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Nova Ásia: conheça os restaurantes vietnamitas que estão virando modinha em São Paulo

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Ho Bun Thit Nuong (espaguete de arroz com carne suína, rolinhos primavera fritos, molhos de peixe e vegetais) do Miss Saigon (Foto: Rogerio Voltan)

 

“Xin chào!” Basta pisar no Vietnã para escutar a saudação, acompanhada de um sorriso fácil. A pergunta que vem em seguida é sempre a mesma: “An com chua?” – em português, “já comeu?”. No país do sudeste asiático, que mistura praias, cavernas e trilhas ao caos urbano, a vida social gira em torno de encontrar ingredientes, prepará-los e, obrigatoriamente, compartilhá-los. Essência da cultura vietnamita, a gastronomia de cores e aromas vibrantes é ainda fonte de renda de metade da população local, que vive da agricultura ou do comércio de alimentos. Seus caldos delicados, alimentos crus, preparos sem glúten, lactose ou aditivos químicos conquistaram recentemente Londres, Paris, Berlim e Nova York. E agora pipocam por São Paulo, em pequenos restaurantes (quase sempre) escondidos.

Menos oleosa que a cozinha chinesa, menos apimentada que a tailandesa ou a coreana, mais leve que a indiana, mais condimentada que a japonesa, a vertente vietnamita reflete tendências culinárias em ascensão no mundo todo. Naturalmente saudável, vai ao encontro do inconsciente foodie coletivo de escolhas alimentares mais responsáveis, mas nem por isso pobres em sabor. Como se fosse a nova geração de comida asiática, que manda beijinho no ombro porque sabe que é linda, fresca e, acima de tudo, gostosa.

Mas não se preocupe! Lámens, sushis e kimchi não correm risco de sair de cena. Só passam a dividir o feed do Instagram com vegetais preparados com gengibre, alho, pimenta, coco, ervas, carambola, manga, pitaia. E, mais que uma nova caçadora de likes, a cozinha vietnamita chega como uma combinação trendy-comfort irrecusável a paladares curiosos.

 

Tom rang me (camarões ao molho picante de tamarindo e peixe) do bia hoi (Foto: Rogerio Voltan)

 

 

Cáhn gà chiên mám (coxinhas de frango ao caramelo e pimenta) e cá vien (bolinhos de peixe com geleia de jaca) na calçada (Foto: Rogerio Voltan)

 

Receita especial
Hit da casa, o ho bun thit nuong, espaguete de arroz com carne suína assada, rolinhos primavera fritos, molhos de peixe e vegetais, é mesmo especial. O chef Norman Tan Thien Vo deixa o porco marinando um dia inteiro em shoyu, ervas e 20 especiarias, e depois tempera com um molho de peixe que leva um ano para ficar pronto. O ambiente é simples, mas acolhedor.
Miss Saigon Alameda dos Jurupis, 1374, Moema, tel. 11 4564-1419

Clima de Boteco
A casa aberta no finzinho de 2017 no centro faz sucesso com petiscos como cha gio (rolinhos fritos de papel de arroz com lombo de porco e verduras), cáhn gà chiên mám (coxinhas de frango com molho de caramelo e pimenta) e cá vien (bolinhos de peixe com geleia picante de jaca). Quando não está beliscando, o público, que não raro toma a calçada, recorre a pratos como o tom rang me (camarões ao molho de tamarindo, peixe e muuuita pimenta). Todas as delícias implicam temperos intensos, que pedem – quando não imploram – por goles gelados de chope, sidra ou cerveja artesanal. Dentre estas, há a floral Matsurika e a de trigo Oishii, ambas japonesas.
Bia Hoi SP Vietpub R. Rêgo Freitas, 516, República, tel. 11 3151-2508

Sala do bánh mí (Foto: Rogerio Voltan)

 

GI cun (o rolinho primavera), salada e bánh mì (sanduíche típico do Vietnã)  (Foto: Rogerio Voltan)

 

A casa é sua
Numa rua atípica de São Paulo, o vietnamita Yann Dupierre e o argentino Adrián Polimeni preparam molhos trabalhosos (de peixe, salada e amendoim, entre outros), picles, sopas e gói cuõn (o rolinho primavera) na cozinha aberta. Capricham na trilha sonora, mas deixam a vitrola à disposição das visitas. Fazem sala contando sobre a época em que atuavam no teatro, relembrando refeições caseiras e trocando receitas. Recebem com carinho, chá e café.
Bánh Mì Vietnam R. Dr. Seng, 44, Bela Vista, tel. 11 97754-1856

Pho P-2 (macarrão de arroz com filé mignon). Para acompanhar, broto de feijão, ervas, limão e a conserva do dia  do pho.366 (Foto: Rogerio Voltan)

 

É sopa!
A cocção de Yong Jon Shin (ou Alex!) leva ao menos 24 horas e só vai para o bowl quando está transparente e sem uma gotinha de gordura. Para encorpá-lo,
alguma proteína, brotos de soja ou feijão, ervas, especiarias, macarrão de arroz e legumes. Perfumado e nutritivo, o caldo reconfortante é um verdadeiro coquetel de minerais, oligoelementos e vitaminas. A receita original leva tendão, nervo que fica atrás da coxa bovina, bem cartilaginoso e igualmente saboroso. Contudo, em seu restaurante há versões com filé mignon, peito bovino, frango e até frutos do mar.
Pho.366 R. Silva Pinto, 66, Bom Retiro, tel. 11 3807-6141

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