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Cinco motivos para amar e um (grande) motivo para odiar o filme “Cinquenta Tons de Cinza”

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ANASTASIA STEELE E CHRISTIAN GREY NO LONGA "CINQUENTA TONS DE CINZA" (Foto: Divulgação Imdb)

A adaptação cinematográfica de “Cinquenta Tons de Cinza”, um dos romances eróticos mais vendidos da década, finalmente, chega aos cinemas na próxima quinta-feira (12). E a expectativa, claro, é enorme. Afinal, até quem não se rendeu à relação sadomasoquista protagonizada por Christian Grey e Anastasia Steele, certamente, já ouviu algo sobre o casal nos últimos quatro anos.

Dirigido por Sam Taylor-Johnson, o longa se restringe ao enredo do primeiro livro e a poucos detalhes do segundo, onde alguns mistérios da infância do milionário são desvendados. Afinal, duas sequências já foram confirmadas para os próximos anos.

Marie Claire já assistiu ao filme e lista agora os motivos que vão te fazer amar ou odiar uma das estreias mais aguardadas do cinema.

MOTIVOS PARA AMAR...

O jeito irônico e engraçado de Dakota Johnson
Escolhida para interpretar Anastasia Steele depois de muita especulação, Dakota surpreende na pele da protagonista e convence a cada descoberta da personagem. Se no livro, Ana é descrita como uma garota inocente, quase boba; no filme, a personagem mostra personalidade, inteligência e um jeito irônico bem engraçadinho de agir em certas situações.

Além disso, enquanto na narrativa de EL James, a estudante se mostra insegura com sua beleza; na adaptação, Anastasia não demonstra nenhum complexo do tipo.

JAMIE DORNAN NO PAPEL DE CHRISTIAN GREY (Foto: Divulgação Imdb)



O rostinho bonito de Jamie Dornan
Quem acompanha a série “The Fall”, da qual Jamie também é protagonista, já sabe que a atuação do rapaz deixa um pouco a desejar. O ator não é dos mais expressivos e custa a demonstrar os sentimentos em cena. O que minimiza o problema é o fato de Christian Grey ser bastante misterioso.

Mas claro que não dá para deixar de citar a pinta de galã de Jamie. Prepare-se, inclusive, para alguns nus, no melhor estilo Paolla Oliveira. Aliás, o nu frontal completo fica restrito à Dakota Johnson, durante uma das cenas de sexo.

A trama bem amarrada e ágil
Ao contrário dos livros, que contam a história de maneira arrastada por retratar situações pouco importantes, o filme resume um exemplar e meio em pouco mais de duas horas e mostra apenas os acontecimentos mais significativos.

A primeira cena de sexo acontece depois de 40 minutos e o misterioso quarto vermelho da dor é apresentado logo na primeira metade do longa. Outro destaque fica por conta da rápida revelação de Christian Grey sobre a relação traumática com a mãe biológica e seu histórico de submissão sexual a uma amiga da família.

Se você ainda estiver na dúvida sobre ler ou assistir, melhor garantir o ingresso!



A fidelidade com que as cenas mais marcantes são retratadas
Quem leu a trilogia, certamente, tem algumas cenas bem marcantes fresquinhas na memória. Pois saiba que Sam Taylor-Johnson se preocupou em ser bem fiel a elas. Você vai recordar imediatamente de Grey salvando Anastasia de um atropelamento logo depois do primeiro encontro em um café, do primeiro beijo no elevador, da formatura marcada pela singular gravata cinza, do piano embalando alguns encontros românticos e, principalmente, do primeiro “rompimento” do casal.

Só não se deixe influenciar pela artificialidade da cena inicial em que Ana tropeça na porta da sala do executivo.

Beyoncé como trilha sonora
A contribuição da cantora para a trilha sonora do filme já é notícia velha. A novidade é que Queen Bey praticamente rouba o protagonismo do casal ao soltar a voz justamente nas cenas mais intensas de sexo, que acontecem dentro do quarto vermelho. A música escolhida foi “Haunted”.

NO QUARTO VERMELHO DA DOR, CHRISTIAN GREY AÇOITA ANA (Foto: Reprodução Youtube)



MOTIVO PARA ODIAR...

Pouco fetichismo e muito sexismo
Em alguns trailers e na versão impressa do romance, o fetiche sadomasoquista, pontuado pelo uso de cordas, vendas, braçadeiras e chicotes durante o sexo, se destaca. Porém, toda essa atmosfera se desfaz pouco a pouco ao longo dos 120 minutos de filme e dá lugar a uma dominação reforçada por atitudes machistas bastante chocantes.

A faceta dominadora de Christian Grey fica ainda mais evidente no cinema, quando Anastasia é repreendida por beber, perseguida pelo rapaz em uma simples visita à casa da mãe, “convencida” a assinar um contrato de submissão e, mais ainda, ao ser punida com tapas e surra de cinta ao revirar os olhos durante uma conversa corriqueira. E o pior: todo o comportamento abusivo e perseguidor do protagonista é transmitido de uma maneira glamourizada, apesar de Taylor-Johnson ter afirmado ao “The Guardian” que gostaria de retratar o relacionamento do casal de uma forma equilibrada.

Não à toa, ativistas americanos lançaram uma campanha online pedindo um boicote ao filme argumentando que mulheres reais “não terminam como Anastasia; elas acabam em um abrigo para mulheres ou mortas".

 


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