensei: ‘Que olhar forte tem esse homem!’ Ele se aproximou e me ofereceu um shot de tequila. Foi amor à primeira vista.”
O “ESFIHA”
“Levou um tempo para que meus pais aceitassem o namoro com o Karim. Como meu noivo é muçulmano, achavam que me obrigaria a usar burca. Imagine... Nenhuma mulher do círculo dele usa burca. Minha sogra é arquiteta e projeta os hotéis da família. Aos poucos, deixaram a desconfiança de lado e perceberam que o Karim tem um coração enorme! O apelidaram de ‘Esfiha’, e ele nem liga. Nem meu noivo nem seus amigos árabes são machistas. Brasileiro, sim, é machista! Namorei um que era possessivo e implicava com meu trabalho, queria que eu vivesse só para ele. Já o Karim sempre levou numa boa. Entende que sou modelo e me respeita.”
TRAIÇÃO É IMPERDOÁVEL
“Meus pais são casados há 37 anos e na minha família nunca houve divórcio. Meu casamento também será para sempre. No amor, gosto de estar no controle. No começo do namoro com o Karim, morria de ciúmes. Ficava louca quando surgiam garotas dando em cima dele. Agora fico tranquila, porque ele me dá segurança. Já fui traída por um ex-namorado e foi horrível. O cara dizia que me amava, que casaríamos. Até que li umas mensagens em seu celular e descobri que estava tendo um caso. Terminei na hora! Sofri demais e precisei fazer terapia, porque sentia uma dor entalada na garganta que não me deixava seguir em frente. Fidelidade é essencial, jamais perdoaria uma traição.”
A íntegra da entrevista está na edição de setembro da Marie Claire, já nas bancas!