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Jornal dinamarquês é acusado de racismo após publicar “ranking” de celebridades negras

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O "gráfico" publicado pelo jornal dinamarquês Politiken, cujo título era “Medidor cultural de ícones negros” (Foto: Reprodução / Politiken)


Por alguma razão, o jornal dinamarquês Politiken decidiu que seria uma boa ideia publicar um gráfico em que celebridades e ícones do movimento negro são classificadas numa espécie de escala entre “raivosos” e “integrados” de um lado e “maus” e “bons”, do outro.

Chamado de “Medidor cultural de ícones negros”, o ranking traz os rostos de algumas personalidades símbolo do movimento negro, como Malcolm X, Martin Luther King e Muhammad Ali junto com celebridades contemporâneas como Beyoncé, Kanye West, Oprah Winfrey e Bill Cosby –o comediante que responde a acuações de abuso sexual e está no base do gráfico, entre “mau” e “raivoso”.

O texto do jornal diz: “Duas celebridades negras dominaram a opinião pública nos EUA nesta semana: Bill Cosby, que se revelou um porco estúpido ainda pior do que pensávamos, e o jornalista Ta-Nehisi Coates, que escreveu o livro mais odiado em anos. Aqui o medidor definitivo dos ícones negros americanos”.

Para quem buscou alguma explicação ou ironia nas entrelinhas, não há. Alguns jornalistas do Politik disseram que a ilustração é uma “resposta satírica” a uma declaração do escritor Ta-Nehisi Coastes, que defendeu que “se identificar como um afro-americano é um movimento político maior que um ato radical”. Mas isso não foi incluído na publicação.

Postado no perfil do jornal no Facebook, o gráfico, é claro, despertou muitas críticas dos leitores. “Isso não contribui ainda mais para o racismo?”, questionou um deles. “Mesmo que isso seja uma piada, continua sendo racista”, escreveu outro.


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