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Colecionador de arte constrói na Itália maior labirinto do mundo; veja fotos

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Visão aérea do labirinto, construído numa área de 8 hectares (Foto: Repodução / Smithsonian)

Além da terra do queijo parmesão, a cidade de Parma, no norte da Itália é, desde maio, também o local que abriga o maior labirinto do mundo. Erguido numa área de 8 hectares (ou 80 mil metros quadrados), a imensa construção em formato de estrela, feita com bambus, tem ao centro uma pirâmide folheada a ouro.

A atração um tanto extravagante é um sonho antigo do colecionador de arte e editor de várias publicações sobre o assunto Franco Maria Ricci. Em 1998, ele vendeu sua editora e investiu na construção do labirinto, esperando atrair turistas interessados em um destino exótico e curioso.

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Uma pirâmide folheada a ouro está no centro do maior labirinto do mundo (Foto: Repodução / Smithsonian)
A praça central no interior do labirinto (Foto: Repodução / Smithsonian)

“Se perder em um labirinto é uma experiência muito pessoal... Algumas pessoas veem como uma aventura e se recusam a usar mapa para achar a saída, outras escolhem passear lentamente entre as árvores e acham relaxante”, disse o idealizador ao site Smithsonian.com.

A inspiração para o labirinto, segundo a publicação, veio da longa amizade e parceria profissional do criador com o escritor e poeta argentino Jorge Luis Borges (1899-1986). Ricci é um grande admirador da obra do autor de "O Jardim de Veredas que se Bifurcam", que frequentemente colaborava com suas revistas.

Uma noite de 1977, o argentino estava hospedado na casa de veraneio de Ricci e os dois conversaram longamente sobre como os labirintos são uma metáfora da condição humana -uma dos temas preferidos de Borges. O italiano disse ao escritor que construiria, na sua cidade natal, o maior labirinto do mundo, ideia que só foi concretizada este ano.

Um dos corredores do maior labirinto do mundo, em Parma, na Itália (Foto: Repodução / Smithsonian)
Um dos inúmeros corredores do labirinto, feitos com mais de 200 mil pés de bambu (Foto: Repodução / Smithsonian)

Segundo Ricci, Borges insistiu que tal construção não podia ser feita. "Ele me disse que isso seria impossível já que o maior labirinto do mundo já existia e era insuperável: o deserto." O italiano topou o desafio e, após quatro décadas, o Masone Labyrint (labirinto do construtor, como foi batizado) superou o Dole's Pineapple Garden, no Havaí, como o maior do mundo.

O projeto usou 200 mil árvores de bambu, "uma das árvores que tem o crescimento mais rápido do mundo", segundo Ricci, que queria ver a obra pronta em vida. Os corredores cercam uma praça central de 21,5 mil metros quadrados, com a pirâmide, que na verdade abriga uma capela. Nas galerias adjacentes à praça, há ainda centenas de itens da imensa coleção de arte do italiano, além do catálogo completo de sua antiga editora.

O complexo vem sendo usado como espaço para eventos, como jantares de gala, que ocorrem na praça. Ricci diz que a ideia é realizar também casamentos, já que considera a capela coberta pela pirâmide um lugar ideal para uma cerimônia, com duas suítes para passar a noite de núpcias em meio ao labirinto.

Vista geral da praça e pirâmide no centro do labirinto, inspirado numa conversa do idealizador com o escritor argentino Jorge Luis Borges em 1977 (Foto: Repodução / Smithsonian)

 

 


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