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Regina Spektor: “O povo brasileiro é realmente sensacional”

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REGINA SPEKTOR CHEGA AO BRASIL PARA DIVULGAR SEU NOVO TRABALHO (Foto: Divulgação)REGINA SPEKTOR CHEGA AO BRASIL PARA DIVULGAR SEU NOVO TRABALHO (Foto: Divulgação)

Sucessos da cantora russa Regina Spektor, como “Fidelity” e “Us”, embalaram muitos brasileiros nos últimos anos. Agora, é a vez das canções de seu mais novo álbum “What We Saw from the Cheap Seats” alcançar a lista das mais pedidas nas rádios do País. É para o lançamento deste sexto disco que a pianista e compositora, de 33 anos, desembarca pela segunda vez no Brasil para dois shows: em São Paulo (dia 10) e no Rio (11).

Sua turnê mundial teve início em abril de 2012 e já passou por mais de dez países, entre eles a Rússia, onde a cantora nasceu. Filha de uma professora de piano e um violinista, Regina esteve mergulhada no universo musical desde pequena. Aos sete anos, começou a estudar piano, instrumento que faz parte de suas canções até hoje. Dois anos depois, aos nove, mudou-se para os Estados Unidos com a família, o que a fez adotar o inglês como língua oficial de suas composições.

Com uma longa lista de fãs, entre eles o próprio presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para quem se apresentou na Casa Branca, Regina promete lotar seus dois shows no País. Em entrevista à Marie Claire, a cantora contou sobre as memórias da infância em Moscou, os shows mais emblemáticos da carreira e o novo disco:
 

A CANTORA RUSSA FARÁ SHOWS NO RIO E EM SÃO PAULO (Foto: Divulgação)A CANTORA RUSSA FARÁ SHOWS NO RIO E EM SÃO PAULO (Foto: Divulgação)

MARIE CLAIRE O que foi mais difícil para você no início da carreira como cantora?
REGINA SPEKTOR
Acho que uma das decisões mais difíceis que tomei no início foi a de viver apenas da música e entender que talvez essa escolha fizesse com que eu morasse com os meus pais por muito mais tempo do que imaginava. Tive sorte de eles serem compreensivos e entenderem o fato de eu passar o dia todo trancada no quarto compondo músicas.

MC Quais as memórias mais especiais que leva da infância em Moscou?
RS
As lembranças mais felizes dessa época são as reuniões de família, com meus pais, tios e primos. Somos todos muito próximos até hoje. Lembro da primeira vez que voltei para a Rússia, quando ainda era criança. Me senti tão ligada aos cheiros, as canções, àquele lugar...

MC Então você ainda sente o sangue russo em você.
RS
É engraçado: lá não sou considerada russa, e sim judia. Mas, culturalmente, eu sou russa, está nas minhas raízes: nos livros que li, no tipo de humor que tenho...

MC Você já fez centenas de shows pelo mundo. Alguma lembrança afetiva de algum deles?
RS
Em 2010, na minha primeira experiência no Brasil, por exemplo. Foi fantástica. Cheguei a São Paulo e estava muito frio. Meus dedos pareciam congelados. E eu só pensava: quem disse que no Brasil não faz frio? (risos). O povo brasileiro é realmente sensacional. Senti um sorriso constante no meu rosto, algo mágico. Outro show especial foi quando toquei em Tel Aviv, foi muito emocionante.

MC Conhece algo de música brasileira?
RS
Adoro Tom Jobim! Gosto do ritmo, da energia das canções dele. Mas o único músico brasileiro que conheci realmente foi Rodrigo Amarante (Los Hermanos). Ele é maravilhoso. Meu marido, Jack, que irá abrir os shows no Brasil, convivia com ele.

MC Alguma banda atual que você goste de escutar?
RS
Atualmente, um dos meus grupos preferidos chamada-se Gogol Bordello. É uma mistura de funk, com ritmos ciganos e rock, um som super diferente. Os integrantes do grupo são cada um de uma parte do mundo. Um dos melhores shows ao vivo que assisti nos últimos tempos, vale a pena ouvir o disco.

MC Você virá ao Brasil para lançar seu último álbum “What We Saw From the Cheap Seats”. O que mais gosta nesse trabalho?
RS
É um álbum que nasceu rápido e de uma forma super natural. Ele estava pronto dentro de mim, foi só colocar para fora. Muitas música foram compostas há mais de oito anos e só agora farão parte de um álbum. Isso é bem comum no meu trabalho. Meus discos são um retrato cronológico de como eu cresci musicalmente, mas as canções foram compostas cada uma em uma fase da minha vida.


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