Duas alunas entraram com um ação judicial contra a univerisidade em que estudam depois de serem forçadas a fazer exames ginecológicos entre si inúmeras vezes em sala de aula como parte de uma avaliação do curso de medicina.
As jovens, identificadas apenas como "Jane Does" para proteger suas identidades, alegaram que enfrentaram represálias ao se queixarem do procedimento na administração da Universidade de Valencia, na Flórida, nos Estados Unidos.
Elas teriam sido ameaçadas a procurar outra escola caso não aceitassem se submeter ao procedimento que consistia na inserção de uma sonda vaginal. Seus colegas teriam ainda feito comentários maldosos durante a prova, dizendo que ambas poderiam trabalhar como "acompanhantes".
Chris Dillingham, advogado das autoras do processo, contou à rede WFTV como funcionava o procedimento na disciplina de ultrassonografia ministrada na universidade. "Ocorreu uma vez por semana". Segundo ele, as americanas foram informadas que seriam incluídas em uma lista negra caso recusassem se submeter ao exame, e ainda teriam suas notas reduzidas.
A ação judicial, de acordo com a CNN, detalhou o funcionamento da aula. "Uma estudante colocava um preservativo na sonda e, em seguida, aplicava uma quantidade generosa de lubrificante. Em alguns casos, a estudante era sexualmente estimulada a fim de facilitar a inserção da sonda na vagina".
A instituição de ensino disse que ainda não foi informada judicialmente sobre o processo, mas emitiu uma declaração. "O uso de voluntários - incluindo colegas - para a formação ultrassonografia médica é uma prática nacionalmente aceita. O programa da Universidade de Valencia segue os mais altos padrões de ultrassonografia para fins educacionais, incluindo a participação voluntária e supervisão profissional por professores em um ambiente controlado de laboratório. No entanto, continuamos a avaliar esta e outras prática para garantir que são eficazes e apropriadas para o ambiente de aprendizagem."