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Inglesa acorda de coma após escutar médicos discutirem com marido sobre desligar aparelhos

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A inglesa Jenny Bone quando ainda estava em coma induzido, na UTI, e um ano depois, orgulhosa por participar, com bengala, de corrida beneficente (Foto: The Grosby Group)

Uma inglesa de 58 anos acordou de um coma após, segundo ela, ter ouvido uma conversa entre os médicos e o marido sobre se deveriam ou não desligar os aparelhos que a mantinham viva. Jenny Bone havia entrado em coma após uma parada cardíaca e os médicos diziam que ela havia sofrido danos cerebrais graves.

Jenny diz ter escutado o marido John falando sobre retirar o suporte que a mantinha respirando, mas diz não ter conseguido reagir na hora. “Eles concordaram que deveriam continuam me fornecendo oxigênio para realizar um exame mais detalhado a fim de checar se eu ainda tinha alguma função cerebral”, contou ela ao diário inglês Metro.

Segundo a inglesa, ela não respondia a nenhum teste básico de reflexo, o que fez com que os médicos pensassem que ela não teria mais nenhuma chance de recuperação. “Sou muito agradecida que meu marido me deu esse tempo extra de vida”, conta.

Jenny, que trabalha como topógrafa do governo, sentiu formigamentos na perna há cerca de um ano, mas mesmo assim decidiu ir para o trabalho. Ela estava sozinha num prédio no centro de Londres quando caiu no chão e disse não ter sentido mais as pernas.

Com a ajuda de colegas, ela foi até um pronto-socorro, de onde saiu direto para um hospital de emergências com um carta dos médicos dizendo que devia se tratar de um caso de uma síndrome rara chamada Guillain-Barre, que ataca os nervos periféricos, impedindo o cérebro de controlar os músculos.

Horas mais tarde, a inglesa parou de respirar e teve uma parada cardíaca. Ela foi internada numa UTI e colocada em coma induzido. Foi neste mesmo local, após passar por diversos exames, que Jenny escutou a conversa sobre desligar os aparelhos.

Após se recuperar, ela deixou o hospital em uma cadeira de rodas, mas se submeteu a sessões de fisioterapia e voltou a andar e trabalhar. Recentemente, Jenny Bone participou de uma corrida beneficente. Ela ficou orgulhosa da participação, mesmo usando um bengala e chegando em último lugar.

“Eu senti que a minha fé me manteve forte para passar por isso. Eu estava sempre cantando e rezando na minha mente”, disse a inglesa, que é budista.


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