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Leia a carta aos leitores de nossa diretora de redação, Marina Caruso, sobre a edição de maio de Marie Claire

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A diretora de redação de Marie Claire, Marina Caruso (Foto: Fernando Louza)

Hoje de manhã, antes de vir para a redação, me despedi de uma amiga que foi morar em Nova York e é a principal responsável por eu amar Marie Claire como amo. Monica Serino, diretora da revista por mais de 20 anos, foi minha chefe, guru e madrinha informal de 2009 a 2013, e me passou o bastão em janeiro de 2014.

Foi com ela que aprendi que fazer (e ler) Marie Claire é prazeroso porque a revista “não dita regras, não dá conselhos e só acredita em receitas na cozinha”. Diante de meus “pré-conceitos” e julgamentos antes de encarar uma pauta, algumas vezes ouvi seu pito catequizador: “Não produzimos tratados psicológicos, Marina, simplesmente ouvimos as mulheres e contamos suas histórias. Ganhe a confiança delas e, como em uma terapia, você terá as melhores declarações”.

Hoje sei o quanto ela tinha razão, e esta edição que você tem em mãos é um reflexo disso. O “Eu, Leitora” traz a emocionante história da empresária e fazendeira carioca Angela Viganó, que lutou por anos contra a alopecia androgenética, uma doença autoimune que a deixou completamente careca após a morte dos pais. Hoje Angela não apenas aceita o novo look como gosta dele a ponto de insistir muito para que publicássemos sua foto na revista – algo raro em histórias de dor e superação como a sua.

As damas da maconha no Colorado, Valeska Popozuda como entrevistada do mês e a empresária Angela Viganó, que recuperou sua autoestima e fez questão de falar sobre sua luta com foto (Foto: Reprodução)



Outras duas matérias deste mês contam histórias surpreendentes e desafiam preconceitos. Em “As Rainhas da Erva”, de autoria da jornalista inglesa Joanna Walters, você mergulha no universo das damas da maconha no Colorado, primeiro estado americano a legalizar a droga para uso recreativo. Lá, são as mulheres – em sua maioria jovens, bonitas e bem sucedidas – que mais plantam, colhem e vendem a substância.

Já a entrevista do mês com a funkeira Valesca Popozuda revela uma feminista que eu (incomodada com a desunião entre as mulheres pregada por suas músicas) jamais diria que ela fosse. Não vou contar tudo para não estragar a surpresa, mas adianto que Valesca se fez reconhecer pelo pai que a ignorava, trabalhou em posto de gasolina para sustentar o filho e salvou a vida da mãe quando o padrasto alcoólatra tentou incendiá-la. Parece pouco? Beijinho no ombro.


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